Por Pr. Silas Figueira
Texto base: Lucas 9.57-62
INTRODUÇÃO
Tendo deixado a aldeia
dos samaritanos que os havia negado pousada, a comitiva de Jesus foi então “para outra aldeia” (v. 56). Foi durante
esse percurso que ocorreu esse diálogo com esses três indivíduos.
Os dois primeiros
diálogos das três breves conversações sobre seguir a Jesus são trazidos também
por Mateus, em coincidência quase literal (cf. Mt 8.19-22). Marcos omite os
três diálogos. O terceiro diálogo faz parte do material exclusivo de Lucas. O
primeiro evangelista sinótico situa as duas conversas no início da atuação de
Jesus na Galileia; já em Lucas, ao serem situadas no começo da caminhada para
Jerusalém, numa época em que se aproximava o fim do Senhor, as conversas
apresentam a profunda seriedade do discipulado de Cristo. Seguir a Jesus em sua
última viagem a Jerusalém, em sua trajetória para a morte, é realmente uma vida
em completa autonegação, fadiga e luta [1].
Durante Seu ministério
terreno, o Senhor Jesus Cristo chamou repetidamente pessoas para o segui-lo como
Messias e Senhor. Alguns singularmente responderam ao seu chamado e se tornaram
Seus verdadeiros discípulos; outros rejeitaram quando perceberam o quanto isso era
difícil (Jo 6.60-66). Sempre que Jesus chamava as pessoas, Ele usava a mesma
palavra, akoloutheō (“seguir”, “para acompanhar”, “para ser um
discípulo”). Ele sempre empregava o verbo no imperativo, para indicar que Ele não
estava buscando um discipulado momentâneo, mas um compromisso de vida contínua.
Seguir a Cristo envolve toda a vida e a vida toda. É algo que começa aqui na
terra e permanece na eternidade.
Olhando para esse texto
e para esse diálogo, quais as lições que podemos tirar dele para as nossas
vidas hoje?
1
– A PRIMEIRA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE SEMPRE HAVERÁ PESSOAS QUERENDO SEGUIR A
CRISTO, MAS NEM TODOS ANALISAM O CUSTO DESSA DECISÃO (Lc 9.57a).
Foi nesse processo de
ir, de caminhar, de ir rumo a Jerusalém que aparecem esses três personagens.
Jesus foi seguido por muitos, mas poucos foram verdadeiramente seus discípulos.
Cada uma das pessoas envolvidas declara que está disposta [a seguir a Cristo].
O primeiro está disposto a seguir e ir a qualquer parte, mas não considerou o
preço. O segundo recebe a solicitação de seguir. [No entanto], ele quer ir para
casa, para à família. O terceiro quer seguir e, como o segundo, quer ir
primeiro para casa. Ele, como o primeiro, é desafiado a considerar o preço [2].
Assim, como foi nos
dias de Jesus, é nos dias de hoje. Muitos ainda não consideram o custo do
discipulado. Mas por que isso ainda acontece? Creio que para essa pergunta a
resposta seja a mesma da época de Jesus.
1º – Muitos não
entenderam o que é ser um discípulo de Jesus.
Muitos dos que se dizem ser servos de Jesus ainda não se conscientizaram o que
isso vem a ser. Ainda não entenderam que isso implica em carregar a cruz todos
os dias (Lc 9.23-26). Que implica em ter desavenças, muitas vezes, dentro de
nosso próprio lar (Mt 10.21,35,36).
2º – Superficialidade
no compromisso com Cristo. Há um segundo grupo,
os superficiais. São pessoas que acompanham Jesus de longe, sem muito ou nenhum
compromisso com o discipulado de Cristo. É o solo rochoso da parábola do
semeador (Lc 8.6,13).
3º – Existem muitos não
convertidos entre os verdadeiros discípulos.
Esse, creio, que seja o maior dos problemas em nosso meio. São pessoas que
professam uma fé sem fundamento. Uma fé na fé. Uma fé descompromissada com a
verdade. Por isso que há em nosso meio muitas crises e desavenças. Há muitos
não convertidos no púlpito e também nos bancos.
