quinta-feira, 30 de abril de 2009

ADORANDO O VERDADEIRO DEUS

 
Por Erwin Lutzer

Quando Josafá percebeu que uma coalizão de exércitos superava em muito suas tropas, descobriu que sua esperança só poderia ser depositada em Deus. Em meio a grande desespero, orou dizendo: “Ó nosso Deus, não irás tu julgá-los? Pois não temos forças para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti” (2Cr 20.12). Esse homem sabia que nossa maior necessidade é sempre olhar para Deus. Quando mais clara for nossa visão a respeito dEle, maior será nossa motivação para confiar, obedecer e adorar. A.W. Tozer estava certo quando disse que aquilo que acreditamos sobre Deus é a coisa mais importante sobre nós mesmos.

Mas em qual Deus devemos acreditar?

Embora as pesquisas indiquem que a maioria das pessoas acredita em Deus, não é exatamente o Deus da Bíblia que conhecem. De acordo com o jornalista Chris Stamper, essa deidade “se parece cada vez menos com o Deus verdadeiro, pois se aproxima cada vez mais da personagem principal do evangelho self-service da lanchonete pós-moderna”. Essa geração simplesmente eliminou a idéia da crença em uma deidade transcendente, capaz de mexer com nossa vida profundamente, reorganizar nossas prioridades e forçar-nos a lidar com o temível conceito de pecado.

Em vez disso, nossa geração prefere satisfazer suas necessidades espirituais indo às compras em uma busca de uma fé que possua fragmentos do cristianismo misturado com cientologia, budismo e qualquer noção derivada da “experiência pessoal”. Desse modo, embora uma imensa quantidade de pessoas continue a dizer que acredita em Deus, sua concepção de Deus é tão diversa quanto os itens que podem ser encontrados em um shopping center. Nietzsche estava certo: logo que Deus fosse declarado morto, uma “chuva de deuses” se seguiria, e cada pessoa adoraria o deus de sua escolha.

Em círculos acadêmicos mais liberais viceja o pós-modernismo, segundo o qual o conceito de Deus é na verdade uma construção social. Esse conceito afirma que nenhuma realidade exterior pode determinar a noção de Deus, pois cada indivíduo ou grupo de pessoas decide qual concepção adotar. O fato é que, para eles, não existe verdade, religiosa ou não, que devas ser descoberta: a verdade deve ser simplesmente “criada”. A sociedade contemporânea não aceita nenhuma alegação quanto à existência da razão objetiva, declarando pelo contrário, que “tudo o que existe é o que está em minha mente; minhas idéias são ‘verdadeiras’ simplesmente porque eu as concebo”.

Estas tendências são compreensíveis em nosso momento cultural. O mais lamentável é que estas crenças distorcidas sobre Deus também podem ser encontradas na igreja. A grande visão de Deus, o legado dos autores bíblicos, foi, em grande parte, perdida. Essa visão deu lugar à ênfase na “percepção das necessidades” e na “saúde e riqueza”. Pior do que isso é vermos algumas pessoas que ainda querem ser reconhecidas como evangélicas negando que Deus conheça o futuro ou que devamos ser salvos apenas pela fé em Cristo. Muitos freqüentadores-de-igrejas extraem sua compreensão de Deus tanto da cultura popular quanto das Escrituras. Não rejeitam o cristianismo abertamente, mas o filtram para que se encaixe no pluralismo da religião do “sinta-se bem”, muito difundida nos dias de hoje.

“Resumindo”, escreve Os Guinnes, “um dos males de nossa época é termos corpos esbeltos, mas mentes flácidas e almas sedentárias. Desse modo, como o preguiçoso que cochila depois do almoço e reluta em levantar-se para atender ao telefone, vemo-nos pouco inclinados a atender ao desafio de estar acima de nossa geração”. Se a igreja pudesse ser despertada para ouvir a voz de Deus, seria muito provável que nossa tolerante cultura se levantasse e desse uma segunda olhada em sua enfermidade moral e espiritual. Mas isso deve se iniciar com pessoas como nós dispostas a se voltar para o Deus das Escrituras, em vez de ser cooptadas pelo que C.S. Lewis chamou de “cristianismo e água”, a visão segundo a qual realmente existe um bom Deus lá no céu, mas não precisamos nos preocupar com doutrinas complicadas como pecado, inferno e redenção.

Afirmo mais uma vez que as mentiras aqui expostas estão cada vez mais presentes não apenas na cultura popular, mas também na própria igreja. Por isso estou firmado em três convicções:

Primeiramente, devemos obter conhecimento de Deus apenas a partir da Bíblia e não a partir de nossas experiências e preferências pessoais.

Naturalmente, não acho que seja possível nos isentarmos totalmente das influencias culturais, mas, à medida do possível, devemos perguntar o que a Bíblia diz, e não o que queremos que ela diga. Logo descobriremos que o que o Deus da Bíblia é profundamente diferente de outras divindades. Esse Deus coloca-se à parte da mais intrincada deidade.

Tal como todos nós, enfrento o perigo da idolatria, ou seja, a tentação de fabricar um Deus baseado em minha inclinação e experiência. Cientistas sociais dizem que há fortes evidencias de que cada cultura cria os próprios deuses; aliás, tais deuses não podem na maioria dos casos, ser separados da cultura onde são adorados. Povos ligados à agricultura desenvolvem deuses a partir do sol e da chuva; culturas ligadas ao mar criam um deus mar e lua. Os ocidentais, de modo geral, obcecados pelo consumismo e pelo prazer, criam um deus que é tolerante com nossos estilos de vida, que nos deixa estar no controle e que serve principalmente para nos ajudar a alcançar o máximo do nosso potencial – um Deus “sob medida” para nós.

Creio que ninguém ousaria criar a idéia do Deus santo e transcendente da Bíblia. Esse Soberano põe à prova nossos pensamentos mais ocultos, pede que nos arrependamos e exige adoração que põe fim a qualquer pensamento de auto-engrandecimento. Nossa tarefa é compreendê-lo da maneira pela qual ele optou para se revelar a nós, não do modo que nós achamos que ele seja.

Minha segunda convicção é que, quanto mais claramente virmos a Deus, mais claramente veremos a nós mesmos.

Calvino estava certo quando disse que nenhum homem pode conhecer a si mesmo sem que primeiramente conheça a Deus. Na presença do Todo Poderoso, a vara com a qual medimos nossa bondade é finalmente revelada. Logo, devemos rapidamente confessar, como fizeram os santos antes de nós: “Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Felizmente Deus não nos deixa “perdidos”, mas estende a nós a cura de sua amorosa graça e de sua misericórdia.

Equipados com o conhecimento de quem somos, estaremos bem mais preparados para ordenar nossa vida de acordo com os valores eternos. A inquietação interior dará lugar à paz de saber que pelo menos descobrimos a razão de termos sido criados. Nossa busca por Deus afetará profundamente todos os aspectos de nossa vida. Olhemos nosso viver, até mesmo para as tragédias, com a fé de Josafá, que confessou: “nossos olhos se voltam para ti”.

Em terceiro lugar, quanto melhor conhecermos a Deus, mais intensamente o adoraremos.

Quando Jó soube que seus dez filhos haviam sido mortos em uma tempestade, voltou-se para Deus e o adorou. Perceba que, naquele ponto de sua jornada espiritual, não tinha idéia do que havia acontecido. Contudo, lemos:

Ao ouvir isso, Jó levantou-se, rasgou o manto e rapou a cabeça. Então prostrou-se, rosto em terra, em adoração, e disse:”Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei! O SENHOR deu, o SENHOR o levou; louvado seja o nome do Senhor” (Jó 1.20,21).

Jó aprendeu a adorar a Deus mesmo se não recebesse explicações. Mesmo sem ser capaz de penetrar a mente de Deus e sem estar inteirado de todos os detalhes dos propósitos ocultos do Todo-Poderoso, Jó sabia que seu lugar era diante do Deus em quem confiava.

Concordo com John Stott quando diz que “existe alguma coisa fundamentalmente errada quando temos um interesse em Deus puramente acadêmico. Deus não é um objeto possível de observação científica e de avaliação fria, crítica e isenta. Não, o verdadeiro conhecimento de Deus sempre nos levará à adoração [...] Nosso lugar é diante dele, prostrados em adoração”.

Oro para que você seja transformado, da mesma maneira que eu fui, ao contemplar nosso grande e misericordioso Deus.

Extraído do prefácio do livro 10 mentiras sobre Deus de Erwin Lutzer.

Editora Vida, 1º ed. Fevereiro de 2003.

Olha Os Calvinistas Aí Gente!


Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

O crescimento do interesse pela fé reformada em todo o mundo é um fato que tem sido notado aqui e ali pelos estudiosos de religião. Crescem em toda a parte a publicação de literatura reformada, o ingresso de estudantes em seminários e instituições reformadas, a realização de eventos, o surgimento de novas igrejas e instituições de ensino reformadas e o número de pessoas que se dizem reformadas.

Como se trata de um rótulo, é preciso definir “reformado.” Como já temos dito em outros posts neste blog, por “reformado” entendemos aquele que adere a uma das grandes confissões reformadas produzidas logo após a Reforma protestante no século XVI, aos cinco grandes pontos dessa Reforma, que são Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fides, Solus Christus e Soli Deo Gloria e aos chamados Cinco Pontos do Calvinismo, resumidos no acrônimo TULIP (Depravação total, Eleição incondicional, Expiação limitada, Graça irresistível e Perseverança final). Muito embora alguns não gostem do nome, quem adere a tudo isso acima não deixa ser um calvinista.

Como bem me lembrou Mauro Meister quando eu escrevia esse post, existe um grande número de igrejas que são da "tradição reformada" mas que já não crêem de maneira ortodoxa quanto a estas doutrinas. Geralmente essas igrejas não estão experimentando esse crescimento, mas um esvaziamento, como a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos e outras denominações historicamente ligadas à Reforma, mas que já não professam de forma estrita seus postulados.

Da Coréia, China, Indonésia, por exemplo, chegam relatórios do florescimento calvinista. É claro que o calvinismo acaba recebendo diferentes interpretações e expressões em tantas culturas variadas, mas os pontos centrais estão lá.

