Os noticiários nos mantêm informados sobre as tragédias globais recentes. Mal pararam de noticiar sobre o Haiti, se bem que o número de mortes é crescente, a calamidade em que se encontram milhares de pessoas ainda é um fato, e a reestruturação daquele pais vai levar muito tempo, fomos sacudidos pelos tremores no Chile. E por mais que isso seja comum – nas últimas 3 décadas foram cerca de 50 grandes terremotos como esse do Haiti ou do Chile, tudo isso assusta. E as chuvas e enchentes da região sul e sudeste do nosso país são novidades? Sempre, a cada novo abalo ou enchente, um monte de pergunta se faz. Alguns afirmam: o juízo de Deus se abateu sobre aquele lugar, outros, que Deus nada tem a ver com essas questões. No misto de dúvidas, espanto e desinteresse, eu gostaria de fazer você pensar sobre as desventuras que dia-a-dia enfrentamos.
Questionamos a Deus sempre na desgraça, mesmo sabendo que parte dessas desgraças são nossa culpa: enchentes e deslizamentos? Canalizamos os rios, jogamos lixo nas ruas; e o esgoto, para aonde vai? Erguemos as casas em encostas, construímos com materiais de baixa qualidade. E quando tudo vem abaixo perguntamos onde estava Deus que deixou isso acontecer? O ser humano é assim. Dirigimos em alta velocidade; abusamos da “sorte” ao viajarmos com os carros sem itens básicos de segurança, e se apenas tomamos uma multa por ultrapassar o sinal vermelho de um cruzamento - como se isso fosse a coisa mais banal - “viramos a cara para Deus” e nos sentimos traídos. Mas o que dizer de terremotos, tsunamis ou coisas assim? Por que se abatem sobre nós tantas aflições?
Mas você já parou para pensar em quantas bênçãos recebeu? Diz um hino “... e verás, surpreso, quanto Deus já fez!”. Diariamente somos livres de catástrofes cósmicas – se você procurar na internet, por exemplo, vai descobrir a quantidade de objetos que têm atingido o nosso planeta. No trânsito é que somos protegidos! Ano passado foram certa de 380 acidentes com morte só no DF; mais de um por dia. E se você conseguiu ler até aqui esse texto, terá escapado de uma dezena de ataques cardíacos. Ou seja, é pela graça de Deus que somos salvos todos os dias (Lm 3;22).
Mas você não pode se esquecer do pecado original que lançou TODOS fora da presença de Deus: “do dia em que dela comer, certamente morrerás”(Gn 2;17). O que não entendemos? Estávamos mortos em nossos pecados e delitos (Ef 2;1), todos, sem exceção, estávamos perdidos (Rm 3;12). A nossa situação não era de tranqüilidade, inocência ou paz, estávamos indo a passos largos para a destruição eterna (Rm 5;18). A própria natureza sofre, não só pelos nossos maus modos, estupidez ou teimosia. Em Gn 3;17, por nossa causa, a Terra foi amaldiçoada por DEUS. Agora simplesmente sofremos o castigo pelo nosso PECADO – me refiro a pecaminosidade latente do ser humano.
Deus, porém, prova seu amor quando envia Cristo, o Santo, para morrer em nosso lugar - OS PECADORES - sendo nós ainda INIMIGOS DE DEUS (Rm 5;10). Deus em seu infinito amor nos transportou das nossas trevas para Sua maravilhosa Luz (1 Pe 2;29), o Reino de Amor de Jesus (Co1;13). Deus, em Jesus Cristo, imputou justiça em nós (Rm 5;1). Isso é totalmente INSANO (1 Co 1;21). Jesus morreu em nosso lugar (Is 53;5). Ele se fez justiça por nossa injustiça. Deus nos condenou a morte, mas em vez de morrermos, Ele que nos condenou, é quem voluntariamente se dispõe a pagar o preço, morrendo na Cruz (Rm 8;32). É isso que significa “...amou o mundo de tal maneira...”(Jo 3;16). Mas eu realmente nunca vi, ou ouvi, nem mesmo li, alguém reclamar dessa ARBITRARIEDADE DE DEUS (Rm 8;29)!
Por fim não se esqueça do que Deus tem preparado para aqueles que o amam (Ap 21;1 a 7) Pense nisso quando você se questionar sobre as desgraças que assolam o mundo (Rm 8;18); lembre-se que Deus é quem pagou um alto preço pela sua redenção(1 Pe 1;19).
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