Por Pr Silas Figueira
Texto base: Lucas 12.1-12
INTRODUÇÃO
A controvérsia que começou no capítulo onze a partir do versículo quatorze ainda está em andamento. Essa controvérsia começou depois que Jesus expulsou um demônio de um homem que o deixava mudo e cego (Mt 12.22). Os fariseus (Mt 12.24) e os escribas (Mc 3.22) começaram a blasfemar e dizer que Jesus fazia tais prodígios pelo poder de Belzebu, o príncipe dos demônios – Satanás. Depois desse ocorrido um fariseu convidou Jesus para jantar em sua casa (Lc 11.37). Na casa desse fariseu Jesus destaca a hipocrisia dos fariseus e dos escribas (Lc 11.39-54). Fritz Rienecker destaca que os discípulos que talvez estivessem do lado de fora da casa do fariseu devem ter percebido que Jesus se encontrava em uma situação extremamente perigosa (Lc 11.53,54). Então Jesus sai da casa e dirige-se aos seus seguidores. Lemos no texto do v. 1: “Ele disse a seus discípulos”. Jesus sente a necessidade de voltar-se de forma especial aos seus que, como provavelmente é correto presumir, denotam um semblante totalmente atemorizado [1]. Quando Jesus revelou a hipocrisia dos líderes judeus a ira deles contra Jesus se tornou visível. Jesus fez isso, pois esses líderes eram uma influência entre o povo. O Reverendo Hernandes Dias Lopes destaca que aqueles que se tornaram incorrigíveis ainda poderiam influenciar perigosamente os discípulos, através de sua hipocrisia [2].
A hipocrisia religiosa
dos fariseus não podia oferecer o verdadeiro conhecimento de Deus, pois não o
conheciam, devido a isso, esses homens tinham uma visão distorcida do pecado e
da salvação, por isso Jesus os confronta retirando a máscara da hipocrisia que
se escondiam. Todo falso líder religioso afirma conhecer a verdade, mas, na
realidade, nenhum deles conhece. E uma vez que esses líderes religiosos não
tinham verdade em si mesmo, eles eram hipócritas vazios. Por isso, era uma má
influência para o povo e, principalmente, para os discípulos de Jesus.
Quais as lições que
podemos tirar desse texto?
1
– DEVEMOS TER CUIDADO COM A HIPOCRISIA (Lc 12.1).
Mas como podemos
definir uma pessoa hipócrita? Hipócrita é aquela ou aquele que demonstra uma
coisa, quando sente ou pensa outra, que dissimula sua verdadeira personalidade
e afeta, quase sempre por motivos interesseiros ou por medo de assumir sua
verdadeira natureza, qualidades ou sentimentos que não possui.
Com isso em mente podemos
destacar três coisas:
1º - E primeiro lugar,
o hipócrita é um ator. A palavra grega hupokritēs (hipócritas) era
originalmente um termo secular referindo-se a um ator que desempenhou um papel
no palco. Mas no Novo Testamento, tornou-se um termo religioso, usado
exclusivamente no sentido negativo de alguém que diz falar em Deus, mas não vivem
o que pregam, por isso são hipócritas. A definição original teatral de hupokritēs expressa figurativamente a
natureza dos enganadores espirituais. Um ator tenta desempenhar um papel
convincente no palco, fingindo ser alguém que não é, o falso religioso também.
2º - Em segundo lugar,
sempre haverá hipócritas em todas as áreas da vida.
Pessoas que tentam impressionar os outros e esconder seu verdadeiro eu. Na vida
cristã, hipócrita é alguém que tenta parecer mais espiritual do que é de fato.
Essas pessoas sabem que estão fingindo e esperam não ser descobertas. Sua vida
cristã não passa de uma farsa [3]. J. C. Ryle diz que se não desejamos nos
tornar fariseus, cultivemos um cristianismo que envolve todo nosso coração.
Diariamente compreendemos que o Deus a quem temos de prestar contas vê muito
além da superficialidade daquilo que professamos ser e nos avalia de acordo com
o estado de nosso coração. Sejamos autênticos e verdadeiros em nosso
cristianismo [4].
3º - Em terceiro lugar,
a hipocrisia é como um fermento (Lc 12.1b).
