sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O PERIGO DO FERMENTO DA HIPOCRISIA - Lucas 12.1-12


Por Pr Silas Figueira

Texto base: Lucas 12.1-12

INTRODUÇÃO

A controvérsia que começou no capítulo onze a partir do versículo quatorze ainda está em andamento. Essa controvérsia começou depois que Jesus expulsou um demônio de um homem que o deixava mudo e cego (Mt 12.22). Os fariseus (Mt 12.24) e os escribas (Mc 3.22) começaram a blasfemar e dizer que Jesus fazia tais prodígios pelo poder de Belzebu, o príncipe dos demônios – Satanás. Depois desse ocorrido um fariseu convidou Jesus para jantar em sua casa (Lc 11.37). Na casa desse fariseu Jesus destaca a hipocrisia dos fariseus e dos escribas (Lc 11.39-54). Fritz Rienecker destaca que os discípulos que talvez estivessem do lado de fora da casa do fariseu devem ter percebido que Jesus se encontrava em uma situação extremamente perigosa (Lc 11.53,54). Então Jesus sai da casa e dirige-se aos seus seguidores. Lemos no texto do v. 1: “Ele disse a seus discípulos”. Jesus sente a necessidade de voltar-se de forma especial aos seus que, como provavelmente é correto presumir, denotam um semblante totalmente atemorizado [1]. Quando Jesus revelou a hipocrisia dos líderes judeus a ira deles contra Jesus se tornou visível. Jesus fez isso, pois esses líderes eram uma influência entre o povo. O Reverendo Hernandes Dias Lopes destaca que aqueles que se tornaram incorrigíveis ainda poderiam influenciar perigosamente os discípulos, através de sua hipocrisia [2].

A hipocrisia religiosa dos fariseus não podia oferecer o verdadeiro conhecimento de Deus, pois não o conheciam, devido a isso, esses homens tinham uma visão distorcida do pecado e da salvação, por isso Jesus os confronta retirando a máscara da hipocrisia que se escondiam. Todo falso líder religioso afirma conhecer a verdade, mas, na realidade, nenhum deles conhece. E uma vez que esses líderes religiosos não tinham verdade em si mesmo, eles eram hipócritas vazios. Por isso, era uma má influência para o povo e, principalmente, para os discípulos de Jesus.

Quais as lições que podemos tirar desse texto?

1 – DEVEMOS TER CUIDADO COM A HIPOCRISIA (Lc 12.1).

Mas como podemos definir uma pessoa hipócrita? Hipócrita é aquela ou aquele que demonstra uma coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula sua verdadeira personalidade e afeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir sua verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui.

Com isso em mente podemos destacar três coisas:

1º - E primeiro lugar, o hipócrita é um ator. A palavra grega hupokritēs (hipócritas) era originalmente um termo secular referindo-se a um ator que desempenhou um papel no palco. Mas no Novo Testamento, tornou-se um termo religioso, usado exclusivamente no sentido negativo de alguém que diz falar em Deus, mas não vivem o que pregam, por isso são hipócritas. A definição original teatral de hupokritēs expressa figurativamente a natureza dos enganadores espirituais. Um ator tenta desempenhar um papel convincente no palco, fingindo ser alguém que não é, o falso religioso também.

2º - Em segundo lugar, sempre haverá hipócritas em todas as áreas da vida. Pessoas que tentam impressionar os outros e esconder seu verdadeiro eu. Na vida cristã, hipócrita é alguém que tenta parecer mais espiritual do que é de fato. Essas pessoas sabem que estão fingindo e esperam não ser descobertas. Sua vida cristã não passa de uma farsa [3]. J. C. Ryle diz que se não desejamos nos tornar fariseus, cultivemos um cristianismo que envolve todo nosso coração. Diariamente compreendemos que o Deus a quem temos de prestar contas vê muito além da superficialidade daquilo que professamos ser e nos avalia de acordo com o estado de nosso coração. Sejamos autênticos e verdadeiros em nosso cristianismo [4].

