sábado, 23 de março de 2019

UMA IGREJA INSPIRADORA


Por Flávio Santos

1 Tessalonicenses 1.1-10 

A cidade de Tessalônica e sua importância. Tessalônica era uma cidade próspera pela sua própria história. Uma cidade que ligava Roma ao Oriente. Os estudiosos dizem que o Oriente e Ocidente passavam por Tessalônica. Sua importância está nisto, em ser um lugar, que recebendo o evangelho, poderia levá-lo ao mundo. 

Paulo em Tessalônica. At 17.1-10. Como era costumeiro, Paulo vai à sinagoga discutir e pregar o Evangelho baseado nas Escrituras, dizendo que o Cristo havia morrido e ressuscitado. A pregação gerou a conversão de alguns judeus, muitos gregos e muitas mulheres de alta posição. Paulo pregou ali por, no máximo, três semanas. (2). E o sucesso de sua pregação, como sempre, gerou inveja nos judeus e estes o quiseram prender. Mas, pela graça, Paulo foi enviado para Beréia. (11) 

Com surgiu a Carta aos Tessalonicenses. 1 Ts 2.17-20; 3.1-13. Como Paulo teve que sair às pressas de Tessalônica, ocasionada pela perseguição dos judeus, e por ter de seguir o seu caminho. Não teve oportunidade de voltar para ver o que o Evangelho tinha produzido, de fato, ali, entre os irmãos, pois, satanás o havia impedido. Paulo, então, com muita saudade e ansioso por saber notícias dos irmãos, envia Timóteo para saber como os irmãos daquela igreja estavam. Timóteo volta com boas e más notícias dos tessalonicenses. Com este relatório em mãos, Paulo escreve sua primeira carta aos Tessalonicenses. 

Propósito da Carta aos Tessalonicenses. O propósito da carta é louvar a atitude dos tessalonicenses de permanecerem firmes na fé, no amor e na esperança diante da perseguição dos judeus e corrigir alguns erros doutrinários sobre a volta de Cristo. 

Vejamos, então, a partir destas informações, o que fez a igreja dos Tessalonicenses uma igreja inspiradora. 

A SAUDAÇÃO DE PAULO. (1) A igreja em Tessalônica era uma comunidade que honrava quem era Paulo. Ele não escreve sua carta à igreja mostrando suas credenciais apostólicas, dizendo que era o Apóstolo Paulo como fez a outras igrejas. Igrejas que não honravam seu apostolado. A igreja tinha muita consideração por Paulo. 

Paulo mostra na sua saudação que a igreja em Tessalônica era dos Tessalonicenses. Era uma igreja das pessoas. Não era uma igreja dele. Era uma igreja do povo. E também era uma igreja em Deus. 

A GRATIDÃO DE PAULO PELOS TESSALONICENSES. (2,3) Paulo escrevendo aos tessalonicenses diz que sempre agradecia a Deus por todos eles. A gratidão que Paulo tinha por elas era demonstrada em suas orações. Paulo usa duas palavras para mostrar qual era a sua gratidão por eles em suas orações. Sempre e Continuamente. 

Por quais motivos Paulo dava graças a Deus por esses irmãos? Por três motivos: o trabalho que resulta da fé. Todo o trabalho cristão, mas principalmente o trabalho de evangelismo; o esforço motivado pelo amor. Usar todas as energias no trabalho para Deus; e a perseverança proveniente da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. Paciência triunfadora. 

OS EFEITOS DO EVANGELHO NOS TESSALONICENSES. (4 – 6) Paulo tratava os tessalonicenses com muito carinho. Chamando-os de irmãos e amados de Deus. Com essas palavras de carinho, Paulo diz que o Evangelho produziu efeitos naquela igreja. Eles se entenderam a sua eleição por meio do evangelho. Paulo pregou o evangelho no poder do Espirito Santo e com convicção. O evangelho produziu discípulos: receberam a palavra com alegria e tornaram-se modelos para outros. 

