Por Pr. Silas Figueira
Texto base: Lucas 6.12-16
INTRODUÇÃO
Havia se passado cerca
de um ano e meio desde que João, o Batista, tinha apresentado Jesus como o
Cordeiro de Deus e que Jesus havia iniciado seu ministério público. Depois de
uma noite de oração, Jesus desce do monte e pela manhã chama a si os seus
discípulos. Jesus agora está pronto para escolher seus apóstolos. Estes serão
seus associados íntimos, que receberão treinamento especial. Contudo, visto que
continuam sendo alunos de Jesus, eles ainda podem ser chamados de discípulos.
O que podemos aprender
a respeito dessa escolha de Jesus desses doze homens?
1
– O QUE VEM A SER UM APÓSTOLO?
Antes de pensarmos na
escolha que o Senhor fez, devemos pensar o que vem a ser um apóstolo e porque o
número de doze.
1º - Apóstolo é uma pessoa enviada com uma
comissão. A palavra “apóstolo” (gr. apostolos) deriva de apostellein, “enviar”.
O ministério de Jesus
desde o batismo até a sua ressurreição, durou cerca de três anos. Assim, o
período de treinamento intensivo dos discípulos foi equivalente a mais ou menos
metade disso, pois quando Jesus identificou e chamou os doze apóstolos dentre
um grupo maior de seguidores, metade do seu ministério aqui na terra já havia
terminado.
John MacArthur citando
A. B. Bruce diz que “a seleção dos doze por Jesus é um marco importante na
história do Evangelho. Ela divide o ministério de nosso Senhor em duas partes,
provavelmente quase iguais no que se refere à duração, porém desiguais no que
se refere à extensão e importância em cada uma, respectivamente. No primeiro
período, Jesus trabalhou sozinho; seus feitos miraculosos se limitaram em sua
maioria a uma região mais restrita e seus ensinamentos foram principalmente de
um caráter mais básico. No entanto, quando os doze foram escolhidos, o trabalho
do reino já havia adquirido proporções tais que exigia uma organização e
divisão do trabalho; além disso, os ensinamentos de Jesus estavam começando a
ser de uma natureza mais profunda e suas obras benevolentes adquiriram uma
abrangência cada vez maior” [1].
Foi durante este
período de um ano e meio iniciais que seus discípulos foram se fortalecendo na
fé mediante os ensinos de Jesus e prodígios que Ele operava. Por isso foi
necessário um período de tempo para que os apóstolos fossem escolhidos. Esses
homens teriam a responsabilidade de dar continuidade ao ministério do Senhor.
Como lemos em Atos
1.1,2: “Fiz o primeiro tratado, ó
Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, até
ao dia em que foi recebido em cima, depois
de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera”.
Os apóstolos teriam a
incumbência de dar prosseguimento aos ensinamentos de Jesus e espalhar essas
Boas-Novas pelo mundo, como lemos em Atos 1.8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e
até aos confins da terra”.
“E
este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim” (Mt 24.14).
Observe que em Atos
2.42 nos fala que a igreja que havia em Jerusalém “perseverava na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). E a Bíblia
também nos fala que nós estamos “edificados
sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a
principal pedra da esquina” (Ef 2.20).
2º - Os doze apóstolos representam o Novo Israel
juntamente com os doze patriarcas (Ap 21.9-14).
“E veio a mim um dos sete anjos que
tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo:
Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um
grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de
Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma
pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze
portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes
das doze tribos dos filhos de Israel. Do
lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do
sul, três portas, do lado do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze
apóstolos do Cordeiro.
O Novo Israel representado pelos doze patriarcas e pelos doze
apóstolos seria formado por pessoas de todas as nações como lemos em Apocalipse
7.7-12:
“Depois
destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de
todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e
perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e
clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no
trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos,
e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e
adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de
graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém”.
