sábado, 15 de junho de 2013

O PASTOR E A E ORAÇÃO


Por Pr. Silas Figueira

No cultivo da espiritualidade, a oração é o ponto de partida, a chave mestra. Elienai Cabral citando Robert Murray McCheine aconselha: “Estude a santidade universal da vida. Disso depende a tua vida, a tua utilidade plena, pois teus sermões duram apenas uma ou duas horas, mas a tua vida prega durante toda a semana. Entrega-te à oração e obtém os teus temas, os teus pensamentos e as tuas palavras diretamente de Deus. Lutero empregava as suas melhores horas em oração”. Jesus ensinou que os homens devem orar sempre, sem desanimar. Se sua vida de oração for medíocre e inconstante, sua primeira obrigação é separar tempo para essa obrigação.  

José Deneval Mendes diz que a primeira prioridade do ministro é o seu relacionamento com Deus: “Nós nos consagraremos à oração”. Ao tomarem essa decisão, os apóstolos estavam seguindo o exemplo do Mestre, que, embora sendo Senhor e Mestre, separou parte das horas do dia, as mais privilegiadas, para dedicar-se à comunhão plena com o Pai (Mt 14.23; Mc1.35; 6.46,47; Lc 5.15,16; 6.12; 9.28,29).3 Nesta mesma linha de raciocínio Hernandes Dias Lopes nos diz que o pastor deve ser primariamente um homem de oração e jejum. O relacionamento do pastor com Deus é a insígnia e a credencial do seu ministério público. Os pregadores que prevalecem com Deus na vida pessoal de oração são mais eficazes em seus púlpitos quando falam aos homens.

Elienai Cabral citando E. M. Bounds diz que o púlpito de hoje é pobre em oração. O orgulho da erudição opõe-se à humilde dependência da oração. A oração do púlpito é por demais oficial – um desempenho na rotina do culto. Para o púlpito moderno, a oração não é mais a força poderosa como o era na vida e no ministério de Paulo. Todo pregador que não faz da oração um poderoso fator em sua vida e ministério, é fraco como agente no trabalho de Deus; é impotente para fazer prosperar a causa divina neste mundo.5         

Se desejamos ver a manifestação do poder de Deus, se desejamos ver vidas sendo transformadas, se desejamos ver um saudável crescimento da igreja, devemos, portanto, orar regular, privativa, sincera e poderosamente. O profeta Isaías diz que a oração deve ser perseverante, expectante, confiante, ininterrupta, importuna e vitoriosa (Is 62.6,7). O inferno treme quando uma igreja se dobra diante do Senhor Todo-Poderoso para orar. A oração move a mão onipotente de Deus. Quando trabalhamos, trabalhamos; mas quando oramos, Deus trabalha. 

Notas:
1 – CABRAL, Elienai. O Pregador Eficaz. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 6ª Edição, 2004: p. 62.
2 – LUTZER, Erwin. De Pastor Para Pastor. Ed. Vida, São Paulo, SP, 2001: p. 131.  
3 – MENDES, José Deneval. Teologia Pastoral. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 12ª Edição, 2003, p: 48.
4 – LOPES, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 71.
5 – CABRAL, Elienai. O Pregador Eficaz. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 6ª Edição, 2004: p. 63.
6 – LOPES, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 73. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário