sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os escândalos no meio evangélico


Por Alex Belmonte

A constante exploração da mídia nos assuntos que se referem á escândalos financeiros no meio evangélico tem gerado expressivos comentários por parte da sociedade em geral principalmente das denominações eclesiásticas. De um lado, uma parte dos meios de comunicação adere ao sensacionalismo barato, numa tentativa de banalizar a esfera religiosa generalizando erroneamente o assunto em destaque, causando na liderança cristã ojeriza e nojo por tal comportamento antiético, desenfreado. Por outro lado, uma sociedade dividida entre o comum e o assustador, entre o santo e o profano. É claro que nesse meio se encontra a mídia séria, competente, propagadora da verdade, sincera em sua divulgação “investigativa”.

Mas com tudo isso desejo vos apresentar três boas razões para derrubar os alaridos que tentam ridicularizar as referidas situações, revelando assim aos mais incautos e aos que desejam esclarecimentos que, a problemática que ocorre no meio evangélico envolvendo líderes cristãos e outros, nos assuntos das finanças dos fiéis se torna possível pelo seguinte:

1º. Cristo contemplou isso no meio de seus discípulos. O próprio Jesus conviveu com um ladrão “falso convertido”. No relato de João 12.4-6 diz: “Mas um de seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, que mais tarde iria traí-lo, objetivou: Por que este bálsamo perfumado não foi vendido por trezentos denários e dado aos pobres? Ele não disse isso por se importar com os pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, frequentemente tirava o que nela era depositado” (Versão King James). O texto é claro em mostrar que o problema ocorreu até no meio dos discípulos de Cristo. Como não poderia também acontecer em nossos dias? Mas o que tal discípulo cometeu não fez dos demais, como se diz no popular “farinha do mesmo saco”. Significa que não é a igreja evangélica ou católica que é má por causa da conduta de seus membros, mas sim alguns que nela estão seguindo por outros caminhos. Temos outros exemplos descritos nos registros da Antiga Aliança (Antigo Testamento), como a história de Acã – Josué 7, dos Sacerdotes ladrões– Livro de Malaquias, etc.

2º. O Homem possui uma natureza pecaminosa independente de sua religiosidade. Essa é a segunda razão para que atos como esses no meio cristão são possíveis. O homem deve servir a Deus de todo o seu coração, mas jamais devemos nos esquecer que temos a natureza inclinada para o pecado. É claro que cabe aqui uma verdade da exposição teológica. Existe uma grande diferença entre o ímpio pecador e o cristão pecador. O ímpio peca por ser escravo do pecado, o cristão fiel peca por ter a natureza pecaminosa, mesmo sendo liberto do pecado pelo sangue de Jesus, o sacrifício da cruz. Foi por isso que Jesus advertiu em Mateus 26.41: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca” (KJV). Como dizia filósofo Platão (427-347 a.C) que “o homem se encontra num estado de akrasia”, ou seja, o agente acrático, que tem a fraqueza da vontade, ou a vontade quebrada por uma paixão. Alguém que é fraco em suas determinações.

3º. Colhemos apenas o que plantamos. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” Gálatas 6.7. Escândalos financeiros e demais tipos de desvios como da moralidade podem acontecer em qualquer ambiente, em qualquer esfera, mas quando as coisas são noticiadas com certeza Deus está cobrando de alguém justamente o que aquela pessoa plantou. A Bíblia diz que “nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto” Marcos 4.22. Muitas pessoas acusadas de tais delitos serão inocentadas e outras deverão sim pagar o que fizeram. É por isso que o sábio registrou: “Cada um se fartará do fruto da sua boca, e da obra das suas mãos o homem receberá a recompensa” Provérbios 12.14.

Que Deus fortaleça a cada cristão fiel aos princípios da Palavra de Deus. E que o Eterno continue fazendo justiça aqui na terra finalizando com o decreto do além.

Fonte: Napec

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