Isso não quer dizer que os reformados calvinistas são muito numerosos, comparados com pentecostais e arminianos, por exemplo. O que eu quero dizer é que os relativamente poucos reformados calvinistas têm experimentado um crescimento que já chama a atenção de muitas denominações e tem provocado alertas da parte de seus líderes.

Vejam o que está ocorrendo na maior denominação evangélica dos Estados Unidos, os Batistas do Sul. A prestigiosa revista evangélica Christianity Today, vol. 52, No. 2 de fevereiro desse ano traz um artigo em que documenta a reintrodução do calvinismo através dos seminários nessa denominação. O ressurgimento do calvinismo entre os Batistas do Sul é mais antigo, leia aqui. Considerados de orientação arminiana de longa data (apesar de alguns documentos fundantes serem calvinistas), os Batistas do Sul estão vendo o calvinismo sendo transmitido nos seminários, não tanto por professores, mas pelos próprios alunos. Alarmada, a Convenção Batista de Oklahoma oficialmente rejeitou a teologia reformada e mandou cópia da condenação para a Comissão Executiva da Convenção Batista do Sul.

De acordo com o artigo da Christianity Today, 10% dos pastores da Convenção já se declaram calvinistas e perto de 30% dos concluintes dos seminários fazem a mesma afirmação. A continuar nesse ritmo, em breve teremos um grande reavivamento calvinista no coração da maior denominação arminiana conservadora dos Estados Unidos. Veja aqui a história de como a doutrina da predestinação chegou a dois seminários arminianos.

A ressurgência calvinista nos Estados Unidos não está ocorrendo somente entre os Batistas, mas entre muitas outras denominações. Leia aqui um artigo da Christianity Today sobre o assunto. Um dos motores é o ministério de pastores reformados populares, como John Piper, R. C. Sproul e John MacArthur, entre outros. Os eventos promovidos por eles recebem milhares de pastores de todas as denominações e seus livros são traduzidos em dezenas de línguas, inclusive em português. No Brasil temos quase todos os títulos destes autores.

Em menor escala, estamos assistindo ao mesmo processo em meio aos batistas brasileiros. Cresce o número de batistas interessados na teologia reformada. Recentemente assistimos à formação da Comunhão Batista Reformada, composta de batistas calvinistas que não conseguiam mais espaço em suas convenções para expressarem as suas opiniões.

Mas, o interesse maior na fé reformada no Brasil parece ser da parte dos pentecostais. Cresce a presença de pastores e líderes pentecostais nos grandes eventos reformados no Brasil. Cresce também o número de pentecostais que estão adquirindo literatura reformada. E cresce o número de igrejas pentecostais independentes que estão nascendo já com uma teologia influenciada pelo calvinismo. Algumas denominações pentecostais também vêm recebendo a influência calvinista a passos largos. Tenho tido o privilégio de pregar e ministrar palestras em eventos de grande proporção organizados por instituições pentecostais interessadas em explorar os grandes temas reformados.

O ministério de editoras que publicam material reformado, como a Editora Cultura Cristã, a Fiel e a Publicações Evangélicas Selecionadas, por exemplo, tem servido para colocar as obras de reformados brasileiros e internacionais nas mãos dos evangélicos brasileiros ávidos por uma teologia consistente, e cansados dos excessos do neopentecostalismo e da aridez do liberalismo teológico.

Não tenho uma explicação definitiva para esse fenômeno do retorno da TULIP, a não ser a de que a providência divina assim o deseja. No mínimo, é curioso que uma fé tão perseguida e odiada como o calvinismo, de repente, passe a ter tanta aceitação. Não há ninguém na história da Igreja tão mal entendido, distorcido, vilipendiado, odiado e amaldiçoado quanto João Calvino. Chamado de tirano, déspota, incendiário de hereges, frio, duro, determinista, criador do capitalismo selvagem, Calvino tem sofrido mil mortes nas mãos de seus detratores, os quais, na maioria das vezes, nunca leram sequer uma de suas obras, e que formaram sua opinião lendo obras de terceiros.

Somente espero que, à medida que o movimento cresça no Brasil, os reformados aprendam a reter o que é essencial e bíblico na Reforma, sem tornar em matéria de fé aquilo que pertenceu a séculos passados em outras culturas, como, infelizmente, já tem acontecido no Brasil com alguns grupos. Que eles lembrem que a fé bíblica, que é a fé da Reforma, também pode se expressar dentro da rica e variada cultura brasileira.

Fonte: Plugados com Deus

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lições que aprendemos com a profecia sobre as eleições da CGADB


Tenho assistido, na chamada blogosfera cristã, a um verdadeiro “linchamento” do pastor assembleiano Rui Raiol (foto), de Belém do Pará, o qual antecipou “profeticamente” o resultado das eleições da CGADB. Disse ele que o pastor Samuel Câmara venceria o pleito e se tornaria o presidente da Mesa Diretora da CGADB.

Como o pastor José Wellington reelegeu-se, não são poucos os internautas que vêm criticando impiedosamente o pastor Rui (a quem respeito e com quem tenho comunhão), zombando dele ou até xingando-o. Ele, por sua vez, não assume a sua falácia e se defende, tentando explicar o inexplicável.

O que podemos aprender com esse lamentável episódio?

Primeiro: a despeito de não devermos desprezar as profecias, é preciso saber que elas podem ter três origens: divina, humana ou demoníaca (1 Ts 5.19,20; 1 Jo 4.1; 1 Tm 4.1).

Segundo: toda e qualquer profecia precisa ser julgada, examinada, provada, à luz da Palavra de Deus (1 Co 14.29; 1 Ts 5.21, ARA).

Terceiro: existem falsos profetas, que enganam continuamente o povo de Deus (Mt 7.15-23), mas há homens bons, que oram, que têm um bom testemunho, mas que falham, equivocam-se, por falta de vigilância, descuido, predileção por alguém, etc.

Quarto: quem transmite uma falsa profecia deve reconhecer o seu erro, e não ficar buscando justificativas. Nunca é fácil admitir um erro, mas fazer isso é honroso e correto diante de Deus.

Quinto: a profecia que tem origem em Deus se cumpre, haja o que houver (Ez 33.33). Por isso, é uma profecia. Caso contrário, seria apenas uma promessa condicional.

Sexto: há profecias que não provêm do Senhor. Elas são, na verdade, a exposição do desejo do coração. E, mesmo que esse desejo venha se concretizar, isso não significa que tenha sido uma profecia divina. A verdadeira profecia não é uma mera declaração de fé ou de sentimentos. É Deus falando. E, quando Ele realmente diz que algo acontecerá, não há necessidade de explicações por parte do profeta (cf. 1 Rs 22; Jr 37).

Sétimo: há previsões feitas por falsos profetas que até se cumprem, mas não são de Deus. Ele as permite para provar o seu povo, a fim de saber se este o ama com todo o seu coração e com toda a sua alma (Dt 13.1-4). Não foi o caso da profecia em apreço, mas que isso nos sirva de alerta. Afinal, quem ama o Senhor, de fato, guarda a sua Palavra (Jo 14.23).

Reitero que respeito o pastor Rui Raiol, a despeito de não ter dúvidas de que ele se equivocou. Por outro lado, o seu deslize não tira dele a credibilidade que possui, como pregador e escritor da CPAD. Por isso, peço aos irmãos que sejam misericordiosos, sabendo discernir entre os falsos profetas, rebeldes, incorrigíveis (que erram contínua e conscientemente), e os servos de Deus que podem se equivocar.

Respeitosamente,

Ciro Sanches Zibordi

Alerta de saúde - gripe suína ameaça o Brasil e o mundo


MÁ NOTÍCIA

Agência Estado - 24.04.2009

"CIDADE DO MÉXICO - Todas as escolas na área metropolitana da Cidade do México receberam ontem a ordem para suspender as aulas hoje. O motivo foi uma epidemia de gripe suína que atinge a região. O ministro de Saúde, José Córdova, indicou que a medida afeta desde os jardins-de-infância até universidades, públicas ou privadas. O governo mexicano também anunciou que pelo menos 20 pessoas morreram em todo o país por complicações causadas pelo vírus influenza nas últimas três semanas. A capital mexicana registrou 13 dessas mortes."
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GRIPE SUÍNA - O QUE É:

Tradução de João Cruzué

Um doença aguda e altamente contagiosa, causada por um vírus da gripe tipo-A, cujos sintomas são: depressão, febre, anorexia, tosse, dispnéia, fraqueza muscular, prostração, e escorrimento das mucosas dos olhos e do nariz. Porcos são seus principais hospedeiros, embora vírus de gripe também ocorram em seres humanos e aves. (União Européia)
ESTUDO PUBLICADO - Uma cepa H1N1 de vírus de influenza, isolado recentemente de estudos clínicos de animais da espécie suína, foi inoculada experimentalmente em porcos livres de patogenias com idade de seis semanas.

Entre o primeiro e o quarto dia depois da inoculação os porcos desenvolveram pirexia e mostraram sinais de tosse, espirros e anorexia. A seroconversão foi detectada sete dias depois da infecção. O vírus foi isolado em raspagens nasais e tecidos depois de quatro dias da infecção, mas não foi encontrado nas fezes.

O vírus foi isolado em amostras de soro extraídas de cada animal infectado no período entre um e três dias após a infecção. A patologia foi caracterizada por uma pneumonia intersticial comum após 21 dias da infecção, lesões nos brônquios e bronquíolos acima dos sete dias depois de infecção, e hemorragia nos nódulos linfáticos.

Danos epiteliais nas gerações bronquiais em conseqüência da infecção de vírus foi demonstrado por imunocitoquímica e microscopia de elétrons.

