
- Se Deus não existe, valores morais objetivos não existem;
- Valores morais objetivos existem;
- Então, Deus existe.
Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará (Ef 5.14).
Em artigos anteriores escrevi uma análise a respeito da igreja e tomei coragem para afirmar que, ao que parece, Deus largou a igreja brasileira de lado e deixou-a seguir seu próprio caminho. É que Deus agiu da mesma maneira com a nação de Israel no passado e falou com o profeta Isaías a respeito. No mesmo capítulo em que Isaías descreve a glória de Deus e se vê confrontado com seu pecado, a mensagem que Deus lhe dá é a mesma que diria hoje a igreja:
“O Senhor Deus me disse: — Vá e diga ao povo o seguinte: “Vocês podem escutar o quanto quiserem, mas não vão entender nada; podem olhar bem, mas não enxergarão nada.” Isaías, faça com que esse povo fique com a mente fechada, com os ouvidos surdos e com os olhos cegos, a fim de que não possam ver, nem ouvir, nem entender. Pois, se pudessem, eles voltariam para mim e seriam curados” (Is 6.910 – NTLH).
Esta palavra de Isaías é tão verdadeira que foi repetida por Jesus, e anos mais tarde por Paulo. Tanto Jesus quanto Paulo usaram o mesmo texto de Isaías para falar a respeito dos israelitas que endureceram seu coração para não ouvir a Deus. Isaías estava falando para os judeus, povo que adorava a Deus e que tinha ritos religiosos e observava os mandamentos e a lei.
Em Mateus 13 os discípulos perguntaram a Jesus: Por que lhes fala por parábolas? E Jesus citou este texto de Isaías. Quando os judeus em Roma rejeitaram a palavra que Paulo lhes pregava ele também citou esta mesma palavra. Isto é, que os israelitas estavam surdos e cegos e Deus os deixara assim para sua própria perdição.
“Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados” (Mt 13.13-15).
Assim como a nação de Israel perdera o foco de sua missão que era a de ser luz para as nações, a igreja brasileira perdeu o foco de sua missão. Os líderes da igreja endureceram seu coração e seus líderes hoje têm olhos que não veem e ouvidos que não ouvem, por isso não entendem a mensagem que Deus tem pra ela.
Confesso que o que vemos hoje no Brasil não espelha a verdadeira igreja de Cristo. Por que digo isto? Porque a igreja atual não preenche os requisitos de uma igreja que diz ser o corpo de Cristo. A igreja se casou com o sistema do mundo. Incorporou em sua mensagem e prática de vida elementos de filosofias humanistas e positivistas, e vem deturpando sistematicamente os ensinamentos de Jesus Cristo.
Décadas atrás culpávamos os católicos por serem uma igreja casada com o sistema, mas, ultimamente os evangélicos se casaram com o sistema do mundo, e seus líderes apreciam a vida palaciana, dividem os púlpitos com políticos sórdidos e abandonaram os pobres e os necessitados. Haja vista que hoje no Brasil muitos pastores e líderes apóiam este governo que tem em sua agenda um programa comunista que vai de encontro, em choque frontal com a mensagem do reino de Deus. Pastores e líderes perderam sua voz profética e a igreja se tornou meramente palanque de políticos que atentam contra a própria igreja!
Que Deus largou a igreja brasileira de lado não resta dúvidas. Isaías afirmou que o Espírito Santo se entristecera e que se tornara inimigo do povo de Israel. O mesmo está acontecendo nos dias de hoje. O Espírito Santo se tornou o maior inimigo da igreja. Não sou advogado de Deus, mas com base nas escrituras posso afirmar que Deus entregou seu próprio povo à matança! Isto é, os que se dizem povo de Deus e não são, porque Deus sempre conserva um povo remanescente que não dobra seus joelhos diante de Baal.
“Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo, pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles” (Is 63.10). A igreja hoje tem um grande inimigo que não é o diabo. Seu maior inimigo é o Espírito Santo, porque a igreja não tem ouvidos para ouvir nem olhos para ver. A igreja abandonou sua missão na terra e se encantou com seus amantes.
Todos os dias recebo e-mails dos meus pares pastores pedindo que oremos para que as leis que tramitam no congresso nacional e que limitarão a ação da igreja não sejam aprovadas. E que diferença fará a aprovação de tais leis para a Igreja? As leis vigentes no império romano eram ainda mais absurdas, porque era obrigatório que se queimasse incenso ao Imperador, como atesta um documento de Plínio, o menor ao imperador Trajano. Não se podia fazer reuniões à porta fechadas (por isso Lucas descreve em Atos 20.8 que havia muitas lâmpadas na sala onde estavam reunidos os irmãos). Os irmãos se reuniam de madrugada para tomar a ceia e eram perseguidos pelo sistema e até acusados de serem um povo que roubava e que causava mal à sociedade. E, apesar de tudo a igreja cresceu. Nero pôs fogo em Roma e colocou nos cristãos a culpa, e o povo acreditou!
Não me preocupam essas leis. Quem sabe – sem querer ser um profeta apocalíptico – essas leis farão a igreja se despertar para sua verdadeira missão e farão que a mensagem simples e poderosa do evangelho volte a ser pregada integralmente.
Chegará o dia em que a igreja orará como Isaias perguntando: “Ó Senhor, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Volta, por amor dos teus servos e das tribos da tua herança” (Is 63.17).