O fermento ou levedo é associado ao mal nas Escrituras (Êx 12.15-20; 1Co 5.6-8;
G1 5.9). Assim como o fermento, a hipocrisia começa pequena, mas, de forma
rápida e silenciosa, cresce e contamina toda a pessoa, fazendo-a inchar de
soberba e orgulho [5]. Alcione Emerich diz que a massa representa o evangelho
de forma geral, com sua mensagem (vida, perdão, salvação, ressurreição, pecado,
confissão, restauração, arrependimento, etc.), mas o fermento, que é a menor
parte, pode representar pequenos ensinamentos que vão se infiltrando e, sem que
percebamos, vamos sendo contaminados e adoecemos progressivamente [6].
2
– A HIPOCRISIA SERÁ REVELADA POR DEUS (Lc 12.2,3).
A arte de ser hipócrita
depende da capacidade de conservar algumas coisas ocultas. Quando o ocultamento
já não é possível, o hipócrita é inevitavelmente desmascarado [7]. A lição que
Jesus tencionava ensinar, ao mencionar aqui o fermento, é que o caráter
hipócrita dos homens não pode ficar oculto para sempre, mas que finalmente será
completamente revelado [8].
Com isso em mente,
podemos destacar duas coisas aqui:
1º - Em primeiro lugar,
a hipocrisia é inútil diante de Deus (Lc 12.2).
Jesus ecoa o verso final de Eclesiastes, onde Salomão advertiu que “Deus há de
trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom,
quer seja mau” (Ec 12.14). Isto mostra como são tolos aqueles que praticam a
hipocrisia e o fingimento. A religião tem a ver com o relacionamento do homem
com Deus. Como Deus sabe de tudo, e no final revelará tudo, como é tolo alguém
ficar contente com a forma e a sombra sem se importar com a realidade! É
totalmente estúpido alguém ter a esperança de enganar o infinito conhecimento e
a justiça de Deus! [9].
2º - Em segundo lugar,
Jesus fundamenta o perigo da hipocrisia farisaica com uma ameaça (Lc 12.2).
A hipocrisia é uma grande insensatez, pois aquilo que o homem esconde atrás das
máscaras acaba por vir à tona. O que é feito atrás dos bastidores acaba por vir
à plena luz. Aquilo que é dito às escondidas acaba por ser proclamado dos
eirados. O oculto sempre será revelado, senão neste mundo, no porvir. A Bíblia
diz: “Até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a
mesma coisa” (Sl 139.12) [10]. No dia do Juízo tudo será revelado. Nesse dia as
pessoas serão julgadas pelo que pensaram, falaram e agiram. O Justo Juiz, Jesus
Cristo, já não será mais o Advogado, mas juiz. E ninguém terá como se defender
de suas acusações.
3
– A CAUSA DA HIPOCRISIA (Lc 12.4-7).
A referência ao medo é
feita cinco vezes em Lucas 12.1-7. Os versículos 4-7 são uma exortação para
temer a Deus, e não àqueles que podem matar apenas o corpo. Contudo, o perigo
também é espiritual. No NT, aquele que tem o poder para lançar alguém no
inferno é Deus, e não o diabo (Mc 9.45,47; Tg 4.12) [11]. Wiersbe deixa claro
que uma das principais causas da hipocrisia é o medo dos outros. Quando temos
medo do que os outros vão dizer de nós ou fazer contra nós, tentamos
impressioná-los, a fim de obter sua aprovação [12]. Os hipócritas temem os
homens, mas não temem a Deus. Temem o que os outros irão falar a respeito
deles, mas não temem a Deus que irá julgar seus atos pecaminosos.
Com isso em mente,
podemos destacar três coisas:
1º - Em primeiro lugar,
Jesus alerta os seus discípulos dos perigos futuros (Lc 12.5).
Esta é a única vez que Jesus chama seus discípulos de “amigos” em Lucas. Faz
isso para alertá-los sobre a causa da hipocrisia, que é o medo dos outros: o
medo de não ser aceito, de ser criticado, de ser rejeitado, de ser perseguido.
Em vez de temermos os outros que podem nos criticar, perseguir e até matar,
devemos temer a Deus. Ele tem o poder de tirar a vida e até lançar a alma das
pessoas no inferno. A autoridade de Deus se estende além da morte [13]. Jesus,
no entanto, não esconde de seus discípulos a magnitude do perigo em que serão
lançados! Não lhes assegura proteção para sua vida física. Mas como consolo
mostra-lhes ao mesmo tempo o limite do poder humano hostil [14].