Fonte original: Veterinary Records
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ALERTA DA OMS

Margaret Chan, diretora da OMS (Organização Mundial da Saúde), reforçou a necessidade de todos os países adotarem medidas de prevenção à gripe suína. Segundo ela, a entidade está "muito preocupada", pois constatou que o vírus tem "claramente potencial pandêmico". Pandemia é o nome dado às epidemias de grande alcance geográfico, talvez global. "Países que ainda não foram atingidos devem aumentar sua vigilância." (Folha-Uol)

CANADÁ E ESTADOS UNIDOS

Subiu para seis o número de casos de gripe suína confirmados pelo Canadá neste domingo. Todos os pacientes são pessoas que estiveram no México recentemente. No México, onde o surto do novo tipo de gripe suína começou, 22 pessoas morreram devido à doença e mais de 1.300 já foram contaminadas. Nos Estados Unidos, o total de casos confirmados chegou a 20 também neste domingo, e o governo declarou emergência de saúde pública. (Folha Uol)

MÉXICO - TARDE DEMAIS

Por Alistair Bell e Noel Randewich/Reuters
"As autoridades mexicanas alertaram as pessoas a não se cumprimentarem com beijos e apertos de mão, e a não compartilharem alimentos, copos e talheres. O vírus da gripe pode ser transmitido pelas mãos, e lavá-las com frequência é uma das formas mais eficazes de prevenir o contágio."

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que exames em 12 pacientes mexicanos demonstraram que o vírus é geneticamente igual ao de 8 pacientes na Califórnia e no Texas. Esse vírus, uma nova cepa da gripe suína, foi batizado de H1N1.

Mas o fato de haver contágio direto entre humanos gera temores de um grave surto, e o governo mexicano cancelou as aulas para milhões de crianças na capital e arredores. Todos os grandes eventos públicos, como shows, foram suspensos na Cidade do México.

Uma análise mais atenta mostrou que a doença é uma mistura até então inédita de vírus suínos, humanos e aviários, segundo o CDC. A maioria dos mortos mexicanos tinha entre 25 e 45 anos, o que é preocupante, segundo uma autoridade local. A gripe comum (sazonal) costuma ser mais letal entre pessoas muito jovens e muito idosas, e a principal característica das pandemias é que elas afetam jovens adultos saudáveis."

Nossa preocupação cresceu em relação a ontem", disse a jornalistas o diretor interino do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA, Richard Besser.

Besser disse que provavelmente é tarde demais para conter este surto. "Há coisas que vemos que sugerem que a contenção não é muito provável", disse ele. Uma vez que a doença se alastra para fora de uma área geográfica limitada, o controle fica muito difícil.

A gripe comum mata de 250 mil a 500 mil pessoas por ano em média, mas a temporada da gripe na América do Norte já deveria estar terminando.

Fonte: Notícias abril.com.br
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COMENTÁRIO: a compra de máscaras cirurgicas para uso em lugares externos explodiu nas farmácias da cidade do México. Uma metrópole de 20 milhões de habitantes está assustada. O mesmo vírus que matou 20 pessoas no méxico foi encontrado em oito pacientes na Califórnia e no Texas - longe da cidade do México. Considerando que vírus de gripes "viajam" pelo mundo inteiro, e que a temporada de gripes no hemisfério norte deveria estar no fim, mas não é isto que está acontecendo, por causa desta gripe mortal, é bom ficar alerta e praticar bons hábitos de higiene, como coisas simples, do tipo: não se esquecer lavar as mãos antes de levar qualquer alimento à boca.

(João Cruzué - Blog Olhar Cristão)


27/04/2009 - 12h57
Gripe suína pode ter matado 149 pessoas no México; Espanha confirma 1º caso na Europa
Do UOL Notícias*Em São Paulo
O governo mexicano informou, nesta segunda-feira, que o número provável de mortos pelo vírus subiu para 149 pessoas, 22 somente na Cidade do México. No entanto, até o momento, foram confirmados 22 casos.
Vamos orar para que esta enfermidade seja erradicada o mais rápido possível e que não venha se transforamar em pandemia como foi a Gripe Espanhala. Vamos orar também pelas pessoas infectadas e pelas famílias das vítimas que, infelizmente faleceram. Que o Senhor nos abençoe e nos guarde.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Schincariol quer tirar Ronaldo da tela


O fenômeno Ronaldo está no foco da eterna guerra das cervejarias pela atenção do consumidor. Protagonista do atual comercial da Brahma, marca da líder do setor, a AmBev, o jogador é alvo de uma denúncia por parte da segunda colocada no mercado, a Cervejaria Schincariol. A denúncia foi encaminhada ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) e pede a suspensão da anúncio.

A Schincariol entrou com uma representação, por meio de seus advogados, apontando três aspectos que julga irregulares na propaganda em relação ao código de ética adotado pelo Conar para regular a propaganda no segmento de bebidas. A briga das cervejarias no Conar já se tornou fato até corriqueiro, e volta à tona sempre que uma nova campanha entra em cartaz - em especial quando consegue atrair holofotes, como nesse caso. Após o processo instaurado na última segunda-feira, há um trâmite natural antes do julgamento da denúncia, que pode levar entre 20 a 30 dias até os conselheiros se reunirem e avaliarem se é o caso de acolher o pedido contra a veiculação do anúncio.

A agência África, que criou a peça, já fez ajustes. No comercial que está no ar agora, Ronaldo não aparece mais com o copo de cerveja na mão.Também deixou de dizer que era "um brahmeiro" - a expressão foi trocada por "um guerreiro". A Schincariol argumenta, na denúncia, que o jogador tem forte influência sobre o público infantil. Por isso, não deveria aparecer em comercial de cerveja. Considera ainda que, por ser um jogador de futebol - um esporte olímpico -, estaria impedido de vincular sua imagem a bebidas, já que o Conar condena esse tipo de associação. E acha também que há, no comercial, um apelo que induz o consumidor a atrelar o êxito de Ronaldo ao fato de ele ser "um brahmeiro".

O comercial faz parte de uma série da qual já participaram o cantor Zeca Pagodinho, o músico Carlinhos Brown e o gari Renato Sorriso, símbolo do carnaval carioca. O comercial, apesar da polêmica, faz sucesso e recebe apoio do público, segundo o diretor de marketing da AmBev, Carlos Lisboa. "Nas pesquisas internas de avaliação do efeito desse filme, ele foi muito bem, porque gera uma empatia com o público, que aprecia os que lutam para superar dificuldades. É essa a mensagem que queremos colar ao apelo de ser um 'brahmeiro'".
Agência Estado


Podemos chamar isso de "briga de cachorro grande". Na verdade a Schincariol não está nem aí para os jovens e público infantil, isso é tudo jogo de interesse. Eles estão visando os lucros perdidos exatamente dos jovens e "público" infantil. Se estivessem interesados com a saúde dos jovens e público infantil não venderiam cerveja, pois para destruir jovens e crianças basta vender cerveja para os pais. Os jovens e crianças são vítiamas do alcoolismo dos seus responsáveis. Veja o que é o alcoolismo e as suas consequencias.

O organismo do alcoolista e seu funcionamento

O corpo do alcoolista, quando metaboliza o álcool, funciona de modo diferente se comparado ao dos não alcoolistas. Essas diferença faz com que o alcoolista sinta nos efeitos do álcool um prazer muito maior que os não alcoolistas. Problemas clínicos do alcoolismo a ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a mente. Surgem, então, sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família e diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego.

Alguns dos problemas mais comuns da doença são:

No estômago e intestino Gases: Sensação de "estufamento", nem sempre valorizada pelo médico. Pode ser causada por gastrite, doenças do fígado, do pâncreas, etc.

Azia: Muito comum em alcoolistas devido a problemas no esôfago.

Náuseas: São matinais e ás vezes estão associadas a tremores. Podem ser consideradas sinal precoce da dependência do álcool.

Dores abdominais: Muito comum nos alcoolistas que têm lesões no pâncreas e no estômago.

Diarréias: Nas intoxicações alcoólicas agudas (porre). Este sintoma é sinal de má absorção dos alimentos e causa desnutrição no indivíduo.

Fígado grande: Lesões no fígado decorrentes do abuso do álcool.

Glândulas: As glândulas são muito sensíveis aos efeitos do álcool, causando sensíveis problemas no seu funcionamento.

Impotência e perda da libido: O indivíduo alcoolista pode ter atrofiados testículos, queda de pêlos além de gincomastias (mamas crescidas).

Sangue: O álcool torna o individuo propicio às infecções, alterando o quadro de leucócitos e plaquetas, o que torna freqüente as hemorragias. A anemia é bastante comum nos alcoolistas que têm alterações na série de glóbulos vermelhos, o que pode ser causado por desnutrição (carência de ácido fólico).

Álcool e medicamentos: A mistura álcool e tranqüilizantes gera depressão do sistema nervoso central e traz efeitos danosos na maioria dos casos.

O próprio Conselho Federal de Entorpecentes admite que, embora o principal foco de atençães esteja voltado para as drogas proibidas, os maiores abusos ocorrem com as permitidas- as chamadas drogas legais, entre elas o álcool. Todos- indústria, universidade, governo- concordam que o consumo abusivo é um problema. Mas será que o álcool merece a atenção apenas no caso dos 5% que são dependentes, entre os 90% que bebem no país? (os dados são estimados entre a população masculina adulta). Os principais pesquisadores brasileiros respondem que não. Eles afirmam que a dependência só vai diminuir quando cair o consumo geral. E apontam a ausência de política pública nacional a respeito do álcool, como a preconizada por um relatório recente da OMS. ÁLCOOL É DROGA! Provoca mudanças de humor alterações na percepção e no pensamento 15% dos bebedores são alcóolatras.

ALCOLISMO:É A PERDA DO CONTROLE SOBRE A BEBIDA (CONTATO COM ÁLCOOL;PREDISPOSIÇÃO Á DOENÇA) COMPULSÃO, MEDO, NERVOSISMO, INSEGURANÇA, TREMORES, TERCEIRA DOENÇA QUE MAIS MATA NO MUNDO, DESENCADEIA DISTÚRBIOS FÍSICOS, MENTAIS LIGADOS Á SUBNUTRIÇÃO, PRINCIPAL CAUSA DE SUICÍDIO, O ORGANISMO DO ALCOÓLATRA É DIFERENTE, SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA, BATEDEIRA, AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL, DELÍRIOS, CONVULSÕES ATÉ A MORTE.
ALCOLISMO E SUAS CONSEQUÊNCIAS: Desintegração familiar, depressão, suicídio, crimes. ALCOLISMO TEM CURA? Alcolismo não tem cura, única forma de deter o alcolismo é parar de beber para sempre, nunca o alcoólatra beberá controladamente.
E vem a Schincariol dizer que está preocupada com os jovens, ela deve é estar brincando, não é só quem bebe que sofre, a família de um alcoolatra também.
Uma coisa eu tenho plena convicção: Jesus cura qualquer doença, e o alcolismo pode ser curado através da intervenção poderosa do nosso Deus. Digo isso pois temos em nossa igreja pessoas que tinham essa doença, mas foram curadas pela graça do nosso Senhor.

sábado, 25 de abril de 2009

O apóstolo da China


Um dos principais líderes da Igreja clandestina chinesa, Liu Zhenying, o Irmão Yun, tem uma trajetória marcada pelo sofrimento por amor a Cristo.

O livro de Atos dos Apóstolos menciona a trajetória de homens que se tornaram verdadeiros heróis da fé por anunciar o Evangelho em um mundo hostil à mensagem cristã. Gente como Pedro, Silas e, principalmente, Paulo sofreram na própria pele o preço de seguir a Jesus e fazê-lo conhecido: foram perseguidos, espancados, presos e alijados dos mais elementares direitos por sua opção de seguir o “Ide” do Mestre. Das páginas da Bíblia aos dias de hoje, quase tudo mudou, menos a disposição de alguns crentes em arriscar a própria vida em favor das almas sem salvação. Conhecido simplesmente como Irmão Yun, o chinês Liu Zhenying é um homem simples, de pouca instrução formal, para quem o conhecimento do Reino de Deus vem muito mais pela experiência prática do que dos bancos teológicos. Mas tem construído em plena pós-modernidade uma biografia daquelas que a própria Bíblia define como a de homens dos quais o mundo não é digno.

Missionário por convicção, Yun dedicou a maior parte de sua vida à pregação do Evangelho aos seus compatriotas. Foi preso diversas vezes, submetido a trabalhos forçados, fome e maus tratos. Mesmo assim, nunca perdeu a disposição e a visão do Reino de Deus. Ele é o “Homem do Céu”. O apelido, que dá nome ao seu livro autobiográfico escrito em parceria com Paul Hattaway (lançado no Brasil pela Editora Betânia), surgiu depois de um dos muitos problemas que teve com as autoridades de seu país por insistir em fazer proselitismo cristão, o que, pelas leis comunistas que regem a China, é proibido. Líder da Igreja doméstica chinesa – que, ao contrário da Igreja oficial, monitorada pelo governo, luta para viver sua fé livremente (ver abaixo) –, ele certa vez recusou-se a dar aos policiais o seu verdadeiro nome e endereço, para não pôr em risco seus irmãos na fé. Simplesmente gritou: “Sou um homem do céu, meu lar é o céu!”, senha que, ouvida pelos outros crentes, permitiu que todos fugissem a tempo das casas vizinhas.

Nascido em 1958, Yun veio ao mundo numa aldeia pobre da província de Henan, região central da República Popular da China. Era uma época de extrema repressão política no país, quando a Guarda Vermelha da Revolução Cultural espalhava o terror entre os considerados inimigos do regime. Como a Bíblia era um livro proibido e pregar o Evangelho, um crime contra o Estado, só mesmo uma evidente manifestação do poder de Deus poderia levar alguém a crer em Jesus. E ela aconteceu quando o pai de Yun, abatido por um câncer mortal, teve a saúde restabelecida, fato atribuído pela família a um milagre divino. A partir dali, a casa da família virou uma igreja doméstica, onde o nome de Jesus era pregado entre portas trancadas e janelas cerradas. Uma congregação sem bíblias, mas com extremo ardor missionário, nasceu.

Nasce um pregador – “Eu tinha 16 anos de idade quando o Senhor me chamou para segui-lo”, lembra Yun. Seus primeiros passos na fé foram marcados por situações inusitadas – como certa vez em que sonhou que dois homens lhe davam uma Bíblia. Por toda a China, pouquíssimos exemplares das Escrituras resistiram às fogueiras do Partido Comunista. Apenas a leitura de O livro vermelho de Mao Tsé-Tung era permitida. Após orar e jejuar semanas a fio por uma Bíblia, os dois homens que vira no sonho foram sorrateiramente à sua casa e lhe entregaram um exemplar da Palavra de Deus. Após ler e decorar passagens inteiras, o jovem Yun ouviu alguém lhe dizer, no meio de uma noite, que seria enviado a pregar o Evangelho. Pensou que era sua mãe quem o chamava, mas após ouvir a voz mais duas vezes, entendeu, à semelhança do que ocorreu com Samuel, que era o próprio Deus que o comissionava como sua testemunha.

Em pouco tempo, a história do rapaz que havia recebido “um livro do céu” correu a região. Yun começou a ser chamado a várias vilas, sempre encontrando pessoas ávidas por ouvi-lo. Batizava os novos convertidos às escondidas, durante as madrugadas. “Multidões se convertiam todos os dias”, relata em seu livro. Começou a ser perseguido, e à semelhança dos apóstolos do Novo Testamento, compartilhava a Palavra de Deus por onde ia ou era levado – inclusive na cadeia. Chegou a passar três anos preso, e numa dessas detenções conseguiu fugir inexplicavelmente pelo portão principal da penitenciária. Esteve com a vida por um fio diversas vezes, como na ocasião em que jejuou por mais de 70 dias. “Tenho fome de homens e almas”, dizia resolutamente aos que lhe aconselhavam a comer.

Para Yun, os longos períodos de prisão, embora o afastassem da igreja, da mulher, Deling, e dos dois filhos, eram uma oportunidade e tanto para evangelizar os companheiros de cela. “Eu fiz um acordo com o líder da prisão, que se eu fizesse bem as minhas tarefas, ele me deixaria ficar com a minha Bíblia”, lembra. “A maioria dos prisioneiros não eram criminosos perigosos e descobri que muitos deles tinham membros da família que eram cristãos”. Após sucessivos processos, foi solto pela última vez em 1999 e fugiu da China com a família, primeiro para Myanmar e depois para a Alemanha, onde obteve a condição de refugiado. Mesmo no Ocidente, Yun mantém contato frequente com a Igreja clandestina chinesa e atua mobilizando a comunidade evangélica internacional em favor dos crentes perseguidos de seu país. Ele fundou a missão Back to Jerusalem (“De volta a Jerusalém”), que treina missionários para pregar o Evangelho na chamada Janela 10-40, região imaginária situada entre aqueles paralelos geográficos e que inclui as nações menos evangelizadas do mundo, inclusive a China.

Presença requisitada no mundo todo, o missionário visita o Brasil pela primeira vez agora em abril. Aqui, cumpre uma agenda que inclui São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG) e Brasília, entre outras localidades. “Minha primeira impressão sobre o país veio pelas palavras de um jogador de futebol brasileiro que, depois da conquista da Copa do Mundo de 1994, disse que foi Deus quem lhe deu a vitória”, diz Yun. Com esta viagem, ele espera proclamar aos cristãos brasileiros a necessidade de cada qual, em particular, se tornar um “discípulo consequente” de Jesus. Irmão Yun quer que sua presença no Brasil sirva de despertamento para a Igreja Evangélica nacional acerca de urgência da evangelização mundial. “Nosso chamado é o de levar o Evangelho a todas as nações por onde passarmos”, conclui.

“Orem pela Igreja clandestina”

Poucas semanas antes de embarcar rumo ao Brasil, o missionário Liu Zhenying atendeu com exclusividade a reportagem de CRISTIANISMO HOJE na Alemanha, onde vive. Nesta entrevista, concedida em mandarim, ele faz um relato da situação dos cristãos em seu país e apela à Igreja ocidental que renuncie ao materialismo e assuma posição de relevância na obra de evangelização mundial. “Orem pela China”, pede.

CRISTIANISMO HOJE – Qual é a real situação, hoje, da Igreja perseguida em seu país?

IRMÃO YUN – Ela está crescendo, apesar da constante perseguição. Hoje mesmo, pela manhã [N.da Redação: a entrevista foi concedida no dia 8 de março], recebi um telefonema dando conta de que, nas últimas três semanas, mais de setenta líderes das igrejas não-oficiais, somente na minha cidade de origem, foram presos. Os policiais tomaram deles tudo o que possuíam – que já era pouco – e ainda lhes aplicaram uma multa em dinheiro. Como todos os nossos pastores e líderes são pobres, não têm como pagar; então, permanecem na prisão por muito tempo.

Estima-se que a população cristã na China de hoje beira os 80 milhões de indivíduos, o que a colocaria na segunda posição mundial em números absolutos de crentes. Esse número corresponde à realidade?

Bem, conforme os últimos relatos do ministério encarregado dos assuntos religiosos do governo chinês, o número de cristãos na China já passou dos 100 milhões. Os dados passados pelos responsáveis do governo são reais, pois há poucos dias um líder da Igreja doméstica me confirmou esse número. Eu, pessoalmente, acredito que são mais de 20 mil conversões por dia. Mas há organizações que falam em mais de 30 mil novos convertidos ao Evangelho diariamente.
Quantos deles pertencem às igrejas clandestinas?

Cerca de 70 por cento dos crentes chineses são ligados às igrejas clandestinas e às comunidades evangélicas domésticas. Os outros são membros da Igreja oficial.

Qual o perfil social da membresia da Igreja chinesa?

Antigamente, havia cristãos somente nas pequenas províncias, e eles eram muito pobres. Após 1989 [N.da redação: naquele ano, houve um grande levante estudantil contra o regime chinês, que desencadeou o Massacre da Praça da Paz Celestial, na capital Pequim], muitos estudantes se converteram a Jesus. Desde então, pessoas de poder aquisitivo também passaram a crer no Senhor.

O senhor acha possível ser um verdadeiro cristão estando ligado à Igreja oficial?

É possível, sim. Eles amam a Deus, assim como os outros cristãos da Igreja subterrânea também o fazem. Esses irmãos trabalham para o governo, mas seus corações pertencem a Jesus.

