Por Vagner Vaelat
Mais de um em cada quatro pastores
(28%) dizem que foram forçados a sair de uma igreja após ataques
pessoais e críticas de membros de suas congregações. Este e outros dados
são parte da nova pesquisa apresentada por Marcus Tanner, da Texas Tech
University.
Os pastores
pesquisados tiveram uma pontuação alta nos testes, indicando estresse
pós-traumático, crises de ansiedade, problemas de depressão e de saúde
física.
Em reportagem do
Huffington Post, a mesma pesquisa é analisada. Chamados de “matadores de
sacerdotes”, esses grupos são quase onipresentes nas igrejas. “Todo
mundo sabe que isso está acontecendo, mas ninguém quer falar sobre
isso”, afirma Marcus Tanner em uma entrevista. “A grande maioria das
denominações não está fazendo absolutamente nada”.
Por outro lado, os pastores e líderes que saem das igrejas não recebem a ajuda de que necessitariam, completa Tanner.
Paralelo
a isso, estudo da Virginia Tech University sobre as congregações
norte-americanas diz que 9% das igrejas registraram algum conflito grave
nos últimos dois anos que resultou na saída de um pastor ou líder
remunerado.
Curiosamente,
os principais motivos para a saída dos pastores não são questões morais
ou doutrinárias, mas apenas conflitos pessoais.
Ambos
os estudos fazem parte de uma matéria publicada na revista Christianity
Today deste mês. Os levantamentos realizados entre as igrejas e
pastores indicam que esse tipo de situação independe da denominação.
Todas têm problemas em um percentual parecido. Foram analisados dados
oficiais de igrejas batistas, luteranas, de Cristo, metodistas,
pentecostais, presbiterianas e não denominacionais.
Ao todo, foram 582 pastores e líderes entrevistados, 410 homens e 172 mulheres, de 39 denominações, com idade entre 26 e 55.
Os
participantes foram questionados se alguma vez precisaram sair de um
ministério “devido à negatividade constante, ataques pessoais e críticas
de parte dos membros”.
As
pesquisas da Texas Tech e da Virginia Tech indicam que 55 dos ministros
que foram forçados a sair da igreja que lideravam sofreram graves
conseqüências psicológicas.
“Este
estudo mostra que a rescisão forçada é um problema sério e cruel, que
tem efeitos angustiantes sobre aqueles que passam por isso… É importante
que as organizações cristãs reconheçam o problema e tomem medidas para
aumentar a conscientização e buscar soluções”, afirmam os pesquisadores
Marcus Tanner, Anisa Zvonkovic e Jeffrey Wherry no artigo que publicaram
na edição mais recente da Revista de Religião e Saúde.
Enquanto
isso, a edição brasileira da revista Christianity Today publicou este
mês uma reportagem mostrando que mais de 1.5 mil pastores desistem do
ministério todo mês.
A
reportagem da Christianity Today oferece algumas “dicas” ou “sinais” que
um ministro pode estar correndo perigo de ser demitido:
1. Sermões muito curtos (menos de 20 minutos)
Igrejas
indicam que o comprimento do sermão e questões de homilética são a
principal causa que gera algum tipo de reclamação/conflito que resulta
na saída de um líder. Pastores com sermões mais longos têm menor chance
de serem cobrados pelas igrejas nesse sentido.
2. Igreja com poucos homens
Se
90 por cento ou mais dos membros e visitantes regulares são mulheres,
as chances de alguma questão resultar na saída do pastor são de 20% dos
casos. Segundo os dados da pesquisa, cerca de 7% das igrejas pesquisadas
tinham esse perfil.
3. O pastor ou líder principal é mulher
Igrejas
lideradas por pastoras ou missionárias são quase duas vezes mais
propensas a ter um conflito sério com a liderança. Congregações com
liderança mista (homem e mulher) tiveram um número quase igual de
conflitos com os fiéis.
4. O pastor é jovem
Se
o pastor da igreja tiver menos de 30, há uma chance de 29% que ele saia
após dois anos de ministério local. A média dos pastores mais velhos é
de três anos e meio.
5. Os membros são “crentes antigos”
Se
entre 75 e 89% da igreja for composta por pessoas com mais de 60 anos,
as chances de o pastor ser mandado embora é três vezes maior que nas
demais congregações. Não há adultos com menos de 35 anos, as chances são
ainda maiores.
6. A maioria dos membros são da classe C
Se
de 56 a 74% dos membros a igreja podem ser considerados “classe C” ou
D, a pesquisa mostra que 50% de igrejas com esse perfil perdem seus
líderes por causa de conflitos. Mas quando 100% da igreja pertence à
mesma classe social, as chances de conflitos diminuem 75%.
Com informações Christianity Today e Huffington Post
Fonte: Noticias Gospelprime Via: opbbcps
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