segunda-feira, 28 de setembro de 2009

JEJUM, FOME DE DEUS


Por Rev. Hernandes Dias Lopes

O jejum é uma prática milenar, porém em desuso na igreja cristã contemporânea. O jejum está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Os profetas, os apóstolos, Jesus e muitos homens de Deus ao longo da história experimentaram os benefícios espirituais por intermédio do jejum. Os santos de Deus em todos os tempos e em todos os lugares não somente creram no jejum, como também o praticaram. Hoje, porém, são poucos os crentes que jejuam com regularidade e ainda há muitas dúvidas acerca da sua necessidade e de seu funcionamento.

O que é jejum? É a abstenção de alimento por um período definido para um propósito definido. O jejum não é apenas abstinência de alimento. Não é um regime para emagrecer. Ele deve ter propósitos espirituais claros. Jejum é fome de Deus, é saudade do céu. A Bíblia diz que comemos e bebemos para a glória de Deus e também jejuamos para a glória de Deus (1Co 10.31). Se comemos para a glória de Deus e jejuamos para a glória de Deus, qual é a diferença entre comer e jejuar? Quando jejuamos nos alimentamos do pão da terra, símbolo do Pão do céu; mas quando jejuamos não nos alimentamos do símbolo, mas da essência, ou seja, nos alimentamos do próprio Pão do céu. Jejuar é amar a realidade acima do emblema. O alimento é bom, mas Deus é melhor (Mt 4.4; Jo 4.32). A comunhão com Deus deve ser a nossa mais urgente e apetitosa refeição. Nós glorificamos a Deus quando o preferimos acima dos seus dons.

O maior obstáculo para o jejum não são as coisas más, mas as coisas boas. Nem sempre nos afastamos de Deus por coisas pecaminosas em si mesmas. Os mais mortíferos apetites não são pelos venenos do mal, mas pelos simples prazeres da terra, os deleites da vida (Lc 8.14; Mc 4.19). "Os prazeres desta vida" e "os desejos por outras coisas" não são um mal em si mesmos. Não são vícios. São dons de Deus. No entanto, todas elas podem tornar-se substitutos mortíferos do próprio Deus em nossa vida. Jesus disse que antes de sua volta as pessoas estarão vivendo desatentas como a geração que pereceu no dilúvio. E o que elas estavam fazendo? Comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento (Mt 24.37-39). Que mal há em comer e beber, casar e dar-se em casamento? Nenhum! Mas, quando nos deleitamos nas coisas boas e substituímos Deus pelas dádivas de Deus estamos em grande perigo. O jejum não é fome de coisas boas; o jejum é fome de Deus. O jejum não é fome de coisas que Deus dá; o jejum é fome do Deus doador. Nossa geração corre atrás das bênçãos de Deus em vez de buscar o Deus das bênçãos. Deus é melhor do que suas dádivas. O abençoador é melhor do que a bênção.

O propósito do jejum não é obter o favor de Deus ou mudar a sua vontade (Is 58.1-12). Tampouco impressionar os outros com uma espiritualidade farisaica (Mc 6.16-18). Nem é para proclamar a nossa própria espiritualidade diante dos homens. Jejum significa amor a Deus. Jejuar para ser admirado pelos homens é ter uma motivação errada. Jejum é fome do próprio Deus e não por aplausos humanos (Lc 18.12). É para nos humilharmos diante de Deus (Dn 10.1-12), para suplicarmos a sua ajuda (2Cr 20.3; Ed 4.16) e para voltarmo-nos para Deus com todo o nosso coração (Jl 2.12,13). É para reconhecermos a nossa total dependência divina (Ed 8.21-23). O jejum é um instrumento para fortalecer-nos com poder divino, em face dos ataques do inferno (Mc 9.28,29).

É tempo da igreja jejuar! É tempo da igreja voltar-se para Deus de todo o seu coração, com jejuns e com pranto. É tempo de buscar um reavivamento verdadeiro que traga fome de Deus em nossas entranhas, que traga anseio por um profundo despertamento da realidade de Deus em nossa igreja, em nossa cidade, em nossa nação!

3 comentários:

  1. ...traigo
    sangre
    de
    la
    tarde
    herida
    en
    la
    mano
    y
    una
    vela
    de
    mi
    corazon
    para
    invitarte
    y
    darte
    este
    corazon
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    de
    oro
    y
    claveles
    dentro...


    desde mis
    HORAS ROTAS
    Y AULA DE PAZ


    TE SIGO TU BLOG
    MINISTERIO BATISTA BERIEA




    CON saludos de la luna al
    reflejarse en el mar de la
    poesia ...