Existe algum diálogo entre o Estado e a Igreja não-oficial?

Não existe esse diálogo porque o governo chinês não dá ninguém nenhuma oportunidade de conversação. Eles perseguem a Igreja clandestina continuamente.

Quais são as maiores penalidades a que um cristão pode ser submetido pelas leis chinesas?

Na China, o cristão pode ser condenado até mesmo à pena de morte. É proibido falar do Evangelho. São permitidos apenas os cultos realizados pela Igreja oficial – e o governo impõe dia, hora e local para a realização dessas reuniões. Quem não cumpre exatamente o estabelecido é multado como os setenta pastores recentemente punidos. Como já disse, quem não tem dinheiro para arcar com essas multas acaba preso.

Como é o ensino religioso e a formação de obreiros na China?

Existem escolas bíblicas nas igrejas oficiais. Nas congregações subterrâneas, temos seminários clandestinos para preparo de líderes. Mas quando as aulas são dadas por um professor estrangeiro e ele é descoberto pelas autoridades, é imediatamente deportado e não pode retornar ao país durante cinco anos.

É possível montar uma liderança forte nestas condições?

As igrejas clandestinas têm a sua liderança autóctone muito forte e bem preparada – para ser aprovado para dirigir uma igreja não-oficial, é necessário que o candidato a líder tenha passado pelo cativeiro ao menos de uma até três vezes. Apenas estudar numa escola bíblica não é suficiente.

Como é o dia-a-dia de um crente perseguido em função de sua fé?

Um cristão ou lider perseguido não deve retornar para sua casa. Caso a sua família ou os seus amigos o acolham, tornam-se seus cúmplices, e também podem ser presos. Muitos vão para as pequenas províncias para fazer o trabalho missionário. Mas, muitos outros, mesmo correndo o risco de serem presos, permanecem onde estão, falando do Evangelho por amor a Jesus.

Como é o seu ministério hoje, depois que obteve asilo na Alemanha?

Meu ministério continua sendo pregar o Evangelho e dar testemunho do poder de Jesus. Eu trabalho principalmente com obreiros e pastores. Eu amo a Igreja clandestina chinesa e considero-me seu porta-voz aqui no Ocidente.

Em seu livro, o senhor relata diversos episódios marcados pelo que considera ação sobrenatural de Deus, como a cura de seu pai e a sua fuga da prisão. Muitos crentes, contudo, acham que esse tipo de manifestação está restrito ao passado. O que é preciso para ver o milagre acontecer?

Nós precisamos ter fé, confiar no Senhor e orar para que o milagre possa acontecer. Nós precisamos obedecer exatamente às instruções de Deus, então pode acontecer um milagre. Eu acredito que milagres assim não aconteceram só na época dos apóstolos ou comigo, mas ocorrem diariamente e podem acontecer com todos os que creem na verdade divina. Mesmo que o mundo se modifique, a Palavra de Deus jamais mudará. Ela permanece a mesma, sempre real e viva!

O senhor faz críticas ao materialismo da Igreja Evangélica ocidental. Na sua opinião, como essa Igreja pode exercer papel relevante no Reino de Deus?

Primeiramente, verifiquei que os pastores das igrejas tradicionais ocidentais veem sua obra como uma profissão. Isso significa que não realizam a obra de Deus como um chamado e não querem abrir mão do seu poder aquisitivo. Na China, nossas prioridades são diferentes: primeiro, tornar-se cristão, através da conversão. Segundo, afastar-se das tentações e tentar viver uma vida sem pecado. Acredito que, apesar da influência do materialismo sobre o Ocidente, a Igreja dessa parte do mundo deve se empenhar para divulgar o Evangelho e ajudar aos necessitados.

O que a Igreja brasileira, especificamente, pode fazer em relação àqueles irmãos chineses que sofrem restrições e supressão de direitos em virtude de sua fé em Cristo?

Em primeiro lugar, orar pelas famílias dos líderes e pastores encarcerados. Eu sou muito grato aos irmãos de todo o mundo que oraram por mim e por minha família enquanto estive preso. É preciso orar também pela evangelização nos países budistas, islâmicos e hinduístas, e pelas Igrejas clandestinas chinesas, também chamadas subterrâneas, para que não sejam influenciadas pelo crescimento econômico. Pedir a Deus que, apesar da perseguição, elas continuem firmes e convictas na visão do Reino de Deus. O desejo sincero do meu coração é que cada cidadão chinês possa possuir a sua própria Bíblia.

Aos 51 anos de idade e depois de tantos sofrimentos, experiências milagrosas e realizações para o Reino de Deus, o que o senhor faria diferente em seu ministério, caso pudesse voltar no tempo?

Olha, eu agradeço a Deus por haver me convertido ao cristianismo aos 16 anos de idade. Na minha vida, já passei por muitos sofrimentos e também obtive muitas vitórias. Não me arrependo de nada. Porém, se eu tivesse a oportunidade de voltar no tempo novamente, eu faria tudo com maior convicção, dedicação e fé.

Copyright no Brasil © por http://www.cristianismohoje.com.br/

Leiam o livro "O Homem do Céu" é simplismente marcante para as nossas vidas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

COMO SE TORNAR UM PREGADOR "FAMOSO"


Por Pr. Altair Germano

Pensando naqueles que não puderam acompanhar diariamente os módulos do curso de maior "sucesso" na blogosfera cristã “Como se tornar um pregador famoso”, segue abaixo todo o conteúdo do mesmo, juntamente com a sua conclusão.

APRESENTAÇÃO

Estaremos ministrando com exclusividade, um curso destinado a todos aqueles que sonham com o estrelato, como pregadores do evangelho. O curso é gratuito. Basta clickar no blog e sua inscrição será feita automaticamente. Todos os dias será postado um módulo do curso. Se você perder algum módulo, poderá acessar posteriormente os arquivos do blog e atualizar-se. Depois de terminado o curso, se você não se tornar famoso, não nos responsabilizaremos. O método que adotaremos já foi, e ainda é observado por muitos pregadores famosos da atualidade. Se deu certo para eles, pode dar certo para você também! Divulgue e participe!

MÓDULO 01

A humildade é fundamental no início da carreira de um candidato ao "estrelato" como pregador. Num primeiro momento, aceite o máximo de convites para pregar. Pregue em igrejas grandes, médias, pequenas, ricas, pobres, no centro, nas favelas, nos morros, nos sítios, na capital, no interior. O que vale é pregar, não importa onde. Se for o caso, você pode até se oferecer para pregar (sempre com um ar de humildade, não esqueça). Se levar jeito, os convites tenderão a se multiplicar.

MÓDULO 02

Nosso segundo módulo tratará sobre a mensagem que será pregada. No começo, seja o mais simples e objetivo possível. Muitos pregadores que já alcançaram o sucesso, iniciaram sua trajetória contando seu testemunho de conversão, associando a este, a mensagem da palavra de Deus. Seja o mais bíblico possível. Textos de difícil interpretação ou polêmicos, nem pensar. Se você pregar algo que "cheire" a heresia, vai se queimar logo no início da "carreira". No próximo módulo trataremos sobre a aparência do pregador.

MÓDULO 03

Simplicidade. Essa palavra expressa muito bem a maneira como o pregador, candidato a "fama" deve se apresentar. Cabelos bem cortados, higiene pessoal impecável, roupas não extravagantes bem passadas, sapatos engraxados, são requisitos desejáveis. Nada de grife (marca) famosa (pelo menos por enquanto), isso pode constranger seu público ainda muito humilde e pobre. Procure sempre a discrição, fazendo o possível para que sua imagem não tire a atenção da Palavra. Sua imagem é seu cartão de apresentação, e a primeira impressão geralmente é a que fica. No próximo módulo estudaremos sobre "gratificações" ou "ajudas de custo".

MÓDULO 04

No início da caminhada rumo a “fama”, quando for convidado para pregar, não estipule nenhum valor de cachê, oferta, ajuda, ou como queira chamar. Se ao final do culto, nem a gasolina ou passagem lhe derem, não faça cara feia, não reclame, nem questione. Abra um sorriso largo e diga que se precisarem, você estará pronto para retornar e pregar novamente. Tenha paciência, pois chegará o tempo dos bons “cachês”! No próximo módulo trataremos sobre cartões de apresentação e apostilas.

MÓDULO 05

Já está na hora de confeccionar um "cartão" de apresentação e algumas apostilas. Com relação ao cartão, comece com o título "CONFERENCISTA", isto impressiona. Na primeira viagem para outro estado (mesmo que você resida numa fronteira) mude o título no cartão para "CONFERENCISTA INTERESTADUAL", e assim sucessivamente até alcançar o status de "CONFERENCISTA INTERNACIONAL". As apostilas (e quem sabe alguns CD's) vão lhe ajudar a cobrir algumas despesas pessoais. No próximo módulo: a formação teológica do "CONFERENCISTA".

MÓDULO 06

Títulos acadêmicos são interessantes. Dá um certo ar de credibilidade e ajuda na melhora do "status". O candidato a "fama" como pregador, deve fazer um curso de teologia, se possível um mestrado e doutorado, mesmo se depois de ficar famoso acabe se auto-proclamando Doutor em Porcaria. No próximo módulo "Quando chega a fama, o que fazer?".

MÓDULO 07

A essa altura, depois de colocar em prática as orientações dos módulos anteriores, com uma boa dose de paciência e sorte, a fama certamente já estará batendo em sua porta. Daí em diante se torna necessário mudar alguns hábitos e posturas. Lembre-se sempre que você não é mais um "Zé Ninguém".

1. Convites

Lembra-se daquela história de aceitar o máximo de convites possível e de pregar em qualquer igreja, independente do tamanho ou condição social? Pois bem, esqueça. Pregador famoso não aceita qualquer convite (que deve passar agora por sua secretária), nem prega em qualquer igreja ou lugar. Se lhe convidarem para pregar em Camboriú, faça charminho e diga que vai dar uma olhada na agenda.

