quarta-feira, 13 de setembro de 2023

O PREÇO DO DISCIPULADO - Lucas 14.25-35

Por Pr Silas Figueira

Texto base: Lucas 14.25-35

INTRODUÇÃO

De caminho para Jerusalém, através da Pereia, grandes multidões seguem Jesus. De repente ele se volta para eles e lhes fala com palavras que em essência, ainda que não com exatidão, se encontram também em Mateus 10.37. Ele diz ao povo que a devoção a ele deve ser tão completa e de coração que nem mesmo a lealdade aos pais e aos membros da família deve interpor-se. [1] Nessa mesma linha de pensamento, o Rev. Hernandes Dias Lopes diz que a salvação é de graça, mas a graça não é barata. Diz o texto que grandes multidões o acompanhavam, muitas pessoas certamente com motivações erradas e expectativas falsas. Mas Jesus nunca enganou as pessoas sobre o custo do discipulado. [2] Jesus estabeleceu condições para tornar-se seu discípulo a fim de examinar o número de seus seguidores.

Quais são essas condições?

1 – O DISCIPULADO EXIGE RENÚNCIA (Lc 14.25-27).

Charles L. Childers destaca que à medida que Jesus se aproximava de Jerusalém, a multidão que o seguia aumentava. Em meio a esta multidão de pessoas estavam os discípulos verdadeiros, parasitas egoístas interessados em qualquer vantagem que Ele lhes pudesse trazer, e inimigos ávidos para destruí-lo. A consequência demonstra claramente que o primeiro grupo era muito pequeno em comparação com os outros dois. Assim que as exigências de completa renúncia e total comprometimento se tornaram mais claramente compreendidas, o grupo dos discípulos que estava ao seu lado diminuiu; e enquanto a sua popularidade diminuía, seus inimigos aumentavam tanto em número quanto no vigor de sua oposição. [3] Em todo tempo sempre haverá uma pequena porcentagem de discípulos interessados realmente em seguir à Cristo. A maioria opta por seguir de longe, seguir à sua mineira ou seguir por curiosidade. Sempre haverá o joio e o trigo entre os discípulos, mas Jesus conhece quais são os seus verdadeiros discípulos.

Com isso em mente, podemos destacar alguns pontos importantes a respeito do discipulado:

Em primeiro lugar, seguir a Cristo é uma condicional (Lc 14.26). Jesus se dirige à multidão e diz: “Se alguém vier a mim...”. Esse “se” é uma condicional, pois logo após a esse “se” vem as exigências necessárias para segui-lo.

Não podemos segui-lo de qualquer maneira. Não podemos segui-lo sem renúncia. Eu não posso me dar ao luxo de seguir a Cristo dentro dos meus critérios, mas devo segui-lo dentro dos critérios por Ele estabelecidos.

Hoje temos visto uma vasta maioria de “seguidores” de Jesus que o seguem sem observarem os seus critérios. Isso não passa de pura enganação, pois tais “discípulos” são discípulos de si mesmos, das suas convicções, dos seus desejos, são guiados pela carne. Não são guiados por Jesus e não se interessam em observar a Sua Palavra. Mas veja o que o Senhor falará para esses tais discípulos no dia do julgamento final:

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7.21-23).  

A igreja, em muitos lugares hoje, está cheia de pecadores não remidos pelo poder do Evangelho. A banalização do sagrado se tornou algo comum. Vemos de tudo em algumas igrejas ditas evangélicas. Estamos vivenciando em algumas igrejas o que estava acontecendo na igreja de Laodiceia (Ap 3.14-22), líderes com o espírito de Jezabel.

Wiersbe destaca que Jesus voltou-se para toda aquela gente e pregou um sermão com o objetivo deliberado de “peneirar” esses seguidores. Deixou claro que, em se tratando de discipulado pessoal, estava mais interessado em qualidade do que em quantidade. Em se tratando de salvar almas perdidas, deseja que sua casa fique cheia (Lc 14.23); mas no que se refere a discipulado pessoal, quer apenas os que estão dispostos a pagar o preço. [4]

Em segundo lugar, para seguir a Cristo a pessoa tem de estar disposta a desistir de tudo, por amor a Ele, se for necessário (Lc 14.26a, 33). O compromisso com Cristo exige primazia absoluta. Nada nem ninguém pode se interpor entre o discípulo e seu Mestre. Quem segue a Cristo precisa, muitas vezes, aborrecer pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs e a própria vida. Colocar os laços familiares à frente do compromisso com Cristo desqualifica o indivíduo a ser um discípulo de Cristo. [5] Salvação traz tumulto na casa com o novo crente que tenta coexistir com os não-crentes. Os membros da família que rejeitam o evangelho podem até banir aqueles que acreditam nele.

Veja o alerta que o Senhor deixou em Lucas 12.51-53:

Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas antes dissensão; porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três. O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra”.

O Evangelho traz paz com Deus, mas não paz com o mundo, pois o mundo jaz no maligno (1Jo 5.19). Se a igreja tentar viver de tal forma para que seja aceita pelo mundo, essa igreja perderá os valores cristãos. Ela virará a prostituta que nos é apresentada no Apocalipse (Ap 17.1-5) e deixará de ser a Noiva de Cristo.

John C. Ryle explica que sem dúvida, esta expressão de Lucas 14.26 tem de ser interpretada com algum esclarecimento. Nunca devemos explicar qualquer texto das Escritas de tal maneira que ele venha a contradizer outro texto. Nosso Senhor não tencionava que entendêssemos que o verdadeiro cristão tem o dever de odiar seus parentes. Isto seria contrário ao quinto mandamento. Ele apenas pretendia dizer que seus seguidores devem amá-Lo com um profundo amor, mais intenso do que o amor manifestado em seu relacionamento com pessoas queridas e achegadas e do que o amor a suas próprias vidas. O Senhor Jesus não desejava ensinar que contender com nossos amigos e parentes é uma parte essencial do cristianismo; porém, estava dizendo que, se as reivindicações de nossos parentes e amigos entrarem em conflito com as dEle mesmo, precisamos deixar de lado as reivindicações de nossos parentes e amigos. Antes, devemos escolher desagradar aqueles que amamos na terra do que desagradar Aquele que morreu por nós na cruz. [6]

Em terceiro lugar, seguir a Cristo exige aborrecer a própria vida (Lc 14.26b). A chamada para a salvação é uma chamada para a autonegação (cf. Lucas 17.33). Além da família, a pessoa precisa amar a sua própria vida menos do que ama Jesus. Vida abrange todos os interesses mundanos, até mesmo o nosso próprio ser (cf. Jo 12.25). [7] Veja por exemplo a escolha que Maria mãe de Jesus fez. Ela escolheu ser a mãe do Salvador e renunciou ao seu casamento, da sua reputação e da sua própria vida pela para cumprir a vontade de Deus.