3º - Em terceiro lugar, a hipocrisia é como um fermento (Lc 12.1b). O fermento ou levedo é associado ao mal nas Escrituras (Êx 12.15-20; 1Co 5.6-8; G1 5.9). Assim como o fermento, a hipocrisia começa pequena, mas, de forma rápida e silenciosa, cresce e contamina toda a pessoa, fazendo-a inchar de soberba e orgulho [5]. Alcione Emerich diz que a massa representa o evangelho de forma geral, com sua mensagem (vida, perdão, salvação, ressurreição, pecado, confissão, restauração, arrependimento, etc.), mas o fermento, que é a menor parte, pode representar pequenos ensinamentos que vão se infiltrando e, sem que percebamos, vamos sendo contaminados e adoecemos progressivamente [6].

2 – A HIPOCRISIA SERÁ REVELADA POR DEUS (Lc 12.2,3).

A arte de ser hipócrita depende da capacidade de conservar algumas coisas ocultas. Quando o ocultamento já não é possível, o hipócrita é inevitavelmente desmascarado [7]. A lição que Jesus tencionava ensinar, ao mencionar aqui o fermento, é que o caráter hipócrita dos homens não pode ficar oculto para sempre, mas que finalmente será completamente revelado [8].  

Com isso em mente, podemos destacar duas coisas aqui:

1º - Em primeiro lugar, a hipocrisia é inútil diante de Deus (Lc 12.2). Jesus ecoa o verso final de Eclesiastes, onde Salomão advertiu que “Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec 12.14). Isto mostra como são tolos aqueles que praticam a hipocrisia e o fingimento. A religião tem a ver com o relacionamento do homem com Deus. Como Deus sabe de tudo, e no final revelará tudo, como é tolo alguém ficar contente com a forma e a sombra sem se importar com a realidade! É totalmente estúpido alguém ter a esperança de enganar o infinito conhecimento e a justiça de Deus! [9].

2º - Em segundo lugar, Jesus fundamenta o perigo da hipocrisia farisaica com uma ameaça (Lc 12.2). A hipocrisia é uma grande insensatez, pois aquilo que o homem esconde atrás das máscaras acaba por vir à tona. O que é feito atrás dos bastidores acaba por vir à plena luz. Aquilo que é dito às escondidas acaba por ser proclamado dos eirados. O oculto sempre será revelado, senão neste mundo, no porvir. A Bíblia diz: “Até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa” (Sl 139.12) [10]. No dia do Juízo tudo será revelado. Nesse dia as pessoas serão julgadas pelo que pensaram, falaram e agiram. O Justo Juiz, Jesus Cristo, já não será mais o Advogado, mas juiz. E ninguém terá como se defender de suas acusações.

3 – A CAUSA DA HIPOCRISIA (Lc 12.4-7).

A referência ao medo é feita cinco vezes em Lucas 12.1-7. Os versículos 4-7 são uma exortação para temer a Deus, e não àqueles que podem matar apenas o corpo. Contudo, o perigo também é espiritual. No NT, aquele que tem o poder para lançar alguém no inferno é Deus, e não o diabo (Mc 9.45,47; Tg 4.12) [11]. Wiersbe deixa claro que uma das principais causas da hipocrisia é o medo dos outros. Quando temos medo do que os outros vão dizer de nós ou fazer contra nós, tentamos impressioná-los, a fim de obter sua aprovação [12]. Os hipócritas temem os homens, mas não temem a Deus. Temem o que os outros irão falar a respeito deles, mas não temem a Deus que irá julgar seus atos pecaminosos.

Com isso em mente, podemos destacar três coisas:

1º - Em primeiro lugar, Jesus alerta os seus discípulos dos perigos futuros (Lc 12.5). Esta é a única vez que Jesus chama seus discípulos de “amigos” em Lucas. Faz isso para alertá-los sobre a causa da hipocrisia, que é o medo dos outros: o medo de não ser aceito, de ser criticado, de ser rejeitado, de ser perseguido. Em vez de temermos os outros que podem nos criticar, perseguir e até matar, devemos temer a Deus. Ele tem o poder de tirar a vida e até lançar a alma das pessoas no inferno. A autoridade de Deus se estende além da morte [13]. Jesus, no entanto, não esconde de seus discípulos a magnitude do perigo em que serão lançados! Não lhes assegura proteção para sua vida física. Mas como consolo mostra-lhes ao mesmo tempo o limite do poder humano hostil [14].

