quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Depreciação da Glória de Deus e os Horrores do Inferno


Por John Piper

A condição do coração humano lançou o "teocentrismo" de Deus em uma região árida. O homem, por natureza, não tem coração para glorificar a Deus. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3.23). Em nossa iniqüidade, oprimimos a verdade de que Deus é nosso Soberano e digno de toda nossa submissão e afeição. Por natureza, trocamos a glória do Deus imortal por imagens obscuras da criação (Rm 1.18, 23). Abandona¬mos o manancial de águas vivas e cavamos para nós cisternas rotas, que não podem reter nenhuma água (Jr 2.13).

Os povos são "obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa ^a ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração (Ef 4.18). Por natureza, estávamos todos mortos nos delitos e pecados, seguindo o senhor da escravidão, Satanás, e os filhos da ira (Ef 2.1-3). Nosso fim era "o castigo eterno" (Mt 25.46), o banimento "da face do Senhor e da glória do seu poder" (2 Ts 1.9) e os tormentos infindáveis na "no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte" (Ap 14.11; 20.10; 21.8).

Deus pretende com os horrores infinitos do inferno demonstrar vividamente o valor infinito da sua glória. A indicação bíblica da justiça do Inferno é um testemunho claro à infinidade do pecado da falta de exaltação a Deus. Todos nós temos falhado, todas as nações também. Por conseguin¬te, o peso da culpa infinita permanece na cabeça de todos os humanos em razão do nosso fracasso em acalentar a glória de Deus. A visão bíblica de Deus é a de que ele está supremamente empenhado, com paixão infinita, em manter e demonstrar a glória de seu nome.

A visão bíblica do homem sem a graça é que ele abandona essa verdade e, por natureza, encontra mais alegria em sua própria glória do que na de Deus. Deus existe para ser adorado, porém o homem adora a obra de suas próprias mãos. Essa dupla realidade cria a necessidade crucial das missões. E o "teocentrismo" específico de Deus, que cria a crise, também cria a solução.

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