2º - Em segundo lugar, Jesus
alerta os discípulos a temerem somente a Deus (Lc 12.5).
Os hipócritas não temem a Deus, eles temem o que os outros irão falar a
respeito deles. Mas Deus punirá os hipócritas no inferno. Jesus deixa claro
para os seus discípulos não terem medo dos seres humanos, que nos piores cenários
só podem matar o corpo e depois disso nada mais podem fazer. Por outro lado, Jesus
passou a alertar a quem deviam temer, eles deviam temer Aquele que, depois de
matar o corpo, tem poder para lançar a alma no inferno. A palavra “inferno” é “Geena”
e refere-se ao vale de Hinom, localizada fora de Jerusalém. Dentro desse vale
os judeus apóstatas tinham construído um local de culto, onde eles sacrificaram
seus filhos ao deus pagão Moloque, queimando-os em fogo (Jr 7.31). Esse
santuário foi profanado pelo piedoso rei Josias, como parte de suas reformas
(2Rs 23.10), e, eventualmente, o local tornou-se depósito de lixo da cidade de
Jerusalém. Era um lugar onde o fogo estava em constantemente combustão, por
isso, Geena passou a ser usado em sentido figurado para falar do inferno eterno
(cf. Mt 5.22,29,30; 10.28; 18.9.; 23.15, 33; Mc 9.43,45,47; Tg 3.6). Jesus
deixa claro aqui que o inferno é real.
3º - Em terceiro lugar,
não precisamos temer o futuro (Lc 12.6,7). Se o fim dos
hipócritas é o castigo eterno, o fim dos salvos em Cristo é o gozo eterno (Ap
21.1-7). O cuidado de Deus estende-se não apenas a uma pessoa, mas até mesmo o
aspecto mais secundário, os cabelos de nossa cabeça estão debaixo da
providência de Deus. Nós não nos importamos muito com o fato de que diariamente
perdemos alguns dos nossos 140.000 fios de cabelo. Deus, porém, diante do qual
ocupamos posição de destaque em relação a todos os pardais, importa-se com as
mínimas coisas de nossa vida. Por isso, lancemos fora o temor diante de pessoas
e da natureza: não podeis cair sem o consentimento de Deus; e quando ele
consente isso certamente redundará no melhor para seu filho! Consequentemente,
o único temor que o discípulo pode e deve ter é o temor diante de Deus.
Contudo, o significado de temor (reverência) a Deus será concretizado nas
palavras subsequentes. A principal característica, a essência mais central
desse temor é confiança absoluta e obediência incondicional [15].
4
– FIDELIDADE A DEUS O ANTÍDOTO CONTRA A HIPOCRISIA (Lc 12.8,9).
Em vez de negarmos
nossa fé em Cristo, na terra, para ganharmos o aplauso dos outros, devemos
confessar nossa fé em Cristo, diante dos outros, para recebermos aprovação nos
céus. O que adianta sermos aprovados pelos outros e sermos reprovados por
Jesus? O que adianta ganharmos troféus na terra e sermos rejeitados no céu? O
que adianta sermos confessados perante os outros por causa da hipocrisia e
sermos desmascarados e reprovados por Jesus perante os santos anjos no céu? [16].
Nesse tempo que se fala tanto em cancelamento, muitas pessoas, para serem
aceitas pelas outras pessoas, negam a fé.
Podemos tirar duas
lições importantes desse texto para nós:
1º - Em primeiro lugar,
devemos professar Cristo abertamente (Lc 12.8).
Nossa atitude diante de Jesus é a da máxima importância. Se um homem O
confessar diante dos homens, Jesus o confessará diante dos anjos de Deus (Mateus
diz “diante de meu Pai que está nos céus” Mt 10.32). Este é encorajamento
caloroso para o dia do juízo. Mas o homem que negar Jesus (“repudiar”) enfrentará
a negação final [17]. William Hendriksen destaca que esta palavra, confessar ou reconhecer, mostra que a mensagem levada pelos discípulos não devia
ser friamente objetiva, um mero recital de palavras memorizadas. Ao contrário,
o coração desses homens deve estar em sua mensagem. Sua pregação devia
consistir em dar testemunho. Devia incluir seu testemunho pessoal (SI 66.16)
[18].