Podemos observar isso
na escolha do Senhor nos escritores no Novo Testamento; Lucas foi o único
escritor gentio de toda a Bíblia, ele era nativo de Antioquia da Síria. Ele
escreveu o Evangelho que leva o seu nome e também o livro de Atos. O apóstolo
Paulo passou a ser conhecido como o apóstolo dos gentios (Rm 11.13) e Pedro dos
judeus (Gl 2.7,8).
O
verdadeiro Israel do Antigo Testamento se torna o núcleo da igreja verdadeira
no dia do Pentecostes. Aqui, a analogia da oliveira que Paulo
usa em Romanos 11 é instrutiva. A árvore representa o povo pactual de Deus –
Israel. Paulo compara o Israel descrente a ramos que foram arrancados da
oliveira (v. 17a). Os gentios crentes são comparados a ramos de uma oliveira
brava que foram enxertados na oliveira cultivada (vv. 17b-19). O ponto importante
a notar é que Deus não corta a velha árvore e planta uma nova. Tampouco Deus
planta uma segunda nova árvore ao lado da velha oliveira e então enxerta ramos
a velha árvore na nova árvore. Em vez disso, a mesma árvore atravessa a divisão
do Antigo para o Novo Testamento. Aquilo que sobra depois que os ramos mortos
são removidos é o verdadeiro Israel. Os crentes gentios são agora enxertados
nessa velha árvore já existente (o verdadeiro Israel/a verdadeira Igreja). Há
apenas uma boa oliveira, e a mesma boa oliveira atravessa a divisão pactual.
O que isso significa
para o nosso entendimento da relação entre a igreja e Israel? Significa que,
quando o verdadeiro Israel foi batizado pelo Espírito no dia de Pentecostes, o
verdadeiro Israel se tornou a igreja do Novo Testamento. Portanto, há
continuidade entre o verdadeiro Israel e a igreja [2].
Quando lemos Apocalipse
4.4: “E ao redor do trono havia vinte e
quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos
de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro”. Esses 24
anciãos representam o povo fiel de Deus, a igreja do Velho Testamento e do Novo
Testamento. A igreja dos Patriarcas e dos Apóstolos. A totalidade da igreja de
Deus na história. É uma visão não do que é, mas do que há de ser. A igreja
plena, como será na glória, adorando e louvando a Deus diante do trono, nos
céus.
3º - Jesus só teve doze
apóstolos. Os apóstolos foram os instrumentos
para receberem a revelação de Deus, para o registro do Novo Testamento. Em sua
polêmica contra os escribas e fariseus, Jesus certa feita se referiu a seus
apóstolos como aqueles que, à semelhança dos profetas, sábios e escribas
enviados por Deus ao antigo Israel, seriam igualmente enviados, rejeitados,
perseguidos e mortos (Lc 11.49; Mt 23.34). Desta forma, ele estabelece um
paralelo entre os apóstolos e os profetas como enviados de Deus ao seu povo [3].
Em sua segunda carta, Pedro admoesta seus leitores a se recordarem tanto das
que foram ditas pelos “santos profetas”
como do mandamento ensinado por “vossos
apóstolos” (2Pe 3.2).
As
credenciais apostólicas: um apóstolo tinha que ter visto a
Cristo ressuscitado (1Co 9.1), ter tido comunhão com Cristo (At 1.21,22) e ter
sido chamado pelo próprio Cristo (Ef 4.11). Os apóstolos receberam poder
especial para realizar milagres como prova de sua credencial (Mc 16.19,20; At
2.43, 5.12; 2Co 12.12; Hb 2.1-4).
Se
você observar os escritores do Novo Testamento, você observará que eles ou são
apóstolos ou alguém ligado diretamente a um apóstolo.
Mateus e João foram apóstolos, Marcos e Lucas não; no entanto, Marcos era
discípulo de Pedro enquanto Lucas era discípulo de Paulo. Tiago e Judas eram
irmãos de Jesus; inclusive, Tiago se tornou líder da igreja de Jerusalém. Já o
livro de Hebreus ninguém sabe quem o escreveu. Uns dizem que foi Paulo, outros
que foi Barnabé ou Silvano, sendo esses dois eram ligados ao apóstolo Paulo.
Quem se intitula
apóstolo hoje está na contramão da verdade das Escrituras.
2
- A ESCOLHA DA LIDERANÇA É SEGUNDO A EXPRESSA VONTADE DO PAI (Lc 6.13; Mc 3.13).
Após uma longa noite em
oração, agora estava na hora de escolher entre os discípulos aqueles que
estariam mais próximos de Jesus e que receberiam do Senhor autoridade para
continuarem o Seu ministério.
Quais são as características
dessa escolha que o Senhor fez?
1º - A escolha da
liderança não parte dos homens (Lc 6.13; Mc 3.13).
Não foram os discípulos que decidiram seguir Jesus nem fizeram um favor para
Ele ao aceitarem ao chamado; antes, seu chamado suplanta a vontade deles. O
texto em Marcos é enfático quando nos diz: “E
subiu ao monte, e chamou para si os que
ele quis; e vieram a ele” (Mc 3.13). O grego é mais enfático; o sentido
é que ele reuniu aqueles que ele desejava. Jesus determina o chamado [4]. A
escolha foi segundo a vontade do Pai, pois Jesus passou a noite em oração para
fazer essa escolha.
A crise na liderança
eclesiástica hoje e que tem afetado drasticamente a igreja evangélica, é que
muitos líderes se fizeram líderes, mas em momento algum foram comissionados por
Deus, ou se foram comissionados, se afastaram do real propósito do seu chamado.
São líderes que andam nas pegadas de Jeroboão (1Rs 11.38) que teve um chamado e
uma promessa, no entanto, se afastou de Deus se envolvendo na idolatria. Devido
a isso as consequências foram danosas para o Reino Norte.
Diante disso nós temos
visto florescer em nosso meio muitos pastores com muito carisma, mas sem nenhum
caráter. Pastores que falam em nome de Deus o Deus não disse. Pregam uma
teologia eisegética e não exegética. Vivem de modismos e os pregam como se
fosse revelação das Escrituras...
Temos
em nosso meio o pastor chamado e o chamado pastor.
Um é vocacionado, o outro se vocacionou. O líder espiritual é vocacionado, é
como ter algemas invisíveis; ele não retrocede. O vocacionado abre mão de tudo
para seguir o mestre, como disse Pedro a Jesus: “Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos” (Mc 10.28).
Isso é vocação e um
chamado eficaz!
2º - Jesus os chama
para estarem junto dele (Mc 3,13; Lc 6.13).
Os apóstolos deviam perseverar com ele em suas tentações até chegarem ao
Getsêmani; afinal, deviam tornar-se testemunhas dele até os confins do mundo
(At 1.8). Precisavam conhecer suas “horas silenciosas”, conviver com ele no
dia-a-dia, observar seu trabalho, obter uma visão dos mistérios de sua
sabedoria de educador, e até mesmo familiarizar-se com os objetivos de sua ação
[5]. Seria um aprendizado dinâmico.
Algumas vezes, nas
Escrituras, os doze são chamados de “discípulos” (gr. methetes – Mt 10.1, 11.1, 20.17; Lc 9.1). Essa palavra
significa “aprendizes, estudantes” [6]. A maior necessidade do líder é ter
intimidade com Jesus. Quem não anda na presença de Jesus não tem credencial
para ser líder na Igreja de Jesus [7].
A vida cristã deve ser
assim também. É impossível haver um crescimento espiritual andando distante de
Cristo. Devemos levar à sério o ministério que nos foi confiado.