2
– A SEGUNDA LIÇÃO QUE APRENDO É QUE EXISTEM REQUISITOS PARA SER DISCÍPULO JESUS
(Lc 9.57-62).
Enquanto Jesus viajava,
Lucas nos conta que alguns anunciaram sua intenção de segui-Lo. Claramente
tiveram boas intenções, mas não tinham percebido a natureza das exigências que
o reino faz dos homens [3]. Nossas boas intenções, geralmente, comparadas com as
exigências de Jesus não são boas. São egoístas. Na maioria das vezes as nossas
prioridades estão em desacordo com o Seu reino. Muitas vezes nós, indiretamente,
dizemos: “venha o nosso reino, seja feita a minha
vontade, assim na terra como no céu” e não o contrário do que que Jesus
ensinou em Mateus 6.10: “Venha o teu
reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”.
Esses três homens
poderiam ter se tornado discípulos, mas eles não preenchiam os requisitos
estabelecidos por Jesus. Cada um deles tinha um empecilho que os impedia de
chegar ao próximo nível da condição de discípulo [4]. Essa passagem ilustra
três coisas que impediram essas pessoas de seguirem Jesus: uma motivação errada,
uma prioridade errada e uma noção de tempo errada.
Analisemos esses três
pontos.
1
– O PRIMEIRO TINHA UMA MOTIVAÇÃO ERRADA (Lc
9.57,58).
Mateus identifica este
homem como um escriba (Mt 8.19). Os escribas eram especialistas na Lei Mosaica
e na lei rabínica, no entanto, eles eram hostis a Jesus (Mt 9.3; 12.38-42; Mc
2.6-7; 3.22; Lc 6.7; 15.2), por isso é de estranhar a atitude desse homem em
seguir a Cristo. Bailey disse que este primeiro candidato a discípulo
representa a força centrípeta da
missão. Ele é atraído para dentro, para juntar-se à comunidade de discípulos.
Ninguém o está recrutando [5].
É provável que por ter
testemunhado os milagres registrados em Mateus 8.5-18, ele então tenha sido
atraído a Jesus e ansioso para ligar-se a um professor tão incomparável.
Rabinos que viajam frequentemente tinham grupos de estudantes que os
acompanhavam e aprendiam com eles. Este escriba reconheceu Jesus como seu
rabino e queria se juntar a seu grupo de discípulos. De acordo com o relato de
Mateus, ele se dirigiu a Jesus como “Mestre”, oferecendo-se, assim, como um
aluno do milagreiro de Nazaré. No entanto, Jesus não se surpreendeu com a
atitude desse homem. Vemos pela resposta que Jesus lhe deu: “As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos,
mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Lc 9.58).
A motivação deste homem
em seguir a Jesus não era a motivação que o Senhor espera de seus discípulos.
Duas eram as suas motivações:
1ª – A primeira
motivação era a ambição por conforto. Este homem estava
motivado pelas vantagens que pensava que iria receber seguindo a Cristo. Jesus,
porém, joga uma pá de cal em seu entusiasmo, mostrando que o Filho do homem não
tem onde reclinar a cabeça [6]. Em outras palavras, o Filho do Homem, Rei e Mandatário
da criação, possui menos que as criaturas irracionais. As raposas sobre o chão
e os pássaros no ar possuem seu abrigo. Jesus é completamente apátrida. Quem
deseja seguir o caminho com o Senhor decididamente não escolhe uma sorte
invejável [7]. No entanto, a maneira como ele entende o que isso acarreta
parece muito superficial. Ele não entende que “seguir” significa Getsêmani, e Gólgota e sepulcro [8]. Jesus já
havia deixado isso bem claro para os seus discípulos em Lucas 9.22.
O que Jesus está deixando
bem claro para esse escriba é que não há conforto e aceitação para o Mestre e
muito menos para os seus discípulos. A prova disso é que eles acabaram de ser
expulsos de uma aldeia samaritana (Lc 9.52,53).
