domingo, 24 de julho de 2022

O REINO DE DEUS ENTRE NÓS - Lucas 11.20-28

Por Pr Silas Figueira

Texto base: Lucas 11.20-28

INTRUDUÇÃO

Após Jesus expulsar um demônio de um homem que o deixava mudo e cego, os fariseus (Mt 12.24) e os escribas (Mc 3.22) começaram a blasfemar e dizer que Jesus fazia tais prodígios pelo poder de Belzebu, o príncipe dos demônios – Satanás. Em sua defesa Jesus lhes pergunta por quem expulsava os seus filhos? Com essa pergunta o Senhor deixava exposta a incoerência deles. Se expulsar demônios provava que alguém estava em aliança com Satanás, então os exorcistas que atuavam entre eles estavam em aliança com Belzebu também! Esses exorcistas eram rabinos, fariseus, escribas e seus discípulos. Como explicar isso então? Com isso, Jesus os encurrala em seus próprios argumentos. 

Jesus continua o diálogo dizendo que se Ele expulsava demônios pelo dedo de Deus era chegado a eles o reino de Deus. Leon Morris diz que a presença do reino deve ser vista, não em bons conselhos nem em práticas piedosas, mas, sim, no poder que expulsa as forças do mal [1].  

Quais as lições que podemos tirar desse texto para nós hoje?

1 – A AUTORIDADE DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS ERA A PROVA DA CHEGADA DO REINO DE DEUS (Lc 11.20-23).

Longe de aceitar a perversa e blasfema acusação dos escribas, Jesus mostra a libertação dos cativos pelo dedo de Deus como uma prova irrefutável da triunfal chegada do reino de Deus sobre eles (11.20) [2]. Jesus expulsava os demônios pelo poder do Espírito Santo (cf. Mt 12.28). Basta que Jesus levante o dedo, e Satanás solta a sua presa. Esse modo de falar simboliza o reino e a supremacia incondicionais sobre Satanás. Neste caso, porém, o reino de Deus chega já na pessoa de Jesus [3].

Quando Jesus usou a expressão “dedo de Deus”, Ele estava reportando ao que aconteceu em Êxodo 8.19, quando os magos de Faraó reconheceram o poder de Deus agindo através de Moisés. No entanto, os líderes religiosos judeus não reconheciam o poder de Deus exibido pelo Senhor Jesus Cristo. Nada poderia demonstrar mais claramente a sua condição de morte espiritual. A incredulidade era tanta que eles não perceberam o tempo da visitação de Deus em suas vidas.

Com isso em mente, podemos destacar três fatos importantes:

1º - Em primeiro lugar, Jesus destaca que Satanás é um adversário forte (Lc 11.21). Aqui Jesus compara Satanás a um homem forte totalmente armado. Jesus deixa claro que a nossa luta é contra um adversário poderoso. Em momento algum o Senhor disse que o diabo é um ser fraco, pelo contrário, ele é um ser ardiloso, como nos alertou o apóstolo Paulo (2Co 2.10,11).

Jesus mostra Satanás como o valente que guarda sua casa armado. Sua casa aqui simboliza o homem sob o seu poder. Satanás até então estava em paz, pois ainda não havia se manifestado o reino de Deus.

2º - Em segundo lugar, Jesus destaca que Satanás é um adversário derrotado (Lc 11.22). Jesus é o mais valente que ataca e domina o valente, tira-lhe toda a armadura em que ele confiava e distribui seus despojos. Satanás e suas hostes demoníacas são impotentes para impedir o Senhor Jesus de resgatar almas do reino das trevas (Cl 1.13,14). Jesus demonstrou claramente o Seu poder curando o mal que estava sobre este homem, e também outras doenças que eram resultado da ação de Satanás sobre a raça humana em pecado. Jesus foi além, Ele venceu a morte “aniquilando o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hb 2.14). Ninguém além de Jesus poderia tão completamente “destruir as obras do diabo” (1Jo 3.8).

