quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Poliamorismo: a imoralidade apoiada por psicólogos brasileiros.


Por Cristiano Santana

Hoje, enquanto enquanto sintonizava algumas rádios, chamou-se a atenção um programa de uma rádio carioca, no qual era entrevistada uma psicanalista e sexóloga, e o tema discutido era poliamorismo.

Confesso que fiquei completamente surpreso ao perceber o posicionamento da psicanalista em favor desse novo estilo de vida. Ela disse que a tendência é que a sociedade aceite cada vez mais o poliamorismo. Para corroborar essa afirmação, ela lembrou que, algumas décadas atrás, jamais passava na mentalidade moralista da sociedade que um dia as mulheres não precisariam mais ser virgens para casar. Concluiu que o mesmo acontecerá com o poliamorismo, será algo muito comum daqui a pouco.

Mas o que é o poliamorismo?

O poliamorismo é um termo que descreve as relações interpessoais amorosas que não crêem nesse princípio da monogamia; e sim, na possibilidade se relacionar com vários parceiros simultaneamente. Assim, o poliamor é estar aberto para a possibilidade de gostar e relacionar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Todo modismo vem de fora, e o poliamorismo não é exceção. O poliamor como movimento surgiu em meados dos anos 80 nos Estados Unidos. Na Europa, movimentos começaram a crescer na Suíça, Alemanha e Reino Unido. Em novembro de 2005 houve a primeira Conferência Internacional sobre Poliamor – Internacional Conference on Polyamory – em Hamburgo, na Alemanha. A Conferência debateu questões como: que tipo de regras devem ser estabelecidas em relações múltiplas, qual é a responsabilidade das pessoas que querem manter vários parceiros sexuais, ou, como lidar com o ciúmes.

Culto ao hedonismo

Uma das maiores expressões do relativismo moral que se alastra pelo mundo é o culto ao hedonismo, uma filosofia de vida que tenta maximizar a experiência do prazer. Ter um parceiro sexual já não é o suficiente. O indivíduo que está numa relação monogâmica percebe que não sente mais o prazer que tinha no início do relacionamento. Fica de certa forma cansado da mesmice. Ou, pelo contrário, sente mais prazer relacionando-se com várias pessoas ao mesmo tempo. O poliamorismo cai "como uma luva" para essas almas sedentas de novas experiências sexuais. Há quem tente argumentar que o principal objetivo de poliamorismo não é o sexo, mas a possibilidade de ajudar o outro, de auxiliar outros parceiros. Na minha opinião é conversa pra boi dormir. Fico com Freud e digo que o objetivo é claro: obter novos parceiros sexuais, dar completa vazão à pulsão sexual, realizar fantasias e fetiches.

Falta de limites

O poliamorismo, pela lógica, é algo que não tem limites. Não existe uma regra que diz: "você só pode ter mais dois parceiros", etc. Teoricamente, se a outra parte do relacionamento consentir, a pessoa pode ter dois, três, quatro, dez outros relacionamentos. Conhecemos a natureza humana, e sabemos que ela não tem limites quando o assunto é devassidão. Podemos enxergar a figura de uma família em tal quadro? Só se for da família degenerada. A essa altura, posso presumir que para os adeptos da poliamorismo o conceito tradicional e constitucional de família já é algo ultrapassado.

Culto ao individualismo

Os adeptos do poliamorismo dizem que, diferentemente da monogamia, a fidelidade dos parceiros não se refere à posse do outro, e sim à confiança mútua no envolvimento.

Percebam que os poliamoristas astutamente passaram a chamar o compromisso, essencial à relação monogâmica, de "posse do outro". Para eles, qualquer relacionamento que exija exclusividade significa uma violência à individualidade, à liberdade, à autonomia do indivíduo. Essa valorização da liberdade total, própria da sociedade contemporânea, é o que realmente impulsiona movimentos como esse. O outro, nesse caso, passa a ser apenas um detalhe, alguém que eu posso usar na hora que tiver vontade. Lembro-me nesse momento da música da Marisa Monte: "Eu sou de ninguém,Eu sou de todo mundo, E todo mundo me quer bem"

Instabilidade

Relacionamentos desse tipo não podem trazer nenhuma estabilidade. Primeiramente, as crises de ciúme são inevitáveis, isso é inerente à natureza humana. Uma hora ou outra alguém vai se sentir preterido ao perceber que o parceiro dá mais atenção ao terceiro, quarto, quinto, décimo da relação. Além disso, a duração dos relacionamentos poliamoristas serão fatalmente curtos. Assim como é fácil entrar num relacionamento desse tipo, também é fácil sair, basta um pequeno desentendimento para que isso ocorra. O poliamorismo é um tipo de relacionamento essencialmente efêmero.

Casamento aberto, swing e poligamia: o poliamorismo está no mesmo saco.

Eles tentam diferenciar o poliamorismo das outras três categorias acima. Vamos combinar: É tudo farinha do mesmo saco. Conceitualmente podem até diferir, mas no essencial são iguais: em todos eles o indivíduo tem relacionamentos com parceiros diferentes. A diferença entre o swing e o poliamorismo, por exemplo, é mínima. No primeiro faço sexo com um parceiro diferente apenas casualmente, no segundo, faço sexo com um parceiro diferente de forma permanente. É fato também que várias experiências de swing com a mesma pessoa podem evoluir para uma relação poliamorista. De tanto fazer sexo com um determinado estranho no clube de swing, a mulher depois pode pedir ao marido: "Amor, ele pode entrar para o nossa família poliamorista?". Ora, basta o marido dizer sim, e tudo bem.

Concluíndo, infelizmente esse é o quadro da sociedade sem Deus, destituída completamente de qualquer noção de moralidade. Estamos presenciando o esfacelamento gradual da família, a célula mater da sociedade. O ser humano tenta preencher seu vazio existencial com práticas e costumes que violentam a própria natureza humana, mas infelizmente nunca conseguirá aplacar a sua sede, nem que possua mil parceiros sexuais diferentes, cada um tentando completá-lo num aspecto diferente.

O que acho curioso é nisso tudo: Uma psicóloga cristã, Marisa Lobo, que procura transmitir padrões saudáveis de moralidade às pessoas, está sendo perseguida pelo Conselho Federal de Psicologia. O patrocínio da permissividade, por outro lado, é algo completamente autorizado pelo CFP.

Que Deus tenha misericórdia!

Fonte: Cristiano Santana

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