Por Pr Silas Figueira
Texto base: Lucas 18.15-17
INTRODUÇÃO
Jesus, após a sua ressurreição, disse para Pedro quando o confrontou no mar de Tiberíades: “Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21.15). Os cordeiros são os mais novos do rebanho. Os cordeiros aqui não são somente crianças, mas os novos na fé. Por isso, devemos cuidar de modo especial daqueles que são novos na graça. Podem ser velhos em anos, mas ainda assim serem bebês na graça quanto à idade de sua vida espiritual, e por isso precisarem da tutela de um bom pastor.
No entanto, o texto que lemos não está
falando de pessoas novas na fé, mas de crianças. Crianças (brephos), uma
palavra antiga que significa “bebês”. Em Marcos 10.13 e Mateus 19.13 trazem (paida,
podem ter entre 8 dias e 12 anos) “criancinhas”. [1] Só compreenderemos a
beleza desta passagem ao observar quando esse fato aconteceu. Jesus estava indo
para Jerusalém. Ele marchava para a cruz. Foi nessa caminhada dramática,
dolorosa, que ele encontrou tempo em sua agenda e espaço em seu coração para
acolher as crianças, orar por elas e abençoá-las. [2]
James R. Edwards destaca que no
judaísmo, as mulheres e as crianças derivavam sua posição na sociedade
principalmente em relação aos adultos do sexo masculino. Os filhos, é claro,
eram considerados uma bênção de Deus, mas em grande parte porque eles garantiam
a continuidade da família por mais uma geração. A “infância”, em geral, era um
intervalo inevitável e não uma celebração até o jovem amadurecer o bastante
para ter filhos e contribuir com a força de trabalho. É vã a busca na
literatura da Antiguidade por simpatia pelos jovens comparável com a
demonstrada por Jesus. [3]
Com isso em mente, podemos destacar
algumas lições sobre este assunto.
1 – OS PAIS DEVEM SE PREOCUPAR EM LEVAR SEUS FILHOS À CRISTO (Lc 18.15).
Era costume os pais levarem os filhos para serem abençoados pelos rabinos, de modo que não causa surpresa terem levado os pequeninos até Jesus. Algumas dessas crianças ainda eram de colo (Lc 18.15), outras já sabiam andar; Jesus recebeu todas de braços abertos. [4] Lucas chama essas criancinhas, que lhe eram trazidas, de “lactentes”. [5]
Mas esse versículo destaca dois
grupos.
Em primeiro lugar, vemos os que os
que levam as crianças a Jesus (Lc 18.15a). William
Hendriksen destaca que presumivelmente, essas crianças eram levadas por seus
pais ou outros parentes íntimos, talvez até mesmo crianças maiores. O propósito
era que Jesus “tocasse” os pequeninos, isto é, que impusesse suas mãos sobre
eles enquanto rogava ao Pai que os abençoasse. [6]
Todos os pais cristãos têm a
responsabilidade dada por Deus de “criar seus filhos na doutrina e admoestação
do Senhor” (Ef 6.4). Sua maior preocupação deve ser o destino eterno de seus
filhos; seu maior desejo para eles é que passem a eternidade no céu, e não no
inferno. Para isso, os pais cristãos devem orar pela salvação de seus filhos, e
trabalhar em direção a esse objetivo, ensinando-lhes o evangelho em uma atitude
de amor e disciplina, evitando irritá-los e desencorajá-los (Cl 3.21), e viver
de forma que seus filhos conheçam o amor de Deus mediante o testemunho em suas
vidas.
Na cultura grega e judaica as crianças
não recebiam o valor devido, mas no reino de Deus elas não apenas são
acolhidas, mas também tratadas como modelo para os demais que ali querem
entrar. [7]
Em segundo lugar, os que impedem as
crianças de irem a Cristo (Lc 18.15). Por que os discípulos repreenderam
essas pessoas e tentaram impedir que as crianças fossem até o Mestre? Provavelmente,
pensaram estar lhe fazendo um favor, ajudando-o a não desperdiçar seu tempo e a
guardar suas energias. Em outras palavras, não deram importância às crianças!
[8]
Champlin destaca que as mulheres buscavam
a influência do poder espiritual de Jesus sobre seus filhos. Para elas isso não
era algo trivial. Elas e Jesus sabiam disso. Mas os discípulos de Jesus
presumiram que o ato era uma trivialidade, e tentaram “proteger” a Jesus dos
pais e seus filhos. [9]
As almas das crianças são preciosas
aos olhos de Deus, diz John C. Ryle. Tanto nesta passagem quanto em outras das
Escrituras, existem provas claras de que Cristo se interessa por elas, na mesma
intensidade com que se interessa pelos adultos. [10]
Ainda hoje muitos líderes não se
importam com as crianças. Fazem muitos cultos “para os jovens” – não para Deus.