2. Pregação

Se pregar ou ensinar uma "heresiazinha" não vai ter problema algum. Agora você já tem uma "legião" de fãs, discípulos, adeptos, etc., que morrerão e matarão por você. Suas heresias para eles são "verdades absolutas", acima da própria Bíblia sagrada. Pregue sobre teologia da prosperidade, vitória financeira, amarre ou mande os demônios para longe (mesmo eles não indo), faça um ar de agressividade, cara feia, isto impressiona. O que vale é o que você diz. Você é o "cara"!

3. Aparência

Capriche no visual excêntrico. Faça plásticas no rosto, ajeite o cabelo, faça a sobrancelha, abuse na maquiagem, use ternos extravagantes (amarelo vermelho, rosa, etc.), sapatos também. Use apenas roupa de grife (Armani, Broksfield, Polo, etc.). Jogue no lixo suas convicções passadas. Não ligue para quem lhe chamar de "moderninho", de "mauricinho" da fé, etc. É mera intriga da oposição.

4. Cachê

Quanto ao cachê, você agora é quem dita as regras. Manter um status de pregador famoso custa caro. Estipule o seu preço, exija os melhores vôos, hotéis e restaurantes. Não dê moleza. Convidar pregador famoso não é para quem quer, é para quem pode.

5. Publicações e Produções

Apostila e CD é negócio para pobre. Escreva livros, grave DVD's, crie um site na internet, tenha o seu próprio programa na TV. Você agora é uma "marca" lucrativa.

6. Formação Acadêmica

Chame todos os seus títulos acadêmicos de "PORCARIA DE NOME". Apesar de ser uma grande hipocrisia de sua parte, seus discípulos vão gostar de ouvir isso, principalmente os frustrados e incultos. Abuse de arrogância quando falar de teólogos (apesar de você ser um).

7. Liderança das igrejas e convenções

Não se dobre diante de "presidentes" de igrejas ou convenções. Não se intimide com ninguém. Quando a coisa apertar, use sua oratória e jogue o povo contra a liderança. Desafie os pastores na tribuna da igreja (ou pela TV), isso dá um certo ar de "autoridade profética". Se qualquer grupo ou pessoa "pegar muito no seu pé", lhe incomodar com duras críticas, mande-os "PARA O QUINTO DOS INFERNOS", chame-os de hipócritas, opositores da "grande obra" que você está realizando. Mande vê, sem pena, sem dó e sem ética!

CONCLUSÃO DO CURSO

Amados, o curso “como se tornar um pregador famoso” (ou um "fenômeno"), trata-se de um retrato crítico de uma dura e triste realidade vivenciada pela igreja evangélica no Brasil e no mundo. Muitos jovens e homens de Deus, chamados e capacitados pelo Senhor para o Ministério da Palavra, acabaram cedendo ante as tentações proporcionadas pela “fama”, influenciados por alguns pregadores que estão ocupando espaços na mídia, em grandes eventos evangélicos, mas que se distanciaram da simplicidade e humildade, características indispensáveis na vida de um “servo” de Deus. Esses “astros luminosos dos palcos da fé” ou "fenômenos" começaram bem, mas se desviaram do salutar modelo bíblico (2 Tm 4.5). Adotaram uma postura arrogante, relativizaram valores, semearam heresias, contendas e insubmissão, afrontaram líderes, e arrebanharam para si multidões de meninos alienados e massificados (Ef 4.14). Querido irmão, se o Senhor Jesus te chamou para ser um pregador e ensinador de sua Palavra, faça isso com temor e tremor (1 Co 2.3), não confie em suas habilidades de oratória (1 Co 2.4), não busque para si a honra e a glória que só pertencem a Deus. Para os que são admiradores daqueles que assim agem, deixo também uma palavra de reflexão: Não apóie a sua fé em sabedoria (ou mera sutileza) de homens (1 Co 2.4-5). Agradecemos as manifestações de apoio, ao mesmo tempo que pedimos desculpas para todos que ficaram confundidos com os nossos reais propósitos.

Com lágrimas nos olhos, e com um coração ardendo em zelo pela causa do Mestre, um abraço e a paz do Senhor!

Fonte: Blog do Pr. Altair Germano

Venefredo quer um título de nobreza para colocar bem à vista


Hoje, 12 de janeiro de 2006, completo 71 anos. De acordo com dados recentes, meu prazo de validade está vencendo nesta data, porque a média de vida do brasileiro é 71 anos! Portanto, a partir do presente, cada dia que eu viver será lucro. Em 2006, completo também 53 anos de vida cristã evangélica. E, como tenho visto muitos cristãos pleiteando e se concedendo títulos, eu também quero um título de nobreza, pois me restam poucos anos ou dias de vida. Não quero os títulos de papa, cardeal, arcebispo, bispo, patriarca, apóstolo, “paipóstolo” ou outros parecidos. Achei na internet um título de nobreza à venda (10.000 reais divididos em quatro vezes). Chama-se Unção de Salomão. Com um pouco de esforço, eu até poderia comprá-lo. Mas não tenho estatura espiritual para tanto. Quero um título que não me custe dinheiro, que tenha em si a essência do evangelho e que eu possa ostentar sem nenhum constrangimento. Que seja merecido e de verdadeira nobreza e tenha a aprovação do Senhor. Até dispenso mordomias, como passagem para Israel, painel de oração folheado a ouro, kit New Land e jantar de gala. Quero alcançar o título de meus sonhos e colocá-lo na parede da sala ou do escritório, bem à vista. Refiro-me ao tiítulo de nobreza “Servo Inútil'”, mencionado pelo próprio Jesus: “Depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que deveríamos fazer” (Lc17.10).

Venefredo Barbosa Vilar, casado, cinco filhos, foi pastor da Igreja Cristã Evangélica em Palmares de Goiás, GO, e em Taguatinga, DF

http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&secMestre=1203&sec=1209&num_edicao=299

O texto é antigo mas, o assunto ainda é muito atual.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Uma crítica ao Teísmo Aberto


Por Leonardo G. Silva - Th.M.
Há alguns anos surgiu uma corrente dentro da teologia chamada de Teísmo Aberto. Segundo os adeptos dessa teologia, Deus não pode prever o futuro de modo infalível, e não existe um governo de Deus no sentido absoluto da palavra. O Deus soberano que sabe o fim desde o princípio é substituído por um deus trapalhão que não pode agir no mundo, podendo no máximo ficar na arquibancada torcendo para que no final as coisas dêem certo como ele havia desejado.

Vários teólogos brasileiros, com sua mania irreversível de importar as sucatas teológicas dos americanos, trouxeram para o Brasil essa teologia abissal, entre os quais destacam-se Ed René Kvitz e Ricardo Gondim. É uma pena que dois pastores tão influentes e respeitados hajam cedido a essa abstração teológica, que conduz à negação da soberania de Deus, negação da onipotência divina e capacidade de agir na história.

No ano de 2006, quando terminei minha dissertação de mestrado, abordei entre outras hipóteses a questão do teísmo aberto. Nessa minha pesquisa, concluí dizendo que a pior consequência que o teísmo aberto traz ao crente, é minar a confiança que temos na bíblia. Na época, alguns colegas acharam absurdas as minhas afirmações, mas hoje eu vejo isso se confirmando nos artigos do pastor Ricardo Gondim. Este, que outrora foi um dos homens mais respeitados no meio evangélico, agora coloca em dúvida a credibilidade das Escrituras como cosequência da sua nova teologia. Em um dos seus mais recentes artigos, o pastor Gondim escreve:

“Esses eventos tenebrosos me levaram a admitir que já não leio a Bíblia com as mesmas lentes. Abandonei a idéia de que os massacres do Antigo Testamento foram ordens divinas. Entendo que os genocídios relatados na Bíblia foram cometidos com as mesmas motivações políticas, com os mesmos interesses econômicos e com ambições nacionalistas iguais as atuais, mas atribuidos a um deus guerreiro”. [1]

Como podemos observar, ele se declarou contra a inspiração de vários textos bíblicos, tais como a conquista de Canaã sob a liderança de Josué, e já não acredita que a conquista da terra, bem como a destruição dos povos que ali habitavam foi uma ordem de Deus, entrando em choque frontal com o que a Bíblia diz. Com respeito à conquista de Canaã e ordem de extermínio dada por Deus no Antigo Testamento, o escritor e apologista cristão Norman L. Geisler diz:

“Os amalequitas estavam longe de ser inocentes. Eles eram totalmente depravados e a sua missão era destruir Israel, em outras palavras, cometer genocídio. Como se isso não fosse suficiente, leve em conta o que estava pesando na balança: Os Israelitas eram o povo escolhido por quem Deus traria a salvação ao mundo através de Jesus Cristo [...] Deus agiu, em última analise, em benefício de cada pessoa ao longo da história, cuja salvação seria oferecida pelo Messias que haveria de nascer entre os judeus” [2]. As razões apontadas para a destruição dos demais povos parece ser a mesma, segundo Geisler. Além disso, não podemos esquecer que essas nações tiveram nada menos que 400 anos para se arrependerem de seus pecados, e eles não o fizeram.

Diferente do dr. Geisler, que aceita a veracidade das Escrituras respeitando a sua inspiração, o sr. Gondim parte para o extremo oposto, seguindo de perto as escolas teológicas menos ortodoxas como a do dr. Bultmann, que se opõe frontalmente à inspiração do texto santo. Leia novamente a frase: “Abandonei a idéia de que os massacres do Antigo Testamento foram ordens divinas”. Ele simplesmente ignora o que o texto diz e claramente se sobrepõe ao texto, transferindo a autoridade da Bíblia para si mesmo.

Os proponentes do teísmo aberto pensam que são os grandes visionários: eles creem que conseguiram enxergar aquilo que esteve oculto durante os cinco séculos de história protestante e durante os dois milênios de história cristã. Estão “crentes que vêem”, e não sabem que tiveram a visão obsurecida pela soberba teológica, e é por isso que agora precisam de lentes interpretativas. Esses teólogos abertos são tão arrogantes que não permitem que Deus seja Deus! Ora, toda alma que existe é de Deus, essa é uma verdade inconteste. Ele mata e ele faz viver (Dt 32.39), e por ele todas as coisas subsistem. Ou nós entendemos isso, ou rasgamos a Bíblia e jogamos ela no lixo, e ponto final!