3º - Em terceiro lugar, Jesus alerta acerca da neutralidade (Lc 11.23). Na guerra entre Deus e Satanás, entre o céu e o inferno, entre o bem e o mal, entre a verdade e o erro, ninguém é neutro. Não podemos tentar agir como Pilatos que lavou as suas mãos quando tinha que tomar uma decisão a respeito de Jesus (Mt 27.19,24). Não é necessário se opor abertamente a Cristo atacando a Sua divindade, Sua Palavra, o Evangelho ou mesmo Sua Igreja para ser contra Ele; é suficiente apenas não tomar uma decisão sobre Ele. Não tomar decisão nenhuma já é uma decisão tomada.

Há duas forças espirituais agindo no mundo, e devemos escolher uma delas. Satanás espalha e destrói, mas Jesus Cristo junta e constrói. Devemos fazer uma escolha e, se optarmos por não escolher um lado, já teremos decidido ficar contra o Senhor [4]. Saiba de uma coisa: “O muro pertence ao diabo”.

2 – O PERIGO DA CASA VAZIA (Lc 11.24-26).

Quando um homem se vê livre de um espírito maligno, mas não põe nada no seu lugar, está passando grave perigo moral. Ninguém pode viver por muito tempo tendo um vácuo moral na sua vida. O reino de Deus não provoca semelhante vácuo moral num homem. Significa uma vitória tão grande sobre o mal que o mal é substituído pelo bem e por Deus [5].

Podemos destacar algumas lições do que Jesus falou a respeito da casa adornada e vazia.

1º - Em primeiro lugar, existe muita libertação superficial (Lc 11.24,25). Jesus trata aqui de um homem que foi libertado de um espírito imundo, mas deixou de comprometer-se com Deus. O demônio que saiu do homem ainda o chama de “minha casa”. O demônio saiu, mas o Espírito Santo não entrou. A vida tornou-se melhor, mas a transformação não aconteceu [6]. É o que podemos chamar de evangelho social. Moralmente este homem melhorou, mas por pouco tempo. Não aconteceu uma conversão genuína a Cristo, mas uma mudança superficial. Ele não é trigo, ele continua joio.

2º - Em segundo lugar, uma casa adornada, mas vazia, ainda é moradia do diabo (Lc 11.25). É uma verdade fundamental que a alma de um homem não pode ficar vazia. Não adianta os demônios saírem se a alma do homem liberto não for preenchida pela presença do Espírito Santo. Ela continuará vazia. Esta foi a crítica que Jesus fez aos exorcistas de sua época. Eles expulsavam o demônio, mas não preenchia a alma liberta com a presença de Deus. Jesus quando expulsava demônios os proibia de retornarem (Mc 9.25), pois a pessoa liberta se convertia a Cristo (Mc 5.18-20).

O evangelho social tem feito isso com as pessoas – pois não há conversão –, elas aparentemente têm melhorado, mas estão vazias da presença do Espírito Santo em suas vidas. São frequentadoras da igreja, mas andam descompromissadas com a verdade do Evangelho. Muitos vivem de forma dissoluta não testemunhando uma fé genuína.

Como disse Champlin: “Nenhuma verdadeira santidade existe ali para barrar a porta; nenhuma espiritualidade positiva existe para guardar o portão. A reforma é superficial sujeita a reversão imediata” [7].

3º - Em terceiro lugar, o último estado é pior que o primeiro (Lc 11.26). “Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama” (2Pe 2.20,22).

Vivemos hoje o perigo da igreja adornada e vazia. O perigo de uma igreja que tem perdido os seus valores judaico-cristãos. Uma igreja que tem feito aliança com o mundo para agradar as pessoas do mundo. É o que chamamos de liberalismo teológico. E temos visto isso acontecer em todas as denominações.

Vivemos em uma época extremamente relativista. Essa forma de pensamento pós-modernista pressupõe apenas uma coisa: negar a existência da verdade. É um pensamento filosófico que nega o pensamento absoluto e exalta que tudo depende do ponto de vista. E isso tem ocorrido em relação às Escrituras dentro da igreja. A presença do politicamente correto nas igrejas vem com a relativização dos “valores morais” presentes na Bíblia Sagrada, para agradar a audiência, por isso tantas igrejas têm abraçado a ideia de “igreja inclusiva”. E isso é só o começo.