2ª – A segunda
motivação era poder e influência. Há também nessa
passagem um sentido político, diz Bailey. As “aves do céu” referiam-se às nações gentílicas (Roma – o império
dominante da época), no sentido apocalíptico intertestamentário. A “raposa” era símbolo dos amonitas que
era um povo racialmente aparentado, mas politicamente inimigos de Israel.
Herodes era idumeu, ele era racialmente mestiço e Jesus chama Herodes Antipas
de “essa raposa” (Lc 13.32). Jesus
poderia estar dizendo: “Olham se vocês querem poder e influência, vão para as aves que revestem de penas os seus
ninhos por toda a parte. Sigam as raposas,
que dirige os seus negócios com muita astúcia. Pois, a despeito das
expectativas, o Filho do homem permanece impotente e solitário [9].
Se uma pessoa se propõe
a seguir a Cristo com a ideia de que terá poder e influência no mundo está com
a motivação totalmente errada. Está andando na contramão dos ensinos de Jesus.
Não prestaram atenção no que Ele falou em Mateus 10.16-22,25:
“Eis
que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as
serpentes e inofensivos como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos homens;
porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas; e
sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de
mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios. Mas, quando vos
entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela
mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem
falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. E o irmão entregará à
morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os
matarão. E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que
perseverar até ao fim, esse será salvo. Basta ao discípulo ser como seu mestre,
e ao servo como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais
aos seus domésticos?”
A Igreja Católica
entrou pelo caminho de ser influência nos mundo e veja o que a história nos
conta a respeito dela.
2
– O SEGUNDO TINHA UMA PRIORIDADE ERRADA (Lc 9.59,60).
Se o primeiro se
prontificou a seguir a Cristo voluntariamente, este, no entanto, teve o
privilégio de ser comissionado por Ele. Mas entre aceitar esse convite
incondicionalmente, ele expôs a sua condição para segui-Lo: “Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar
meu pai”.
A prioridade desse
homem não era a prioridade que o Senhor espera de Seus discípulos. Quais eram
as reais prioridades desse homem?
1º – Ele colocou as prioridades
familiares em primeiro lugar. Observe o que ele diz
para o Senhor: “Senhor, deixa que
primeiro eu vá a enterrar meu pai”. À primeira vista, isso parece ser um
pedido razoável. Era dever de cada filho ter certeza de que seu pai estivesse
bem cuidado em sua morte (Gn 25.9; 35.29; 49.29-50.13); só o sumo sacerdote (Lv
21.10-11) e os que haviam feito um voto Nazireu (Nm 6.6-7) foram dispensados do
funeral de seu pai, uma vez que eles foram proibidos de chegar perto de uma
pessoa morta. O problema com a desculpa do homem era de que seu pai ainda não
estava morto! Em outras palavras ele estava dizendo para Jesus: “Depois que meu pai morrer eu então lhe
seguirei”. A preocupação com a casa dele era a pedra no caminho deste homem
[10].
Como disse Carson: “Mesmo os laços familiares mais íntimos não devem
ser postos acima da submissão a Jesus e da proclamação do reino” [11].
A preocupação desse
homem tem sido a preocupação de muitas pessoas hoje. Quantas pessoas pensam em
seguir a Cristo mas não querem “magoar” os familiares. Os pais podem ficar
ofendidos e magoados por eles serem agora um crente em Jesus... Isso é muito
comum. Eu conheço uma mãe que disse para filha que preferiria que ela fosse
lésbica do que ser uma crente. Essa menina obedeceu a mãe e nunca mais voltou à
igreja. Hoje a menina é lésbica!
2º – Ele colocou
prioridades culturais acima do discipulado.
Segundo a tradição da época seu pedido era para ficar em casa até que seu pai
morresse. Isso era uma exigência cultural. Devido a isso, este homem está
dizendo: “A minha comunidade me faz certas exigências, e a força dessas
exigências é muito grande. Certamente o Senhor não espera que eu frustre as
expectativas da minha comunidade, não é?”. Não obstante é isso que o Senhor
quer [12]. Jesus deixa claro que pregar o reino é a maior de todas as
prioridades. Nenhuma outra agenda pode se interpor entre o discípulo e a
pregação do evangelho do reino [13].
