sábado, 12 de outubro de 2019

LUCAS UM JORNALISTA ÉTICO E IMPARCIAL























Por Pr. Silas Figueira

Texto Base: Lucas 1.1-4

INTRODUÇÃO

Quantos leem jornais ou assistem os noticiários na TV para manterem-se bem informados. Que é muito válido. Mas, há um detalhe que muitas vezes nós não nos damos conta: nem todas as notícias que ouvimos são verdadeiras. Por que estamos falando isso? Porque, infelizmente, muitos jornais não divulgam as notícias de forma imparcial, mas geralmente, tentam esconder, ou manipulam a verdade. E quando são processados por calúnia, eles se retratam colocando uma pequena nota no jornal quase invisível.

Talvez você pergunte: “O que isso tem a ver com o texto que estamos abordando?” E eu lhe respondo: Tudo!

Lucas quando escreveu seu Evangelho proporcionou um registro completo e exato de “todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas” (At 1b-2).

Escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, a sua intenção foi transmitir a Teófilo e a outros interessados a plena verdade sobre o que já tinham sido oralmente inteirados (Lc 1.3-4). O evangelho de Lucas é o mais longo, o mais profundo e o mais completo dos quatro Evangelhos. Os escritos Lucas (Evangelho e Atos) se estende por mais de 60 anos. Ele começa com o nascimento de João Batista, e termina com a primeira prisão do apóstolo Paulo e do ministério do evangelho em Roma. Ao todo, os escritos de Lucas representam mais de um quarto do Novo Testamento.

Lucas, para escrever o seu Evangelho, fez uma “acurada investigação de tudo desde a sua origem” (Lc 1.3), ou seja, Lucas agiu como um jornalista sério e ético procurando narrar os fatos ocorridos de forma imparcial. Como companheiro de Paulo, Lucas provavelmente aproveitou os dois anos em que este ficou preso em Cesareia, sob a égide dos governadores Félix e Festo (At 23-26), para viajar pela Palestina e entrevistar muitos informantes que foram testemunhas oculares no ministério de Jesus. A data mais provável seja entre 58-60 d.C.

O jornalista Thomas Froese, numa entrevista a revista Ultimato, disse que “os jornalistas são chamados a ser profetas, não para prever o futuro, mas para dizer a verdade… Toda verdade é verdade de Deus, e acredito que Deus sorri quando sabe que jornalistas estão fazendo seu trabalho com integridade”. Foi exatamente isso que Lucas fez, narrou os fatos a respeito de Jesus com integridade. O termo íntegro quer dizer: reto, exemplar, completo, inatacável.

Lucas foi o único autor gentio de toda a Bíblia. Lucas era Sírio, natural da Antioquia, segundo os pais da igreja Jerônimo e Eusébio. Foi autor do evangelho que leva o seu nome e também do livro de Atos. Em Colossenses 4.14 nos diz que ele era médico. Ele uniu-se ao ministério de Paulo em Trôade (At 16.10, 20.5). Lucas era historiador, médico e cooperador de Paulo na obra missionária. Ele acompanhou Paulo até o seu martírio (2Tm 4.11). Ele serviu ao Senhor sem distração, sem esposa e sem filhos. Morreu com a idade de 84 anos, em Tebas, capital da Beócia, cheio do Espírito Santo.

Mas apesar de seu importante papel narrando a história e disseminação das boas novas de salvação, Lucas permanece praticamente desconhecido. Em nenhum lugar de seus escritos inspirados ele se refere a si mesmo pelo nome, nem mesmo em Atos, onde foi um dos companheiros de viagem de Paulo. De acordo com a humilde anonimato de Lucas, o resto do Novo Testamento menciona o seu nome apenas três vezes (Col. 4.14; 2 Tm 4.11; Filemon 24). Ele estava contente em permanecer no fundo e permitir que a majestade de Cristo, que permeia a sua escrita, devia ser o foco. A história registrada com precisão por Lucas e sua teologia estabelecem a compreensão dos seus leitores da vida do Senhor Jesus e Seu ministério.