Sei que o problema do sofrimento humano é um anzol que traz suspenso o coração humano, e que há diversos fatores que nós ainda não entendemos. Mas não é privando Deus de seus atributos essenciais ou negando a veracidade da narrativa bíblica que vamos resolver o tão alardeado problema do mal. Pastor Gondim: Deixe Deus ser Deus! Ora, ele “conhece o fim desde o princípio” (Is 46.10) e sabe coisas que nós ainda não sabemos.

Não entendo o propósito de Deus em permitir essa guerra covarde entre israelenses e palestinos, não sei porque Deus não matou Hitler em 1939 e pôs fim ao holocausto e também não sei porque ele não intervém agora mesmo na história e põe um ponto final no sofrimento humano. Contudo, meus parcos conhecimentos bíblicos me fazem enxergar que se existe uma resposta para o sofrimento humano, essa resposta é Cristo:

“Estamos partidos? Ele foi partido, como pão, por nós. Somos desprezados? Ele foi desprezado e rejeitado pelos homens. Bradamos que não agüentamos mais? Ele foi homem de dores e experimentado no sofrimento. As pessoas nos traem? Ele mesmo foi vendido pelo traidor. Nossos relacionamentos mais caros estão partidos? Ele também amou e foi rejeitado. As pessoas se afastam de nós? Esconderam o rosto dele, como [se ele fosse] um leproso. Desceria a todos os nossos infernos? Sim, ele o fez. Das profundezas de um campo de concentração nazista, Corie ten Boom escreveu: ‘Não importa quão profundas sejam as nossas trevas, ele é ainda mais profundo’ [...] Ele foi morto a gás em Auschwitz. Escarnecido em Soweto. Injuriado na Irlanda do Norte. Escravizado no Sudão. É aquele que gostamos de odiar e que escolheu nos devolver amor.[3]

Acerca dessa empatia divina o escritor John Stott, em “A Cruz de Cristo”, escreve o seguinte:

"Eu mesmo jamais poderia crer em Deus, se não fosse pela cruz [...] No mundo real da dor, como alguém poderia adorar um Deus que fosse imune a ela? Já entrei em muitos templos budistas em diferentes países da Ásia e parei respeitosamente diante da estátua de Buda, as pernas e os braços cruzados, os olhos fechados, o fantasma de um sorriso a brincar nos lábios, um olhar distante, isolado das agonias do mundo. Mas cada vez, depois de um tempo, tive de me virar. E, na imaginação, voltei-me para aquela figura solitária, retorcida e torturada na cruz, os cravos atravessando as mãos e os pés, as costelas laceradas, os membros deslocados, a fronte sangrando por causa dos espinhos, a boca intoleravelmente sedenta, lançada nas trevas do abandono de Deus. Esse é o Deus! Por mim Ele deixou de lado a sua imunidade à dor. Ele entrou em nosso mundo de carne e sangue, lágrimas e morte. Ele sofreu por nós. Nossos sofrimentos tornaram-se mais manejáveis à luz dos seus. Ainda há um ponto de interrogação contra o sofrimento humano, mas em cima dele podemos estampar outra marca, a cruz, que simboliza o sofrimento divino. A cruz de Cristo [...] é a única autojustificação de Deus em um mundo como o nosso” [4]

O problema do Mal sempre afligiu o coração e a mente das pessoas sensíveis, e certamente é o nosso amor pelo próximo, fruto de um coração regenerado, que nos leva a refletir acerca da bondade e da justiça de Deus, mas não podemos permitir – sob nenhuma hipótese - que o drama do sofrimento humano nos leve para longe de Deus e da sua Palavra, conduzindo-nos a honrar e servir uma criatura caricata, um “deus menor” que embora seja bastante simpático, não é o Deus onipotente e soberano, criador de todas as coisas.

“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade.” Isaías 46.9-10
Bibliografia

1. GONDIM, Ricado. Gaza e as lições que eu aprendi.
2. STROBEL, Lee. Em defesa da fé, p. 165
3. KREEFT, Peter. Apud STROBEL, Op. cit., p. 68
4. STOTT, John. A cruz de Cristo, p. 32


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pastor Tio Chico e suas histórias “maravilhosas”.


Quem assiste às piadas sem graça de programas como Zorra Total, A Praça é Nossa ou Show do Tom e conclui que o humor brasileiro vem padecendo de falta de criatividade precisa conhecer uma categoria nova de comediantes que atua em outras frentes. Padre Quevedo? Henri Cristo? Nenhum deles é páreo para o Pastor Francisco Vieira, que faz uma verdadeira romaria pelas igrejas evangélicas brasileiras narrando a saga do seu personagem mais famoso, o Ex-bruxo Tio Chico.

O auto ungido ex-bruxo tem uma agenda bastante disputada. Só em janeiro, segundo o seu site oficial, fez turnê por cinco cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Birigui-SP, Araçatuba-SP e Juquiá-SP, pregando em igrejas como Assembléia de Deus, Internacional da Graça e Evangelho Quadrangular. Em todos esses lugares, Tio Chico conta com riqueza de detalhes suas fantásticas aventuras, leva a platéia ao riso e à comoção e, como ninguém é de ferro, faz seu pé-de-meia.

Para quem nunca ouviu falar no ex-bruxo Tio Chico, recomendo uma visita ao You Tube ou a aquisição, por R$ 25,00, de seus DVDs de testemunho. O preço é salgado, mas é riso garantido. Francisco teria nascido em 18 de setembro de 1960, estando no momento com 47 anos. Se os cineastas brasileiros fossem mais atentos, a sua vida renderia um longa-metragem capaz de deixar Steven Spielberg no chinelo. Forrest Gump não tem a mesma riqueza dramática.

Tio Chico conta com naturalidade que fez três pactos com o Diabo. Estranho o fato dos dois primeiros terem sido invalidados. A precocidade é um dos pontos destacáveis do nosso herói. Segundo suas palavras, foi o Pai-de-Santo mais novo do Brasil, tendo conseguido a façanha com 10 anos de idade. Um fato que me impressiona na história de Tio Chico é a sua onipresença e capacidade de ultrapassar a barreira do tempo. Segundo informações do seu site, o bruxo Tio Chico transformou-se em nova criatura em 1990. Pouco tempo depois foi promovido a Pastor Francisco e percorre o país tornando conhecidas suas folclóricas atuações em diversas áreas, sempre com uma espantosa capacidade. Não se sabe como, Tio Chico foi funcionário do Banco Central por oito anos. Não se sabe também como chegou ao cargo de chefe de gabinete por meio de concurso público. Algo inédito no Brasil. Segundo o mago das finanças, desviava dinheiro dos clientes para sua conta e enviava sua dinheirama para paraísos fiscais na Suiça. Não se sabe também como o Banco Central tinha clientes comuns, ao estilo do Bradesco ou da Caixa. Tio Chico conta que lucrava milhões fazendo desvios.

Impressionante também é a onipresença de Tio Chico. Apesar de ter afirmado que morou em 19 capitais brasileiras, achou tempo para praticar Umbanda, Quimbanda, Vodu, Feitiçaria, Bruxaria,Cartomancia, Universo em Desencanto, Igreja do Diabo,seita do Reverendo Moon, Budismo, Hinduísmo, Nova Era, Meninos de Deus, Islamismo, Judaísmo, além de jogar búxios, baralho, ler mão, ver bola de cristal, ser coroinha da Igreja Católica. Acha pouco? Tio Chico dá o golpe de misericórdia: ele ocupou o mais alto posto da Maçonaria e revela detalhes curiosos como sacrifícios de criancinhas e bodes.

Um truque ainda não desvendado é como Tio Chico fazia para sair do Brasil, só para atender aos caprichos da sua exigente mulher e, almoçar em Miami, e voltar no mesmo dia. Só para se ter uma idéia, o maior avião comercial do mundo, lançado após a era Tio Chico, chega a fazer 1.010 km por hora. De São Paulo a Miami, por exemplo, são 6.561 km. Para ir, sem escala, considerando o exato momento de embarque e desembraque da aeronave, Tio Chico e sua garota gastariam 13 horas para realizar este pequeno luxo. Considerando o passeio de táxi até o aeroporto, espera do vôo, revista, saída do aeroporto, entrada no restaurante, pedido e o ato de comer em si, no mínimo mais uma hora.

Concluindo: para esperar um almoço demorado assim, só mesmo fazendo uns beliscos à bordo. Agora, difícil mesmo seria ir para Tóquio e voltar no mesmo dia, como Tio Chico cansou de fazer, para agradar a ingrata esposa. Até hoje não ficou explicado como ele conseguiu percorrer os mais de 36 mil km entre o Brasil e o Japão ( considerando ida e volta) num mesmo dia ( de 24 horas), num avião a mil km por hora. Conclui-se que um dos pactos de Tio Chico o fazia ignorar as leis da Física para realizar seus intentos.

Tio Chico faz questão de propagar seu passado de vacas gordas. Ele garante que o contrato com o diabo lhe rendera quatro limusines, uma Ferrari, uma Mercedes Benz e uma incrível BMW, na qual o intrépido prosador fazia viagens para a África, ignorando completamente a existência de um Oceano Atlântico. Nas horas de folga, Tio Chico fazia rituais de magia negra e sacrifícios infantis na super máquina satânica. O então bruxo dispunha também de mansões e doze apartamentos em Brasília.