Três coisas fazem parte
do discipulado para seu crescimento: oração, leitura da Bíblia e estudo da
Palavra. Na oração eu me aproximo do Senhor, na leitura da Bíblia eu conheço a
sua vontade e no estudo das Escrituras e aprendo a aplicar a Palavra no meu
viver diário.
3
– JESUS ESCOLHE OS APÓSTOLOS COM UM PROPÓSITO (Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.1,2).
Mateus e Marcos relatam
a convocação e o credenciamento dos apóstolos em uma ocasião (Mt 10.1-8; Mc
3.13-19), e Lucas o faz em dois trechos, mais precisamente como segue: de
acordo com Lucas, o primeiro passo de Jesus foi nomeá-los, provavelmente para
que passassem a ser seus alunos de modo especial. Isso aconteceu aqui em Lc
6.12-16. A capacitação é relatada em Lc 9.1-6, onde Jesus lhes confere a autoridade
para servir como apóstolos [8]. A nova fase do ministério é assinalada pela
terminologia de Lucas: “E, convocando os
seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios, para
curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os
enfermos” (Lc 9.1,2).
1º - Jesus lhes deu
autoridade para pregar (Mc 3.14; Lc 6.2). A autoridade
que os apóstolos tinham procedia de Jesus e não deles mesmos. A proximidade com
Jesus e a comunhão com Ele lhes deu condições de pregar com autoridade daquilo
que haviam visto e ouvido (1Jo 1.3).
A pregação do Evangelho
é a espinha dorsal do ministério. É através da pregação da Palavra que as
pessoas alcançam a fé salvífica como lemos em Rmanos 10.17: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir
pela palavra de Deus”.
2º - Jesus lhes deu
poder para operar sinais e maravilhas (Mc 3.15; Lc 9.1,2).
Essa autoridade era uma autoridade delegada, não eram os apóstolos que a
possuíam, quem a possuía era Jesus. Veja o que nos fala Lucas: “E, convocando
os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios,
para curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos”
(Lc 9.1,2). A proclamação correta do reino é a fonte de poder para expulsar
demônios e curar.
Precisamos reconhecer a
autoridade que há no nome de Jesus. Este nome não é um patuá, uma invocação ou
mesmo um passe de magia. A autoridade vem mediante o reconhecimento da
soberania de Jesus. Mas saiba, a autoridade não é do líder, ela é uma
autoridade delegada. A autoridade pertence a Cristo.
3º - Jesus lhe dá uma
ordem explícita: “de graça recebestes, de graça dai” (Mt 10.8).
Jesus ordenou que o ministério dos apóstolos no Reino de Deus jamais poderia
ser desempenhado por ambição e retornos financeiros. Por isso Ele lhes disse: “de graça recebestes, de graça dai”.
Tamanho poder que receberam chamaria atenção a ponto de haver quem tivesse
disposto a comprá-lo. Isso de fato aconteceu quando Simão, o mágico, tentou
comprar com dinheiro o dom de Deus (At 8.18).
As verdades essenciais
da fé evangélica estão ausentes de muitos púlpitos chamados protestantes.
Novidades têm sido introduzidas nas igrejas sob a conivência de uns e o
silêncio de outros. A igreja protestante já não protesta mais. Somos chamados
de evangélicos, mas o puro evangelho está escasseando em muitas igrejas. Temos
influência política, mas falta-nos autoridade moral. Temos poder econômico, mas
falta-nos poder espiritual. Temos um explosivo crescimento quantitativo, mas
falta-nos o crescimento qualitativo. Muitos líderes estão barganhando a
mensagem do evangelho. Fazem do púlpito um balcão de venda de bênçãos.
4
– JESUS ESCOLHEU HOMENS COMUNS, PARA UMA TAREFA INCOMUM (Lc 6.13-16).