Mas quais as lições que podemos extrair desse texto inicial? Creio que podemos destacar três pontos básicos:

1 – A MENSAGEM DO EVANGELHO É UM FATO COMPROVADO (Lc 1.1,2).

Quando Lucas diz a expressão “empreenderam” mostra que os autores anteriores não registram todos os ocorridos a respeito de Jesus. Por essa razão Lucas não envia simplesmente um dos escritos mais antigos a Teófilo, mas empenha-se pessoalmente em anotar a trajetória de vida de Jesus, a fim de proporcionar a seu eminente amigo um conhecimento plenamente autêntico (confiável) daqueles episódios históricos e de fatos não registrados ou de detalhes que ele observou que faltaram.

Uma grande parte do Evangelho de Lucas é único no gênero. Sua história relacionada com os acontecimentos em torno do nascimento de Cristo difere de Mateus no ponto de vista e em alguns detalhes. Ele seleciona mais parábolas de Jesus do que Mateus e Marcos, e destaca mais a personalidade dos caracteres de sua narrativa. Na história da Ressurreição ele introduz a caminhada a Emaús, que nenhum dos outros Evangelhos dão de maneira completa.

A palavra “entre nós” é a mesma de João 1.14 (E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade), com a única diferença de que lá João fala como testemunha ocular, ao passo que aqui Lucas fala como alguém que recebeu das testemunhas oculares e originárias a notícia dos acontecimentos ocorridos.

Quando Lucas resolveu escrever o seu Evangelho ele deixou claro duas coisas:

1o – Lucas não estava escrevendo algo inédito (Lc.1.1). O Evangelho de Marcos e, provavelmente o de Mateus, já existiam quando Lucas fez a sua “acurada investigação de tudo desde a sua origem”. É muito significativo que Lucas não se conformasse com as outras histórias de Cristo. Teve que escrever a própria. A verdadeira religião não é uma coisa de segunda mão, uma história repetida, é um descobrimento pessoal.

Lucas, assim como os crentes da cidade de Bereia, queriam saber se o que estava sendo falado era de fato assim. Outra coisa, o Evangelho de Marcos era um evangelho que não entrava nos pormenores do nascimento de Jesus, assim como Mateus também não escreveu outras histórias que circulavam em sua época, e para um historiador era algo que provavelmente o incomodava. Em outras palavras, Lucas queria enxergar mais longe para ter um discernimento mais apurado dos fatos.

Esse exemplo serve para todos nós hoje. Não podemos ficar no campo raso do conhecimento. Se há possibilidade de crescermos no conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo devemos buscar isto com afinco. Como nos fala Pedro: “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pedro 3.18).

2o – Lucas procurou as fontes primárias para escrever seu Evangelho (Lc 1.2). Os que… foram deles testemunhas ocularese ministros da palavra. Os que… foram deles testemunhas oculares, implica em que os informantes de Lucas viram Jesus em pessoa e por causa de seu compromisso com Ele tornaram-se ministros da palavra.

Lucas procura as fontes primárias para confirmar o que estavam falando a respeito de Jesus. Havia essa possibilidade e ele a buscou. Isso é uma grande lição para nós também, quantas pessoas falam do que ouviram sem procurar se informar dos fatos. Quantas crentes estão pregando heresias das mais variadas simplesmente porque repetem o que outros falam, mas não vão até a Bíblia para confirmar se o que se está se falando tem base bíblica. Muitos fazem “teologia” em cima de um texto sem analisar o seu contexto e outros textos paralelos.

Há muitos pregadores que não fazem uma exegese (tirar do texto o que o texto diz), mas fazem uma eisegese (colocam no texto o que o texto não diz). Com isso, os eisegetas falam das suas ideias e não a verdade revelada. Vou lhe dar dois exemplos:

Primeiro exemplo: Quantos pregadores dizem que não se deve tocar no ungido do Senhor e nem nos seus profetas. Quando eles falam isso eles estão se referindo aos pastores e líderes eclesiásticos. Eles tiram essa expressão da Bíblia, mas a utilizam fora de contexto. Pois o texto não fala a respeito disso. Observe o texto em Salmos 105.8-15. Ali o texto está fazendo referência a aliança que o Senhor fez com Abraão, Isaque e Jacó. O Senhor os chama de Seus ungidos e de Seus profetas. No entanto, muitos líderes aplicam esse texto para si mesmos.