A essência de confessar
Jesus como Senhor é a abnegação, a apresentação de todos os aspectos da sua
vida ao Seu controle soberano como um escravo ao seu mestre (Lc 7.8). Em Lucas
9.23,24 Jesus declarou: “E dizia a todos:
Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e
siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas
qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará” (cf. Gl 2.20;
Cl 3.3). Wiersbe é enfático ao dizer que não importa se nosso nome será
reconhecido pelos homens aqui na Terra; o mais importante é que Deus nos
reconheça no céu (ver 2Tm 2.8-14) [19].
2º - Em segundo lugar,
aquele o negar diante dos homens será negado diante de Deus e seus anjos (Lc
12.9). Aquele que nega seus pais diante de seus amigos
não é digno do lar a que pertence. E aquele que nega a sua relação com o
Salvador, rompe essa relação. Aquele que testemunha por meio de seus atos não
ter uma relação espiritual com Cristo recebe a negação da parte de Deus, nos
céus, e aquilo que recebe no julgamento não é o resultado de um espírito de
vingança da parte de Deus. Antes, é o reconhecimento de um fato. Ser filho de
Deus e um cidadão dos céus é uma situação que não pode existir onde a falta de
amor, o egoísmo e a covardia caracterizam a atitude humana em relação a Deus
[20].
J. C. Ryle nos alerta
para o fato de que confessar Cristo nos trará zombaria, desprezo, escárnio,
ridículo, inimizade e perseguição. Os ímpios rejeitam a verdade. O mundo que
odiou a Cristo odiará os verdadeiros os cristãos. Mas negar a Cristo ou envergonhar-nos
de seu evangelho pode nos proporcionar uma pequena medida de boa opinião dos
outros, por alguns anos, mas não nos proporcionará paz verdadeira. No entanto,
se ele nos negar no último dia, isto será nossa ruína no inferno durante toda a
eternidade. Abandonemos nossos covardes temores. Confessemos a Cristo [21].
5
– O PERIGO DO FERMENTO DA HIPOCRISIA (12.10-12).
A hipocrisia pode
começar pequena como um pouco de fermento, mas cresce a ponto de levar uma
pessoa não apenas a negar sua verdadeira identidade, mas a negar também a
identidade de Cristo, associando-o aos demônios (11.15) [22]. Ou seja, o fermento da hipocrisia cresce e desenvolve a blasfêmia. A
pessoa blasfema contra o Pai, contra o Filho e o pior, contra o Espírito Santo.
E Jesus deixou claro que a blasfêmia contra o Espírito Santo era algo inaceitável
a ponto de não haver perdão para quem tal coisa fizer. Mas fica uma pergunta: o
que é a blasfêmia contra o Espírito Santo e por que é algo imperdoável?
1º - Em primeiro lugar,
a blasfêmia contra o Espírito Santo é negar o Seu testemunho a respeito de
Jesus. O Espírito revela a verdade da salvação em Cristo,
e aqueles que falam mal dessa revelação como os fariseus tinham feito (Lc 11.15),
rejeita o testemunho do Espírito Santo a respeito de Cristo (cf. Jo 15.26), isolando-se da
única fonte divina, a verdade salvadora. Por isso eles não podem ser salvos.
2º - Em segundo lugar,
a blasfêmia contra o Espírito Santo é associá-lo aos demônios (Lc 11.15).
Em Mateus 12.31,32 nos diz: “Portanto, eu
vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia
contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma
palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar
contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.
O contexto dá a entender que o “pecado imperdoável” é atribuir obstinadamente a
Satanás uma obra que é do Espírito Santo. A blasfêmia contra o Espírito é uma
rejeição escarnecedora do Espírito, como o único Revelador da santa propiciação
realizada por Deus [23].
3º - Em terceiro lugar,
por que é algo imperdoável? Quando lemos Lucas 12.10
a ideia que se tem é que há um pecado maior do que o outro. Deus quer perdoar
uns e não outros? Em Marcos lemos: “Na
verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e
toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem; Qualquer, porém, que blasfemar
contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo”
(Mc 3.28,29).
C. S. Lewis escreveu
certa vez algo que esclarece este ponto. Ele disse: “só existem dois tipos de
pessoas: as que dizem a Deus: ‘Seja feita a tua vontade’, e aquelas a quem Deus
diz: ‘A sua vontade seja feita’”. Quando nos arrependemos, dizemos que a
vontade de Deus deve ser feita em nossa vida, que é o nosso perdão. Quando não
há arrependimento, o homem escolhe viver afastado de Deus e conforme sabemos
Deus não forçaria alguém a viver em sua presença sem que quisesse.