Nem todos os seguidores de Jesus serão sentenciados à morte, mas o compromisso de lealdade a Jesus deve ser de tal ordem, que, se o discípulo tiver de enfrentar a morte, ele o fará para não abandonar a Jesus. [8]    

Em quarto lugar, seguir a Cristo é tomar a cruz todos os dias (Lc 14.27). O que significa “carregar a cruz”? Significa identificar-se diariamente com Cristo na vergonha, no sofrimento e na entrega à vontade de Deus. Significa morrer para si mesmo, para os próprios planos e ambições e estar disposto a lhe servir conforme sua direção (Jo 12:23-28). A “cruz” é algo aceito espontaneamente como parte da vontade de Deus para a vida de cada um. [9]

É renunciar ao amor-próprio. O discípulo de Cristo, na contramão dos ditames da psicologia moderna, não é aquele que busca a afirmação do “eu”, mas aquele que, imperativamente, renúncia à própria vida e toma sobre si a cruz, o mais terrível método de execução. Sacrifício, e não autopromoção, é o preço do discipulado. Mas ser discípulo não significa apenas renúncia; é também, e sobretudo, uma atitude de seguir a Cristo. É colocar-se no caminho com ele, ter intimidade com ele, fazer a vontade dele e viver para a glória dele. [10]

Champlin lembra que a cruz era um método romano de execução, e o condenado tinha de transportar publicamente a sua cruz até o local da sua execução. O seguidor de Jesus Cristo terá de levar avante conspicuamente o seu discipulado, e dentro disso encontrará os meios de auto mortificação e de separação com este mundo. Em alguns casos, a morte física literal pode resultar disso como se deu com o próprio Jesus e com todos os seus apóstolos imediatos, bem como com muitos de seus primeiros discípulos. [11]

2 – O DISCIPULADO EXIGE AVALIAÇÃO DO CUSTO (Lc 14.28-32).

Jesus conta duas parábolas para ilustrar o custo do discipulado. A primeira parábola vem da construção civil, e a segunda, da guerra. Nenhum homem deve começar a construir uma torre sem calcular precisamente os custos. Nada é mais humilhante do que deixar uma obra inconclusa por falta de planejamento. Também é um grande desastre um rei entrar numa guerra sem saber exatamente com quem está guerreando e qual é o tamanho do exército que precisa enfrentar. Entrar numa guerra às escuras é entrar numa missão arriscada ou mesmo numa missão suicida. Assim, também, antes de alguém ser um seguidor de Cristo, precisa saber qual é o preço do discipulado, pois certamente a cruz precede a coroa, e o sofrimento precede a glória. [12]

Estas duas ilustrações que demonstram a importância de compreender o sacrifício necessário para firmar um compromisso com Cristo. Como aconteceu com todas as ilustrações e parábolas de Jesus, ambos descrevem situações familiares aos seus ouvintes. O ponto é que, geralmente, as pessoas não analisam o custo antes de iniciar qualquer tarefa importante na vida. Jesus traz esse alerta para o discipulado.

Com isso em mente, podemos tirar algumas lições para nossas vidas.

Em primeiro lugar, não devemos seguir a Cristo de forma impensada (Lc 14.28, 31). Cada um deve “calcular o preço” antes de começar, a fim de não se propor a fazer algo que não seja capaz de terminar. Foi Jesus quem “calculou o preço”, a fim de garantir que tivéssemos o tipo de material adequado para edificar a Igreja e para lutar contra o inimigo. Não é possível fazer isso com seguidores titubeantes, que se recusam a pagar o preço. [13]

John C. Ryle deixa bem claro que ser um verdadeiro cristão custa alguma coisa. Jamais o esqueçamos. Ser um cristão nominal e ir à igreja é algo barato e fácil. Mas ouvir a voz de Cristo, segui-Lo, crer nEle e confessá-Lo exige muita renúncia. Custa a nossa justiça própria, nossos pecados, nossa tranquilidade e nosso mundanismo. Tudo, tudo precisa ser abandonado. Temos de lutar contra um inimigo que vem contra nós com vinte mil seguidores. Precisamos construir uma torre em tempos difíceis. Nosso Senhor desejava que entendêssemos isso completamente. Ele nos ordena a “calcular” o preço. [14]

Em segundo lugar, ser um discípulo de Cristo é como construir uma torre (Lc 14.28-30). palavra grega traduzida como torre é purgon, e significa “um lugar fortificado”. Jesus provavelmente fazia referência às torres que eram construídas nas vinhas e nas propriedades do país para defesa e observação. [15]

Antes de começar a edificar a estrutura, esse homem deveria calcular os custos. Se não o fizer, ele virá a ser um alvo de chacota, um objeto de ridículo. Semelhantemente, antes de alguém decidir ser um seguidor de Cristo, precisa compreender que ser um cristão não é “um mar de rosas”. Jesus não deixou isso bem claro? Veja Mateus 7.14; Lucas 13.24; cf. João 16.33; 2 Timóteo 3.12. Com certeza, um crente genuíno jamais se perde (Jo 10.27, 28; 1 Jo 2.19), mas há muitas pessoas que parecem ter lançado sua sorte com Cristo e depois ... se vão. É só lembrar de Demas e Judas. [16]

