Por Pr. Silas Figueira
Texto base: Lucas 2.13-20
INTRODUÇÃO
Após o anjo anunciar o
nascimento do Salvador,“apareceu
com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus”.
Como já falamos, quando um menino nascia nos tempos bíblicos havia
música e grande celebração, no entanto, quando Jesus nasceu não
houve músicas como era de costume entre os judeus, mas os céus
celebraram o Seu nascimento.
Quero pensar com você sobre o
que os anjos cantaram e o como reagiram os pastores logo após esse
anúncio. À primeira mensagem de Natal, proclamada por um anjo do
Senhor, é acrescentado com o primeiro hino de Natal, cantado pelas
multidões de anjos celestiais, um hino que nunca mais silenciará,
mas que repercute por todos os séculos, por todos os cultos da
igreja celebrante e adoradora, de eternidade a eternidade. Sua letra
é: “Glória a Deus
nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” (ACF).
“Glória a
Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele
quer bem”
(ARA).
Os pastores desprezados,
principalmente pelos religiosos, são tidos em tão alta consideração
por Deus que se tornam testemunhas de uma grande festa dos anjos,
celebrada nas alturas por causa do nascimento do menino Jesus na
manjedoura.
Mas quais as lições que podemos
tirar desse texto:
1 – ENQUANTO A TERRA SE CALA
OS CÉUS LOUVAM (Lc 2.13,14).
Os anjos conheciam a glória de
Jesus antes de Sua encarnação. Eles entendiam que a queda do homem
havia transformado a raça humana em rebeldes pecadores contra Deus,
também sabiam que Deus havia fornecido um caminho de salvação para
o homem, na Pessoa de Seu próprio Filho. A profunda preocupação
dos anjos com a salvação dos pecadores nos é revelado através das
palavras de Jesus quando disse: “há
alegria diante dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende”
(Lc 15.10), por isso que os anjos louvam a Deus pelo nascimento de
Jesus. Isso mostra que os anjos são seres dotados de emoção e
alegria pelo agir de Deus em favor de Seu povo.
Com isso em mente, podemos
destacar duas coisas importantes:
1o
– A quem os anjos louvam (Lc 2.13,14).
O anjos aparecem louvando a Deus e não aos homens. A mensagem é
para os homens, mas a glória é de Deus. A glória é dada Àquele
que é de eternidade a eternidade. Observe que em algumas
versões, a Almeida Revista e
Atualizada por exemplo, traz a palavra “multidão
da milícia celestial”,
outras versões trazem “multidão
dos exércitos celestiais”.
O termo milícia
é o mesmo que exército.
Infelizmente essa palavra milícia
virou um termo
pejorativo devido ser usada para bandidos hoje em dia. No entanto,
esses “milicianos
angelicais” estão
louvando a Deus pelo fato de Jesus ter nascido.
Eles estão dando glória a Deus,
pôs a glória que antes habitava no tabernáculo (Êx 40.34) e se
manifestou no templo de Salomão quando foi inaugurado (2Cr 7.1-3),
mas partiu por causa do pecado de Israel (Ez 8.4), agora estava de
volta na Pessoa de Jesus (Jo 1.14). A manjedoura humilde se
transformou no Santo dos Santos, pois Jesus estava lá!
Hoje, em muitas igrejas, as
pessoas perderam a ideia do que seja a verdadeira adoração a Deus
(Jo 4.24). Os cultos que deveriam ser Cristocêntricos estão
totalmente antropocêntricos. O culto é para agradar as pessoas e
não a Deus. Muitos líderes pregam o que dá certo e não o que é
certo. O que predomina é o pragmatismo. Essa inversão de valores
tomou conta de muitas igrejas. A adoração que deveria ser a Deus
têm sido direcionada aos homens. Mas por que isso tem ocorrido?
Talvez você pergunte!
Isso tem ocorrido porque muitos
líderes estão tomando para si o reconhecimento e o louvor que
deveria ser dado a Deus. Observe o que o Senhor Jesus nos alertou em
Lucas 6.26: “Ai de
vós, quando todos vos louvarem! Porque assim procederam seus pais
com os falsos profetas”.
Assim como existe o falso profeta, da mesma forma existe a falsa
adoração. No entanto, os anjos estavam dando a Deus o perfeito
louvor que lhe é devido. Essa mesma adoração o Senhor espera de
nós.