O pecado imperdoável é
o estado de descrença contínua. “O pecado imperdoável é uma apostasia total”
(Calvino). Toda pessoa que arrependida procura a Jesus, encontra nele abrigo: “Aquele
que vem a mim de maneira nenhuma eu o lançarei fora” (Jo 6.37). A blasfêmia
contra o Espírito Santo, a rejeição completa, deliberada, permanente até a
morte. Ora, se Cristo é o único caminho de salvação e alguém deliberadamente o
rejeita, não existe, pois, perdão para tal pessoa. Leon Morris diz que este
pecado sem perdão não diminui a capacidade divina de perdoar, mas este tipo de
pecador já não tem a capacidade de arrepender-se e crer [24].
4º - Em quarto lugar, os
discípulos, por não serem hipócritas, não tinham nada a temer (Lc 12.11,12).
Jesus conclui sua palavra sobre a hipocrisia dizendo que os seus amigos não
precisam temer a perseguição nem ficar perplexos sobre o que dizer nos interrogatórios
aos quais serão submetidos, pois, se forem levados aos tribunais, o Espírito
Santo lhes ensinará como devem responder (12.11,12). O livro de Atos dos
Apóstolos demonstra de forma cabal como essa promessa de Jesus se confirmou. Os
sacerdotes, os escribas e fariseus em Jerusalém foram obrigados a presenciar e
maravilhar-se diante da alegria de Pedro e João (At 4.13). O discurso de defesa
de Estêvão penetrou o coração dos ouvintes (At 7.54). Félix assustou-se diante
do Paulo algemado (At 24.25) [25].
CONCLUSÃO
Diante de tudo que
ouvimos, creio que não precisamos de mais argumentos para mostrar o quanto é
perigoso e repulsivo ser um hipócrita. Se tememos a Deus, devemos confessá-lo
até o fim. Não precisamos temer o que os homens podem fazer conosco, pois o
máximo que podem fazer é nos matar. No entanto, o Senhor não só tem poder para
matar o corpo como também tem poder para lançar a alma da pessoa no inferno.
Podemos ser
“cancelados” nesta terra por muitas pessoas, mas que não sejamos “cancelados” por
Deus nos céus.
Pense nisso!
Bibliografia
1 – Rienecker, Fritz. O
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba,
PA, 2005. p. 175.
2 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
379.
3 – Wiersbe, Warren W.
Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo
André, SP, 2007, p. 285.
4 – Ryle, J. C.
Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p.
210.
5 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
380.
6 – Emerich, Alcione.
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7 – Morris, Leon L.
Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São
Paulo, SP, 1986, p. 196.
8 – Champlin, R. N. O Novo
Testamento Interpretado, versículo por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos,
São Paulo, SP, 2005, p. 124.
9 – Childers, Charles
L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ,
2006, p. 424.
10 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
380.
11 – Neale, David A.
Lucas, 9 – 24, Novo Comentário Beacon, Ed. Central Gospel, Rio de Janeiro, RJ,
2015, p. 117.
12 – Wiersbe, Warren W.
Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo
André, SP, 2007, p. 285.
13 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
381.
14 – Rienecker, Fritz.
O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba,
PA, 2005. p. 176.
15 – Ibidem, p. 177.
16 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
382.
17 – Morris, Leon L.
Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São
Paulo, SP, 1986, p. 198.
18 – Hendriksen,
William. Lucas, vol. 2, São Paulo, SP, Ed. Cultura Cristã, 2003, p. 170.
19 – Wiersbe,
Warren W. Lucas, Novo Testamento 1, Comentário Bíblico Expositivo, Ed.
Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 286.
20 – Childers, Charles
L. Comentário Bíblico Beacon, Lucas, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ,
2006, p. 426.
21 – Ryle, J. C.
Meditação no Evangelho de Lucas, Ed. Fiel, São José dos Campos, SP, 2002, p.
213.
22 – Lopes, Hernandes
Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p.
383.
23 – Earle, Ralph.
Comentário Bíblico Beacon, Mateus, vol. 6, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006,
p. 95.
24 – Morris, Leon L.
Lucas, Introdução e Comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São
Paulo, SP, 1986, p. 199.
25 – Rienecker, Fritz.
O Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba,
PA, 2005. p. 178.
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