    AFECTUOSAMENTE
    MINOSTERIO BATISTA BERIEA




    jose
    ramon...

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  2. Jejum é fome de Deus, é saudade do céu???. Biblicamente soa falso, não ha nenhuma referencia a isso na Palavra de Deus. Isso é no Maximo uma interpretação poética. Is 58 e Zc 7 falam do verdadeiro jejum (então existe o falso). A ceia tem relação com a saudade do céu e de Jesus em primeiro lugar. Ja o jejum não foi abonado por Jesus (Mt 9- 11a14), a brecha que alguns fariseus modernos tentam abrir é com relação ao que se refere Jesus quando fosse o noivo tirado, então seus discipulos jejuariam. Isso já aconteceu, é so ler João 16 com atenção e vai entender a antítese do noivo, festa, casamento, jejum seria loucura / tirado com violência, morte, luto, jejum (conseqüência dos fatos, não programado ou religioso). O mesmo se aplica ao jejum no deserto tanto por Jesus, como o de Moises no monte, não houve planejamento religioso ou antecipado, Jesus não disse a João, toma conta ai pra mim, João Batista que vou para o deserto jejuar por quarenta dias e quarenta noites pra vencer o diabo. Leitura totalmente equivocada das Escrituras. O jejum de Jesus é conseqüência da sua comunhão com Deus e o Espírito Santo é quem o conduz ao deserto para ser tentado pelo diabo e não para fazer um jejum para tentar bater o recorde de Moises, chega ser hilário pensar assim, mas já vi pregador soltar essa perola. Não vejo também Moises dizendo a Arão, toma conta do povo Arão que vou ao monte jejuar por quarenta dias para agradar a Deus (isso seria paganismo). Moises vai ao monte buscar a face de Deus e receber suas leis para a nação de Israel. O período foi tão maravilhoso, que Moises não teve necessidade de comer ou beber, e veja que não desceu morto de fome ou faminto, a bíblia não cita isso em nenhum lugar, o jejum mais uma vez foi conseqüência da adoração e não planejado. Hoje tem muita barganha com maquiagem de espiritualidade, mas é puro farisaísmo moderno. E costume denominacional não forma doutrina, ainda que praticado por séculos, ainda mais por algumas dezenas de anos. E essa mania de achar que deu certo então é correto é falsa. Boa intenção apenas não importa, e nem os fins justificar os meios, tudo isso é maquiavélico. Fico imaginando Jesus ou Moises, nesse período, no meio da adoração profunda com o Pai, dizer: “Pai, espera um pouco, vou fazer um lanche, e pega um pão enorme de um saco e coloca um peixe salgado dentro e começa a comer e depois disso tira uma longa soneca, seria um tanto engraçado. Jesus nem Moises foram fazer um piquenique, foram adorar a Deus. No caso de Jesus, que teve fome no ultimo dia, o jejum no período se torna uma brecha para o ataque de satanás. Moises quando desce o monte encontra o povo no maior carnaval e depravação. No deserto, vemos que quem oferece coisas em troca de adoração é o diabo e não Deus. E o próprio Deus não exige sacrifícios e nem se alegra deles, Sl 40, 51. Principalmente sacrifício de tolo.
    O irmão já ouviu falar de ASCETISMO?. Muito do que é citado em seu post, tem relação direta com ele. Pesquise e descobrira.

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  3. Graça e paz Gilson. O Asceticismo é uma filosofia de vida na qual são refreados os prazeres mundanos, eu não vejo o que foi postado aqui dessa forma. Nós não estamos incentivando o ascetismo e nem muito menos passa perto o que foi dito aqui. O Rev. Hernandes cita muito bem que o jejum é uma forma de nos consagrarmos mais a Deus, de nos aproximarmos dele com um coração ainda mais compungido. É isso que nos mostra o texto, e é biblicamente correto fazermos jejum, pois temos vários textos que nos mostram a necessidade dele. Agora, uns vêem isso como ascetismo, eu vejo como consagração. Quem vê como ascetismo não faça, mas quem vê como consagração que não deixe de fazer.
    Fique na Paz!
    Pr Silas

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