Todos aqueles que assumem uma profissão de fé idealizam edificar uma torre, não como a Torre de Babel, que estava em oposição ao céu, e que assim foi deixada sem ser terminada; mas eles devem estar em obediência ao céu, e é assim que devem ter a sua pedra fundamental estabelecida. Comece por baixo, e coloque os alicerces profundamente; assente-os na rocha, e faça um trabalho seguro, e então olhe para o alto, para os mais altos céus. [17] Tomar o voto do discipulado de uma forma leviana e presunçosa é bancar o tolo de uma maneira mais profunda, e em um sentido mais trágico. Tal aceitação irreverente dos votos sagrados e das responsabilidades denuncia uma falta de entendimento ou uma desconsideração pela seriedade do passo. A penalidade pelo fracasso de não se calcular o custo do discipulado não é uma mera perda temporária ou uma confusão pessoal. Ela envolve uma possível perda eterna para o envolvido, e um embaraço para a igreja cristã como um todo. Também dá ao inimigo a oportunidade para blasfemar, facilita que os descrentes duvidem das verdades do Evangelho, e aumenta a probabilidade de que muitos se percam. [18]

Em segundo lugar, ser um discípulo de Cristo é como ir à guerra (Lc 14.31,32). Quando idealizamos ser discípulos de Cristo, somos como um homem que vai para a guerra, e, assim, deve considerar os riscos envolvidos nesta decisão, e as dificuldades que deverão ser enfrentadas. O estado de um cristão neste mundo é um estado militar. Não é a vida cristã uma batalha? Temos muitas situações em nosso caminho, que devem ser disputadas a golpes de espada; devemos lutar a cada passo que damos, pois os nossos inimigos espirituais são incansáveis em sua oposição. Devemos considerar se podemos resistir à dureza que um bom soldado de Jesus Cristo deve esperar e com a qual deve contar, antes de nos alistarmos sob a bandeira de Cristo; se somos capazes de enfrentar as forças do inferno e da terra, que vêm contra cada um de nós com a força de vinte mil soldados. [19]

Veja o que Paulo escrevendo aos efésios disse a respeito da guerra espiritual:

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.10-18).

Em terceiro lugar, seguir a Cristo implica em renúncia dos bens (Lc 14.33). O que Jesus pede é uma devoção de todo o coração, uma lealdade a toda prova, uma negação completa de si mesmo, de seu tempo, de seu dinheiro, de suas possessões terrenas, de seus talentos etc., à disposição de Cristo. [20] Apesar de Jesus não estar exigindo pobreza, o discípulo deve estar disposto a deixar tudo pelo Senhor, o que quer que isso envolva (cf. 9.61; 12.33; Fp 3.7). [21]

Temos como exemplo a história de Zaqueu, que no momento que recebeu Jesus como seu salvador, renunciou aos bens materiais e procurou se retratar com quem ele havia prejudicado.

3 – O TESTEMUNHO NO REINO DE DEUS, UMA NECESSIDADE IMPERATIVA (Lc 14.34,35). 

Ser um discípulo, um seguidor de Jesus, é ser um influenciador. E fazer diferença na família, na escola, no trabalho, na sociedade, no mundo. [22] Jesus já dissera a seus discípulos que deveriam ser o “sal da terra” (Mt 5.13). Quando o pecador aceita Jesus Cristo como Salvador, ocorre um milagre, e o "barro" é transformado em “sal”. O sal era um bem precioso naquele tempo; tanto que parte do soldo dos militares era pago em sal (daí o termo “salário”). [23]

Duas verdades podemos destacar aqui: [24]

Em primeiro lugar, o sal influencia o meio onde está (Lc 14.34). O sal é bom, pois impede a decomposição e ainda dá sabor. A vida seria impossível sem o sal. Jesus compara a igreja com o sal da terra (Mt 5.13). A presença da igreja no mundo é abençoadora. Impede o avanço da corrupção e ainda aponta o caminho da verdadeira vida.

Em segundo lugar, o sal que perde o sabor perde toda sua utilidade (Lc 14.35). A única finalidade do sal é salgar. Se ele perder sua salinidade, não serve para mais nada. Não serve para alimento. Não serve para adubo. Não serve nem mesmo para o monturo. Precisa ser jogado fora para ser pisado pelos homens.

Warren Wiersbe alerta: “Quando um discípulo perde seu caráter cristão, torna-se imprestável e envergonha o nome de Cristo”. [25]

CONCLUSÃO 

Em cada um desses três casos (v. 26,27,33), a exigência é expressa negativamente, tanto na condição como no resultado. Você não pode falhar em odiar a família, falhar em carregar a cruz, ou falhar em abrir mão de tudo. Isso é seguido da mesma frase, também expressa na negativa: você não pode ser meu discípulo. A negativa “qualquer de vocês que não” é usada para ênfase, e, combinada aqui com a segunda negativa, você não pode ser meu discípulo, dobra o efeito. Expressado positivamente, nós devemos honrar a Deus primeiro, levar a nossa cruz, e abrir mão de tudo a fim de sermos discípulos de Jesus. [26]

Pense nisso!

Bibliografia:

1 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 274.

2 - Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 450.

3 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 449.

4 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 301.

5 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 451.

6 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 256.

7 – Ash, Anthony Lee. O Evangelho Segundo Lucas, Ed. Vida Cristã, São Paulo, SP, 1980, p. 235.

8 – Evans, Craig A. O Novo Comentário Bíblico Contemporâneo, Lucas, Ed. Vida, São Paulo, SP, 1996, p. 260.

9 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Ge-ográfica, Santo André, SP, 2007, p. 301.

10 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 451.

11 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 147.

12 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 451.

13 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Ge-ográfica, Santo André, SP, 2007, p. 302.

14 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 257.

15 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 450.

16 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 276.

17 – Henry, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Mateus a João, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2008, p. 647.

18 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 450.

19 – Henry, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Mateus a João, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2008, p. 647.

20 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 277.

21 – Ash, Anthony Lee. O Evangelho Segundo Lucas, Ed. Vida Cristã, São Paulo, SP, 1980, p. 236.

