Por Pr. Silas Figueira
Texto base: Lucas 3.1-6
INTRODUÇÃO
Os eventos narrados em Lucas 1 e
2 tratam da infância de João Batista e de Jesus, sendo que nada nos
é falado a respeito da infância de João, e de Jesus, é falado
somente quando ele foi ao templo aos 12 anos. Sabemos que Jesus foi
morar em Nazaré (Mt 2.23), no entanto, o Evangelho de Lucas diz que
João “esteve nos
desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel” (Lc
1.80). Entendendo que a palavra “deserto” não designa exatamente
o deserto como nós o conhecemos, mas um lugar ermo, sem população,
no qual existem somente florestas, várzeas, estepes e tendas
isoladas de pastores. Deve ser o chamado “deserto de Judá”,
aquela região abandonada na margem ocidental do mar Morto.
O ministério de João Batista
nos é apresentado nos três Evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e
Lucas). Neles a mensagem de João Batista é bem similar, pois
apresenta João como pregador do arrependimento, que utilizou como
lema as palavras de Isaías 40.3: “Voz
do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no
ermo vereda ao nosso Deus”
(Mt 3.1-3; Mc 1.2-4; Lc 3.3-6). Alguns historiadores acreditam que
João Batista tenha vivido na comunidade dos essênios, comunidade
esta que preservou os papiros do Mar Morto, em Qunrã, que ficava
próximo o local onde João estava pregando. Entretanto, não há
nenhum vestígio histórico que confirme isto. Mas podemos afirmar
que João não buscou nem encontrou seu preparo junto a escribas,
fariseus nem grandes eruditos.
Depois de quatrocentos anos de
silêncio, o Senhor volta a falar com seu povo através da boca de um
profeta. João, o Batista foi o último profeta do Antigo Testamento
e o primeiro do Novo. João Batista viveu trinta anos no anonimato,
agora ele se apresenta publicamente. Pouco depois também Jesus,
praticamente repetindo a pequena diferença cronológica entre o
nascimento de ambos começa também o Seu ministério.
Antes de Jesus começar o Seu
ministério, João é enviado pelo para preparar o Seu caminho. A
partir desse ponto temos a introdução do ministério de Jesus. João
é enviado como o precursor do Messias. Como disse o Reverendo
Hernandes Dias Lopes, João é a dobradiça entre o Antigo Testamento
e o Novo.
Quais a lições que podemos
aprender nesse texto?
1 – ENTENDENDO O CONTEXTO
HISTÓRICO (Lc 3.1,2).
Lucas inicia este capítulo
citando o nome de sete homens: um imperador, um governador, três
tetrarcas (governantes sobre a quarta parte de uma região) e dois
sumos sacerdotes judeus. Sendo que cinco eram autoridades políticas
e duas religiosas. Mas a Palavra de Deus não foi enviada a nenhum
deles! Antes, a Palavra de Deus veio a João Batista, um profeta
judeu, filho de um sacerdote, no deserto.
1o
– O poder político está subordinados ao plano de Deus (Lc 3.1,2).
A expressão
“plenitude do tempo”
de Gl 4.4 significa: na época do mais poderoso e mais extenso
império mundial, a saber, do Império Romano, nasce Jesus, tendo a
religião judaica dividida em vários seguimentos (os fariseus, os
saduceus, os essênios, isso sem contar os herodianos, os samaritanos
e os zelotes).
Os personagens políticos nos são
apresentados:
a) Tibério César (14 a 37
d.C.) – Imperador
Romano. Era filho adotivo e sucessor de César Augusto (31 a.C. a
14.d.C.). Este César Augusto foi o primeiro Imperador Romano e foi
no seu tempo de reinado que Jesus nasceu. Tibério César é aquele
de quem Jesus afirmou: “Dai
a César o que é de César”
(Lc 20.24,25). Era a sua efígie que Jesus constatou na moeda que lhe
fora mostrada.
b) Pôncio Pilatos presidente
da Judeia – Pôncio
Pilatos, também conhecido simplesmente como Pilatos, foi governador
da província romana da Judeia entre os anos 26 e 36 d.C. Pôncio
Pilatos tratava apenas dos impostos e rebeliões armadas contra Roma.
