segunda-feira, 24 de agosto de 2009

... Eis uma história que nem todos conhecem


... Eis uma história que nem todos conhecem, mas que nos leva a pensar se precisamos mesmo conviver com a rivalidade. Refere-se a dois dos três tenores que encantaram o cantando juntos: Placido Domingo, Jose Carreras e Luciano Pavarote.


Mesmo quem nunca visitou a Espanha, conhece a rivalidade existente entre catalães e

madrilenos, dado que os catalães lutam pela autonomia, numa Espanha dominada por Madrid.


Pois bem ...


Plácido Domingo é madrileno. José Carreras é catalão. Devido a questões políticas, em 1984, Carreras e Domingo, tornaram-se inimigos. Sempre muito solicitados em todo o mundo, ambos faziam questão de exigir nos seus contratos, que só atuariam em determinado espetáculo se o adversário não fosse convidado.


Em 1987, apareceu a Carreras um inimigo muito mais implacável que o seu rival, Plácido Domingo: Foi surpreendido por um diagnóstico terrível: leucemia.


A sua luta contra o câncer foi muito difícil, tendo-se submetido a diversos tratamentos, a um transplante de medula óssea, além de uma mudança de sangue, que o obrigava a viajar mensalmente até aos Estados Unidos.


Nestas circunstâncias, não podia trabalhar e apesar de ser dono de uma fortuna razoável, os elevadíssimos custos das viagens e dos tratamentos, dilapidaram as suas finanças.
Quando não tinha mais condições financeiras, teve conhecimento da existência de uma fundação em Madrid, cuja finalidade era apoiar o tratamento de doentes com leucemia.


Graças ao apoio da fundação "Formosa", Carreras venceu a doença e voltou a cantar.

Voltou a receber os altos cachês que merecia, e resolveu associar-se à fundação.

Foi ao ler os seus estatutos, que descobriu que o seu fundador, maior colaborador e presidente da fundação, era Plácido Domingo. Depressa soube que Domingo tinha criado a fundação para ajudá-lo e que se tinha mantido no anonimato para que ele não se sentisse humilhado ao aceitar o auxílio do seu "inimigo”.


Mas... O mais comovente foi o encontro de ambos.


Surpreendendo Plácido Domingo num dos seus concertos em Madrid, Carreras interrompeu a atuação deste, subindo ao palco e humildemente, ajoelhou-se a seus pés, pediu-lhe desculpas e agradeceu-lhe publicamente.


Plácido ajudou-o a levantar-se e com um forte abraço, selaram o início de uma grande e bela amizade.


Mais tarde, uma jornalista perguntou a Plácido Domingo, porque criara a fundação "Formosa", num gesto que além de ajudar um "inimigo", ajudava também o único artista que poderia fazer-lhe concorrência. A sua resposta foi curta e definitiva:
“-Porque uma voz como aquela não poderia perder-se."


Esta é uma história real da nobreza humana e deveria servir-nos de inspiração e exemplo.

2 comentários:

  1. Poxa, que lindo... quisera nós tivéssemos a mesma atitude que o Plácido Domingo, e que nada mais é que o cumprimento daquilo que Jesus pregava, que é fazer o bem sem buscar honras para si. Obrigada por disponibilizar essa história que eu desconhecia.

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  2. Graça e paz Estrangeira. Eu também não conhecia esse fato, por isso assim que eu soube eu o publiquei. Eu o recebi por e-mail por uma amiga. Onde o amor fala mais alto acaba-se a guerra.
    Fique na paz!!!
    Pr Silas

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