Para você ter apenas uma ideia do que está acontecendo por aí. Um determinado líder afirmou que muitas igrejas aceitam gays, mas pedem para que eles se abstenham das relações homoafetivas. Na igreja que ele pastoreia, disse ele, não será necessário abandonar tal prática. A Igreja desse indivíduo anunciou a novidade utilizando a bandeira LGBTQ+ que é representada pelo arco-íris. Isso é só uma gota no mar lamacento que estamos vendo entrando na igreja hoje. Judas em sua carta chama esses líderes de “Ondas impetuosas do mar, que escumam as suas mesmas abominações” (Jd 1.13).

3 – A VERDADEIRA LIBERTAÇÃO (Lc 11.27,28).

Somente Lucas nos conta acerca desta exclamação espontânea de uma mulher que estava entre a multidão. Parece que aquela senhora pensava quão maravilhoso seria ter um filho como Jesus, e pronunciou uma bem-aventurança sobre aquela que O deu à luz. Suas palavras envolvem um reconhecimento do Seu messiado e são parcialmente uma saudação a Jesus [8].

Com isso, podemos destacar duas coisas:

1º - Em primeiro lugar, Jesus foi exaltado em meio à blasfêmia dos líderes religiosos. Esta mulher dentre a multidão estava, sem dúvida, dominada pela sabedoria e pelo poder que se manifestavam nas palavras e obras de Jesus. Ela podia ser uma daquelas que haviam experimentado a cura da possessão demoníaca que Jesus acabara de discutir [9]. O louvor da mulher certamente representou uma bela honraria num instante em que os hierarcas do país já o condenavam como herege supostamente aliado ao diabo [10].

Vivemos uma época em muitas pessoas têm blasfemado o nome do Senhor, difamado a Sua Igreja e menosprezado a Sua Palavra. Mas nós, como seus servos, devemos fazer como esta mulher, exaltar o Senhor por tudo que Ele representa em nossas vidas, e isso deve ser feito não em oculto, mas diante daqueles que O blasfemam. Isso se chama testemunho.

2º - Em segundo lugar, Jesus deixou claro qual é a verdadeira bem-aventurança. A maior bênção é ouvir as Palavras de Jesus e organizar a vida de acordo com elas. Portanto, mesmo para a própria Maria, a relação de discípula é mais abençoada do que a de mãe [11].

Essa bem-aventurança está em harmonia com o Salmo 128.1 que diz: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos”. E também com os ensinamentos de Jesus: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7.24).

Você é um bem-aventurado?

CONCLUSÃO

Os tempos podem não ser os mais favoráveis para a igreja, mas é nessa hora que devemos levantar a bandeira do verdadeiro Evangelho e mostrar ao mundo que o Nosso Redentor Vive e que temos uma aliança com Ele. Que a nossa aliança não é com o relativismo e muito menos com a teologia liberal. Somos sim, fundamentalistas, pois estamos fundamentados na verdade do Evangelho e não negociamos a nossa fé para agradar o mundo.

Pense nisso!

Bibliografia:

1 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 187.

2 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 361.

3 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 168.

4 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 280.

5 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 188.

6 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 364.

7 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 118.

8 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 189.

9 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 419.

10 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 169.

11 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 419.

domingo, 10 de julho de 2022

O PODER DE JESUS SOBRE OS DEMÔNIOS - Lucas 11.14-19

Pr Silas Figueira

Texto básicio: Lucas 11.14-19

INTRODUÇÃO

Nesse texto encontramos Jesus expulsando um demônio de um homem que o impedia de falar. Após a sua libertação o homem passou a falar normalmente. Devido a isso, os fariseus passaram acusar de Jesus de expulsar demônios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios. “Belzebu” era um dos nomes do deus filisteu Baal (2Rs 1.1-3) e significa “senhor das moscas”. Uma variação desse nome é “Belzebul”, que significa “senhor da habita­ção” e se encaixa com as ilustrações em Lucas 11.18-26. Os judeus costumavam usar essa designação para se referir a Satanás [1].