2º - Em segundo lugar, Jesus alerta os discípulos a temerem somente a Deus (Lc 12.5). Os hipócritas não temem a Deus, eles temem o que os outros irão falar a respeito deles. Mas Deus punirá os hipócritas no inferno. Jesus deixa claro para os seus discípulos não terem medo dos seres humanos, que nos piores cenários só podem matar o corpo e depois disso nada mais podem fazer. Por outro lado, Jesus passou a alertar a quem deviam temer, eles deviam temer Aquele que, depois de matar o corpo, tem poder para lançar a alma no inferno. A palavra “inferno” é “Geena” e refere-se ao vale de Hinom, localizada fora de Jerusalém. Dentro desse vale os judeus apóstatas tinham construído um local de culto, onde eles sacrificaram seus filhos ao deus pagão Moloque, queimando-os em fogo (Jr 7.31). Esse santuário foi profanado pelo piedoso rei Josias, como parte de suas reformas (2Rs 23.10), e, eventualmente, o local tornou-se depósito de lixo da cidade de Jerusalém. Era um lugar onde o fogo estava em constantemente combustão, por isso, Geena passou a ser usado em sentido figurado para falar do inferno eterno (cf. Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9.; 23.15, 33; Mc 9.43,45,47; Tg 3.6). Jesus deixa claro aqui que o inferno é real.

3º - Em terceiro lugar, não precisamos temer o futuro (Lc 12.6,7). Se o fim dos hipócritas é o castigo eterno, o fim dos salvos em Cristo é o gozo eterno (Ap 21.1-7). O cuidado de Deus estende-se não apenas a uma pessoa, mas até mesmo o aspecto mais secundário, os cabelos de nossa cabeça estão debaixo da providência de Deus. Nós não nos importamos muito com o fato de que diariamente perdemos alguns dos nossos 140.000 fios de cabelo. Deus, porém, diante do qual ocupamos posição de destaque em relação a todos os pardais, importa-se com as mínimas coisas de nossa vida. Por isso, lancemos fora o temor diante de pessoas e da natureza: não podeis cair sem o consentimento de Deus; e quando ele consente isso certamente redundará no melhor para seu filho! Consequentemente, o único temor que o discípulo pode e deve ter é o temor diante de Deus. Contudo, o significado de temor (reverência) a Deus será concretizado nas palavras subsequentes. A principal característica, a essência mais central desse temor é confiança absoluta e obediência incondicional [15].

4 – FIDELIDADE A DEUS O ANTÍDOTO CONTRA A HIPOCRISIA (Lc 12.8,9).

Em vez de negarmos nossa fé em Cristo, na terra, para ganharmos o aplauso dos outros, devemos confessar nossa fé em Cristo, diante dos outros, para recebermos aprovação nos céus. O que adianta sermos aprovados pelos outros e sermos reprovados por Jesus? O que adianta ganharmos troféus na terra e sermos rejeitados no céu? O que adianta sermos confessados perante os outros por causa da hipocrisia e sermos desmascarados e reprovados por Jesus perante os santos anjos no céu? [16]. Nesse tempo que se fala tanto em cancelamento, muitas pessoas, para serem aceitas pelas outras pessoas, negam a fé.