Jesus não está dizendo
que devemos abandonar os pais. Jesus está dizendo: “Deixe os espiritualmente mortos sepultar os fisicamente mortos”,
mostrando que as outras pessoas podiam cuidar do pai do rapaz. Ou seja, outras
pessoas podiam fazer aquele trabalho, mas era obrigação dele pregar o Reino de
Deus. A vida eterna em Cristo.
3ª – Ele colocou
interesses financeiros acima do discipulado.
O que este homem realmente estava dizendo era que ele queria adiar seguir o
Senhor até que seu pai morresse e ele recebesse a sua herança. Ele sabia que
Jesus estava indo para Jerusalém, e se ele o acompanhasse, essa atitude poderia
levá-lo a perder sua parte da propriedade de seu pai. Ao contrário dos Doze (Mt
19.27; Lc 5.11,28), ele não estava disposto a deixar tudo e seguir Jesus. Ele
foi um exemplo da semente “que caiu entre
espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os
cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição” (Lc
8.14).
Muitas pessoas põem em
primeiro lugar as suas necessidades e compromissos antes do discipulado. As
suas necessidades e ambições vem em primeiro lugar. Quem pensa assim não pode
ser discípulo de Jesus.
3
– O TERCEIRO TINHA UMA NOÇÃO DE TEMPO ERRADA (Lc 9.61,62).
Este terceiro indivíduo,
assim como o primeiro, voluntariamente se candidata a seguir a Cristo. Mas
assim como o segundo, ele tinha suas exigências. “Deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa”. A
resposta deste homem demonstra claramente que seu coração não estava
completamente engajado no serviço de Cristo e que, portanto, ele não estava
preparado para ser um discípulo [14]. Jesus não viu nisso um mero ato de
cortesia, disse Champin, e, sim, uma tática procrastinadora [15]. Procrastinar
significa transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar. Na
verdade, ele queria saber a opinião dos de sua casa sobre esse assunto.
Com isso em mente,
podemos tirar algumas lições:
1º - Este homem estava
transferindo sua decisão para terceiros. O “despedir-se dos que estavam em sua casa”
diz Bacley, nada mais era do que “pedindo
permissão para submeter o assunto de seguir a Jesus à autorização deles”
[16]. De acordo com o que eles falassem ele faria. A decisão de ser um
discípulo de Jesus não partiria dele, mas dos seus familiares, ou seja, ele
estava transferindo esta decisão para terceiros.
Tem muita gente agindo
assim hoje também. Agem segundo o conselho de familiares e amigos em relação a
seguir a Cristo. Mas veja o que nos fala o Salmo 1.1: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem
se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”.
Esta decisão não pode
ser terceirizada, ela é uma decisão pessoal e intransferível.
2º - Seguir a Jesus é
uma quebra de tradições e paradigmas. Este homem tinha medo
de estar longe de seus familiares ou quem sabe de ser condenado ao ostracismo
por sua família. No mundo do Oriente Médio, a autoridade do pai
tradicionalmente é suprema. Este homem está falando claramente para Jesus o
seguinte: “Vou te seguir, Senhor, mas a autoridade de meu pai é maior que a
Tua, e eu preciso de permissão dele antes de me aventurar pelo mundo contigo” [17].
Isso o estava impedindo de seguir o Senhor. É por isso que Jesus advertiu as
multidões que o seguiam: “Se alguém vier
a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs,
e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lc 14.26).
Seguir a Cristo envolve
quebrar tradições, hábitos e a própria vontade. Jesus disse que para segui-lo
devemos abrir mão de nossas vontades: “É
negar-se a si mesmo” (Lc 9.23). Como disse Pedro para Jesus: “Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos”
(Mc 10.28).
Seguir a Cristo é
romper com o passado e seguir para uma nova vida. É nascer de novo. Como disse
Paulo e sua segunda carta aos Coríntios 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas
já passaram; eis que tudo se fez novo”.