Esse episódio se encontra em todos os Evangelhos sinóticos. Lucas, no entanto é o mais sucinto dos evangelistas. Tanto Mateus como Marcos trata da blasfêmia contra o Espírito Santo neste episódio em que Jesus confronta seus acusadores. Aqui no texto de Lucas esse episódio não é descrito. Mateus também relata que o possesso tinha perdido a faculdade não só da fala, mas também da visão (Mt 12.22). Lucas é indefinido sobre a identidade dos atacantes de Cristo (“algumas pessoas”); Mateus os denomina de fariseus; Marcos, de escribas [2].

Quais as lições que podemos tirar desse texto para nossas vidas?

1 - NÃO PODEMOS IGNORAR OS ARDIS DE SATANÁS (2Co 2.10,11).

O apóstolo Paulo em 2 Coríntios  nos diz: “para que não sejamos vencidos por Satanás; porque não ignoramos os seus ardis” (2Co 2.10,11). Existem dois grandes perigos que Satanás tenta implantar na mente das pessoas, o primeiro é que ele não existe e o outro que tudo de ruim que ocorre conosco procede dele. Esses dois extremos têm causado muita confusão no meio evangélico. Enquanto que em algumas igrejas dizem que tudo que ocorre conosco é físico ou emocional, em outras igrejas, no entanto, dizem que tudo procede do diabo. Quem joga toda a culpa no diabo se esquece, ou não sabe que existe a responsabilidade humana. Que somos responsáveis por nossos atos e por eles responderemos. E quem diz que tudo é emocional ou físico desconhece os ardis do diabo.

Não podemos nos esquecer de que Satanás é um ser ardiloso e que em todo o tempo quer gerar confusão em nosso meio, por isso devemos procurar entender como ele age.

Ao lermos as Escrituras nós vemos que o diabo é um ser real e ativo na terra. Por isso que o apóstolo Paulo disse que não posemos ignorar os seus ardis. Devemos ter consciência de que estamos em guerra contra principados e potestades (Ef 6.12).

1º - Podemos destacar dez estratégias de Satanás contra o povo de Deus.

1 – Satanás mente, e é o pai da mentira. “Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).

2 – Ele cega as mentes dos incrédulos. “O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo” (2Co 4.4).

3 – Ele se apresenta como um anjo de luz e justiça. “O próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça” (2Co 11.14,15).

4 – Satanás faz sinais e maravilhas. Em 2 Tessalonicenses 2.9, os últimos dias são descritos assim: “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira”.

5 – Satanás tenta as pessoas a pecar. Em 2Co 11.3, Paulo adverte todos os crentes contra isso: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo”.

6 – Satanás arranca a palavra de Deus dos corações das pessoas e sufoca a fé. Jesus contou a parábola dos quatro solos em Marcos 4.1-9. Nela, a semente da palavra de Deus é semeada, e algumas caem no caminho e os pássaros rapidamente as tiram. Ele explica no versículo 15, “logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles”.

7 – Satanás causa algumas enfermidades e doenças. Certa vez, Jesus curou uma mulher que estava encurvada e não conseguia endireitar-se. Quando alguns o criticaram por fazer isto no sábado, ele disse: “Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro, em dia de sábado, esta filha de Abraão, a quem Satanás trazia presa há dezoito anos?” (Lucas 13.16). Jesus viu a Satanás como aquele que havia causado esta doença.

8 – Satanás é um assassino. Jesus disse daqueles que estavam planejando matá-lo: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade” (João 8.44). João diz: “não [seja] segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão” (1João 3.12).

9 – Satanás luta contra os planos de missionários. Paulo conta como seus planos missionários foram frustrados em 1 Tessalonicenses 2.17,18: “Ora, nós, irmãos..., com tanto mais empenho diligenciamos, com grande desejo, ir ver-vos pessoalmente. Por isso, quisemos ir até vós . . . ; contudo, Satanás nos barrou o caminho”. Satanás odeia o evangelismo e o discipulado, e lançará todos os obstáculos que puder no caminho dos missionários e das pessoas com um zelo pelo evangelismo.

10 – Satanás acusa os cristãos diante de Deus. Apocalipse 12.10 diz: “Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. A derrota de Satanás é certa. Mas suas acusações não cessaram [3].

