Por Amy Gannett
Eu sempre gostei muito de doces. Amo sobremesas de todos os tipos — especialmente de sorvete. Coisas doces são agradáveis e às vezes reconfortantes. E desde que estou sempre tendo vontade de doces? Bem, eles sempre parecem ser a solução.
Mas nos últimos anos tive que fortalecer meu sistema imunológico, o que significou reduzir drasticamente o consumo de açúcar. E é engraçado o que aconteceu.
Primeiro, percebi que o açúcar está em absolutamente tudo. Eu não tinha ideia de quantas coisas eu comia — coisas que eu achava que eram boas e nutritivas para mim — que estavam cheias de açúcar e corroíam lentamente minha saúde em geral. Aprender isto me deixou ainda mais agradecida pela segunda coisa que notei: quanto menos açúcar eu comia, menos eu desejava comer.
Mas meu desejo por doce não abrange apenas os meus desejos físicos. Isso respinga em minha vida espiritual também. Em tempos de luta espiritual, tenho me voltado para frases doces aparentemente verdadeiras, para acalmar meus desejos espirituais.
Apoiei-me em citações, dignas do Pinterest, sobre como eu sou uma vencedora que pode fazer qualquer coisa. Em tempos de seca espiritual, escutei os influenciadores das mídias sociais dizendo que eu já tinha tudo do que necessito dentro de mim. E em tempos de caos, valorizei palavras bem intencionadas de amigos relembrando-me de que já sou mais forte do que poderia acreditar.
Em tempos em que senti que estava sendo esticada ao máximo, procurei por doces: pequenos lembretes deliciosos de como sou capaz, de como sou invencível, do quanto posso realizar. Eles são agradáveis e reconfortantes. E desde quando estou sempre desejando os doces? Bem, eles sempre parecem ser a solução.
Mas esses mantras saborosos não estão me transmitindo a verdade inteira.
Doces Substitutos da Verdade
Eu não estou sozinha. Os cristãos frequentemente trocam as verdades nutritivas da Palavra de Deus por substitutos “mais doces”. Particularmente, quando a vida nos desgasta, podemos nos apoiar em meias-verdades sobre nossa própria resiliência, em vez de nos lembrarmos da soberania e suficiência de Deus.
Quando eu comecei a reduzir o açúcar, pensei que não seria capaz de fazer isso. Sentia desejo por açúcar constantemente. Uma amiga enfermeira explicou o que estava acontecendo no meu corpo. Ela me disse que o açúcar mente, dizendo aos nossos corpos que temos mais energia do que realmente temos, fazendo-nos sentir como se tivéssemos comido algo mais substancial do que realmente comemos. E, lentamente, o açúcar pode nos transformar em viciados, sempre procurando aquele agrado tranquilizante para nos levar ao próximo desejo.
O mesmo pode ser dito dos substitutos espirituais dos quais tenho me alimentado. Tal como o açúcar, essas citações motivacionais mentem para mim.
Elas me dizem que eu sou forte, mas não fazem nada para me lembrar da verdadeira força de Deus (Is 41.10). Elas me dizem que sou capaz, mas deixam de dizer que Deus é a fonte de todas as coisas (Tg 1.17). Elas me dizem que eu sou suficiente, mas deixam de lembrar-me que Ele é o eterno “EU SOU” (Ex 3.14). Elas me dizem que posso fazer mais do que realmente posso. Elas me convencem a pensar que oferecem alimento duradouro, apenas para me deixar exausta, derrotada e procurando a minha próxima dose.
Aprenda a Desejar a Verdade
Cortar o açúcar da minha dieta ensinou (e reensinou) meu corpo a desejar a verdadeira nutrição. Por meio de pequenas escolhas diárias, estou treinando meu corpo para ficar satisfeito com folhas verdes da horta de minha amiga e a desejar a acidez de um tomate amadurecido naturalmente. E felizmente, quanto mais eu me alimento da verdadeira nutrição, mais eu anseio pelas coisas boas.
Desmamar da espiritualidade pobre em nutrientes é um trabalho árduo, mas à medida que fazemos a escolha diária de nos deleitar no caráter imutável de Deus, nós nos ensinamos a desejar aquilo que realmente satisfará. Quando nos sentimos fracos e optamos por nos banquetearmos na Palavra, somos transformados em pessoas que buscam a obra de Deus em nossa fraqueza e que confiam no Seu Espírito em nosso querer.
Portanto, vamos decidir nos alimentar de uma fonte mais sustentadora. Vamos parar de nos alimentar de lixo espiritual que não nos nutre. Vamos parar de dizer a nós mesmos que somos fortes o suficiente, corajosos e bons o suficiente para fazer o que nós, em nossas limitações humanas, não podemos fazer. Vamos abraçar a realidade de quem somos e quem nosso Deus é. Somos consistentemente fracos; Deus é quem deve aparecer e se fazer visto.
E, ao fazer isso, encontraremos o que encontrei com o açúcar: o disparate do doce está em absolutamente tudo. Mas à medida que aprendemos a identificá-lo e eliminá-lo, desejaremo-lo muito menos. Ao nos lembrarmos das verdades do caráter de Deus, começaremos a desejar as ricas verdades da Palavra de Deus. E à medida que nos alimentamos desse pão diário, ensinaremo-nos a desejar o que eternamente satisfaz — o Pão da Vida em si.
Traduzido por Raul Flores
Fonte: Coalizao Pelo Evangelho
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