Observe a progressão
natural no programa de treinamento deles. A princípio, simplesmente seguiram
Jesus, aprendendo com seus sermões para a multidão e ouvindo suas instruções
juntamente com um grupo maior de discípulos. Em seguida (de acordo com o relato
de Mateus 4), ele os chamou a deixar tudo e segui-lo de modo exclusivo. Agora
(registrado no episódio de Lucas 6 e Marcos 3 e Mateus 10), ele escolhe doze
homens dentre os outros daquele grupo de discípulos de tempo integral,
identifica-os como apóstolos e começa a dedicar maior parte de suas energias à
instrução pessoal desses homens [9].
Não sabemos quais os
critérios que o Senhor utilizou para escolher esses homens. O que podemos dizer
é que o Senhor sabe o que faz e porque faz. Olhando para essa lista de nomes
podemos tirar algumas lições importantes:
1ª – Os doze apóstolos
são um espelho da nova família de Deus. Ela é composta
de pessoas diferentes, de lugares diferentes, profissões diferentes, ideologias
diferentes. São pessoas limitadas, complicadas e imperfeitas que frequentemente
discordam sobre muitos assuntos. Havia no grupo de Jesus desde um empregado de
Roma até um nacionalista que defendia a guerrilha contra Roma. Esse grupo tão
heterogêneo aprendeu a viver sob o senhorio de Cristo e tornou-se uma bênção
para o mundo [10].
2º – Esse é o retrato
da igreja, tanto local quanto do Corpo de Cristo aqui na terra.
Ao olharmos para a lista dos doze apóstolos não temos muitas informações sobre
todos eles. Nem todos se destacaram, ou melhor, não chegou até nós o registro
de suas atividades. Os nomes de alguns não aparecem em outro lugar além da
lista de apóstolos. Assim é a igreja. Há líderes que se destacam e são muito
conhecidos, mas a maioria esmagadora só são conhecidos em suas igrejas.
Mas até isso é
interessante observar. Essa falta de informações biográficas também indica algo
muito importante: os primeiros evangelistas não estavam preocupados em criar
celebridades, mas proclamar a essência da mensagem do evangelho.
Há um provérbio
oriental que diz: “O sábio aponta para a lua, mas o néscio olha para o dedo do
sábio”. Os apóstolos apontavam para Jesus e seu ministério.
CONCLUSÃO
Assim é a Igreja.
Formada por pessoas diferentes com um único propósito: pregar a mensagem
salvadora do Evangelho. Seja mediante líderes conhecidos, seja mediante líderes
que agem no anonimato. Seja na liberdade para pregar assim também em meio as
perseguições.
Alguns são chamados
para serem líderes, outros no entanto, são chamados para serem liderados. Mas
juntos formam a Igreja do Senhor. Igreja lavada e remida no sangue do Cordeiro.
Pense Nisso!
Bibliografia
1 – MacArthur, John.
Doze Homens Comuns, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2ª edição 2011, p. 14.
2 – Mathison Keith. https://ministeriofiel.com.br/artigos/a-igreja-e-israel-no-novo-testamento/Acessado
em 19/01/2020.
3 – Lopes, Augustus
Nicodemus. Apóstolos, verdade bíblica sobre o apostolado, São José dos Campos,
SP: Editora Fiel, 2014, p. 31.
4 – Edwards, James R. O
Comentário de Marcos, Santo Amaro, SP, Ed. Sheed, 2018, p. 153.
5 – Rienecker Fritz. O
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, 2005. p.
98.
6 – MacArthur, John.
Doze Homens Comuns, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2ª edição 2011, p. 15.
7 – Lopes, Hernandes
Dias. Marcos, O Evangelho dos Milagres, São Paulo, Editora Hagnos, 2006, p.
185.
8 – Rienecker Fritz. O
Evangelho de Lucas, Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, 2005. p.
98.
9 – MacArthur, John.
Doze Homens Comuns, São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2ª edição 2011, p. 34.
10 – Lopes, Hernandes
Dias. Marcos, O Evangelho dos Milagres, São Paulo, Editora Hagnos, 2006, p.
187.
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