Logo, Herodes era submisso ao imperador romano, representado por
Pôncio Pilatos. Problemas que envolvessem a religião e a lei dos
judeus eram julgados por Herodes. Isso explica o porquê de Pilatos
enviar Jesus à jurisdição de Herodes, pois a problemática era no
âmbito da religião e não da política.
c) Herodes tetrarca da
Galileia, e seu irmão Filipe tetrarca da Itureia e da província de
Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene
– Herodes não era um nome propriamente dito, mas um título, assim
como César, imperador romano. Depois da morte de Herodes, o Grande,
por volta do ano 4 d.C., seu reino foi dividido entre quatro de seus
filhos, depois de ter reinado quarenta anos. O título tetrarca
significa literalmente governador de uma quarta parte. Assim, ele:
1)
deu a Galileia e a Pereia a Herodes
Antipas, que reinou de
4 a 39 d.C. Jesus viveu seus dias na Galileia sob o governo desse
Herodes. Dentre todos os filhos dos dez matrimônios que Herodes o
Grande havia contraído, Herodes Antipas era o que mais se
assemelhava a seu pai no que dizia respeito à ganância de poder,
luxúria e imoralidade (Cf. Lc 3.19).
2) Deu
a Itureia e Traconites a Herodes
Filipe.
3)
Deu Abilene, que fica ao norte das demais regiões mencionadas, a
Lisânias.
Deste, pouco se sabe, exceto que foi o monarca do pequeno reino de
Abilene sobre o aclive oriental das montanhas do Líbano, a nordeste
de Damasco.
4)
Deu a Judeia, Samaria e Edon a Arquelau (23 a.C. - 18 d.C.). Ele foi
o menos estimado dos filhos de Herodes, foi cruel e despótico. As
queixas dos judeus contra ele finalmente o levaram ao exílio. Assim
foi que os romanos começaram a governar diretamente sobre a Judeia.
Na bíblia é citado apenas uma vez, em Mateus 2, após a morte de
seu pai, Herodes, o Grande.
Essa catastrófica situação
estatal e política, em que o povo eleito de Deus se encontrava sob o
poderio odioso dos herodianos e à mercê da escravidão do domínio
dos romanos, fez com que se manifestasse, como nunca antes, uma
esperança política pelo Messias, um grito de libertação e
redenção da ímpia servidão. Esse clamor por libertação era
canalizado em diversos cânticos messiânicos.
Assim como Moisés, surge no
cenário onde os hebreus estavam sendo oprimidos o nosso Senhor Jesus
para libertar o Seu povo. Não uma nação, mas o mundo da opressão
de Satanás (Jo 3.16). Não como um libertador político, mas como o
Salvador de nossas almas. Formando para si uma nação santa, um povo
de propriedade exclusiva para si (1Pe 2.9). Um povo comprado pelo Seu
sangue (1Pe 1.18,19).
2o)
O mais alto poder religioso está subordinado ao plano de Deus. Agora
nos é apresentado o cenário religioso. A mensagem de João
transcende a esfera da política e da religião. Além da realidade
política opressora e ameaçadora, Lucas marca a deprimente situação
religiosa em Israel por meio dos sumo sacerdotes Anás
e Caifás (Caiafás).
Quando o evangelista cita dois sumo sacerdotes, isso também assinala
o desgaste do governo religioso, pois, de acordo com a lei, somente
um sumo sacerdote podia exercer o mandato. O sumo sacerdote era ao
mesmo tempo a cabeça civil e religiosa da comunidade. Na antiguidade
o posto tinha sido hereditário e tinha duração de toda a vida.
Anás, forma contraída de
Ananias (no hebraico, “protegido
por Yahweh”). Foi
sumo sacerdote dos judeus (ver Lucas 3.2; João 18.13,24; Atos 4.6).
No tempo de Cristo, o ofício sumo sacerdotal tornara-se extremamente
instável, porquanto eram nomeados e destituídos sumos sacerdotes ao
sabor do capricho das autoridades romanas. A sucessão legítima no
sumo sacerdócio já havia cessado sob o regime de Herodes o Grande e
ainda mais sob o domínio dos romanos. O precursor de Pilatos,
Valério Grato, havia deposto o sumo sacerdote Anás no ano de 15 d.
C., para em seguida eleger e expulsar vários novos sumo sacerdotes
ao longo de alguns anos, até que finalmente encontrasse em Caifás
(Caiafás, genro de Anás) um instrumento suficientemente solícito.