Com a intenção de mantê-los na igreja. Só que tais líderes desconhecem que se
aduba a planta enquanto ela é bem pequena (semente), e não depois que está desenvolvida.
Se queremos ver “frutos” nos jovens, devemos “regá-los e adubá-los” na tenra
idade.
Creio também que a causa desse descaso
seja o preconceito para com as crianças. Charles Spurgeon conta que uma pessoa
que quis, supunha ele, fazer com que sentisse sua própria insignificância, lhe
escreveu para dizer que havia se encontrado com alguns negros que tinham lido seus
sermões com grande prazer; e essa pessoa acreditava que eram muito adequados
para eles. Sim, minha pregação era justamente o tipo de coisa para esses homens,
disse Spurgeon. O remetente nem sonhava que me dava um prazer muito sincero; pois
se sou compreendido por pessoas pobres, por empregadas, por crianças, estou
certo de que posso ser entendido por outros. [10]
Os discípulos repreendiam aqueles que levavam
as crianças por acharem que Jesus não devia ser incomodado com questões
irrelevantes. O verbo grego usado pelos discípulos indica que eles continuaram
repreendendo enquanto as pessoas levavam seus filhos. Eles agiam com
preconceito. Ainda hoje podemos impedir as pessoas de levarem as crianças a
Cristo por comodismo, por negligência ou por uma falsa compreensão espiritual.
[11]
2 – JESUS REPREENDE OS DISCÍPULOS POR TAL ATITUDE (Lc 18.16).
Naquele tempo, como já falamos, os adultos normalmente ignoravam as crianças. Jesus, no entanto, fica indignado, porque ele valoriza as crianças. “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis”. Jesus, então, os toma nos braços e os abençoa: aquele que tem tempo para as crianças enquanto está a caminho do Calvário ainda ama as crianças e as abençoa. Esse é o sentido literal das ações de Jesus aqui. [12]
Alguns princípios precisam ser
observados aqui.
Em primeiro lugar, Jesus repreende
os discípulos com veemência por essa atitude (Mc 10.14). O texto em Marcos
10.14 nos diz: “Jesus, porém,
vendo isto, indignou-se”. Essa é a única passagem nos evangelhos que se diz que
Jesus ficou indignado. A palavra para “indignado” (gr. aganaktein)
significa “ficar com raiva”, ou seja, demonstrar com veemência o desprazer de
forma expressa, em vez de apenas reclamar sobre a situação. [13]
Em segundo lugar, Jesus chama as
crianças para si (Lc 18.16). Jesus tem afeição por elas. O apelo de Jesus
para que as crianças tenham permissão de vir até Ele é um apelo que muitos pais
precisam ouvir. E uma tragédia pensar nos pais “proibindo” seus filhos ou em
pregadores fazendo a mesma coisa, ou que ambos sejam obstáculos para as
crianças. [14]
Eu conheço uma pessoa que disse que
preferia ver sua filha no mundo a frequentar uma igreja. E fazia de tudo para
impedi-la de frequentar a igreja. Pois bem, a menina cresceu afastada da
igreja. Hoje ela não só não frequenta nenhuma igreja como está envolvida no
lesbianismo. Agora, depois de anos passados, a mãe reclama da situação que se
encontra a sua filha.
Charles H. Spurgeon diz que Jesus não batizava as crianças, mas as abençoava. O toque de suas mãos significava mais do que uma caneta pode descrever. Foram bem-aventuradas as crianças que compartilharam aquela imposição de mãos [15]
Adolf Pohl diz que não devemos deixar as crianças esperando; não hesite em trazê-las para as mãos de Jesus, não conte com “mais tarde”: mais tarde, quando você for maior, quando entender mais da Bíblia, quando for batizado etc. As crianças podem ser trazidas com muita confiança no poder salvador de Jesus. O reinado de Deus rompe a barreira da idade assim como a barreira sexual (o evangelho para as mulheres), da profissão (para cobradores de impostos), do corpo (para doentes), da vontade pessoal (para endemoninhados) e da nacionalidade (para gentios). Portanto, também as crianças podem ser trazidas dos seus cantos para que Jesus as abençoe. [16] Nenhuma igreja pode ser considerada saudável se não acolhe bem as crianças. Jesus, o Senhor da igreja, encontrou tempo para dedicar-se às crianças. Ele demonstrou que o cuidado com as crianças é um ministério de grande valor. [17]
3 – JESUS FAZ UMA REVELAÇÃO (Lc 18.16).