Podemos tirar duas lições importantes desse texto para nós:

1º - Em primeiro lugar, devemos professar Cristo abertamente (Lc 12.8). Nossa atitude diante de Jesus é a da máxima importância. Se um homem O confessar diante dos homens, Jesus o confessará diante dos anjos de Deus (Mateus diz “diante de meu Pai que está nos céus” Mt 10.32). Este é encorajamento caloroso para o dia do juízo. Mas o homem que negar Jesus (“repudiar”) enfrentará a negação final [17]. William Hendriksen destaca que esta palavra, confessar ou reconhecer, mostra que a mensagem levada pelos discípulos não devia ser friamente objetiva, um mero recital de palavras memorizadas. Ao contrário, o coração desses homens deve estar em sua mensagem. Sua pregação devia consistir em dar testemunho. Devia incluir seu testemunho pessoal (SI 66.16) [18].

A essência de confessar Jesus como Senhor é a abnegação, a apresentação de todos os aspectos da sua vida ao Seu controle soberano como um escravo ao seu mestre (Lc 7.8). Em Lucas 9.23,24 Jesus declarou: “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará” (cf. Gl 2.20; Cl 3.3). Wiersbe é enfático ao dizer que não importa se nosso nome será reconhecido pelos homens aqui na Terra; o mais importante é que Deus nos reconheça no céu (ver 2Tm 2.8-14) [19].

2º - Em segundo lugar, aquele o negar diante dos homens será negado diante de Deus e seus anjos (Lc 12.9). Aquele que nega seus pais diante de seus amigos não é digno do lar a que pertence. E aquele que nega a sua relação com o Salvador, rompe essa relação. Aquele que testemunha por meio de seus atos não ter uma relação espiritual com Cristo recebe a negação da parte de Deus, nos céus, e aquilo que recebe no julgamento não é o resultado de um espírito de vingança da parte de Deus. Antes, é o reconhecimento de um fato. Ser filho de Deus e um cidadão dos céus é uma situação que não pode existir onde a falta de amor, o egoísmo e a covardia caracterizam a atitude humana em relação a Deus [20].

J. C. Ryle nos alerta para o fato de que confessar Cristo nos trará zombaria, desprezo, escárnio, ridículo, inimizade e perseguição. Os ímpios rejeitam a verdade. O mundo que odiou a Cristo odiará os verdadeiros os cristãos. Mas negar a Cristo ou envergonhar-nos de seu evangelho pode nos proporcionar uma pequena medida de boa opinião dos outros, por alguns anos, mas não nos proporcionará paz verdadeira. No entanto, se ele nos negar no último dia, isto será nossa ruína no inferno durante toda a eternidade. Abandonemos nossos covardes temores. Confessemos a Cristo [21].

5 – O PERIGO DO FERMENTO DA HIPOCRISIA (12.10-12).

A hipocrisia pode começar pequena como um pouco de fermento, mas cresce a ponto de levar uma pessoa não apenas a negar sua verdadeira identidade, mas a negar também a identidade de Cristo, associando-o aos demônios (11.15) [22]. Ou seja, o fermento da hipocrisia cresce e desenvolve a blasfêmia. A pessoa blasfema contra o Pai, contra o Filho e o pior, contra o Espírito Santo. E Jesus deixou claro que a blasfêmia contra o Espírito Santo era algo inaceitável a ponto de não haver perdão para quem tal coisa fizer. Mas fica uma pergunta: o que é a blasfêmia contra o Espírito Santo e por que é algo imperdoável?

1º - Em primeiro lugar, a blasfêmia contra o Espírito Santo é negar o Seu testemunho a respeito de Jesus. O Espírito revela a verdade da salvação em Cristo, e aqueles que falam mal dessa revelação como os fariseus tinham feito (Lc 11.15), rejeita o testemunho do Espírito Santo a respeito de Cristo (cf. Jo 15.26), isolando-se da única fonte divina, a verdade salvadora. Por isso eles não podem ser salvos.

2º - Em segundo lugar, a blasfêmia contra o Espírito Santo é associá-lo aos demônios (Lc 11.15). Em Mateus 12.31,32 nos diz: “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”. O contexto dá a entender que o “pecado imperdoável” é atribuir obstinadamente a Satanás uma obra que é do Espírito Santo. A blasfêmia contra o Espírito é uma rejeição escarnecedora do Espírito, como o único Revelador da santa propiciação realizada por Deus [23].