Ele exerceu o cargo nos anos 18 a 36 d. C. Apesar de tudo, para o
povo e em virtude da lei Anás continuou sendo o verdadeiro sumo
sacerdote. Essa coexistência de dois sumo sacerdotes foi o começo
da dissolução deste cargo tão importante e relevante no AT. A
decadência de Israel havia, pois, avançado da realidade política
até o coração do povo eleito de Israel. Se o sumo sacerdote era
assim, imagine os sacerdotes! Assim sucedeu que, embora removido do
ofício, Anás reteve grande autoridade. Anos após haver sido
deposto, continuava grande a sua autoridade, pois em Atos 4.6 ele é
o primeiro nome a aparecer na lista de líderes sacerdotais.
A decadência da religião se
revela de forma declarada quando líderes religiosos começam a se
envolver na política. Quando procuram almejar cargos públicos
mediante a liderança que exercem na igreja. A coisa mais comum é
encontrarmos pastores usufruindo do chamado “cabide em emprego”.
É comum encontrarmos pastores em vários órgãos públicos, não
porque foram concursados, mas como cabide de emprego.
2 – A PALAVRA DE DEUS VEIO A
JOÃO NO DESERTO (Lc 3.2b).
Após descrever os poderes
políticos e religiosos de sua época, João aparece na narrativa,
toma a iniciativa e revela o plano de Deus. A semelhança do profeta
Elias em sua maneira de se vestir e profetizar, João dirigiu-se ao
rio Jordão, onde batizava e pregava. Ainda que César reine, os
religiosos estejam corrompidos, o Senhor levanta o Seu servo João
para profetizar e anunciar a vinda do Messias. Deus permanece
definitiva e plenamente no controle do drama mundial.
Israel já estava amargando
quatrocentos anos de silêncio profético. Os sacerdotes realizavam
os sacrifícios. Multidões vinham para as festas. Os escribas e
fariseus eram zelosos das tradições, mas a palavra de Deus estava
ausente. A religião estava rendida à apostasia por um lado e à
hipocrisia pelo outro. Os liberais saduceus dominavam o templo, e os
hipócritas fariseus colocavam fardos pesados sobre os ombros das
pessoas. A cobrança abusiva de impostos e extorsão predominavam nas
mãos dos publicanos. É nesse deserto espiritual que Deus levantou
João, o último profeta da antiga aliança.
1o
– João, um homem incomum para um tempo de apostasia.
Deus, ainda hoje, levanta os seus profetas. Pessoas que não se
conformam com a hipocrisia religiosa e muitos menos com o liberalismo
teológico. No entanto, assim como no passado, ainda hoje profeta
incomoda, pois vê o que Deus vê e revela o que está vendo. Por que
a Palavra veio a João no deserto e não aos sacerdotes e ao sumo
sacerdote? Porque esses homens estavam longe de Deus, apesar de serem
os seus representantes legais. Deus tem compromisso com a verdade e
não com instituições.
A palavra de Deus veio a João,
um homem estranho, com roupas estranhas e um cardápio estranho (Mt
3.4). João era um sacerdote, porém um sacerdote que não concordava
com a religiosidade dos sacerdotes de sua época. João certamente
podia se valer de boas roupas e de boa comida, pois pela lei mosaica
ele deveria se vestir com vestes sacerdotais (Êx 28.4), e se
alimentar de flor de farinha (Lv 2.1-3). No entanto, usava destes
recursos para expor a hipocrisia dos corações e a pobreza dos
homens daquela época.
A roupa feita da pele de camelo
(animal considerado imundo pela lei, Lv 11.4) causava um escândalo
na mente religiosa daqueles dias, assim como alimentar-se de
gafanhotos era algo chocante.
Mas revelar aos religiosos da
época como eles realmente eram ou estavam, era o objetivo de João.
Pelos de Camelo – Mostrava o
quão hostis eram os homens que se diziam servos de Deus, o camelo é
reconhecido pelo seu temperamento hostil, além de ter a
característica de não precisar beber água de contínuo. Ao camelo
basta beber água uma vez pelo período de 40 a 50 dias. A palavra
diz que Jesus é a água da vida, e não ir ao Senhor continuamente
nos gera sede. Quando os homens olhavam para João enxergavam em suas
vestes o que eles mesmos eram. João bem como o Evangelho de Cristo
têm por objetivo revelar como somos diante de Deus.