Duas coisas que não podemos fazer em relação a Satanás, primeiro é subestimá-lo e segundo, é superestimá-lo. Devemos entender os seus ardis, mas conscientes de que ele já foi vencido na cruz do Calvário.

2ª – Jesus liberta um homem cativo de Satanás (Lc 11.14). Lucas nos diz que este homem estava possesso, e devido a isso ele não podia falar. Mateus é mais específico nos diz que ele também estava cego (Mt 12.22).

Podemos destacar aqui que Satanás tem “poder” para colocar doenças nas pessoas. É o que podemos chamar de doenças espirituais. Satanás pode atacar tanto o campo físico, mental (emocional) e espiritual. Vemos no capítulo 13 de Lucas uma mulher que tinha um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; e andava encurvada, e não podia de modo nenhum endireitar-se. Mas Jesus a libertou e esclareceu que Satanás a mantivera presa durante todos aqueles anos. Jesus mostra que aquela enfermidade não era algo natural, mas uma ação orquestrada de Satanás contra a vida daquela pobre mulher.

A libertação desse homem cego e mudo também era uma ação deliberada de Satanás contra a vida dele. Aqui tanto a cegueira quando a mudez que Satanás colocou era física, mas é comum vermos isso ocorrendo nas áreas emocionais e mentais.

Não quero com isso dizer que toda doença emocional seja uma ação de Satanás e nem mesmo mental. Existem várias doenças que são causadas por problemas emocionais e mentais que podem ser tratadas com profissionais qualificados – psicólogos e psiquiatras. Aliás, boa parte dos profissionais de saúde afirma que a maioria das doenças é psicossomática. Como diziam os gregos “mente sã, corpo são”.

3ª – A multidão glorificou a Deus (Mt 12.23). As pessoas ali presentes estavam presenciando o que está escrito em Isaías 29.18: “E naquele dia os surdos ouvirão as palavras do livro, e dentre a escuridão e dentre as trevas os olhos dos cegos as verão”.

Em Mateus 12.23 a multidão começou a questionar se Jesus não seria o Filho de Davi, uma alusão ao Messias prometido. Essa libertação fez com que o povo visse e falasse das maravilhas de Deus, reconhecendo que Jesus era o Messias de Deus. A ação de Satanás na vida daquele homem era um reflexo da multidão ali presente. Observe que a multidão glorificou a Deus, os líderes judeus não, pelo contrário, falaram que Jesus expulsava demônios pelo poder de Belzebu.  

2 – A ACUSAÇÃO DOS ADVERSÁRIOS DE JESUS (Lc 11.15,16).

Visto que era impossível para os inimigos de Jesus negar que os milagres que Ele realizava eram algo notório (cf. Jo 11.47), eles procuraram atribuir que tais sinais eram operados por poderes demoníacos. Não contente apenas em afirmar que Jesus recebeu o Seu poder de um demônio comum (cf. João 7.20; 8.48, 52; 10.20), eles o acusam de ser capacitado por Belzebu, um nome judeu para o governante dos demônios, Satanás.

Em vez de os líderes religiosos se alegrarem por ter Deus enviado o Redentor, rebelaram-se contra o Cristo de Deus e difamaram sua obra, atribuindo-a a Satanás [4]. Na sua incredulidade essas pessoas chamaram o Filho de Deus de servo do diabo.

Com isso em mente, podemos destacar quatro coisas:

1º - Em primeiro lugar, muitas pessoas hoje desacreditam do poder de Jesus. Eu não estou falando de ateus, eu estou falando de pessoas dentro de nossas igrejas que acham que o poder de Jesus ficou limitado ao seu tempo, ou quando no máximo, na era apostólica. Temos que entender que muitos milagres passados foram necessários devido à falta de recursos médicos que temos hoje, mas dizer que o Senhor deixou de operar milagres é muita falta de fé. Mesmo com todo o avanço da ciência hoje, vivemos ainda na total dependência de Deus; se o Senhor não agir e abençoar o profissional de saúde, tanto quanto a medicação, o tratamento aplicado, nada adiantará.

Assim como desacreditam do milagre hoje, assim também desacreditam da ação de Satanás sobre as pessoas. Seja uma doença causada por ele, seja uma possessão demoníaca.