O pastor Leonard Ravenhill em seu
livro “Por que Tarda
o Avivamento” diz
que “o avivamento tarda porque os pregadores e evangelistas estão
mais preocupados com dinheiro, fama e aceitação pessoal, do que em
levar os perdidos ao arrependimento […]. O avivamento tarda porque
roubamos a glória que pertence a Deus”. Essas palavras foram
escritas em 1959, de lá para cá só vem piorando a situação nas
igrejas.
Hoje existem quatro ídolos que
se encontram em muitas igrejas. São eles:
1) O ídolo dos pregadores
famosos: Há crentes
que percorre todo o país participando de cultos com pregadores de
renome. Alguns ministros conhecidos não pode sequer sair em público
sem serem abordados por admiradores para tirar uma “selfie” com
eles. Embora eu seja um defensor da cultura de honra e respeito pelos
líderes que trabalham entre nós, algumas pessoas pisaram na borda
da idolatria. Eles seguem tudo o que os pregadores dizem sem
questionamentos, e sem ao menos procurar ver se o que é pregado está
alinhado com a própria Palavra de Deus (At 17.10,11). Hoje há uma
cultura tão difundida dos “pregadores celebridade” no corpo de
Cristo, que algumas grandes igrejas praticamente fecharam depois que
seu “pregador celebridade” deixou o cargo (isso ocorre com
músicos também). Se os ministérios agissem de acordo com o padrão
do Novo Testamento, em que cada membro do corpo existe para edificar
uns aos outros, então não dependeríamos de apenas um líder para
uma igreja funcionar.
2) O ídolo da adoração e
entretenimento: Anos
atrás, muitas igrejas não tinham sequer instrumentos musicais e
ainda assim as pessoas iam às igrejas, cantando as canções do
hinário na adoração. Agora, é muito comum para os pastores
separar um alto valor do orçamento da igreja para pagar por cantores
e músicos profissionais, a fim de preencher seus cultos. O que as
igrejas devem buscar é uma adoração feita em espírito e verdade
(Jo 4.24), que é o único tipo de adoração que Deus procura.
3) O ídolo da prosperidade
financeira: Para
alguns crentes, a motivação principal de sua fé são os ganhos
pessoais. Embora Deus tenha prazer em abençoar todos os seus filhos,
Jesus nos disse para buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua
justiça, e todos os nossos bens materiais nos seriam acrescentados.
Eu acredito que o uso da nossa fé para colocar as nossas próprias
necessidades em primeiro lugar é uma forma de idolatria. O “seja
feita a Sua vontade assim na terra como no céu” vem
antes do “pão
nosso de cada dia nos dá hoje”.
Nunca se esqueça disso!
4) O ídolo da prosperidade
pessoal: Embora este
ponto seja semelhante ao ponto anterior, existe uma distinção que
os separa. Através dos anos, tenho visto muitas igrejas promoverem a
cultura do “eu” e do “meu”. Grande
parte da pregação se trata da autorrealização ao invés do
chamado que os crentes têm para a obra.
Muitas vezes, pastores alimentam a igreja com este tipo de “culto
motivacional”,
ou, como é mais conhecido “Pregadores
Coaching”,
a fim de atrair
pessoas para a igreja, algo que desagrada a Deus. Muitos dos
discípulos da autorrealização vêm à igreja para sentir a
presença de Deus, mas não estão comprometidos em conhecer e amar a
pessoa de Deus. Muitos vêm para “receber uma palavra”, só que
do homem e não de Deus. Muitos vêm para gritar “amém”,
acreditando que porque gritaram, obedeceram. O crescimento de igrejas
nem sempre tem resultado na transformação pessoal e social. Embora
muitos tenham ido à igreja por décadas, nunca amadureceram e ainda
estão bebendo o “leitinho”, sem nunca terem digerido a carne da
Palavra (1Co 3.1-3).
2o
– O nascimento de Jesus trouxe paz na terra (Lc 2.14).
Os anjos em seu cântico dizem que Deus trará paz para os homens
sobre os quais repousa Seu favor. Esses homens são aqueles que Deus
escolheu, são os seus eleitos, não é uma paz universal. Essa paz
que nos é dada não se trata de paz nas guerras, mas paz entre Deus
e os homens. O que o apóstolo Paulo nos fala em 2Co 5.18-21:
“E tudo isto provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o
ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e
pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos
embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.
Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que
nele fôssemos feitos justiça de Deus”.
Essa paz que vem da reconciliação
com Deus só existe entre os que nasceram de novo. O homem natural
está debaixo da ira de Deus (Ef 2.1-7). Muitas pessoas confundem
graça comum com graça salvífica. A graça comum gera um homem
religioso, mas a fé salvífica gera vida eterna. Por isso que na
cruz, Cristo vestiu os nossos trapos de imundícia (Is 64.6), para
vestir-nos com suas vestes de justiça (Ef 6.14); vestiu a nossa
ofensa (Is 53.5; 2Co 5.21), para revestir-nos de sua glória (Ap
3.21); suas vestes estão manchadas de sangue (Ap 19.13), para que
nossas vestes estejam sempre brancas (Ap 3.5; 7.9).
Mas haverá um tempo em que
haverá uma grande paz mundial, não através da mensagem do
Evangelho, mas por ele ter sido calado. O livro de Apocalipse nos
fala das duas testemunhas que pregarão, mas não serão ouvidas e
quando forem mortas haverá regozijo em toda a terra (Ap 11.7-10).
Até o fim dos tempos o Evangelho será negligenciado. Só os eleitos
se regozijam com a verdade e na verdade.
2 – A CONFIRMAÇÃO DA
REVELAÇÃO (Lc 2.15-20).
Diante da revelação do anjo e
da glória manifesta vista pelos pastores, eles partem para Belém
para confirmar o que lhes fora revelado. Provavelmente eles
providenciaram pessoas para substituí-los no cuidado do rebanho e
partiram a toda pressa.
Com isso podemos destacar quatro
coisas:
1o
– A urgência para confirmar a mensagem recebida (Lc 2.15,16a).
O texto nos diz que assim que os anjos se ausentaram eles partiram a
toda pressa para Belém. Eles não negligenciaram as Boas Novas que
lhe foram anunciadas. Eles não fizeram ouvidos de mercador. Eles não
se fizeram de surdos. Eles deram importância ao que lhes fora
revelado. Ouviram e se interessaram pelo que lhes fora dito.
Há um certo ceticismo em nosso
meio hoje. As pessoas ouvem a Palavra, mas não se importam com o que
foi falado. Escutam, mas não ouvem. Escutam, mas não dão a devida
atenção. No livro de Apocalipse o Senhor diz para João escrever
sete cartas as sete igrejas da Ásia e no final de cada uma delas o
Senhor encerra dizendo: “Quem
tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Em outras palavras o Senhor estava dizendo: “Ousam
com atenção, não se façam de desentendidos, vocês foram
avisados”.
O mesmo Espírito tem falado
hoje. Deus não tem estado calado. O problema não está em Deus, mas
nas pessoas que desdenham da mensagem recebida. Como nos fala em
Jeremias 44.16: “Quanto
à palavra que nos anunciaste em nome do Senhor, não obedeceremos a
ti”. O homem não
mudou!
2o
– Procuraram diligentemente até encontrar o sinal revelado (Lc
2.16). O
local tradicional do campo onde os pastores estavam assistindo suas
ovelhas era cerca de dois quilômetros de Belém. Lucas não descreve
como os pastores encontraram Maria, José e o menino Jesus. No
entanto, creio que não teria nascidos muitos bebês em uma pequena
vila como Belém naquela noite. Certamente notícias de qualquer
nascimento teria se espalhado rapidamente de boca em boca,
especialmente desde que Maria deu à luz em um lugar semipúblico.
Quando os pastores viram o menino enquanto ele estava deitado na
manjedoura, a profecia do anjo foi confirmada.
O verbo “acharam”
significa que encontraram
depois de investigar.
Os pastores sabiam quem deveriam procurar: um bebê recém-nascido
envolto em faixas e deitado numa manjedoura. Foi exatamente isso que
o que encontraram! Através da Bíblia o Senhor nos dá todas as
diretrizes de como tem que ser o nosso culto e como devemos nos
posicionar como cristãos nesse mundo, o problema é que a Bíblia
tem ficado de fora da vida de muitas pessoas e, inclusive, dos
púlpitos, por isso que cada um faz o que quer. Parece que estamos
vivendo o tempo dos Juízes: “Naquela
época, não havia rei em Israel; cada pessoa fazia o que lhe parecia
certo”
(Jz 17.6). “Naqueles
dias não havia rei em toda a terra de Israel, e cada pessoa fazia o
que lhe parecia direito” (Jz
21.25).
