sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vida curta de pecados, inferno eterno – Por que?


Por Josemar Bessa

Muitas pessoas, incluindo muitos que se dizem cristãos, tem dificuldade com a natureza eterna do sofrimento no inferno. É o comprimento da punição extrema demais? É razoável Deus condenar pessoas ao sofrimento eterno por decisões tomadas em uma vida temporária?

Agostinho argumentando sobre a natureza eterna do inferno é útil e desafiador. Já nos dias da igreja primitiva, nos dias dos Pais da igreja, pessoas tinham dificuldade e lutavam com a ideia da duração do inferno, dizendo que a pena eterna era desproporcional ao crime cometido no tempo.

Agostinho argumentou que mesmo na terra o comprimento do castigo nunca é baseado no comprimento do crime. Por exemplo,  se alguém para cometer um assassinato leva 10 segundos, ninguém iria argumentar e articular uma pena, uma punição de 10 segundos. A natureza da punição justa é baseada em duas coisas:

1) A natureza do crime.
2) Contra quem o que o crime foi cometido.

Nosso pecado, cada pecado, é cometido contra um Deus infinito e infinitamente santo.  Quando penso que um inferno sem fim como punição soa como muito tempo para alguém, isso mostra que não se compreendeu a grandeza e dignidade de Deus, não se compreendeu sua santidade infinita... A natureza eterna do inferno fala como e quão santo e digno Deus é.

Não podemos superar as imagens horríveis que Jesus utilizou para descrever o inferno: “Choro e ranger de dentes... onde seu verme nunca morre” ( Mateus 9.48) – Lembre-se que essas são as descrições de Cristo sobre o inferno – portanto, não há como apelar para o “amor” para tentar negá-las. “Fogo inextinguível” ( Mt 3.12; Mc 9.43) – “fogo eterno” (Mt 25.41) – “inferno de fogo” (Mt 18.9) – “punição eterna” (Mt 25.46) – “angústia na chama” (Lc 16.24). Devemos estremecer realmente. Não negando a verdade, mas fugindo para os braços de Jesus, que morreu para nos livrar desta realidade.

Apocalipse 14:11 é provavelmente a mais gráfica declaração do Novo Testamento sobre o sofrimento eterno do impenitente. "A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre, e não têm repouso nem de dia nem de noite." Atormentado para sempre e sempre. O sofrimento sem fim dos pecadores impenitentes é uma realidade ensinada nas Escrituras e, portanto, bom para nós sabermos.

Vá a Bíblia com um processo de pensamento que é o inverso do comum hoje. Em vez de ir para a Bíblia e dizer: “Eu sinto que o sofrimento sem fim não pode estar certo, então a Bíblia não pode ensinar isso... porque um Deus de amor...” – Não! O pensamento deve ser: “Visto que a Bíblia ensina isso, essa é a expressão da justiça divina, portanto, quão infinitamente terrível o pecado deve ser! Quão infinitamente terrível deve ser tratar a glória de Deus com desprezo! Quão grande insulto é não crê nas promessas de Deus! Que beleza infinita a glória, santidade e pureza de Deus deve ter, que somente o interminável sofrimento é um castigo justo e adequado.” O inferno deve nos encher de admiração da glória que temos desprezado.

Felizmente, Jesus é meu substituto. Em Sua graça insondável e misericórdia, Ele suportou meu pecado e a ira que eu mereço. Jesus levou seis horas em uma tarde de sexta-feira para suportar a ira do Pai. Já um pecador necessita de uma eternidade no inferno. Eis a santidade e dignidade do Cordeiro.  Ele é santo. O pecado é que infinitamente ofensivo. E Seu amor é tão grande.

Fonte: Josemar Bessa

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