A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO PELOS TESSALONICENSES. (7 – 10) A igreja em Tessalônica tornou-se uma agência missionária. Dali o evangelho se expandiu chegando a outras pessoas. Propagou-se para a Macedônia e a Acaia. E em outros lugares. A fé deles em Deus ficou conhecida. O que precisa ser conhecido de uma igreja inspiradora é a fé que ela possui em Deus. A fé deles se dava em duas dimensões: servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a Jesus.

terça-feira, 12 de março de 2019

O FUNDAMENTO DA IGREJA


Pr. Cleber Montes Moreira

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina.” “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Efésios 2:20; Mateus 16:16)

Um dia Pedro fez uma bela confissão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16). Tal afirmação sobre Jesus destoava do entendimento das pessoas de fora, que diziam ser ele João o Batista, Elias, Jeremias, ou um dos profetas. Esta verdade revelada a Pedro pelo próprio Deus é a base da construção da igreja, por isso Jesus, a partir dela, diz: “E também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra (que é o próprio Cristo, e não Pedro) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18 – adendo explicativo). No texto é usado o grego "Petros" para se referir a Pedro, palavra cujo significado é “pedrinha” ou “fragmento de rocha”. Porém, para Cristo é usado "Petra", que significa “rocha”, usualmente uma rocha utilizada no mundo antigo para fazer fundações. Por isso o melhor entendimento do texto é que Pedro é uma pedrinha, e que Jesus é a verdadeira Rocha, ou pedra angular, sobre a qual o Senhor edificaria a sua igreja. É esta pedra que os judeus rejeitaram: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina” (Atos 4:11).

Ainda hoje muitos rejeitam a Cristo, a pedra angular, na tentativa vã de construir a fé sobre outros fundamentos. A questão é que as edificações erguidas sobre outros alicerces têm prazo de validade, pois não podem suportar por muito tempo as intempéries. A sentença para este tipo de construção é esta: “E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” (Mateus 7:27). Por isso, tenhamos em mente que: A sabedoria humana não pode constituir a base da construção da igreja, porque o conhecimento sobre quem é Cristo não pode ser elaborado a partir da mente do homem natural, uma vez que para compreender esta verdade é imprescindível a iluminação do Espírito de Deus, que habita somente nos salvos. Por isso Paulo, escrevendo aos Coríntios, afirmou que sua mensagem não consistia em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; que não falava segundo sua própria sabedoria, mas segundo o ensino do Espírito Santo (1 Coríntios 2:4,13). É assim que a revelação sobre quem é Cristo não veio do próprio Pedro, mas do Eterno: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus” (Mateus 16:17). A importância desta verdade que o próprio Deus revelou a Pedro consiste em que nossas convicções determinam o modo como vivemos. Só podemos ser edificados na verdade se, de fato, conhecermos a verdade. Assim, a verdadeira igreja é firmada na verdade que é Cristo, ou então, não será uma igreja.

Toda construção que se chama “igreja”, edificada a partir do conhecimento, do pensamento e capacidade humana ruirá. Pregadores que se utilizam da sabedoria humana, como por exemplo da filosofia, podem proferir mensagens agradáveis, atrair pessoas, promover adesões e encher os templos, mas não podem cooperar para a edificação da igreja. Portanto, a declaração de Pedro nos revela o único fundamento sobre o qual a verdadeira igreja, como edifício santo, se ergue: Cristo! “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3:11). João Calvino tem razão ao afirmar: “Aqueles que desejam construir a Igreja pela rejeição da Bíblia, constroem um chiqueiro e não a Igreja de Deus.”

Quando lemos sobre os primeiros cristãos, que “perseveravam na doutrina dos apóstolos” (Atos 2:42), logo identificamos que o ensino apostólico era Cristo, assim como deve ser o ensino da igreja hoje. Os escritos paulinos dizem que o fundamento dos apóstolos e dos profetas é o ensino de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Os apóstolos anunciavam a Cristo, e não uma religião, ou uma ciência, ou uma cultura, e foi este ensino que chegou também a nós.

Entendamos que cada igreja local só será expressão fiel da igreja de Cristo, só continuará sendo verdadeiramente edificada, e permanecerá, se tudo o que fizer for a partir de Cristo e para Cristo: Se seu púlpito proclamar a Cristo, se seu ensino for Cristo, se sua música exaltar exclusivamente a Cristo, se sua evangelização proclamar a Cristo como único e suficiente Salvador e Senhor dos que creem, e se toda a sua obra glorificar a Cristo, porque sem Cristo não há igreja verdadeira, e toda igreja que não tiver Cristo por fundamento um dia cairá, e será grande a sua queda.

O PECADO NÃO INCOMODA MAIS