A razão impressionante que o Senhor deu, e a Sua preocupação especial para as crianças é “porque dos tais é o reino de Deus”. Mas o que essa palavra de Jesus quer dizer? Qual é o seu real significado? Vejamos.
Primeiro, as crianças são criaturas inocentes. Isso não significa que as crianças não são pecadoras; todas as pessoas são pecadoras e nascidas em pecado, como lemos no Salmo 51.5: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. No Salmo 58.3, Davi acrescentou: “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras” (cf. Gn 8.21; 1Rs 8.46; Sl 143.2; Jr 17.9). Todo mundo herda a culpa do pecado de Adão e da corrupção de sua natureza (cf. Rm 5.12). A realidade que crianças morrem prova que elas são pecadoras e não moralmente neutras. Mas em uma criança, o pecado ainda não desenvolveu na medida em que produz resistência consciente à lei e à vontade de Deus.
A luz do Novo Testamento, as crianças não são anjinhos (nem viram anjinhos no céu quando morrem). Elas são briguentas (lCo 3.1-3), imaturas (lCo 13.11; Hb 5.13), imprudentes (lCo 14.20), volúveis (Ef 4.14) e dependentes (Gl 4.1,2). [18]
Em segundo lugar, as crianças que morrem são eleitas. Acreditamos que as Escrituras realmente ensinam que todas as pessoas que morrem na infância estão entre os eleitos. Isso não deve ser baseado apenas em nossa esperança de que seja verdade, mas em uma leitura cuidadosa da Bíblia.
Qual é, então, a base para afirmar que todos aqueles que morrem na infância estão entre os eleitos? A Bíblia ensina que devemos ser julgados com base em nossos atos cometidos “no corpo” (2Co 5.10). Ou seja, enfrentaremos o tribunal de Cristo e seremos julgados, não com base no pecado original, mas por nossos pecados cometidos durante nossas próprias vidas. Cada um responderá “segundo o que fez” e não pelo pecado de Adão. A imputação do pecado e da culpa de Adão explica nossa incapacidade de responder a Deus sem regeneração, mas a Bíblia não ensina que responderemos pelo pecado de Adão. Nós responderemos por nós mesmos. Mas e os bebês? Aqueles que morrem na infância cometeram tais pecados no corpo? Acreditamos que não.
O Reverendo Hernandes Dias Lopes diz que quando uma criança morre antes da idade da razão, ela vai para o céu não por ser criança, mas porque o Espírito Santo aplica nela a obra da redenção. Nenhuma criança entra no céu pelos seus próprios méritos, mas pelos méritos de Cristo. [19]
Em terceiro lugar, Jesus deixa
claro com essa palavra que a alma de uma criança é capaz de receber a graça
divina. As crianças são nascidas em pecado e sem a graça de Deus não podem
ser salvas. Não existe nada, em toda a Bíblia ou na experiência humana, que nos
faça pensar que as crianças não podem receber o Espírito Santo e serem
justificadas, mesmo na infância. A mente da criança é igual à do adulto para
receber ensinos espirituais. [20]
Ralph Earle destaca que a palavra
grega também pode significar “aos quais pertence o Reino dos céus”, ou “o Reino
dos céus é composto dos tais”. Na verdade, as duas ideias são verdadeiras.
“Amor, simplicidade de fé, inocência e, acima de tudo, humildade, são as
características ideais das criancinhas, e dos súditos do reino. [21]
4 – JESUS ADVERTE QUE SÓ ENTRA NO REINO QUEM AGIR COMO UMA CRIANÇA (Lc 18.17).
O significado é: a única maneira possível para se entrar no reino é recebendo-o real e confiadamente como uma criança recebe um presente. Uma criança não é tão orgulhosa a ponto de não aceitar um presente! [22]
Podemos tirar algumas lições aqui.
Em primeiro lugar, somos totalmente
dependentes da graça de Deus. Assim como uma criança depende do cuidado dos
pais ou de um tutor, nós, da mesma maneira, dependemos dos cuidados de Deus.