3º - Seguir a Jesus é
olhar para frente e não para trás (Lc 9.62).
Essa história parece fazer um eco da unção de Eliseu por Elias, em 1 Reis
19.19-21. A única diferença é que quando Eliseu voltou para se despedir dos de
sua casa, ele se desfez do que poderia impedi-lo de seguir a Elias. Veja o que
o texto nos fala: “Então deixou ele os
bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e
então te seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; pois, que te fiz eu? Voltou,
pois, de o seguir, e tomou a junta de bois, e os matou, e com os aparelhos dos
bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram; então se levantou e seguiu a
Elias, e o servia” (1Rs 19.20,21).
Há muitas pessoas que
servem a Cristo, mas não olham para frente, ficam o tempo todo olhando para
trás. Olhar para trás é perder o foco e a direção certa. Aqueles que estão
acostumados a arar a terra, dizem que é impossível arar, fazendo uma linha
reta, se o lavrador de vez em quando olha para trás. Essa tarefa requer a
atenção ininterrupta do lavrador. Jesus, tal como no caso imediatamente
anterior, ilustra aqui que existem lealdades superiores do que aquelas dos
laços de família. O propósito de tornar-se discípulo é vão e sem sentido se
esse propósito não for levado às suas últimas consequências, de maneira correta
[18].
No reino de Deus, não
há espaço para distração nem para saudosismo [19]. Tem muita gente que vive
olhando para trás. Vive com saudade das coisas que dizem que deixaram por amor
a Cristo.
CONCLUSÃO
Embora o texto não
descreva o que aconteceu com nenhum desses três homens, é óbvio que eles, como
o jovem rico, abandonaram Cristo para se agarrarem as coisas terrenas. Jesus
deixou bem claro que aqueles que não estão dispostos a negar a si mesmo,
riquezas, relacionamentos, ou qualquer outra coisa, por amor a Ele, não pode
entrar no reino de Deus. “Se alguém quer
vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me”, declarou
Jesus, porque “qualquer que quiser salvar
a sua vida, perdê-la-á, mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a
salvará” (Lc 9.23-24).
O evangelho que tem
sido pregado em muitos púlpitos hoje é o um evangelho hedonista. É um evangelho
que não condiz com as Escrituras. O Jesus que tem sido apresentado ao público é
um Cristo falso, um Cristo que nem genérico é, nem mesmo similar, é um Cristo
placebo. Um Cristo que não faz exigências, que não pede abnegação, que não se
importa com a vida que você leva. No entanto, o Jesus que nos é apresentado nas
Escrituras, nesse texto em particular, exige abnegação, compromisso e rompimento
com o mundo. Menos que isso não é o Jesus que se revela nas Escrituras.
Pense nisso!
Bibliografia:
1 – Rienecker, Fritz. O
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba,
PA, 2005. p. 148.
2 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 64.
3 – Morris, Leon L.
Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São
Paulo, SP, 1986, p. 170.
4 –Radmacher, Earl D. O
Novo Comentário da Bíblia – Novo Testamento, Ed. Central Gospel, Rio de
Janeiro, RJ, 2010, p. 172.
5 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 64.
6 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
325.
7 – Rienecker, Fritz. O
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba,
PA, 2005. p. 148.
8 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 64.
9 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 66.
10 – Radmacher, Earl D.
O Novo Comentário da Bíblia – Novo Testamento, Ed. Central Gospel, Rio de
Janeiro, RJ, 2010, p. 172.
11 – Carson, D. A. O
Comentário de Mateus, Ed. Sheed, Santo Amaro, SP, 2017, p. 253.
12 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 68.
13 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 326.
14 – Ryle, J. C.
Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p.164.
15 – Champlin, R. N. O
Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, vol. 2, Ed.
Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 101.
16 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 69.
17 – Bailey, Kenneth E.
As Parábolas de Lucas, Ed. Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 70.
18 – – Champlin, R. N.
O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, vol. 2, Ed.
Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 101.
19 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, 2017, p. 326.