22 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 452.

23 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Ge-ográfica, Santo André, SP, 2007, p. 302.

24 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 452.

25 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Ge-ográfica, Santo André, SP, 2007, p. 302.

26 – Neale, David A. Lucas, 9 – 24, Novo Comentário Beacon, Ed. Central Gospel, Rio de Janeiro, RJ, 2015, p.158.

quinta-feira, 1 de junho de 2023

A PARÁBOLA DA GRANDE CEIA - Lucas 14.15-24

Por Pr Silas Figueira

Texto base: Lucas 14.15-24

INTRODUÇÃO

Kenneth Bailey diz que em Lucas esta parábola é contada em um banquete, onde as pessoas estão reclinadas. A palavra “reclinar-se” nos evangelhos sempre significa uma refeição ao ar-livre. As refeições realizadas ao ar-livre, em que Jesus e seus discípulos se “reclinavam” não eram comidas em mesas, mas os convivas estão reclinados em sofás ao redor de uma mesa baixa [1]. Foi durante esse momento festivo que Jesus proferiu esta parábola. Anteriormente Jesus já havia proferido um discurso mostrando para o anfitrião da festa que ele deveria convidar pessoas que não pudessem retribuir ao anfitrião a cortesia, mas convidar os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos, assim ele seria considerado um bem-aventurado. Que sua recompensa não seria de seus amigos aqui na terra, mas no céu, na ressurreição dos justos (Lc 14.12-14).

Quando Jesus mencionou a “ressurreição dos justos”, um dos convidados empolgou-se e exclamou: “Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus!” O povo judeu imaginava o reino vindouro como um grande banquete, tendo Abraão, Isaque, Jacó e os profetas como convidados de honra (Lc 13.28; ver Is 25.6). Esse convidado anônimo estava certo de que, um dia, estaria presente no “banquete do reino” com eles! [2] Sua efusividade, entretanto, estava cheia de engano, pois quem proferiu essas palavras julgava que ele e seus pares, fiados em sua justiça própria, estariam nesse banquete. Jesus, então, corrige seu engano e conta mais uma parábola para falar da festa da salvação [3]. Charles L. Childers corrobora com esta afirmativa quando diz que Jesus aproveita sua afirmação como ponto de partida para uma parábola que condena a atitude de exclusividade e falsa segurança [4].

Quais as lições que está parábola têm nos ensinar?

1 – UM CONVITE PARA UM BANQUETE E A SUA RECUSA (Lc 14.16-20).

O homem da parábola convidou a muitos. Este primeiro convite era amplo, mas exclusivo. Os pobres, aleijados e cegos não estavam incluídos. Na aplicação da parábola, os convidados foram os judeus [5].

O certo homem que deu uma grande ceia é o próprio Deus. Esse banquete simboliza a festa escatológica (ou messiânica). Os convidados simbolizam alguns dos contemporâneos de Jesus que presumiram que sua eleição (“convite”) “eram favas contadas” (a saber, os “parentes, “vizinhos ricos” etc.). No entanto, contrariando todas as expectativas, os convidados desprezam o convite para o banquete [6].

Com isso em mente, podemos destacar algumas lições.

1º - Em primeiro lugar, a salvação simboliza um grande banquete (Lc 14.16,17). Ele convidou a muitos. Cristo convidou toda a nação e todo o povo judeu para participar dos benefícios de seu Evangelho. Há uma provisão suficiente para tantos quantos quiserem; ela foi profetizada como uma festa para todos os povos, Isaías 25.6. Cristo, no Evangelho, não só mantém uma boa casa, mas Ele também mantém uma casa aberta. Um lembrete específico foi dado, quando a hora da ceia estava chegando; o servo foi enviado para lembrá-los da ceia: Vinde, que já tudo está preparado [7].

Não se menciona ter alguém declinado o convite. Então, pouco antes de dar início ao banquete, o anfitrião envia um servo a dizer aos convidados: “Venham, porque tudo já está preparado” [8].

2º - Em segundo lugar, o banquete da salvação é preparado por Deus (Lc 14.16,17). A salvação não é resultado do esforço humano nem da parceria entre Deus e o homem. Não é sinergismo, é monergismo. Do Senhor vem a salvação. Todo o banquete foi preparado por Deus. O homem é convidado para o banquete que Deus preparou. O homem não coopera com Deus na salvação. Toda a salvação é obra de Deus. E Deus quem escolhe na eternidade. É Deus quem abre o coração. E Deus quem dá o arrependimento para a vida. E Deus quem regenera. E Deus quem justifica. E Deus quem santifica. E Deus quem glorifica. Tudo provém de Deus. O homem é salvo não por seu próprio esforço, mas, sim, por aceitar o convite da graça [9].

3º - Em segundo lugar, os convidados começaram a escusar-se do convite (Lc 14.18-20). No tempo de Jesus, quando alguém era convidado para jantar, avisava-se o dia, porém não a hora exata da refeição. O anfitrião precisava saber quantos convidados compareceriam, a fim de abater o número certo de animais e de preparar comida suficiente. Pouco antes de o banquete começar, o anfitrião enviava os servos à casa de cada um dos convidados para avisar que estava tudo pronto e que era hora de ir (ver Et 5.8; 6.14). Em outras palavras, cada um dos convidados dessa parábola já havia confirmado sua presença no banquete. O anfitrião esperava que comparecessem [10].

No entanto, não foi isso que ocorreu. Todos os convidados insultaram o anfitrião recusando-se a comparecer, apresentando desculpas para sua mudança de planos. Certamente, uma recusa de última hora de participar de um grande banquete é de mau gosto em qualquer cultura. No Oriente Médio isso é considerado uma rude afronta ao hospedeiro [11].