3º - Em terceiro lugar, por que é algo imperdoável? Quando lemos Lucas 12.10 a ideia que se tem é que há um pecado maior do que o outro. Deus quer perdoar uns e não outros? Em Marcos lemos: “Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo” (Mc 3.28,29).

C. S. Lewis escreveu certa vez algo que esclarece este ponto. Ele disse: “só existem dois tipos de pessoas: as que dizem a Deus: ‘Seja feita a tua vontade’, e aquelas a quem Deus diz: ‘A sua vontade seja feita’”. Quando nos arrependemos, dizemos que a vontade de Deus deve ser feita em nossa vida, que é o nosso perdão. Quando não há arrependimento, o homem escolhe viver afastado de Deus e conforme sabemos Deus não forçaria alguém a viver em sua presença sem que quisesse.

O pecado imperdoável é o estado de descrença contínua. “O pecado imperdoável é uma apostasia total” (Calvino). Toda pessoa que arrependida procura a Jesus, encontra nele abrigo: “Aquele que vem a mim de maneira nenhuma eu o lançarei fora” (Jo 6.37). A blasfêmia contra o Espírito Santo, a rejeição completa, deliberada, permanente até a morte. Ora, se Cristo é o único caminho de salvação e alguém deliberadamente o rejeita, não existe, pois, perdão para tal pessoa. Leon Morris diz que este pecado sem perdão não diminui a capacidade divina de perdoar, mas este tipo de pecador já não tem a capacidade de arrepender-se e crer [24].

4º - Em quarto lugar, os discípulos, por não serem hipócritas, não tinham nada a temer (Lc 12.11,12). Jesus conclui sua palavra sobre a hipocrisia dizendo que os seus amigos não precisam temer a perseguição nem ficar perplexos sobre o que dizer nos interrogatórios aos quais serão submetidos, pois, se forem levados aos tribunais, o Espírito Santo lhes ensinará como devem responder (12.11,12). O livro de Atos dos Apóstolos demonstra de forma cabal como essa promessa de Jesus se confirmou. Os sacerdotes, os escribas e fariseus em Jerusalém foram obrigados a presenciar e maravilhar-se diante da alegria de Pedro e João (At 4.13). O discurso de defesa de Estêvão penetrou o coração dos ouvintes (At 7.54). Félix assustou-se diante do Paulo algemado (At 24.25) [25].

CONCLUSÃO

Diante de tudo que ouvimos, creio que não precisamos de mais argumentos para mostrar o quanto é perigoso e repulsivo ser um hipócrita. Se tememos a Deus, devemos confessá-lo até o fim. Não precisamos temer o que os homens podem fazer conosco, pois o máximo que podem fazer é nos matar. No entanto, o Senhor não só tem poder para matar o corpo como também tem poder para lançar a alma da pessoa no inferno.

Podemos ser “cancelados” nesta terra por muitas pessoas, mas que não sejamos “cancelados” por Deus nos céus.

Pense nisso!

Bibliografia

1 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 175.  

2 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 379.

3 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 285.

4 – Ryle, J. C. Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p. 210.

5 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 380.

6 – Emerich, Alcione. Contaminação Espiritual, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2012, p. 49.

7 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 196.

8 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 124.

9 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 424. 

10 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 380.

11 – Neale, David A. Lucas, 9 – 24, Novo Comentário Beacon, Ed. Central Gospel, Rio de Janeiro, RJ, 2015, p. 117.

12 – Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 285.

13 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 381.

14 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 176.

15 – Ibidem, p. 177.

16 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 382.

17 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 198.

18 –  Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, São Paulo, SP, Ed. Cultura Cristã, 2003, p. 170.

19 –  Wiersbe, Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 286.  

20 – Childers, Charles L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 426. 

21 – Ryle, J. C. Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p. 213.

22 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 383.

23 – Earle, Ralph. Comentário Bíblico Beacon, Mateus, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 95.

24 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986, p. 199.

25 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005. p. 178.  

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