domingo, 24 de outubro de 2010

A banalização do Evangelho - Segunda Parte


Por Pastor Jonas Santana

Retomando o tema continuaremos a comparar evangélicos e católicos.

A família é a mola mestra da sociedade. A Igreja Católica até hoje não aceita o divórcio, uma vez casados, casados para sempre até que a morte os separe. Mesmo debaixo de críticas não mudaram seus dogmas. Mas, nós evangélicos, “os defensores da verdade”, aceitamos cada vez mais o divórcio, e muitos de nossos líderes dão o exemplo trocando sua esposa, e se justificam pregando que Deus aprova o divórcio.

Os templos estão cheios sim, aliás nunca se viu tanta gente frequentando igrejas evangélicas como agora. A grande diferença está no conteúdo: no passado o povo vinha por causa da Palavra e da Unção, hoje vêm porque é exatamente igual ao mundo onde elas vivem, não há mais troca a fazer, mas com a vantagem do cumprimento do dever religioso. A igreja moderna importou o mundo para dentro de suas quatro paredes, trazendo as tribos existentes: tribo dos surfistas, tribo dos metaleiros, tribo dos punks, tribo dos happers, tribo dos divorciados, etc...

João 4:16-18 – “Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.” Será que Jesus mudou, será que ele passou por uma modernização?

E o que dizer das denominações politizadas? A que não tiver ou apoiar um candidato ou um político não tem força; consideram ser de extrema importância a eleição de vereadores, deputados, senadores, porque afinal de contas a igreja terá muito a lucrar com isto. E muitos realmente tem lucrado milhares de Reais. Sim é importante a eleição de cristãos, mas nunca um pastor. Imaginem a Igreja Primitiva lançando a candidatura do Apóstolo Paulo a senador, afinal com um currículo destes: (Meus queridos, até parece os apóstolos do nossos dias) - II Coríntios 11:22-28

Na realidade o quadro da Igreja atual é esse:

Ezequiel 37:1-2 – “Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo Espírito do Senhor e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos.”

Há tanto barulho nas igrejas evangélicas: o povo pula, dança, bate palmas. Os pastores pregam com entusiasmo, gritam, batem nos púlpitos, mas a realidade é uma só: “eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos.”

Jeremias 13:14-15 - "Então, disse eu: Ah! Senhor Deus, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada, nem tereis fome; mas vos darei verdadeira paz neste lugar. Disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam. Portanto, assim diz o Senhor acerca dos profetas que, profetizando em meu nome, sem que eu os tenha mandado, dizem que nem espada, nem fome haverá nesta terra: À espada e à fome serão consumidos esses profetas."

No dia a dia os irmãos continuam com problemas graves nos seus lares, casamentos desfeitos, jovens em fornicação, empresários com negócios ilícitos, e assim por diante.

Há pastores se limitando ao seguinte comentário: “a culpa é do povo, não querem nada.” Que grande mentira! A culpa é dos pastores. Estão mais preocupados com a administração financeira, fechados em seus gabinetes, rodeados de segurança, muito longe do povo. Tente chegar perto de um apóstolo moderno, se conseguir driblar a segurança. Desde que o povo contribua generosamente para o programa de televisão, no satélite e na mídia, transformando os pastores e seus filhos em estrelas, então está tudo bem.

A pregação destes pastores é sempre na positiva, alegre, falando de sonhos, os quais serão “obrigatoriamente” realizados por Deus, se o crente pagar o carnê, ou fizer o depósito no banco. Todas as ações são centralizadas no homem e no seu bem estar.

Vejamos o que diz a Bíblia:

Jeremias 23:16, 21, 25, 26, 30, 31.

O quadro exposto até aqui é extremamente negativo, mas é real. Por isso eu creio de todo o meu coração ser esta é a hora de darmos um basta nesta situação.

Alguém disse: - “Se a Igreja não julgar a si mesmo, o mundo a julgará, se não acordar o governo a julgará e se ainda não acordar, então, Deus a julgará e a espada do Senhor será desembainhada.

Ezequiel 37:11 – “Então, me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados.”

Ainda há uma esperança: voltar a Palavra de Deus! Urgentemente voltar ao Evangelho do Reino de Deus, evangelho de renúncia, evangelho de perda, onde a vida não é tida por preciosa, contanto que seja possível fazer a vontade de Deus.

Ezequiel 37:3-10 - Aí está a resposta que precisamos!

Poderão reviver estes ossos? Há solução para a Igreja?

Resposta: Sim!

A vida vem de Deus, Ele é o autor da vida, sem Ele nada existe ou subsiste. Assim é a Igreja não pode permanecer sem Deus. Vamos profetizar sobre o vale de ossos secos. A solução não está em armas, nem em guerras, nem em difamações, muito menos em rebeliões, ou mesmo em levantes contra os pastores.

A solução está em PROFETIZAR - Anunciar a mensagem de Deus às pessoas. Então, vamos usar as armas espirituais a nossa disposição. A solução está na Palavra de Deus. Podemos entender profetizar como sendo o mesmo que orar. Então vamos entrar na presença de Deus e vamos levantar um clamor por um avivamento (eu não disse reavivamento - repito um avivamento) genuíno como nunca foi visto.

II Crônicas 7:14-15 – “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar.”

Vamos anunciar a Palavra do Senhor, como o Profeta: “Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor.”

O sistema existente em muitas igrejas é mundano, é usado porque não há unção e não há unção porque os pastores não gastam tempo na presença de Deus. É necessário voltar às nossas origens, deixando tudo o que é moderno e buscando o que é santo, puro, honesto e de boa fama. Perseverando na oração e no ministério da palavra.

Atos 2:2-4 - Precisamos reaver o modelo bíblico na Igreja, (Igreja aqui não é denominação, mas sim o corpo de Cristo), tendo os apóstolos sim, mas também tendo os profetas, os pastores, os evangelistas, os mestres, conforme está em Efésios 4:11-14.

Cada um desempenhado a sua chamada, todos inseridos no contexto do corpo de Cristo, querendo o crescimento deste corpo, não buscando seus próprios benefícios ou riquezas, cuidando uns dos outros, ninguém pode e deve estar sozinho. Ninguém é dono da Igreja, Cristo é o cabeça da Igreja e nós somos o seu corpo, e a Ele devemos estar submissos. Colossenses 1:18

Vamos acordar enquanto ainda há tempo!

João 11:40 - "Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?"

Fonte: Levando a Palavra de Deus às Nações

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