Você
já considerou que a sua maior contribuição para a causa de Cristo pode
ser apenas o tempo que você gasta em oração de intercessão por seus
filhos e outros que consideramos parte desta "próxima geração"?
Diane e eu estamos naquela fase do "ninho vazio", e há muitas coisas que estamos aprendendo desta fase. Energias antes dedicadas a seguir o toque-toque de pezinhos e a esperar adolescentes voltarem para casa de uma atividade são agora canalizadas à oração. É claro que sempre "sabíamos" que a "maior obra é feita de joelhos", mas não o sabíamos como agora. Coisas que sempre sabíamos... compreendemos mais plenamente agora.
Nesta semana, estamos em Gold Coast, na Austrália. Nossos filhos e netos estão espalhados em diferentes partes do mundo, como muitos outros nos quais investimos. Por isso, nos vemos orando mais – constantemente durante o dia e, com frequência, no lugar secreto de oração.
Nas águas distantes, a mais de mil quilômetros a leste de nós, estão as ilhas de Vanuatu (antes, Novas Hébridas). Há mais de 100 anos, John G. Paton escreveu uma história muito admirável de sua experiência missionária e de como o evangelho mudou aquela parte do mundo. Ele escreveu:
Nossa casa consistia de um cômodo exterior, um cômodo interior e um cômodo no meio, ou câmara, chamado "closet". O primeiro extremo era o domínio de minha mãe... o outro era o local de trabalho de meu pai... O "closet" era um cômodo muito pequeno que ficava entre os outros dois, tendo espaço apenas para uma cama, uma pequena mesa e uma cadeira, com uma janela diminuta pela qual brilhava pouquíssima luz no cenário. Este era o Santuário daquele lar. Para ali, víamos, diariamente e várias vezes ao dia, geralmente depois de cada refeição, nosso pai se retirar e fechar a porta. E nós, filhos, entendíamos como que por um tipo de instinto espiritual (pois a coisa era muito sagrada para se falar sobre ela) que orações eram derramadas ali por nós, como no passado pelo Sumo Sacerdote dentro do véu no Santo dos Santos. Ocasionalmente, ouvíamos os ecos compassivos de uma voz trêmula suplicando como que por vida e aprendemos a sair em silêncio e a passar em frente àquela porta na ponta dos pés, para não perturbarmos o diálogo santo. O mundo exterior não sabia, mas nós sabíamos de onde vinha aquela luz feliz, como o sorriso de um bebê, que sempre resplandecia na face de meu pai: era um reflexo da Presença Divina, em cuja consciência vivíamos. Nunca, em templo ou catedral, montanha ou vale, posso esperar sentir que o Senhor Deus está mais próximo, andando e falando mais visivelmente com os homens, do que sob aquele humilde teto de palha e vigas de carvalho. Embora tudo mais na religião fosse, por alguma catástrofe impensável, varrido da memória ou apagado de meu entendimento, minha alma retornaria àquelas cenas antigas, se fecharia novamente naquele Santuário e, ouvindo ainda os ecos daqueles clamores a Deus, repeliria toda dúvida com o apelo vitorioso: "Ele andou com Deus, por que eu não posso?" (Extraído do livro "The Story of John G. Paton or Thirty Years Among South Sea Cannibals").
Há um ditado antigo que nos daria tranquilidade: "Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha". Estou certo de que a oração tem muito mais importância estratégica do que é evidenciado em minha vida. Tenho sido tentado a pensar: "Bem, quando você ficar mais velho, tudo que poderá fazer é orar". Penso agora que, quanto mais velho ficamos, tanto mais compreendemos a futilidade de tantas de nossas atividades em comparação com nosso tempo de intercessão. O que sempre se destacará em minha mente sobre a história de John G. Paton são as orações de seu pai. Eu não deveria anelar ser um pai como este? O que aconteceria se a "a maior obra" fosse a minha maior contribuição?
Fonte: Editora Fiel
Diane e eu estamos naquela fase do "ninho vazio", e há muitas coisas que estamos aprendendo desta fase. Energias antes dedicadas a seguir o toque-toque de pezinhos e a esperar adolescentes voltarem para casa de uma atividade são agora canalizadas à oração. É claro que sempre "sabíamos" que a "maior obra é feita de joelhos", mas não o sabíamos como agora. Coisas que sempre sabíamos... compreendemos mais plenamente agora.
Nesta semana, estamos em Gold Coast, na Austrália. Nossos filhos e netos estão espalhados em diferentes partes do mundo, como muitos outros nos quais investimos. Por isso, nos vemos orando mais – constantemente durante o dia e, com frequência, no lugar secreto de oração.
Nas águas distantes, a mais de mil quilômetros a leste de nós, estão as ilhas de Vanuatu (antes, Novas Hébridas). Há mais de 100 anos, John G. Paton escreveu uma história muito admirável de sua experiência missionária e de como o evangelho mudou aquela parte do mundo. Ele escreveu:
Nossa casa consistia de um cômodo exterior, um cômodo interior e um cômodo no meio, ou câmara, chamado "closet". O primeiro extremo era o domínio de minha mãe... o outro era o local de trabalho de meu pai... O "closet" era um cômodo muito pequeno que ficava entre os outros dois, tendo espaço apenas para uma cama, uma pequena mesa e uma cadeira, com uma janela diminuta pela qual brilhava pouquíssima luz no cenário. Este era o Santuário daquele lar. Para ali, víamos, diariamente e várias vezes ao dia, geralmente depois de cada refeição, nosso pai se retirar e fechar a porta. E nós, filhos, entendíamos como que por um tipo de instinto espiritual (pois a coisa era muito sagrada para se falar sobre ela) que orações eram derramadas ali por nós, como no passado pelo Sumo Sacerdote dentro do véu no Santo dos Santos. Ocasionalmente, ouvíamos os ecos compassivos de uma voz trêmula suplicando como que por vida e aprendemos a sair em silêncio e a passar em frente àquela porta na ponta dos pés, para não perturbarmos o diálogo santo. O mundo exterior não sabia, mas nós sabíamos de onde vinha aquela luz feliz, como o sorriso de um bebê, que sempre resplandecia na face de meu pai: era um reflexo da Presença Divina, em cuja consciência vivíamos. Nunca, em templo ou catedral, montanha ou vale, posso esperar sentir que o Senhor Deus está mais próximo, andando e falando mais visivelmente com os homens, do que sob aquele humilde teto de palha e vigas de carvalho. Embora tudo mais na religião fosse, por alguma catástrofe impensável, varrido da memória ou apagado de meu entendimento, minha alma retornaria àquelas cenas antigas, se fecharia novamente naquele Santuário e, ouvindo ainda os ecos daqueles clamores a Deus, repeliria toda dúvida com o apelo vitorioso: "Ele andou com Deus, por que eu não posso?" (Extraído do livro "The Story of John G. Paton or Thirty Years Among South Sea Cannibals").
Há um ditado antigo que nos daria tranquilidade: "Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem ora, Deus trabalha". Estou certo de que a oração tem muito mais importância estratégica do que é evidenciado em minha vida. Tenho sido tentado a pensar: "Bem, quando você ficar mais velho, tudo que poderá fazer é orar". Penso agora que, quanto mais velho ficamos, tanto mais compreendemos a futilidade de tantas de nossas atividades em comparação com nosso tempo de intercessão. O que sempre se destacará em minha mente sobre a história de John G. Paton são as orações de seu pai. Eu não deveria anelar ser um pai como este? O que aconteceria se a "a maior obra" fosse a minha maior contribuição?
Fonte: Editora Fiel
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