Mas, para os que temem o Nome do Senhor brilhará o Sol da justiça! Existe uma parcela da igreja que não se dobrou diante de Baal, diante do sistema do mundo e que permanece fiel a Deus. Onde está essa gente? Está no meio da igreja! Assim como na Babilônia havia os fieis que não se dobravam diante dos ídolos, na grande Babilônia de hoje existem fieis que temem ao Senhor e não dobram seus joelhos nem cedem diante dos apelos governistas.
As palavras de Deus dadas a Jeremias são bastante atuais em nossos dias. Jeremias dizia que “a palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela” (Jr 6.10). E, de fato, os pregadores de hoje têm deixado a palavra de Deus de lado. Jeremias também afirma que “tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade” (6.13). Preciso ser mais claro? Diz ainda o profeta que os pregadores “curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (v 14).
E finalmente o Senhor diz: “Eis que ponho tropeços a este povo” (v 21).
E a igreja brasileira tropeça e tropeça, culpando o diabo. Mas é Deus que está colocando tropeços no meio do seu povo. Prestem atenção! Deus está no comando! Só assim Deus terá um povo santo e nação santa que é seu grande anelo e propósito.
Como proceder? Que reação devemos ter? Confessar, como Habacuque: Diante da negativa de Deus de que as coisas haveriam de piorar, podemos confessar que continuaremos a esperar no “Deus da minha salvação”!
O poeta Castro Alves gritou desesperadamente diante de Deus diante das injustiças cometidas em seus dias: Deus, onde estás? “Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus, se eu deliro... ou se é verdade tanto horror perante os céus?!”.Por David Chilton
Derek Thomas
Nossa geração é a primeira geração de cristãos em que se faz seriamente a pergunta: Quanto tempo posso gastar em entretenimento? Em toda a minha leitura a respeito dos séculos XVI e XVII, nunca me deparei uma única vez com essa pergunta sendo feita de alguma forma séria. Não é que esses séculos, ou os cristãos que viveram neles, eram anti-lazer – um bando de estraga-prazeres! Eles não eram. Ninguém fez mais para dispersar essa caricatura dos puritanos do que Leland Ryken em seu corretamente elogiado livro, Santos no Mundo.
Não obstante, esta é uma geração na qual o tempo livre foi inserido na estrutura da semana como um direito. Nós temos tempos reservados para entretenimento - sexta-feira à noite, o final de semana... Isso inclui (infelizmente!) as tardes de domingo, apesar dos fortes textos bíblicos que nos advertem quanto às conseqüências (veja, se desejar, Is. 58:13-14). De alguma forma, nunca nos ocorre perguntar por que é que nós nunca lemos a respeito de Jesus ou dos discípulos simplesmente "se divertindo". Não há nenhuma palavra sobre Paulo "dando uma saída" com os rapazes em Éfeso ou Corinto. O que a Bíblia tem a dizer sobre o lazer e o modo com que deveríamos fazer uso dele?
Eis aqui um princípio, enganador com certeza e com boa probabilidade de ser distorcido, mas, ainda assim, bíblico: Deus nos deu um padrão, um ritmo se você preferir, de um dia seguido de seis. Um dia de “descanso” seguido por seis dias de “trabalho”. Deixando de lado por um minuto a questão sobre a propriedade de usar o Dia do Senhor para entretenimento, o princípio que parece ser mais ou menos correto é que não há nada impróprio em se gastar aproximadamente 15% da semana, uma ou duas horas por dia, entretendo-se.
Mas aqui está o ponto: é extremamente fácil tornar-se um viciado e cair em frente à TV por 3, 4, ou até mesmo 6 horas consecutivas. Isso é deixar o entretenimento fugir ao controle. Não é que algumas horas são ruins para nós (é claro que isso depende do que se está assistindo!); é só que, como talvez dissesse Paulo, não convém*.
É verdade que, diante de todo o entretenimento disponível, talvez a nossa geração seja uma geração entediada. Nós temos filmes, shopping centers e MP3 players e ainda assim o lamento “não tenho nada para fazer” ainda pode ser ouvido, alto e claro. Uma recente pesquisa revelou que 71% das pessoas querem mais "novidade" em suas vidas. O tédio está em alta. O Dr. Richard Winter, um psicólogo do Covenant Theological Seminary (o seminário oficial da PCA – Presbiterian Church in America**) sugere que os americanos estão sendo entretidos até a morte. "O tédio pode vir logo após a excitação. Há um sentido no qual você precisa de cada vez mais e mais excitação, mais estímulo para mantê-lo interessado", ele escreve. O "Fator Medo" mostra que as pessoas farão coisas cada vez mais grosseiras e asquerosas para achar o requerido entusiasmo do entretenimento.
Em seu livro, Still Bored in a Culture of Entertainment (Ainda Enfadado em uma Cultura de Entretenimento), o Dr. Winter examina como o tédio aumentou conforme mais tempo livre tornou-se disponível. Na realidade, ele afirma que a pessoa média hoje tem aproximadamente 33.000 horas a mais de lazer do que uma pessoa que viveu na metade dos anos 1800.
Winter diz: "Estas são buscas viciosas, que causam dependência, de forma que as pessoas gastam horas e horas, e isso se torna a sua realidade. Elas vivem em uma realidade virtual, em vez da realidade real do mundo de Deus, o universo físico em que estamos inseridos."
Aqui vai uma idéia que certamente vai revolucionar nossa avaliação do valor do entretenimento: comece a ler livros novamente! Nunca houve um tempo em que os melhores livros estiveram mais disponíveis do que no presente. Algumas horas por dia lendo boa literatura nos recompensariam graciosamente.
Você leu algum bom livro ultimamente?