Cinto de couro– Usado em torno
dos lombos, fazia aos homens lembrar a opressão que o jugo causava
nos bois que serviam como animais de carga. Não havia como não se
constranger olhando João daquela forma paramentado. Eles estavam
rebeldes em função das vestes de camelo, e se estavam também
subjugados pelo pecado através do cinto de couro que João usava em
torno dos seus lombos.
Gafanhotos e mel silvestre – O
gafanhoto era tido como inseto símbolo da destruição (Jl 1.4),
alimentar-se de gafanhotos era mostrar que o devorador é devorado
pelo Senhor, isto salienta o poder do Senhor (Lm 2.2). O mel
silvestre como alimento é o símbolo de Cristo como alimento, veja
Êxodo 16.31 onde o maná é descrito como tendo o sabor de mel.
Assim como João Batista, todo
pregador da Palavra de Deus é aquele que recebe a palavra e a
transmite com integridade e poder.
2o
– João recebe a palavra em um lugar incomum (Lc 3.2).
A Palavra de Deus não se manifestou nos grandes centros urbanos, não
veio através dos religiosos, muito menos no templo. A Palavra de
Deus veio a João no deserto. Duas coisas ocorrem quando a Palavra de
Deus é pregada no poder do Espírito: ou ela atrai ou afasta as
pessoas. No caso de João atraiu, apesar dele não operar nenhum
milagre (Jo 10.41), no entanto, com Jesus afastou (Jo 6.60,66).
No deserto veio a palavra de Deus
a João. Não se explica como a “palavra de Deus” chegou a João.
De qualquer maneira foi-lhe concedida uma revelação direta de Deus.
Nem sempre Deus trabalha pelas vias oficiais. Nas
proximidades do Mar Morto, um deserto totalmente árido, veio a
palavra de Deus a João.
A palavra de Deus se revela em um
lugar incomum para um homem também incomum. João era um homem que
se destacava em sua vida, não pelo local que morava, mas pela vida
que vivia. Ele era uma pessoa compromissada com a verdade. Ele se
destacava por ser um servo leal. Ele não estava vendido como os
sacerdotes e, muito menos, estava de conchavo com os políticos de
sua época como o sumo sacerdote. Isso não é diferente hoje. Quando
estamos compromissados com Deus, geralmente as pessoas nos isolam e
nos veem como estranhos no ninho.
3 – JOÃO, UM MENSAGEIRO
EFICAZ (Lc 3.3-6).
A voz de João ecoou como uma
trombeta no deserto, como nos fala Joel 2.1: “Tocai
a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam
todos os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está
perto”. A mensagem
de Deus chegou em todos os lugares e a pessoas iam até João para
ouvirem o recado de Deus através da boca de seu profeta, e serem
batizadas por ele.
1o
– O conteúdo de sua mensagem (Lc 3.3).
João não estava afalando a respeito de uma mera mudança de mente,
nem um lamento ou um remorso. João pregava uma palavra dura para um
povo de dura servis. Gente religiosa, mas que andava longe de um
verdadeiro compromisso com Deus.
A mensagem de João é para que o
povo se arrependesse de seus pecados. Que se voltassem para Deus. E
como prova de arrependimento, eles deveriam passar pelas águas do
batismo. Esse batismo provavelmente tem suas raízes no Antigo
Testamento (Lv 15.13). O batismo também era um ritual para os
prosélitos entrarem para o judaísmo, ou seja, era um reconhecimento
de que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus. Com isso em mente, o
batismo de João representava o reconhecimento de que eles haviam se
afastado de Deus e queriam se retratar com Ele. Era um reconhecimento
de que eles estavam como os gentios.
A mensagem de João era uma
mensagem de juízo e graça. Para àqueles que se arrependem há o
predão, a remissão dos pecados. Não há salvação sem
arrependimento. Ninguém pode confiar em Cristo sem primeiro descrer
de seus próprios méritos. O chamado ao arrependimento não é uma
muito ouvida hoje em muitos púlpitos. Há um crescimento numérico,
mas sem mudança de vida. Há muita adesão as igrejas e não
conversão para entrar no Reino de Deus. Como disse Jesus a
Nicodemos: “Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não
pode ver o reino de Deus. Na verdade, na verdade te digo que aquele
que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus” (Jo 3.3,5).
2o
– Uma mensagem fundamentada nas Escrituras (Lc 3.4,5).