2º - Em segundo lugar, muitas pessoas acham que não precisamos dos profissionais da saúde e nem de medicação. É outro extremo que precisamos evitar. Muitos líderes eclesiásticos que pregam a cura divina e o pensamento positivo insistem nessa loucura. Segundo eles, quem é crente em Jesus não fica doente e nem pode passar por crise financeira. Leiam os livros desses pregadores e vocês ficarão surpresos com o que dizem. Sendo assim, esses líderes levam os seus seguidores a acreditarem que tudo é espiritual e que basta orar e crer que tudo irá passar. Que tudo é obra do diabo ou falta de fé.

Philip Yancey no seu livro “Decepcionado com Deus” conta a respeito de uma igreja nos Estados Unidos que cria que a fé pura podia curar qualquer doença e que buscar ajuda em qualquer outro lugar ou pessoa – por exemplo, de médicos – demonstrava falta de fé em Deus. Muitas pessoas ligadas a essa igreja haviam morrido depois de recusarem tratamento médico, em obediência ao ensino da igreja. Muitas mulheres morriam ao dar à luz, a taxa de mortalidade infantil era enorme. Muitos pais ficavam sentados à beira da cama dos filhos os vendo morrer, sem fazer nada. O pastor persuadia os pais a não chamarem o médico [5]. Devido a um erro teológico aquela igreja estava matando os seus membros. E o pior, a igreja estava expandindo e chegando a outros estados.

3º - Em terceiro lugar, devemos buscar um ponto de equilíbrio em nossa fé. Eu tenho plena convicção de que Jesus cura hoje assim como curou no passado, mas eu também sei que o Senhor usa os médicos e os profissionais da saúde como instrumento dele para nos abençoar. Mas em momento algum eu desacredito da ação de Satanás contra nossas vidas, seja nos oprimindo, adoecendo ou causando confusão em nossas vidas. Devemos entender que estamos em guerra (Ef 6.1-18).

4º - Em quarto lugar, o milagre não gera fé (Lc 11.16). As obras poderosas que Jesus já havia feito já era a prova conclusiva de que Ele era o Messias e Filho de Deus (Jo 10.25), por isso Jesus recusou seu pedido. Como Ele disse a eles, em Lucas 11.29: “Maligna é esta geração; ela pede um sinal; e não lhe será dado sinal, senão o sinal do profeta Jonas”.

Muitas pessoas, mesmo diante dos milagres do Senhor, continuam na incredulidade. Outros agem de forma ainda pior, não só duvidam de Jesus como também blasfemam o seu nome.

Se os incrédulos estavam blasfemando o nome do Senhor diante de Seus milagres, nós devemos vigiar para não blasfemarmos o nome do Senhor em meio às crises que vida nos proporciona. Que tenhamos a maturidade de Paulo: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza [disse o Senhor a Paulo]. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte” (2Co 12.9,10).

3 – O ARGUMENTO DE JESUS CONTRA SEUS ADVERSÁRIOS (Lc 11.17-19).

Seus sussurros poderiam ter sido “escondidos” dos ouvidos do Senhor, mas não de Sua onisciência, pois Ele sabia os seus pensamentos (cf. Lc 5.22; 6.8; Jo 2.25). Seus propósitos e intenções eram transparentes para Jesus, e Ele sabia que esses pensamentos eram blasfemos e condenáveis.

O Senhor defende-se de seus adversários com uma brandura digna de admiração. Jesus não se defende com a Escritura, mas faz uso do bom senso. Mostra a tolice nas reflexões pecaminosas dos acusadores [6].

Com isso em mente podemos tirar algumas lições.

1º - Em primeiro lugar, o reino das trevas é um reino organizado (Lc 11.17,18). Jesus refutou o argumento dos escribas contando-lhes, a parábola do reino dividido. Jesus mostra quanto o argumento dos escribas era ridículo e absurdo. Satanás estaria destruindo sua própria obra e derrubando seu próprio império. Estaria havendo uma guerra civil no reino do maligno. Nenhum demônio pode ser expulso por outro demônio. O reino satânico sucumbiria se Satanás guerreasse contra si mesmo e lutasse contra seus próprios ajudantes [7].