Segundo exemplo: Em Mateus 19.23; Marcos 10.23 e Lucas 18.24, no término da história do jovem rico, Jesus diz: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!”. Passa acrescentar: “É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus”. Frequentemente se diz que havia uma porta em Jerusalém chamada “Fundo de Agulha”, pela qual os camelos somente poderiam atravessar de joelhos, e com muita dificuldade. O problema desta exegese, no entanto, é que simplesmente não é verdadeira. Nunca houve semelhante porta em Jerusalém, em qualquer período da sua história. No entanto, quantas pessoas repetem essa história sem procurar se informar dos fatos! E outro detalhe, se era possível um camelo passar por essa tal porta, então o que Jesus estava falando era falso, ou seja, quem conta essa história está fazendo uma eisegese do texto!

2 – ESSAS VERDADES FORAM REGISTRADAS ATRAVÉS DE MUITA PESQUISA (Lc 1.3).

Esse versículo 3 forma a frase principal. Por meio da expressão em bom grego “igualmente a mim me pareceu bem”, Lucas aponta para a resolução de tornar-se um historiógrafo da história de Jesus! Na expressão “desde sua origem” (anothen = de cima para baixo) Lucas parece comparar-se com um peregrino que tenta avançar até a nascente do rio para depois percorrer todo o curso posterior do rio.

O Evangelho de Lucas foi escrito para um homem chamado Teófilo (Amigo de Deus). Ele é chamado de “excelentíssimo Teófilo”, tratamento que geralmente se dava aos altos funcionários do governo romano (At 23.26, 24.3 e 26.25). Sem dúvida Lucas o escreveu para contar mais a respeito de Jesus a uma pessoa muito interessada; e teve êxito em dar a Teófilo um quadro que deve ter aproximado seu coração ainda mais ao Jesus do qual tinha ouvido.

Através desse texto podemos destacar alguns pontos importantes:

1o A inspiração divina não anula a ação humana. Como nos fala Pedro em sua segunda carta: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2Pe 1.20,21).

Aí surge a pegunta: qual livro é o mais inspirado, o Evangelho de Lucas ou o Apocalipse? Um foi fruto de pesquisa e o outro foi recebido diretamente de Deus.

Ninguém pode negar que o Evangelho de Lucas é um documento inspirado, entretanto, Lucas começa afirmando que é o produto da mais cuidadosa investigação histórica (havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio). A inspiração de Deus não chega ao homem que espera sentado, de braços cruzados, com a mente ociosa, e sim à mente que pensa, busca e investiga. A verdadeira inspiração chega quando a mente que busca se encontra com o Espírito revelador de Deus. A palavra de Deus é dada, mas ao homem que a busca. “Procurem e acharão”.

Lucas foi assistido pelo Espírito Santo para escrever o seu Evangelho. Evangelho este que mostra a perfeita humanidade de Cristo. Seu Evangelho é o mais abrangente sobre a vida e o ministério de Jesus.

Muitas pessoas para justificarem que não há necessidade de se estudar, principalmente a Palavra de Deus, repetem esse texto: “porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Co 3.6).

Isso não significa que o estudo das Sagradas Escrituras mata o espírito do estudante e nem que pelo estudo se diminui a ação do Espírito de Deus nele. Alguns ousam afirmar que esse verso indique que devemos agir na “liberdade” total, sem estudos mais sistemáticos da Bíblia, pois estudar a “letra” equivaleria a matar o espírito. Isso vai totalmente contra o que disse Jesus e Paulo, que mandaram examinar as Escrituras com zelo (João 5.39; Atos 17.11).