Se
não há o Rei Jesus reinando não há também direcionamento correto
para as pessoas. O Rei Jesus está fora de muitos púlpitos por isso
cada um faz o que quer.
3o
– Deus havia preparado o coração desses pastores para crer na
mensagem.
Como observado anteriormente, esses pastores eram, provavelmente,
devotos adoradores do Deus verdadeiro e esperavam a redenção de
Israel. Seus corações foram preparados para que, quando eles
ouvissem a revelação do nascimento do Salvador eles cressem. O
Espírito Santo vinha preparando o coração desses homens no
decorrer dos anos. É provável que por serem impedidos de estarem no
templo adorando a Deus, eles fizeram daqueles campos o seu local de
adoração. Assim é confirmada a Palavra do Senhor que diz que “O
Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da
terra, não habita em templos feitos por mãos de homens” (At
17.24). O Senhor está onde há verdadeira adoração!
O
sinal dado aos pastores – a estrebaria e manjedoura – era para
eles um teste de fé tão extraordinário que temos a impressão de
que o recém-nascido Cristo exclama aos seus primeiros visitantes
aquilo que mais tarde manda dizer solenemente a João Batista:
“Bem-aventurado
é aquele que não achar em mim motivo de tropeço!”
4o
– Os pastores assumem o lugar dos anjos (Lc 2.17-19,20).
O anjo lhes transmite as boas novas, outros anjos aparecem louvando a
Deus e os pastores procuram diligentemente a confirmação do que
lhes fora anunciado. Uma vez confirmada a profecia do anjo, eles saem
contando a todos o que haviam presenciado. Esses pastores servem de
exemplo para nós, depois de encontrarem o Salvador ele transmitem as
boas novas a outros. É impossível para quem teve um encontro real
com o Salvador e não contar a outros do que lhes aconteceu (Jo
1.40-45; At 9.20-22, 26.19,20)).
Observe que quando o Senhor Jesus
nasce, a revelação foi dada aos pastores que estavam cuidando de
seu rebanho durante a calada da noite. Só que esses homens eram mal
vistos pelos religiosos, eram considerados mentirosos a tal ponto de
se não aceitar o testemunho deles no tribunal. Mas foi a esses
homens que a mensagem do anjo foi dada. Quando Jesus se apresenta
como a Água da Vida é para uma samaritana desprezada, inclusive
pelos seus. Quando Jesus ressuscita, quem tem a revelação de um
anjo que Jesus estava vivo foram as mulheres. Quem viu Jesus
ressuscitado, inclusive, foi Maria Madalena de quem Ele havia
expulsado sete demônios (Lc 8.2; Jo 20.11-18). Jesus sempre
manifestará Sua glória aos humildes e não aos arrogantes desta
terra.
3 – A PRUDÊNCIA DA FÉ (Lc
2.19).
Esta é a única coisa que lemos
sobre Maria em toda a narrativa do nascimento. Não foi a ela que o
anjo se manifestou na glória de Deus. Ela não ouviu o louvor das
multidões de anjos, ela está rodeada tão somente de humildade.
Maria não obtém mais revelações, exceto por meio da palavra dos
pastores e da palavra profética de Simeão e Ana, bem como por meio
da posterior visita dos “magos do oriente”. Ouvimos unicamente
uma frase acerca de Maria, e essa frase nos proporciona uma visão de
seu íntimo, do que se passava em seu coração. Não
era apenas admiração, como nos demais, mas um “guardar” e
“elaborar” no coração.
Podemos destacar duas coisas
aqui:
1o
– O Evangelho demanda de refletir e meditar sobre um grande
conteúdo eterno.
Maria guardou as promessas que haviam sido feitas sobre seu Filho e
“as ponderava”.
A palavra grega para ponderar significa “colocar
junto para comparação”.
Maria tinha ouvido anjos e pastores anunciarem grandes coisas sobre o
seu Filho (Lc 1.32; 2.17,18). Conforme os acontecimentos de Sua vida
desdobravam-se, ela comparava estas promessas com a maneira de seu
Filho agir para cumpri-las.