Tanto a recusa como as desculpas absurdas mostram que estes convidados estavam mostrando desprezo pelo dono da festa. Ninguém poderia confundir o desdém manifestado por eles. Suas atitudes foram tomadas como insultos pessoais, e tiveram indubitavelmente esta intenção [12]. As desculpas parecem muito frágeis e transparentes (cf. 9.57-62), desde que ninguém compraria geralmente um campo ou uma junta de bois sem prévio exame. O homem que se casou pode ter achado válida sua desculpa com base nas implicações de Deuteronômio 24.5 (cf. também Dt 20.7), mas deveria ter tomado outras providências para o casamento, tendo aceito o primeiro convite. As recusas mostraram desrespeito pelo anfitrião, e quebraram promessas implícitas na aceitação do primeiro convite [13].

Matthew Henry mostra que essas coisas eram lícitas, mas quando o coração está envolvido demais nelas, provam ser obstáculos fatais à fé e à religião [14].

Jesus, agora, destaca três desculpas apresentadas pelos convidados para não irem ao banquete.

Eu não vou porque tenho coisa melhor para ver (Lc 14.18). Ninguém naquele tempo compraria uma terra antes de vê-la. Quando uma pessoa não quer fazer algo, qualquer desculpa serve. Esse convidado tinha tempo para ver sua propriedade, mas não tinha tempo para Deus. Hoje o dinheiro ocupa a maior parte do nosso tempo, do nosso coração, da nossa devoção. Gastamos tanto tempo vendo o que possuímos, o que compramos e o que queremos ter, que não damos prioridade ao convite da salvação. Não havia nenhum pecado em comprar um terreno e em vê-lo, mas quando coisas boas ocupam o lugar de Deus em nossa vida, essas coisas se tornam um ídolo, e os idólatras não poderão entrar no reino de Deus. Esse convidado colocou o amor pelas coisas materiais à frente do gracioso convite.

Eu não vou porque tenho coisa melhor para fazer (Lc 14.19). Esse convidado tinha de experimentar seus bois. Ele estava ocupado demais com seus afazeres, seus negócios, seus lucros. Por isso, deu-se por escusado. Esse convidado colocou o trabalho, o emprego, a ocupação e os negócios à frente do convite de Deus. Muitas pessoas preferem as riquezas que perecem ao banquete da salvação. Amam mais o dinheiro do que a Deus. São mais apegadas às coisas da terra do que as do céu.

Eu não vou porque tenho coisa melhor para desfrutar (Lc 14.20). O casamento é uma coisa boa. E uma experiência maravilhosa. Mas rejeitar o convite da salvação por causa do casamento é uma insensatez. Deixar de entrar no reino por causa de um casamento é uma loucura. Esse convidado perdeu as bodas do céu por causa de suas bodas na terra. Perdeu uma bênção eterna por causa de uma bênção temporal. Perdeu uma bênção celestial por causa de uma bênção terrena. Muitos, ainda hoje, trocam a salvação pelo casamento. Trocam o reino de Deus por prazeres. Trocam a vida eterna por compromissos sociais [15].

A parábola contém uma ilustração vívida da resposta que o evangelho está constantemente recebendo, em todos os lugares em que é proclamado. Milhões de pessoas estão continuamente fazendo aquilo que a parábola descreve. São convidados a vir a Cristo, mas não querem vir. Não é a ignorância em relação ao cristianismo que arruína as almas dos homens; é a falta de vontade para usar o conhecimento que possuem ou o amor por este mundo [16].

2 – UM BANQUETE PARA OS REJEITADOS (Lc 14.21-24).

Aqueles que faziam parte do segundo grupo de convidados ainda estavam na cidade, o que indica que eles representavam os judeus. Mas o fato de estarem nas ruas e bairros bem como sua frágil condição econômica e física aponta para judeus de menor poder aquisitivo – “publicanos e pecadores”, assim como aqueles que eram literalmente os pobres e aleijados. Os fariseus considerariam todos esses como estando abaixo deles e muito longe de merecerem a atenção e o convite de Deus. Foi este grupo, entretanto, incluindo galileus simples que estavam presentes, que ouviu Jesus “de boa vontade” (ou “com prazer”) [17].

Com isso em mente, podemos destacar algumas lições.

1º - Em primeiro lugar, o Senhor não faz acepção de pessoas (Lc 14.21). Não obstante o honroso convite, os primeiros convidados deram desculpas (Lc   14.17). Jesus veio para os seus, mas os seus não o receberam (Jo 1.11). A nação de Israel não reconheceu o tempo da sua oportunidade, por isso rejeitou o Messias. Então, os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos foram trazidos (Lc 14.21). Havia pressa nesse chamamento feito pelas ruas e becos da cidade. Deus não discrimina nem faz acepção de pessoas (At 10.34; Tg 2.5). Os pobres que nada têm podem vir. Os aleijados com suas deformidades físicas e emocionais podem entrar. Os cegos que não sabem para onde ir são chamados a vir para o banquete, e os coxos que não podem andar são trazidos à sala do banquete. O evangelho é para as pessoas que reconhecem que nada têm. Cristo não veio chamar justos, mas pecadores. Os sãos não precisam de médico e sim os doentes. Somente aqueles que reconhecem sua carência e sua necessidade entram no banquete da salvação [18].

2º - Em segundo lugar, sempre haverá lugar na mesa do Senhor (Lc 14.22). Os publicanos e pecadores, camponeses galileus e aleijados judeus não eram suficientes para lotar a casa de convidados. A sala do banquete ainda tinha muitos lugares vazios. Aqui a imagem vai decrescendo lentamente, e passamos a ver as verdadeiras condições do reino. Vemos seu tamanho vasto, vemos a ilimitada oportunidade para todos aqueles que têm a devida consideração pelo convite do dono da casa [19].

Champlin corrobora com essa ideia quando diz que as “...ruas e becos da cidade...” provavelmente simbolizam aqueles lugares do mundo judaico onde o cristianismo haveria de penetrar, ao passo que os “caminhos e atalhos...” simbolizam o mundo gentílico mais amplo, por onde a igreja haveria de aventurar-se [20].