João está citando Isaías 40.3-5 que diz: “Voz
do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no
ermo vereda a nosso Deus. Todo o vale será exaltado, e todo o monte
e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e
o que é áspero se aplainará. E a glória do Senhor se manifestará,
e toda a carne juntamente a verá, pois a boca do Senhor o disse”.
João não pregou o que ele quis,
o que ele inventou, o que o povo queria ouvir. João Batista foi
bíblico em sua mensagem. Ele não pregou autoajuda, mas ajuda do
alto mediante o arrependimento. Ele não pregou o que o povo queria
ouvir, mas o que o povo tinha necessidade de ouvir. A mensagem dele
estava fundamentada nas Escrituras e não nas novidades que o
cercava. Algo completamente diferente dos dias de hoje, em muitas
igrejas. Hoje há muitos pastores que dizem ser voz profética, mas
não passam de pregadores de novidades. Inventam doutrinas
antibíblicas, que afastam cada vez mais as pessoas de Deus, mas os
mantém cativos em suas igrejas.
Nós não somos a fonte da
mensagem; apenas seus instrumentos. A mensagem de Deus aplana os
montes da soberba através do verdadeiro arrependimento. Aterra os
vales do desespero, endireita os caminhos tortos do pecado e da
hipocrisia e coloca no lugar todas as áreas da vida que estão fora
do propósito de Deus.
3o
– A abrangência da pregação (Lc 3.6).
Tanto gentios como judeus veriam a salvação anunciada por João.
Por isso que o batismo de João caracteriza-se por uma dupla
definição.
1) É um batismo de
arrependimento (conversão).
2) É um batismo pelo perdão dos
pecados.
Tanto judeus como os gentios
careciam do perdão de Deus. A pregação de juízo e arrependimento
de João remetia para a mudança da mentalidade do coração e para a
renovação da vida! A mensagem de João era uma preparação para a
vinda do Messias. João estava aplainando os caminhos tortuosos para
que quando o Rei da Glória se manifestasse, todos estivem prontos
para recebê-lo.
CONCLUSÃO
Assim como foi nos dias de João
Batista, assim tem sido os dias de hoje. Vemos muitas pessoas
envolvidas nas igrejas, mas completamente longe de Deus. Vemos uma
liderança corrompida, envolvida na política e no jogo sujo do
poder. Mas assim como o Senhor levantou João Batista como profeta
para sua época, para preparar o caminho para o Senhor Jesus, hoje o
Senhor está levantando seu povo como voz profética para anunciar a
volta do Senhor.
O fim está próximo, arrenda-te
povo de dura servis. A mensagem de arrependimento precisa voltar aos
púlpitos de nossas igrejas. Devemos ser como João, bíblicos em
nossa mensagem e íntegros em nosso caráter.
Pense nisso!
Bibliografia:
1 – Barclay, William.
Comentário do Novo Testamento, Lucas.
2 – Champlin, R. N. O Novo
Testamento Interpretado, versículo por versículo, volume 2, Lucas e
João. Editora Candeia, São Paulo, SP, 1995.
3 – Davidson, F. O Novo
Comentário da Bíblia, volume 2. Edições Vida Nova, São Paulo,
SP, 1987.
4 – Garder, Paul. Quem é Quem
na Bíblia. Editora Vida, São Paulo, SP, 1999.
5 – Keener, Craig S. Comentário
Histórico-Cultural da Bíblia, Novo Testamento. Edições Vida Nova,
São Paulo, SP, 2017.
6 – Lopes, Hernandes Dias.
Lucas, Jesus, o homem perfeito. Comentário Expositivo Hagnos.
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017.
7 – MacArthur, John. Comentário
do Novo Testamento, versículo por versículo. Editora Tomas Nelson,
Rio de Janeiro, RJ, 2019.
8 – Manual Bíblico SBB.
Barueri, SP, 3a edição, 2018.
9 – Morris, Leon L. Lucas,
Introdução e Comentário. Edições Vida Nova e Mundo Cristão, São
Paulo, SP, 1986.
10 – Rienecker, Fritz.
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança. Editora Esperança,
Curitiba, PR, 2005.
11 – Wiersbe, W. Warren.
Comentário Bíblico Expositivo, Novo Testamento, Vol. 1. Editora
Geográfica, Sato André, SP, 2012.
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