Por Josemar Bessa
Martinho Lutero foi um
dos grandes pregadores de todos os tempos. Ele explicou a necessidade crucial
da pregação:
“Porque heresias
ameaçaram a mensagem apostólica e viva, ela tinha que ser registrado em um
livro para protegê-la de falsificação. A pregação traz de volta a cada dia este
processo de conservação novamente, permitindo que as Escrituras do passado se
tornem a notícia do presente. . .”
Agora, como ouvimos a
pregação da Palavra?
O famoso pregador
galês, Christmas Evans, uma vez descreveu vividamente como ele imaginava que
Satanás ouviria um sermão estando presente no culto:
“A maneira em que um
homem ouve o Evangelho é uma amostra do estado do seu coração, de seus afetos,
de seus desejos, de sua natureza.
Se tivéssemos que supor
que Satanás entrasse na congregação, que tipo de ouvinte ele seria? Ele é o
inimigo inveterado de toda a verdade, de toda justiça, de toda piedade, da
santificação da alma, devoção, afeto espiritual... Se um dia então, em forma
humana, ele tomasse o seu lugar entre os ouvintes do evangelho eterno, podemos
imaginar que, a fim de irritar tanto quanto possível, ele iria tomar o seu
lugar em um local visível, quer no âmbito do púlpito e diante dos olhos de
todos. E então mostraria seu descontentamento se o pecado estivesse sendo
confrontado e a santidade de Deus sendo exaltada. Estaria ansioso para se
proteger contra a menor indicação de ser tocado pela pregação, se ela não
expressasse os desejos e condições do coração caído e do pensamento do mundo.
Não sendo assim,
acharia duro, desagradável. Não haveria um traço de convicção, submissão, paz e
alegria que devem aparecer num coração que está em acordo com a verdade e não
que a pregação se acomode ao ego humano.
Ele mostraria sua
carranca, contrairia as sobrancelhas e sacudiria a cabeça mostrando a sua desaprovação
ao Evangelho ouvido. Essa é a disposição diabólica ouvindo um sermão voltada
apenas em proclamar a Verdade de Deus não amada num mundo caído. Tal, digo eu,
seria o comportamento do arqui-inimigo como um ouvinte da Palavra de Deus. Mas não
temos muitos que carregam o nome de cristãos que se comportam diante da
proclamação da verdade exatamente assim? Achando-a dura, sem amor...?”
Que imagem você pinta
de você mesmo quando sentado sendo visto do púlpito? Você está
completamente centrado como um ouvinte
militando no desejo de que sua alma seja beneficiada pela verdade eterna, ou
contrariado, achando a verdade dura demais, desejando apenas um pouco de
auto-ajuda, psicologia, dicas para o sucesso em vária áreas de seu
interesse...? Você está interessado no propósito eterno de Deus para sua alma,
bem como tem uma postura a fim de também beneficiar outros que estão ouvindo, o
pregador... ou mostra seu descontentamento com a verdade?
O pregador vê você
suspirando, franzindo as sobrancelhas, balançando a cabeça... quando certas
verdades são pregadas?
É uma coisa difícil e
dolorosa pregar com o diabo sentado na fila da frente, mas a tarefa do pregador
da verdade não é – antes de tudo – agradar os ouvidos da congregação com suas
fantasias, mas alcançar o coração com as verdades de Deus.
Paulo sabe que há muitas
distrações e muitos obstáculos e tentações nesta proclamação. E então ele diz
aos pregadores: "Prega a palavra." E ele diz como:
"Conjuro-te";
"Na presença de
Deus";
"E de Cristo Jesus"
(Pai e Filho têm uma grande preocupação nesta matéria);
"Que há de julgar
os vivos e os mortos" (alicerces são levantados para a vida e a morte, e
para além da vida e da morte para o julgamento final – essa é a razão da
pregação.)
Este é um peso extraordinário.
Isso deve significar que o ministério da pregação tem muito a ver com o que
acontece na revelação de Cristo em glória. Onde o pregador será chamado a
prestar contas. Como muitas pessoas estavam reagindo a pregação da verdade
naquela congregação? Alguns “Porque virá
tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” - 2 Timóteo 4:3,4
Isso é o que a aparição
de Cristo e de seu reino irá revelar.
Fonte: Josemar Bessa
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