3º - Em terceiro lugar, a graça irresistível de Deus (Lc 14.23). Todos os que andavam pelos caminhos e atalhos são constrangidos a vir para o banquete (Lc 14.23). Todos aqueles que andavam pelos caminhos e atalhos são obrigados a entrar no banquete, não pelo instrumento da força, mas pela persuasão irresistível da graça. Os que estão errantes e cansados das caminhadas da vida podem encontrar mesa farta no reino de Deus [21]. Agora, lembre-se disso, embora a casa de Cristo seja grande, ela por fim se encherá; isto acontecerá quando o número dos eleitos for completado, e forem trazidos todos aqueles que lhe foram dados [22].

4º - Em quarto lugar, o banquete da salvação fechará suas portas aos que fecharam o coração ao convite da graça (Lc 14.24). A parábola termina com um veredito sombrio sobre aqueles que originalmente foram convidados e que deram suas desculpas. Não haveria uma segunda chance para eles. Esbanjaram a sua oportunidade e não teriam outra. Mais uma vez, vemos Jesus ressaltando a urgência da situação [23].

A inclusão radical das massas é contrabalanceada pela exclusão radical da elite. Nesse caso, a inclusão cria a exclusão (como At 18.6, onde Paulo diz aos judeus teimosos e resistentes de Corinto, “Caia sobre a cabeça de vocês o seu próprio sangue! Estou livre da minha responsabilidade. De agora em diante irei para os gentios”). Nesse texto do banquete messiânico de Lucas 13.22-30, a exclusão das aldeias criou uma inclusão para os quatro cantos do mundo [24].

COMCLUSÃO

Wiersbe diz que a vida cristã não é um funeral, mas sim um banquete, e estamos todos convidados. Cada um deve sair pelo mundo e proclamar a mensagem: “Vinde, porque tudo já está preparado!” Deus quer ver sua casa cheia, e “ainda há lugar”. Ele deseja que vamos para casa (Mc 5.19), que passemos por ruas e becos (Lc 14.21), por caminhos e atalhos (Lc 14.23). e por todo o mundo (Mc 16.15) com o evangelho de Jesus Cristo.

Foi sobre essa parábola que D. L. Moody escreveu seu último sermão, chamado “Desculpas”. Ele o pregou no dia 23 de novembro de 1899, em Kansas City, quando já estava bastante enfermo. “Preciso alcançar almas em Kansas City”, disse aos alunos de sua escola em Chicago. “Nunca senti um desejo tão ardente de levar homens e mulheres a Cristo como agora!”

Com o coração disparado e apoiando-se em um órgão para não cair, Moody pregou o evangelho com grande coragem, e cerca de cinquenta pessoas entregaram a vida a Jesus naquela ocasião. No dia seguinte, Moody voltou para casa, onde veio a falecer um mês depois. Até o último instante, Moody estava “compelindo as pessoas a entrar” [25]

Pense nisso!

Bibliografia:

1 – Kenneth Bailey. As Parábolas de Lucas, Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 164.

2 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 299.

3 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 443.

4 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 446.

5 – Ibidem, p. 448.

6 – Evans, Craig A. O Novo Comentário Bíblico Contemporâneo, Lucas, Ed. Vida, São Paulo, SP, 1996, p. 254.

7 – Henry, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Mateus a João, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2008, p. 644.

8 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 269.

9 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 444.

10 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 299.

11 – Kenneth Bailey. As Parábolas de Lucas, Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1985, p. 172.

12 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 448.

13 – Ash, Anthony Lee. O Evangelho Segundo Lucas, Ed. Vida Cristã, São Paulo, SP, 1980, p. 233.

14 – Henry, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Mateus a João, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2008, p. 645.

15 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 447.

16 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 255.

17 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 448.

18 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 445.

19 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 449.

20 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 146.

21 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 445.

22 – Henry, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Mateus a João, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2008, p. 646.

23 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 221.

24 – Neale, David A. Lucas, 9 – 24, Novo Comentário Beacon, Ed. Central Gospel, Rio de Janeiro, RJ, 2015, p.156.

25 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 301.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

A EXORTAÇÃO DE JESUS À HUMILDADE - Lucas 14.7-14

Por Pr Silas Figueira

Texto base: Lucas 14.7-14

INTRODUÇÃO

O episódio da cura do homem hidrópico aconteceu imediatamente depois da chegada dos convidados, antes que tivessem ocupado os seus lugares à mesa. Assim que o homem curado deixou a casa e o Mestre silenciou os seus críticos, os convidados escolheram os seus lugares. O egoísmo deles imediatamente mostrou como cada um – como crianças indisciplinadas – tentava conseguir os lugares de maior honra. [1] Diante dessa cena, o Senhor começou a observar a atitude desses fariseus, ou seja, assim como os fariseus examinavam e observavam o Senhor detidamente ao entrar na casa, para ver se ele diria ou faria algo que não era lícito no sábado, Jesus dirigiu seu olhar aos convidados, vendo como escolhiam os primeiros lugares. Esse comportamento dos convivas então motivou Jesus a ilustrar uma verdade superior e mais importante mediante uma figura. Suas palavras de forma alguma contêm mero bom senso. A ilustração utilizada aqui não é extraída de um banquete, mas do convite para uma festa nupcial, porque essa solenidade traz consigo uma classificação da importância dos convidados. [2]

As mesas naquela época eram, geralmente, arrumadas nessas ocasiões em forma de U ou um arranjo de mesas separadas no meio da sala. Na cabeceira ficava o anfitrião, em cada lado dele, os dois convidados mais honrados, e abaixo dos lados os restantes dos convidados. Quando os convidados entraram para esta refeição, houve uma precipitação para escolher os lugares de honra à mesa, os mais próximos ao hospedeiro. Foi diante desse quadro que o Senhor Jesus então proferiu está parábola.

Diante desse quadro, podemos tirar algumas lições.

1 – UMA LIÇÃO À HUMILDADE (Lc 14.7-11).

Jesus conta uma parábola para ensinar o princípio demonstrado no versículo 11: “Porquanto qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado”. O que estava sendo ensinado aqui era uma lição sobre a humildade, e não simplesmente regras para serem observadas nesses encontros sociais [3].