2º - Em segundo lugar, Satanás tenta nos dividir. Se o seu reino é organizado, Satanás fará de tudo para tumultuar a Igreja de Cristo. E como ele faz isso?

1º - Levantando falsos profetas (Mt 7.15). Os falsos profetas têm enganado muitas pessoas porque eles se apresentam de forma inofensiva, apesar de serem lobos, eles se apresentam como ovelhas.

2º - Disseminando heresias (1Tm 4.1,2). “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência”.

3º - Apresentando falsos cristos (Mt 24.4,5,23,24). Esses falsos cristos são pessoas que se passarão por Jesus, como foi o Reverendo Moon que disse que ele era o terceiro Adão. O primeiro Adão fracassou, o segundo Adão, que foi Jesus também fracassou, pois não constituiu família e não teve filhos. Mas ele era o terceiro Adão o Messias prometido, pois ele constituiu família.

Mas os falsos cristos podem ser identificados mediante a apresentação de uma teologia que não revela toda a doutrina do Evangelho. Apresenta um cristo que não está na Bíblia. Um cristo que não é nem mesmo genérico, é placebo mesmo. Um cristo que ama a todos e que não se importa com a vida que a pessoa leva. Um cristo que não se importa com o pecado e nem condena o pecador. Um cristo que levará todos para o céu e viveremos felizes para sempre. Um cristo que desconhece o futuro e que se surpreende com os homens.

O diabo não brinca de ser diabo, mas tem muito crente brincando de ser cristão.

3º - Jesus encurrala os seus acusadores (Lc 11.19). Os filhos dos acusadores faziam o que Jesus estava fazendo, expelindo demônios. Se Jesus estava fazendo no poder de Belzebu, eles também estavam. Assim, seus filhos seriam os próprios juízes para condenar sua acusação blasfema e leviana [8].

A pergunta do Senhor deixava exposta sua inconsistência, a hipocrisia de seus corações e a falta de integridade deles. Se expulsar demônios provava que alguém estava em aliança com Satanás, então por que eles não suspeitavam de seus próprios exorcistas, ou seja, rabinos, escribas, fariseus e seus associados? Como eles poderiam não aplicar os mesmos padrões para os seus fracassos como eles fizeram para o sucesso de Jesus?

CONCLUSÃO

Em todo o tempo Jesus foi atacado por seus inimigos, pessoas que estavam cegas para verem a glória de Deus diante deles e mudas em não glorificar o nome do Senhor diante deles. Hoje não tem sido diferente. Muitas pessoas agem da mesma maneira, blasfemam o Seu nome, mas exaltam a Satanás. São inimigos da cruz e rejeitam a mensagem do Evangelho. Mas a nossa luta não é contra carne e nem sangue, mas contra principados e potestades nas regiões celestiais (Ef 6.12).

Bibliografia:

1 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 280.

2 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 120.

3 – Piper, John. As Dez Estratégias de Satanás Contra Nós, https://www.thegospelcoalition.org/pt/article/dez-estrategias-de-satanas-contra-nos/, acessado em 04/07/2022.

4 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 360.

5 – Yancey Philip. Decepcionado com Deus, Ed. Cultura Cristã, São Paulo, SP, 2004, p. 24.

6 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 167.

7 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 360.

8 – Ibidem, p. 361. 

sábado, 9 de julho de 2022

Pastor ressignifica a Bíblia em vídeos sobre a homossexualidade

Pastor e diretor de seminário de denominação histórica ressignifica a Bíblia em série de vídeos sobre a homossexualidade

Por Pr. Cleber Montes Moreira

“Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.” (1 Pedro 1:25)

Um pastor, professor e diretor de um Seminário Teológico de uma denominação evangélica histórica, publicou uma série de vídeos com a intenção de apresentar a homossexualidade como sendo normal e aceitável à luz das Escrituras. Em suas publicações, no Facebook e no YouTube, o dito teólogo disponibilizou diversos títulos sobre o tema para o aconselhamento de famílias, nos quais trata o assunto sob sua ótica interpretativa.1 Em especial, no vídeo intitulado “Bíblia e homossexualidade”2, ao lado de uma terapeuta, o líder religioso destaca uma série de textos bíblicos que considera mal interpretados e sobre os quais lança “luz” para melhor entendimento dos internautas, sempre em oposição à interpretação bíblica tradicional e ao que ensina a própria denominação da qual ele faz parte.

