sábado, 9 de julho de 2022

Pastor ressignifica a Bíblia em vídeos sobre a homossexualidade

Pastor e diretor de seminário de denominação histórica ressignifica a Bíblia em série de vídeos sobre a homossexualidade

Por Pr. Cleber Montes Moreira

“Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.” (1 Pedro 1:25)

Um pastor, professor e diretor de um Seminário Teológico de uma denominação evangélica histórica, publicou uma série de vídeos com a intenção de apresentar a homossexualidade como sendo normal e aceitável à luz das Escrituras. Em suas publicações, no Facebook e no YouTube, o dito teólogo disponibilizou diversos títulos sobre o tema para o aconselhamento de famílias, nos quais trata o assunto sob sua ótica interpretativa.1 Em especial, no vídeo intitulado “Bíblia e homossexualidade”2, ao lado de uma terapeuta, o líder religioso destaca uma série de textos bíblicos que considera mal interpretados e sobre os quais lança “luz” para melhor entendimento dos internautas, sempre em oposição à interpretação bíblica tradicional e ao que ensina a própria denominação da qual ele faz parte.

Recente, outro pastor, da mesma denominação, relatou em seu perfil no Facebook sua experiência em realizar um “casamento homoafetivo”3. Um dos versos bíblicos citados no final da postagem é este: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Romanos 13:8).

Um outro conhecido pregador, pastor de uma grande igreja filiada à mesma denominação, se tornou alvo de críticas por afirmar que a Bíblia é insuficiente, e que precisa ser atualizada, para em seguida, defender a recepção de pessoas LGBTQIA+ nas igrejas.4 Vários outros líderes, alinhados à Teologia Progressista, sempre sob o mesmo argumento do “amor”, têm defendido a mesma pauta de “inclusão” nas redes sociais, em eventos, livros, revistas para EBDs, a partir dos púlpitos, das salas de seminários etc.

Quando a Igreja Batista do Pinheiro, de Maceió (AL), foi desligada da Convenção Batista Brasileira por receber em sua membresia pessoas LGBTQIA+, seu pastor, Wellington Santos, ao se manifestar publicamente sobre a decisão da igreja, explicou: “O que a Igreja Batista do Pinheiro fez revela que, mesmo não tendo todas as respostas para a questão da homossexualidade na Bíblia ou na doutrina histórica, decidimos seguir o caminho do amor. O que afirmamos é que cremos no amor e na misericórdia divina”. Observem que tal afirmação coloca de lado a Bíblia como suficiente e como normativa para a vida cristã, e em lugar dela se estabelece a fé no “amor e na misericórdia divina” como critério. Ora, sendo o “amor” e a “misericórdia” atributos de Deus revelados nas Escrituras, há nesta afirmação explícita relativização da Palavra que tem valor apenas quando serve a determinados propósitos: Ela é evocada para validar certas práticas, mas rejeitada quando denuncia estas mesmas práticas como pecaminosas; é usada para declarar o “amor” e a “misericórdia divina”, mas descartada quando o assunto é juízo e condenação. Assim negam seus ensinos e princípios norteadores para a conduta humana.

Os adeptos do chamado “cristianismo progressista”, ao escolherem “seguir o caminho do amor”, rejeitam a Palavra que nos ensina que permanecer no amor de Deus é guardar os Seus mandamentos, é obedecer, e que, portanto, a comunhão com o Senhor implica certas condições, bem como desencadeia o ódio do mundo (João 15:9,10, 18-20). Permanecer neste amor é estar ligado à Videira Verdadeira e, por meio dela, ter comunhão com Deus e uns com os outros. Na Videira há vida, fora dela só há morte! Assim, aquele que não permanece no amor, ou seja, na Videira que é Cristo, em cujo coração não está a Sua Palavra e, por conseguinte, é desobediente, “será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (João 15:6).

Ardilosamente os falsos mestres, não podendo suportar a Palavra de Deus, atentam contra ela; trabalham engenhosamente para ressignificá-la. Mais fácil que negar deliberadamente a verdade é mentir dizendo algumas verdades — verdades convenientes, e/ou meias verdades —, e nisso alguns “homens de Deus” se tornaram especialistas. Para a mente natural, nada melhor que encontrar na Escritura reinterpretada, desidratada da justiça e salpicada de “amor”, justificativas para a vida pecaminosa. Isto é um incentivo — “bíblico” — para “aproveitar a vida” e estar em paz com Deus.

O texto bíblico inicial traz uma revelação atemporal: “a palavra do Senhor permanece para sempre.” E mais: “E esta é a palavra que nos foi evangelizada” no início. Em outras palavras, a Palavra não mudou, e não mudará. Todo esforço para reinterpretá-la como estratégia para autorizar práticas pecaminosas e aplacar as consciências dos pecadores é inútil, pois a Bíblia continua a mesma, e ela declara qual é o “salário do pecado”: a morte! (Romanos 6:23). Ao omitir esta verdade, a “religião do amor” se faz estrada larga e aprazível que conduz multidões ao inferno: “porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mateus 7:13).

Pense nisso!

2 comentários:

  1. Os progressistas abriram as portas da igrejas aos Gays, os conservadores abriram a porta ao Capeta ou seu filho, um tal mito.

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    1. Graça e paz Laudinei.
      Creio que a igreja atual - pelo menos boa parte dela - perdeu o foco que é Cristo.

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