sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O veneno da serpente


Por Flávio Santos  

No antigo Testamento, quando o povo peregrinava em direção à terra prometida, algumas pessoas se rebelaram contra Moisés e Deus. Então, o Senhor enviou serpentes que picaram o povo e muita gente morreu. O povo percebendo o seu pecado pediu a Moisés que orasse ao Senhor. Moisés orou, e o Senhor em resposta, pediu que ele fizesse uma serpente e a colocasse sobre uma haste para que todos aqueles que olhassem para ela vivessem. Moisés fez a serpente e a levantou no meio do povo, e os que tinham sido picados não morreram. Nm 21. 5 – 9

Mas, antes deste fato, outras pessoas, Adão e Eva, já tinham sido picadas, por desobediência e rebeldia, por outra serpente, o diabo. Este fato aconteceu no Jardim do Éden, quando o casal dando ouvidos à serpente desobedeceu a Deus, foi picado por ela e enfrentou consequências terríveis. Gn 3

Em Adão e Eva, todos aqueles que nascem debaixo do sol, já nascem com o veneno da serpente, que é o pecado original que habita o ser do homem. Rm 5.12. Neste casal todos nós fomos picados pela serpente e estamos com a nossa existência envenenada.

O relato mais vívido dos efeitos do veneno da serpente em nós foi evidenciado por Paulo em sua carta aos romanos:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”. Rm 7.18 – 25

Isto quer dizer que todos os pecados que cometemos são os efeitos do veneno da serpente em nós. E, este veneno, que gera morte espiritual, vai gerar morte eterna. Todos pecamos, pelo veneno da serpente, e carecemos da graça de Deus.

Por isso, “do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna”. João 13.14,15

Na cruz, Jesus foi levantado, como a serpente de Moisés, para que todos, olhando para Ele em fé, não morressem, mas tivessem a vida eterna. O antídoto da graça foi dado na cruz, o sangue de Jesus. Este antídoto não remove o veneno da serpente, mas o controla. O veneno só será retirado de nós, quando recebermos o novo corpo na segunda vinda de Jesus. 1 Co 15. 51 – 58.

Portanto, a vida cristã é um eterno olhar para cruz, para que o veneno da serpente seja controlado e vivamos uma vida para glória Daquele que nos amou ao ponto de enviar o seu Filho unigênito, para que por meio Dele, não morrêssemos, mas tivéssemos vida e vida com abundância.

Apenas no Evangelho, que o veneno da serpente é controlado pela obra da Cruz.

Fonte: NAPEC

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