Podemos destacar três princípios aqui:

1º - Em primeiro lugar, nem todos que pensam que tem honra, são honrados (Lc 14.8,9). Muitos daqueles homens que estavam naquele banquete pensavam que eram mais honrados que os outros homens, mas o único que merecia o lugar de honra era o Senhor Jesus. Somente Ele tinha honra naquele lugar. No entanto, aos olhos dos fariseus e doutores da Lei, Jesus era o único que não tinha honra alguma.

Hoje não está diferente daquela época. Muitas pessoas pensam que merecem lugar de honra, no entanto não tem honra alguma. Algumas pessoas pensam que pôr terem algum “título” são mais honradas que outras pessoas. Muitos destes podem até ter o título de doutor, juiz, ministro, pastor..., mas quantos destes desonram o título que tem. São uma desonra para a sociedade. São uma vergonha para o título que carregam.

Deus não se impressiona com nosso status na sociedade nem na igreja. Não é influenciado pelo que dizem ou pensam a nosso respeito, pois vê o que há por trás das motivações de nosso coração (1Sm 16.7). Deus continua a humilhar os arrogantes e a exaltar os humildes (Tg 4.6) [4].

2º - Em segundo lugar, devemos aprender o valor da humildade (Lc 14.10). Jesus, para ilustrar esse ensinamento, conta a parábola de uma festa de casamento, porque essa solenidade traz consigo uma classificação da importância dos convidados. No entanto, em vez de o convidado chegar à festa e imediatamente ocupar os primeiros lugares, deve procurar os últimos lugares. Pois é um grande constrangimento ser solicitado para sair de um lugar de honra a fim de dar a vez a outro convidado mais digno. Porém, é uma grande honra estar assentado nos últimos lugares e ser convidado pelo dono da festa a ocupar lugar de maior destaque [5]. No entanto, a intenção de Jesus é muito maior do que dar meros conselhos de bom comportamento nos banquetes. A vista do significado da parábola da grande ceia, que vem a seguir, nos vv. 15-24, parece-nos razoável que interpretemos a festa de casamento como referência velada ao banquete no reino, no final dos tempos [6].

John C. Ryle diz que a humildade pode ser chamada de a rainha de todas as virtudes [7].

Observe a expressão “Amigo...”. Não se trata da mesma palavra grega que figura em Mt 20.13; 22.12; 26.50, mas aquela usada em João 11.11, acerca de Lázaro, o amigo de Jesus que morreu, e em João 15.14, acerca dos discípulos de Jesus, aos quais ele começou a chamar de “amigos” em determinado instante. O vocábulo implica em um afeto de grande amizade. O hospede humilde como que cruza os olhos com o seu anfitrião e é convidado a uma posição mais elevada, ao mesmo tempo que a amizade do dono da casa por ele pelo menos aumenta um pouco mais. E assim o convidado humilde é elevado não apenas a uma posição mais próxima do dono da casa, mas também na estima dele. Aqui vemos, igualmente, uma lição concernente a nossa humildade diante de Deus, pois a promessa que ele faz é que exaltará aos humildes e humilhará aos soberbos. Veja essa lição ensinada no trecho de 1Pe 5.5,6 [8].

O que Jesus estava dizendo é quase uma repetição do que há tanto tempo é ensinado em Provérbios 25.6,7 (NVI): “Não se engrandeça na presença do rei e não reivindique lugar entre os homens importantes; é melhor que o rei lhe diga: Suba para cá!, do que ter de humilhá-lo diante de uma autoridade” [9].

Como nos diz Paulo em sua carta aos Filipenses 2.3: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”.

A humildade é a virtude que tem sido a característica distintiva no caráter dos cristãos mais piedosos em todas as épocas [10].

3º - Em terceiro lugar, os que se exaltam serão humilhados (Lc 14.11). Essa parábola mostra que a humildade é a antessala da honra, mas a soberba é a plataforma da vergonha. Quem se humilha é exaltado; quem se exalta é humilhado [11]. A atitude humilde não apenas evita o risco da humilhação, mas é sempre o caminho da exaltação [12].

Os rabinos contavam uma parábola semelhante a esta: “Três homens foram convidados para um banquete. Um sentou-se no lugar mais alto, dizendo, eu sou um príncipe. Outro se sentou a seu lado dizendo: eu sou um homem sábio. O outro no lugar mais baixo, dizendo, eu sou um homem humilde. O rei colocou o homem humilde assentado no lugar mais alto, e colocou o príncipe no lugar mais baixo” [13].

John C. Ryle é enfático ao dizer que o conhecimento correto é a raiz e a fonte da humildade. O homem que conhece a si mesmo e ao seu próprio coração, conhece a Deus e sua majestade e santidade infinitas, conhece a Cristo e o preço que Ele pagou por nossa redenção – tal homem jamais será orgulhoso. Assim como Jacó, haverá de considerar-se “indigno de todas as misericórdias” de Deus (Gn 32.10). A semelhança de Jó, dirá a respeito de si mesmo: “Sou indigno” (Jó 40.4). Clamará, assim como o apóstolo Paulo: “Eu sou o principal dos pecadores” (1Tm 1.15). Não achará nada bom em si mesmo. Em humildade de espírito, julgará os outros melhores do que ele mesmo (Fp 2.3). Ignorância, nada menos do que ignorância – ignorância acerca de si mesmo, de Deus e de Cristo — é o verdadeiro segredo do orgulho [14].

2 – A NECESSIDADE DA MOTIVAÇÃO CERTA (Lc 14.12-14).

Assim como faz parte da natureza humana buscar posições de honra, assim também é de a tendência humana fazer coisas boas para os amigos (ou para as pessoas que, assim o esperamos, venham a tornar-se nossos amigos), pois antecipamos que nos retribuam nossos favores. Jesus adverte ao que o tinha convidado: a bondade demonstrada aos que vão retribuir com bondade não impressiona a Deus [15].

Com isso em mente, podemos destacar algumas lições.