Como disse Adolf Pohl:
Elas estão absolutamente no começo, ainda não têm nada, não sabem fazer nada, ainda não valem nada. Portanto, a exclamação de Jesus significa: Deixem-se passar para trás de tudo que já conquistaram e se tornaram. Voltem para trás em sua sabedoria e comecem de novo diante de Deus, “como crianças recém-nascidas” (1Pe 2.2). Não é estocando o que se tem, mas nascendo de novo que se entra no reino de Deus (Jo 3.3). Esta é a “perfeição” espiritual da “criança”: ter necessidade de Deus em tudo, até o fundo. Ficar firme nisto e receber o “Abba” de presente – isto é o que importa! [23]
Em segundo lugar, desfrutamos do reino de Deus pela fé. Champlin diz que as crianças ilustram seu espírito despretensioso, sua ausência dos efeitos aleijadores do ceticismo e do engano. [24]
Quando algo de ruim acontece com uma
criança, ela corre para os braços do pai ou da mãe. Ela busca socorro naqueles
que podem socorrê-la. Isso é total dependência e confiança. Esse é um exemplo
para o nosso relacionamento com o Pai celestial. Sim, Deus espera que sejamos
como crianças! [25]
John C. Ryle destaca que a sua fé simples, sua dependência dos outros, sua indiferença às riquezas do mundo, sua despreocupação para com as coisas do mundo, sua comparativa humildade, seu caráter inofensivo e sua falta de malícia são aspectos que fornecem aos crentes excelentes exemplos. Feliz é aquela pessoa que pode se aproximar de Cristo e das Escrituras com o mesmo espírito de uma criancinha. [26]
CONCLUSÃO
Jesus não deseja que sejamos infantis, mas sim que sejamos como crianças. Uma criança inocente ilustra a humildade, a fé e a dependência. A criança maravilha-se de tai modo com as coisas que torna a vida empolgante. A única maneira de entrar no reino de Deus é tornar-se como uma criança e nascer de novo (Jo 3). Se os fariseus orgulhosos tivessem se tornado como crianças também teriam voltado para casa justificados. [27]
Pense nisso!
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Bibliografia:
1 – Robertson, A. T. Comentário de
Lucas, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2013, p. 312.
2 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito,
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 517.
3 – Edwards, James R. O Comentário de Lucas, Ed. Shedd, Sto
Amaro, SP, 2019, p. 641.
4 – Wiersbe, Warren W. Marcos, Novo Testamento 1, Comentário
Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 187.
5 – Rienecker, Fritz. O Evangelho de Lucas, Comentário
Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 2005, p. 372.
6 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura
Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 394.
7 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito,
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 518.
8 – Wiersbe, Warren W. Marcos, Novo Testamento 1, Comentário
Bíblico Expositivo, Ed. Geográfica, Santo André, SP, 2007, p. 187.
10 – Spurgeon, C. H. Pescadores de Crianças, Ed. Shedd, Sto
Amaro, SP, 2004, p. 4.
11 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito,
Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 518.
12 – Mulholland, Dewey M. Marcos Introdução e Comentário,
Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 2014, p. 158.
13 – Edwards, James R. O Comentário de Marcos,
Ed. Shedd, Sto Amaro, SP, 2018, p. 384.
14 – Robertson, A. T. Comentário de Lucas, Ed. CPAD, Rio de
Janeiro, RJ, 2013, p. 313.
15 – Spurgeon, Charles H. O evangelho Segundo Mateus, Ed.
Estação da Fé, Goiânia, GO e Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2018, p. 397.
16 – Pohl, Adolf. O Evangelho de Marcos, Comentário Esperança,
Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 1998, p. 297.
17 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem
perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017, p. 519.
18 –Ibidem, p. 521.
19 – Ibidem, p. 522.
20 – Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São
José dos Campos, SP, 2002, p. 293.
21 – Earle, Ralph. Comentário Bíblico Beacon, Mateus, vol. 6,
Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 2006, p. 137.
22 – Hendriksen, William. Lucas, vol. 2, Ed. Cultura
Cristã, São Paulo, SP, 2003, p. 394.
23 – Pohl, Adolf. O Evangelho de Marcos,
Comentário Esperança, Ed. Evangélica Esperança, Curitiba, PA, 1998, p. 298.
24 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo
por versículo, Lucas, Vol. 2, Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005, p. 177.
24 – Lopes,
Hernandes Dias. Lucas, Jesus o homem perfeito, Editora Hagnos, São Paulo, SP,
2017, p. 523.
26 – Ryle, J.
C. Meditações no Evangelho de Lucas, Ed. FIEL, São José dos Campos, SP, 2002,
p. 294.
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