Recente, outro pastor, da mesma denominação, relatou em seu perfil no Facebook sua experiência em realizar um “casamento homoafetivo”3. Um dos versos bíblicos citados no final da postagem é este: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Romanos 13:8).

Um outro conhecido pregador, pastor de uma grande igreja filiada à mesma denominação, se tornou alvo de críticas por afirmar que a Bíblia é insuficiente, e que precisa ser atualizada, para em seguida, defender a recepção de pessoas LGBTQIA+ nas igrejas.4 Vários outros líderes, alinhados à Teologia Progressista, sempre sob o mesmo argumento do “amor”, têm defendido a mesma pauta de “inclusão” nas redes sociais, em eventos, livros, revistas para EBDs, a partir dos púlpitos, das salas de seminários etc.

Quando a Igreja Batista do Pinheiro, de Maceió (AL), foi desligada da Convenção Batista Brasileira por receber em sua membresia pessoas LGBTQIA+, seu pastor, Wellington Santos, ao se manifestar publicamente sobre a decisão da igreja, explicou: “O que a Igreja Batista do Pinheiro fez revela que, mesmo não tendo todas as respostas para a questão da homossexualidade na Bíblia ou na doutrina histórica, decidimos seguir o caminho do amor. O que afirmamos é que cremos no amor e na misericórdia divina”. Observem que tal afirmação coloca de lado a Bíblia como suficiente e como normativa para a vida cristã, e em lugar dela se estabelece a fé no “amor e na misericórdia divina” como critério. Ora, sendo o “amor” e a “misericórdia” atributos de Deus revelados nas Escrituras, há nesta afirmação explícita relativização da Palavra que tem valor apenas quando serve a determinados propósitos: Ela é evocada para validar certas práticas, mas rejeitada quando denuncia estas mesmas práticas como pecaminosas; é usada para declarar o “amor” e a “misericórdia divina”, mas descartada quando o assunto é juízo e condenação. Assim negam seus ensinos e princípios norteadores para a conduta humana.

Os adeptos do chamado “cristianismo progressista”, ao escolherem “seguir o caminho do amor”, rejeitam a Palavra que nos ensina que permanecer no amor de Deus é guardar os Seus mandamentos, é obedecer, e que, portanto, a comunhão com o Senhor implica certas condições, bem como desencadeia o ódio do mundo (João 15:9,10, 18-20). Permanecer neste amor é estar ligado à Videira Verdadeira e, por meio dela, ter comunhão com Deus e uns com os outros. Na Videira há vida, fora dela só há morte! Assim, aquele que não permanece no amor, ou seja, na Videira que é Cristo, em cujo coração não está a Sua Palavra e, por conseguinte, é desobediente, “será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (João 15:6).

Ardilosamente os falsos mestres, não podendo suportar a Palavra de Deus, atentam contra ela; trabalham engenhosamente para ressignificá-la. Mais fácil que negar deliberadamente a verdade é mentir dizendo algumas verdades — verdades convenientes, e/ou meias verdades —, e nisso alguns “homens de Deus” se tornaram especialistas. Para a mente natural, nada melhor que encontrar na Escritura reinterpretada, desidratada da justiça e salpicada de “amor”, justificativas para a vida pecaminosa. Isto é um incentivo — “bíblico” — para “aproveitar a vida” e estar em paz com Deus.

O texto bíblico inicial traz uma revelação atemporal: “a palavra do Senhor permanece para sempre.” E mais: “E esta é a palavra que nos foi evangelizada” no início. Em outras palavras, a Palavra não mudou, e não mudará. Todo esforço para reinterpretá-la como estratégia para autorizar práticas pecaminosas e aplacar as consciências dos pecadores é inútil, pois a Bíblia continua a mesma, e ela declara qual é o “salário do pecado”: a morte! (Romanos 6:23). Ao omitir esta verdade, a “religião do amor” se faz estrada larga e aprazível que conduz multidões ao inferno: “porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mateus 7:13).

Pense nisso!