Por Jorge Fernandes Isah
Como prometido em um comentário da postagem anterior, apresentarei um esquema que, de certa forma, sintetiza os pensamentos em "Dupla predestinação, o Barro 'decaído' e a Arbitrariedade de Deus" , e muitas outras reflexões neste blog. Gosto muito de síntese, apesar de praticamente todas as minhas ruminações serem analíticas.
O objetivo não é explicar tudo, até porque não considero tudo explicável, havendo coisas que não nos foi revelada por Deus e que permanecerão um mistério até aquele glorioso dia, quando não será necessário perguntar nada. Mas naquilo que nos foi revelado, não temos que temer conhecê-lo.
Então, vamos ao esquema!
1) Deus é soberano e autoridade sobre toda a Sua criação, inclusive, o homem [o que desagradará os proponentes de todos os sistemas humanistas, que veem o homem como autônomo e livre em relação a Deus]. "Conhecidas são a Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras" [At.15.18].
2) Deus preordenou tudo no universo, inclusive o mal e o pecado, até mesmo as nossas mínimas atitudes e pensamentos. Nada está livre do poder de Deus, pois se assim estivesse, Deus não seria o Todo-Poderoso [Is 44.6-7, 45.5-7]. Novamente os sistemas humanistas ruem diante da Palavra; porque, em sua insignificância, o homem é livre apenas para cumprir o eterno decreto de Deus, o qual é a manifestação da Sua perfeita e santa vontade.
3) O fato do homem não ser livre, não exclui a sua responsabilidade sobre os seus atos. O homem é responsável não porque é livre, mas porque praticou esses atos e, ao executá-los, tornou-se responsável por eles, e o único culpado e réu; pois "A alma que pecar, essa morrerá... na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá" [Ez 18.20, 24].
4) Responsabilidade não pressupõe liberdade humana [livre-arbítrio ou autonomia], mas autoridade divina, a qual foi estabelecida pela Lei Moral [a primeira delas promulgada no Éden:"De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gn 2.16-17)] .
5) Deus é justo. Não há padrão de justiça superior a Ele [Sl 11.7].
6) Deus é santo. Não há padrão de santidade superior a Ele [Sl 145.17, Is 43.15].
7) Deus é Todo-Poderoso. Não há poder superior a Ele [Ap 1.8]. Como o profeta disse: "A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?" [Is 40.18].
8) Deus não está sujeito à Sua criação, nem mesmo à Lei Moral. Ela é para as Suas criaturas, portanto, aplicam-se somente a elas. Não se pode aplicar a Lei Moral a Deus, porque ela está no nível da criação, não do Criador.
9) Deus não peca exatamente pelo mesmo princípio de autoridade máxima; e do pecado ser criação, logo, ele está no nível da criação, não do Criador. Nada pode sujeitá-lO, antes o Senhor é quem sujeitou todas as coisas conforme a Sua bendita vontade [Fp 3.21].
Abro um parênteses para reafirmar que o homem faz parte da criação, logo está no nível da criação e sujeito à vontade divina. Não há a menor hipótese do homem, ainda que precariamente, ainda que minimante, ainda que se sinta ilusória e fraudulosamente investido de algum poder, frustrar o plano divino. Antes, o homem é nada perante Ele, "e todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?" [Dn 4.35].
Ainda que certos conceitos sejam “duros” demais mesmo para calvinistas, não me importou ou interessou amaciá-los, nem também enrijecê-los, porém cabe-nos aceitá-los como Deus os revelou e encontram-se registrados nas Sagradas Escrituras.
A Bíblia demole o humanismo... e os humanistas, como os castelos de areia são destruídos na praia.
A Bíblia demole o humanismo... e os humanistas, como os castelos de areia são destruídos na praia.
Fonte: KÁLAMOS
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