A letra é uma referência clara de Paulo a Lei de Moisés. Em 2 Coríntios 3.6 Paulo chama a Lei de Moisés de “letra”, no verso 7, chama de “ministério da morte” e no verso 9 de “ministério da condenação”. Com todos esses adjetivos Paulo estava demonstrando em seu argumento que a Lei (Antigo Testamento) tem seu valor (observe que Paulo fala também da glória da Lei – v.7 – ainda que seja uma glória que já não resplandece – v.10), mas não era a prática dos preceitos [desta Lei] que traria a vida eterna as pessoas. Algo muito defendido pelos judeus que não aceitavam a Cristo e impunham a obediência a Lei como uma forma de salvação.

Texto fora de contexto é pretexto para heresia, ou melhor, para não se estudar as Escrituras!

2o – Lucas escreveu seu Evangelho aos gentios: Teófilo era um gentio, assim como Lucas, e Lucas escreveu de tal forma que não há no seu Evangelho nada que um gentio não possa captar ou compreender. Observe alguns detalhes interessantes:

(a) Lucas começa situar os fatos dando a data do reinado do imperador romano e do governador. A data romana aparece em primeiro lugar (Lc 3.1,2). (b) Diferente de Mateus, ele não está interessado na vida de Cristo como cumprimento da profecia judaica. (c) Muito poucas vezes cita o Antigo Testamento. (d) Costuma dar o equivalente grego de palavras hebraicas, para que um grego possa entendê-las. Simão o cananeu se converte em Simão o zelote (comp. Lucas 6.15 e Mateus 10.4). Em Lucas o Calvário não é designado por seu nome hebreu, Gólgota, mas sim pelo grego Kranion. Ambos significam lugar da caveira. Nunca utiliza o termo Rabi para Jesus, e sim o grego Mestre. (e) Quando traça a ascendência de Jesus, não se remonta a Abraão, o fundador da raça judaica, como o faz Mateus, e sim a Adão, o fundador da raça humana (comp. Mateus 1.2 e Lucas 3.38). Justamente por esta razão o Evangelho de Lucas é o mais fácil de ler. Ele escreveu não para os judeus, e sim para gente muito parecida conosco.

Com isso aprendemos que devemos contextualizar a Palavra de Deus de tal forma que as pessoas entendam o que está sendo pregado. Se estamos entre eruditos podemos usar palavras mais rebuscadas que lhe não serão complicadas, mas quando estamos lidando com pessoas mais humildes devemos mudar o linguajar para que eles alcancem o que se está dizendo. Jesus quando estava com pescadores usava ilustrações que retratavam as suas realidades. Ele falava em rede, pesca, peixe, mar. Quando estava entre pessoas que plantavam ou cuidavam de rebanhos Ele falava em semente, semeador, ovelha, lobo, pastor e mercenário. Jesus sempre contextualizou a Sua mensagem.

3 – A FÉ CRISTÃ PROCEDE DO VERDADEIRO CONHECIMENTO (Lc 1.4).

Teófilo já havia sido instruído a respeito de algumas coisas sobre Jesus. Mas alguns acham que o ensino tinha sido pouco claro ou incompleto e Lucas queria que ele soubesse exatamente a verdade. A palavra traduzida tenhas plena certeza” significa ter conhecimento perfeito. Lucas apresentou a Teófilo e a todos os outros que iriam ler seu relato uma compreensão precisa, exata e completa do Evangelho e da vida de Cristo. Se Teófilo era um incrédulo interessado ou um novo crente não sabemos. Em ambos os casos, Lucas usa de intensa pesquisa e escrita detalhada revelando a imensidão do seu coração de pastor. Ele se importava o suficiente sobre a alma de Teófilo.

Com isso em mente, podemos destacar duas coisas:

1o – A fé cristã precisa estar firmada em plena certeza. No tempo de Lucas muitas histórias a respeito de Jesus estavam sendo contadas, no entanto, nem todas elas eram verdadeiras. Devido a isso que Lucas pesquisa de forma minuciosa a respeito da vida e ministério de Jesus para deixar Teófilo bem informado a respeito do que havia ouvido sobre Jesus.