1º - Em primeiro lugar, Jesus não está criticando o anfitrião por convidar os seus amigos para um banquete, mas a motivação desse convite (Lc 14.12). Jesus sabia que o anfitrião havia convidado os presentes por dois motivos: (1) para retribuir convites anteriores; e (2) para que ficassem em dívida com ele e continuassem a convidá-lo para outros banquetes. Esse tipo de hospitalidade não é uma expressão de amor e graça, mas sim uma demonstração de orgulho e de egoísmo. Estava “comprando” o reconhecimento dos convidados [16].

Há muitos que expressam a sua vaidade num banquete, em vez de demonstrar sua generosidade. Ressaltam sua grandeza, em vez de demonstrar sua compaixão. Fazem propaganda de sua riqueza, em vez de revelar sua bondade. Convidam pessoas ricas para receber em troca redobrada recompensa, em vez de expressarem amor aos que não têm com o que retribuir [17].

Vou lhe dar um exemplo. Uma vez eu fui a um congresso de um determinado pastor. Esse congresso durava certa de três dias. Ficamos hospedados no hotel em que seria o congresso. Vários pastores convidados, além dos cantores e bandas. Mas o que eu descobri nesse congresso, era que cada pregador ali convidado tinha que convidar o líder do congresso posteriomente, dando oferta, acomodações e despesa paga na mesma proporção que cada um recebia. Mas quem pagava a conta era a igreja. Fizeram daquele congresso, e de outros congressos, um comércio que beneficiava grandemente o pastor convidado.

2º - Em segundo lugar, a bem-aventurança em convidar quem não pode retribuir (Lc 14.13,14). Primeiramente devemos destacar que Jesus não está ensinando que a salvação é mediante as obras de caridade. Longe disso. Jesus nunca ensinou tal coisa. Somos salvos mediante a graça e não mediante obras. Outro detalhe que precisamos destacar, é que o bem que fazemos, seremos recompensados por Deus, e não necessariamente por quem fizemos o bem. Como lemos em Atos 10.1-4: “E havia em Cesareia um homem por nome Cornélio, centurião da coorte chamada italiana, piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo, e de contínuo orava a Deus. Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio. O qual, fixando os olhos nele, e muito atemorizado, disse: Que é, Senhor? E disse-lhe: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus”.

Um indivíduo é bem-aventurado quando age motivado por pura graça, sem qualquer pensamento e nem possibilidade de ser recompensado por isso, porquanto, ao assim agir, está no processo de tornar-se mais parecido com Deus Pai e com Deus Filho [18].

Os israelitas eram obrigados, pela lei de Moisés, a incluir os pobres, os estrangeiros, os órfãos, e as viúvas em suas festas (Dt 14.28-29; 16.11; 26.11-13). A menção que Jesus faz aqui em relação aos mandamentos de Deus a Moisés relembra a ênfase dada aos deficientes físicos – os aleijados, os mancos, os cegos. Visto que o motivo desta prática de ajudar sem egoísmo é o amor, e que não há chance de recompensa terrena, recompensado serás na ressurreição dos justos [19].

Como disse Paulo: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35).

3º - Em terceiro lugar, a importância de pensar sobre a ressurreição dos mortos (Lc 14.14). Haverá uma ressurreição após a morte. Isto jamais deve ser esquecido. A vida que temos neste corpo não é tudo. O mundo visível que nos cerca não é o único com o qual temos de lidar. Tudo não está acabado quando o último suspiro é dado e homens e mulheres são levados à sua residência no sepulcro. Um dia a trombeta soará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis. Todos os que se encontram no sepulcro ouvirão a voz de Cristo e sairão: aqueles que tiverem feito o bem ressurgirão para a ressurreição da vida, e os que tiverem feito o mal, para a ressurreição da condenação. Essa é uma das grandes verdades fundamentais do cristianismo. Apeguemo-nos com firmeza a essa verdade e dela jamais nos afastemos [20].

CONCLUSÃO

Esse conselho teria ressoado com muita estranheza aos ouvidos de muitos dos contemporâneos de Jesus. Segundo o modo errado de aquelas pessoas pensarem, os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos são pessoas a quem Deus negou suas bênçãos. Com toda a probabilidade, julgava-se que suas aflições eram resultantes do pecado. Tais pessoas, ao lado dos gentios, seriam as últimas a ter entrada no reino de Deus. Por que então alguém haveria de convidar essa gente para uma festa? Comer ao lado de tais pessoas resultaria em o judeu tornar-se cerimonialmente imundo. Portanto, o israelita piedoso procuraria naturalmente manter companhia com pessoas de mesma piedade. No entanto, Jesus não compartilha esse ponto de vista estreito, corroído de auto retidão. Sua proclamação das Boas-Novas declara que até mesmo os humildes e os desprezados devem ser incluídos no reino de Deus. Em nenhuma outra passagem essa ideia é vista com maior intensidade do que na parábola que se segue [21].

Ao olharmos para esta parábola observamos as prioridades do Reino de Deus, que é totalmente contrária as nossas prioridades. Se dissermos que não nos identificamos com o anfitrião e com os fariseus dessa história mentimos. Com certeza, a nossa identificação com os ensinamentos de Jesus é uma lição incômoda para todos nós. Mas é um alerta para sermos menos egoístas e sermos mais altruístas. Não para sermos vistos pelos homens, mas para sermos vistos e recompensados por Deus.  

Pense nisso!

Bibliografia

1 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 446.

2 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 306.

3 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 144.

4 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 298.

5 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 442.

6 – Evans, Craig A. O Novo Comentário Bíblico Contemporâneo, Lucas, Ed. Vida, São Paulo, SP, 1996, p. 252.

7 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 251.

8 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 144.

9 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 258.

10 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 251.

11 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 442.

12 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 446.

13 – Henry, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Mateus a João, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2008, p. 642.

14 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 251.

15 – Evans, Craig A. O Novo Comentário Bíblico Contemporâneo, Lucas, Ed. Vida, São Paulo, SP, 1996, p. 252.

16 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 299.

17 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 443.

18 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 145.

19 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 447.

20 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002, p. 252.

21 – Evans, Craig A. O Novo Comentário Bíblico Contemporâneo, Lucas, Ed. Vida, São Paulo, SP, 1996, p. 253.