A nossa fé será fortalecida e
nós seremos encorajados ao meditarmos no que as Escrituras dizem
sobre Deus e comparar com a maneira como Ele trabalha em nossas vidas
(Jo 14.21). Ele é um Deus que responde orações (1Jo 5.14,15), nos
consola em nosso sofrimento (2Co 1.3,4) e provê o que precisamos (Fl
4.19). Quando investirmos tempo em ponderar, veremos a fidelidade de
nosso grande Deus.
Os pensamentos de salvação de
nosso de Deus são tão grandes, profundos e ricos que um ser humano
não consegue captar e absorvê-los de uma só vez. Eles precisam ser
elaborados. Como disse Lutero: “Deus
quer que sua palavra seja impressa em nosso coração e permaneça
como uma marca que ninguém consegue lavar, como se fosse inata e
natural”.
2o
– Muitos estão vivendo um Evangelho de mente vazia (Rm 10.2).
Maria quando disse para o anjo Gabriel que se cumprisse nela a
vontade do Seu Senhor (Lc 1.38), ela havia ponderado todas as
consequências de sua escolha. Ela não agiu por impulso, por emoção
e muito menos por aventura. Ela sabia das dificuldades e mesmo assim
ela se posicionou de forma positiva ao chamado Divino.
Creio que a parábola do semeador
seja uma grande realidade em nossos dias. Há em nossas igrejas
muitas pessoas com o coração que não é boa terra. Seus corações
até recebem a Palavra que é a semente, mas não germinam devido as
atividades e problemas desse mundo. Abraçam a fé, mas não querem
se aprofundar e criar raiz (Mc 4.14-20).
Em seu livro “Crer é Também
Pensar”, John Stott diz que a
entrega sem reflexão é fanatismo em ação, mas a reflexão sem
ação é a paralisia de toda ação.
Muitas pessoas pensam que culto a
Deus é emoção, motivação, sentir, se arrepiar, ver sinais e
maravilhas, barulho santo. Em um culto a Deus tudo isso pode
acontecer, mas onde isso ocorre nem sempre é culto a Deus. Maria via
tudo que estava acontecendo, mas ponderava cada palavra, cada
situação que falava a respeito de Jesus.
CONCLUSÃO
Que possamos reavaliar a nossa fé
diante de tudo que ouvimos. Que sejamos diligentes como os pastores e
que sejamos ponderados como Maria. Que não sejamos negligentes com a
Palavra de Deus, mas que estejamos prontos a obedecer imediatamente.
Que sejamos cautelosos como Maria, tomando decisões não por
impulso, mas conscientes das consequências das nossas decisões. Não
agindo por impulso, mas conscientes das nossas escolhas e louvando a
Deus sendo guiados pelos Espírito Santo.
Pense nisso!
Bibliografia:
1 – Barclay, William.
Comentário do Novo Testamento, Lucas.
2 – Champlin, R. N. O Novo
Testamento Interpretado, versículo por versículo, volume 2, Lucas e
João. Editora Candeia, São Paulo, SP, 1995.
3 – Davidson, F. O Novo
Comentário da Bíblia, volume 2. Edições Vida Nova, São Paulo,
SP, 1987.
4 – Hale, Broadus David.
Introdução ao Estudo do Novo Testamento, Editora Juerp, Rio de
Janeiro, RJ, 1986.
5 – Keener, Craig S. Comentário
Histórico-Cultural da Bíblia, Novo Testamento. Edições Vida Nova,
São Paulo, SP, 2017.
6 – Lopes, Hernandes Dias.
Lucas, Jesus, o homem perfeito. Comentário Expositivo Hagnos.
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017.
7 – MacArthur, John. Comentário
do Novo Testamento, Lucas.
8 – Manual Bíblico SBB.
Barueri, SP, 3a edição, 2018.
9 – Morris, Leon L. Lucas,
Introdução e Comentário. Edições Vida Nova e Mundo Cristão, São
Paulo, SP, 1986.
10 – Rienecker, Fritz.
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança. Editora Esperança,
Curitiba, PR, 2005.
11
– Stott, John. Crer é Também Pensar. ABU Editora, São Paulo, SP,
12a
Reimpressão, 2010.
12 – Conheça 4 sinais de que
há idolatria em sua igreja
https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/conheca-4-sinais-de-que-ha-idolatria-em-sua-igreja.html
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