A única base para a fé cristã encontra-se nos fatos acontecidos e revelados a nós na Bíblia. Para nós cristãos não há outro livro. Ela é a fonte da nossa fé e prática. Nós não podemos ser levados por vento de doutrinas que torcem a verdade das Escrituras, como nos fala Paulo:

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (1 Timóteo 4.1)

Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. (2 Timóteo 4.1-4)

Devemos estar vigilantes para não sermos levados por fontes secundárias que dizem estar no mesmo pé de igualdade da Bíblia. Como vemos nas revelações de Ellen White, Joseph Smith, Charles Taze Russell, e tantos outros.

2o A fé cristã precisa estar firmada em plena instrução. Jesus antes de ser recebido aos céus deu essa ordem aos seus discípulos: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. (Mt 28.19,20)

Teófilo havia sido instruído por alguém. A ordem de Jesus estava sendo cumprida e havia chegado até Teófilo. Ele havia sido instruído (katecheo) em grego. De onde procede a palavra catequese, catequizar. Que é um termo católico que quer dizer “instruir nos princípios de matéria religiosa”.

Nós como cristãos não podemos de deixar de instruir os novos convertidos e muito menos deixar de aprender as verdades eternas. A Bíblia é um poço sem fim. Quanto mais estudamos, mais descobrimos que temos mais a aprender. Existem verdades básicas, mas até mesmo estas precisam ser repassadas em nossas mentes sempre.

CONCLUSÃO

Lucas, para escrever o seu Evangelho, fez uma “acurada investigação de tudo desde a sua origem” (Lc 1.3), isso nos serve de exemplo para que sejamos também zelosos ao anunciarmos o Evangelho. Nós não podemos falar do que achamos que seja o Evangelho, ou do que gostaríamos que ele fosse, mas devemos falar o que ele é de verdade. Pois, assim como Paulo, pesa sobre nós essa mesma responsabilidade (1Co 9.16).

Em meio a tanta relatividade em nossos púlpitos devemos pregar a verdade que liberta; a verdade que transforma; a verdade gera vida, para que se cumpra na vida dos nossos ouvintes o que aconteceu na casa de Zaqueu e possamos falar como Jesus falou: “Hoje veio salvação a esta casa” (Lc 19.9). Mas para que isso ocorra não podemos negociar a mensagem que nos foi imposta.

Por isso devemos ser como Lucas fazer uma “acurada investigação de tudo desde a sua origem”, para falarmos com intrepidez o que nos é revelado nas Escrituras. O Evangelho revelado é a palavra de Deus lida, estudada e vivida e, acima de tudo, aplicada aos nossos corações pelo Espírito Santo.

Pense nisso!

Bibliografia:

1 – Barclay, William. Comentário do Novo Testamento, Lucas.

2 – Champlin, R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo, volume 2, Lucas e João. Editora Candeia, São Paulo, SP, 1995.

3 – Davidson, F. O Novo Comentário da Bíblia, volume 2. Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1987.

4 – Fee, Gordon D. e Stuart, Douglas. Entendes o Que Lês? Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 1986.

5 – Keener, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia, Novo Testamento. Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 2017.

6 – Lopes, Hernandes Dias. Lucas, Jesus, o homem perfeito. Comentário Expositivo Hagnos. Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2017.

7 – MacArthur, John. Comentário do Novo Testamento, Lucas.

8 – Manual Bíblico SBB. Barueri, SP, 3a edição, 2018.

9 – Mears, Henriqueta C. Estudo Panorâmico da Bíblia. Editora Vida, São Paulo, SP, 15a impressão, 2003.

10 – Morris, Leon L. Lucas, Introdução e Comentário. Edições Vida Nova e Mundo Cristão, São Paulo, SP, 1986.

11 – Rienecker, Fritz. Evangelho de Lucas, Comentário Esperança. Editora Esperança, Curitiba, PR, 2005.

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