Tio Chico tem um passado tenebroso, tão tenebroso que faria o mítico personagem Jason se sentir um anjinho. Ele confessa nos púlpitos por onde passa o assassinato de quarenta pessoas a bala e o sacrifício de vinte e duas crianças. Tio Chico é modesto. Não computou no seu catálogo as mortes indiretas, vamos assim dizer. Ele garante que a cantora Clara Nunes, o apresentador Chacrinha e o presidente Tancredo Neves, morreram graças a trabalhos bem sucedidos realizados por ele. Para despachar a cantora baiana, Tio Chico teria embolsado US$ 45 milhões e um carro 0 Km. Cortesia do ex-prefeito de São Paulo, Orestes Quércia. Nâo se sabe se o carro tem poderes mágicos. Já Chacrinha foi mal avaliado. Pela bagatela de US$ 1 milhão, o impiedoso Tio Chico matou o Velho Guerreiro. A encomenda veio da “amante dele”, Rita Cadillac. Já o presidente Tancredo Neves foi morto a pedido de Paulo Maluf e José Sarney. Incrível como era influente o nosso personagem. Apesar de ter morado em 19 capitais, conhecido 68 países, ter feito um curso superior, ter frequentado com certa importância 28 religiões, chefe de gabinete do Banco Central, prestador de serviço para a Câmara e o Senado, o incansável, onipresente e onipotente Tio Chico comandava o Comando Vermelho no Rio de janeiro, ao lado de figuras como Escadinha, Fernandinho Beira-Mar e Marcinho VP. Mesmo assim, ainda achava tempo para visitar cemitérios e se alimentar de vísceras humanas e prestar “trabalhos espirituais” em seu centro para 68 empresas. Injetou sangue de bode no corpo, gasolina e éter. Teve um tórrido romance de oito meses com sua cachorra Fila Brasileira. Tudo isso até os 30 anos de idade.

A história de Tio Chico que mais me seduz é a que ele claramente desafia toda a possibilidade matemática e diz que comprou a esposa, quando esta tinha 12 anos de idade. Ficou casado 19 anos com ela e já está há 17 separado. Como Tio Chico tem hoje 47 anos, estima-se que ele tenha feito isso com incríveis 11 anos de vida. Em um de seus testemunhos, Tio Chico conta que trabalhou para a Wagner Canhedo, tendo inclusive sugerido o nome para a Vasp. Ele só não explica em qual encarnação fez isso, já que a empresa foi fundada em 1933. Tio Chico também garante que trabalhava nos bastidores para a Chevrolet, que segundo ele cada letra significa uma palavra, que descamba na frase “Chegou Hoje Este Vagabundo Roubando Ouro Liquidando Esta Terra”. Nem o fato da montadora ter sido fundada pelo piloto franco-americano Louis Chevrolet, em 1911, nos EUA, intimida Tio Chico. Presumo que ele terá alguns problemas para traduzir a frase para o inglês usando as mesmas iniciais. Idem para o francês e o espanhol. Espantoso também foi o fato de Tio Chico ter experimentado uma recaída, já que afirma que nomeou o Marea, veículo da Fiat, que significa no idioma diabês Enxu Marea. O problema é que Tio Chico garante que se aposentou das suas atividades mirabolantes em 1990. Como o Fiat Marea foi lançado em 1998 no Brasil, fica no mínimo, curiosa a participação do mestre neste episódio.

O maior troféu de Tio Chico é a apresentadora Xuxa, da Rede Globo (emissora que se valia de seus préstimos também). Ele garante que a Rainha dos Baixinhos realizou três pactos com o Coisa-Ruim, para se tornar famosa e rica. O generoso Tio Chico teria intermediado o negócio. Não se sabe quanto lucrou nesta transação. Aliás, Tio Chico faturava de todas as formas. Garante que há um processo contra ele no Distrito Federal, por ter falsificado 1800 folhas de cheque. Curiosamente, não consta nenhum processo contra Francisco José Vieira Guedes na Justiça de Brasília. Tio Chico tem a espantosa capacidade de fazer os processos evaporarem como mágica das gavetas dos tribunais. Curioso também o fato de em seu site não constar nenhuma cópia de qualquer documento de suas transações, uma lembrança de alguma viagem para algum das dezenas de países, nenhuma certidão de óbito de duas filhas que ele garante terem sido sacrificadas. Tio Chico é um homem muito reservado.

Quando Tio Chico foi tocado por Jesus e resolveu jogar sua vida perversa no mar do esquecimento, sofreu várias retaliações de seu antigo patrão. Ele conta que foi vítima de um terrível acidente de carro, que lhe rendeu 25 cirurgias. Como desgraça pouca é bobagem, Tio Chico conta que está vivo pela graça de Deus, já que os médicos retiraram incríveis 250 gramas de estilhaços de vidro de sua cabeça, perdeu as cordas vocais (usa uma até então inédita prótese de borracha) e outros detalhes que não convém relatar. Fato incrível é que o Pastor Francisco tem passaporte livre em centenas de igrejas e nenhum pastor pede alguma comprovação de seus feitos ou chama a Polícia Federal. É uma encruzilhada santa: se Tio Chico (apesar da Cronologia, Geografia, História, Biologia, Matemática, Física, Química e todas as outras ciências provarem o contrário) diz a verdade, é merecedor de capa na Veja, destaque no Fantástico e no mínimo uns cem anos de solidão carcerária. Normalmente, Deus perdoa o pecado hediondo. Mas a Justiça dos homens não é assim tão compreensiva. Se Tio Chico, como tudo leva a crer, falta com a verdade (no que compensa com muita criatividade), pode responder processo por calúnia, difamação e falso testemunho. É também de se duvidar da seriedade das instituições religiosas que o recebem. Das duas uma: ou levam um criminoso hediondo e plural para usar seus púlpitos ou patrocinam um mentiroso de proporções nunca alcançadas por uma mente humana antes.

Autor: Anderson Alcântara
Jornalista e Acadêmico de História - Goianésia - GO.
anderson0123@bol.com.br


Considerações finais do site Ponto Crítico:

A matéria acima, destaca a importância atual de uma reflexão crítica por parte dos cristãos, pois além de Tio Chico, sabe-se que existem também outros “Ex-Bruxos”, que com suas estórias mirabolantes mobilizam uma massa de pessoas que os seguem de maneira cega, considerando o fato de que faltam provas convincentes de que seus “testemunhos” são verdadeiros.

Pode-se citar como exemplo o também brasileiro e suposto ex-bruxo “Daniel Mastral” e a escritora norte americana Rebecca Brown, que embora não seja ex-bruxa, ela apresentou em seus livros uma estória de libertação de uma ex-bruxa, cuja estória foi investigada nos EUA, e foi encontrada como fraude, sendo que já foi até publicada a tradução dessa investigação em nosso site (Leia parte 01, parte 02, parte 03).

Desse modo, nós consideramos que todo cuidado ainda é pouco no que diz respeito a tais testemunhos mirabolantes de libertação espiritual, pois além de ex-bruxos, temos no Brasil também o caso do Guina, que se dizia Ex integrante do grupo Racionais MCs, o qual também já foi encontrado como fraude.

Não duvidamos que uma pessoa tenha capacidade de “em nome de Deus” criar uma estória de Romance/Ficção e vende-la como testemunho biográfico, sendo que compete a nós e tão somente a nós a responsabilidade de filtrar aquilo que realmente vem da parte de Deus.

É nossa responsabilidade considerar como anátema aquilo que provem da mentira e do engano, sendo que tais coisas vem exatamente para provar nosso amor pela Verdade (2Ts 2:11), pois está escrito que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios (1Tm 4:1)


Links sugeridos:
Prof. Quesada revela toda a verdade sobre ex-bruxo Tio Chico:
http://guerreirosdaluz.com.br/?p=119.
http://www.bereianos.blogspot.com/search?q=tio+chico

Hipocrisia no Cristianismo


Queridos leitores e amigos, aí vai um pequeno desabafo e sei que muitos choram por essa situação.

Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e dar as costas, eu não evangelizo!
Se evangelizar é tocar hino nas praças e ir para casa se achando o máximo, eu não evangelizo!
Se evangelizar é ir numa marcha para fazer propaganda de igreja e cantores, eu não evangelizo!Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando tem festinhas com comida e montar esquemas para ela se sentir bem-vinda somente naquele momento, eu não evangelizo!
Se evangelizar é entregar folhetos que serão jogados no chão e criará mais sujeira nas ruas, eu não evangelizo!
Se evangelizar é pregar com base para embutir culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e conseqüentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo!
Se evangelizar é convencer as pessoas a se protegerem do mundo dentro de uma igreja que acaba se tornando um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo!Se evangelizar é sistematizar o Evangelho, eu não evangelizo!
Se evangelizar é encher as igrejas para termos mais dizimistas, eu não evangelizo!

Agora se evangelizar é caminhar junto, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo. Afinal entendo que o maior evangelismo de Cristo, foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do teu próximo. Creio que evangelizar é sinônimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos. Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.

Algo está muito errado quando a igreja local rejeita as pessoas que Jesus aceita. Erramos quando nosso foco é um grupo de pessoas de determinada classe social, embora dizemos que não fazemos acepção de pessoas. Não seria isso uma acepção?

Jesus veio para os profanos e sua vinda dá um fim ao que é profano em nós e nos faz dignos. Ele se assentava a mesa com qualquer um que queria estar presente, inclusive os que eram banidos das casas decentes. Compartilhava da refeição e eles recebiam consideração em vez da esperada condenação e desprezo.

Qualquer igreja que não aceite que é formada por homens e mulheres pecaminosos, e que existe para eles, rejeita o evangelho da graça.

Se a igreja permanecer de modo farisaico distante dos fracassados, das pessoas irreligiosas, das prostitutas, dos pobres e imorais não pode entrar justificada no reino de Deus.

Jesus gastava uma grande porção de seu tempo com gente que é descrita nos Evangelhos como sendo: cegos, pobres, coxos, leprosos, famintos, pecadores, cobradores de impostos, marginalizados, cativos, endemoniados, enfim a todos que não tem qualquer conhecimento da lei. Obviamente seu amor pelos fracassados e insignificantes não era exclusivo. Ele se relacionava com afeto e compaixão com gente de todas as classes (seja média ou alta) e não por causa das suas conexões familiares, formação, respaldo financeiro, inteligência ou status, mas porque eles também eram filhos de Deus.

A preferência de Jesus por gente de menor envergadura e sua parcialidade em favor dos pobres é fato irrefutável nos Evangelhos.

E a igreja atual o que tem focado? Você o que tem focado e feito para Deus?
Pense e reflita: Estamos imitando ao nosso Mestre?....

Referências e Bibliografia: Pavablog e O Evangelho Maltrapilho, Brennan Manning