Por Josemar Bessa
A visão da Paternidade
de Deus se perdeu completamente. Se olharmos os Puritanos, Reformadores...
teremos uma visão completamente diferente da que temos hoje no meio evangélico.
Se você for de igreja
em igreja hoje e perguntar o que as pessoas entendem pela Paternidade de Deus,
elas responderão que significa que "Deus me ama, que Ele vai cuidar de
mim, vai me guiar, me levar pro céu...”
Basicamente isso é
“verdade”, mas onde está o problema???? Está no me, me, me, me... sem fim –
tudo é definido em termos de nós – humanos. Este é o ponto de vista
predominante e isso a tudo contamina.
Quando Deus nos deu os
Dez Mandamentos – na Segunda Tábua, o mandamento mais precioso para os filhos é
“Honra teu pai e tua mãe...” (Ex 20.12). Deus quer nos ensinar o exato oposto
daquilo que domina a mente “evangélica atual” – “Honra o teu pai!...” – Quando pensamos na
Paternidade de Deus deveríamos em primeiro lugar não pensar nada a nosso
próprio respeito. – Mas na Honra de nosso Pai.
Como Ele deve ser honrado, respeitado, obedecido, venerado. Como
deveríamos em tudo defender Sua vontade expressa em Sua Palavra...
Em nossa sociedade
perdemos a dimensão central e bíblica da paternidade. A idéia de respeito,
honra e obediência. O pai é só um amigão que vive para satisfazer nossas
necessidades... Não podemos conhecer Deus, o Pai, com essa idéia em mente.
Thomas Watson (Puritano - 1610-1686) nos mostra uma visão completamente diferente de como filhos deviam ver seus pais e como conseqüência, ver a Deus, o Pai.
Ele diz: “como as crianças deviam ver seus pais e demonstrar honra a eles?” – E ele mesmo responde baseado em grande quantidade e textos bíblicos: “Devem mostrar com um amor reverencial. Com um temor misturado com amor expressado com palavras e gestos”.
É isso que vemos hoje
nos lares? Mesmo nos lares evangélicos? É esse o ar que respiramos em meio as
famílias? NÃO!! Amor, estima reverencial não é dado pelos filhos e nem esperado
pelos pais. Como poderíamos esperar que hoje se tivesse uma visão correta da
Paternidade de Deus? O ideal de paternidade é completamente secular – Deus como
Pai não é honrado – um amor reverencial não é prestado a Deus – Ele tão somente
é visto como alguém que se nos “ama’, deve nos fazer felizes, nos dando coisas
e não nos negando nada. Que definição pífia nós temos de amor, felicidade,
paternidade... É pífia, pois vem do mundo e não de Deus, não de Sua Palavra.
Como resultado, Deus é tremendamente desonrado onde devia receber toda honra –
na igreja.
Esta é a mensagem de
Deus para nós: “O filho honra o pai ( pelo menos devia), e o servo, ou seu
senhor” – então Deus pergunta – “Se eu sou Pai, onde está minha honra? E se Sou
Senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos exércitos” (Ml
1.6).
Ah! Grande parte dos
problemas que vivemos no evangelicalismo hoje não está aí? Heresias, desvios
claros da Palavra, desprezo sobre o ensinamento apostólico, endeusamento do
dinheiro, misticismo, abandono das Doutrinas da Graça... Tudo cabe nessa
denúncia – “Se eu sou Pai, onde está a minha honra?” – A idéia de que Deus
existe para nós e não nós para sua glória e honra e todos os demais desvios
estão incluídos nesta pergunta.
O que Deus está dizendo
é que Sua Paternidade gloriosa implica em um DEVER SAGRADO de seus filhos em honrá-lo, obedecê-lo,
respeitá-lo e demonstrar amor reverencial.
Deus em Sua Palavra usa
os profetas para nos ajudar a sentir a MAJESTADE DE NOSSO PAI.
Deus não nos mostra
simplesmente que devíamos mostrar gratidão por um pai que cuida de nós (e Ele
cuida) – Ele vai muito além. Devíamos mostrar honra a um Pai que é todo
majestoso e auto-suficiente: “Se eu sou Pai, onde está minha honra? E se Sou
Senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos exércitos” – Ele é
o Senhor dos Exércitos – o grande “Eu Sou”!
Um evangelho que não
leva o homem em tudo a honrar e glorificar a Deus; e sim ver Deus de uma
maneira utilitária, mundana e secular – é um evangelho falso.
Fonte: Josemar Bessa
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