Por Josemar Bessa
Muitas vezes o homem
vai até as Escrituras não para ser transformado por ele, mas para tentar
encontrar uma justificação para o seu estilo de vida, estilo de vida que não
flui da prioridade de ver Deus glorificado na sua vida, mas centrado em si e em
seus deleites.
Esse tipo de motivação
fecha os olhos do entendimento das Escrituras. Muitos justificam seu estilo de
vida (muitas vezes até dizem estarem
sendo apenas missionais) baseado num texto de Mateus 11.19 que diz: “...e
dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores”
- Mateus 11:19
É assim que Cristo se
descreveu? É assim que Mateus descreveu Jesus? É assim que o Pai descreveu o
Filho. Jesus foi referido por seus
inimigos como “glutão e beberrão,
amigo de publicanos e pecadores” – Esses mesmos inimigos disseram: “Mas
alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe dos demônios”
Lucas 11:15 – Esses mesmos homens
disseram que João Batista tinha demônio: “Porquanto veio João, não comendo nem
bebendo, e dizem: Tem demônio” - Mateus 11:18
Jesus não era nenhuma
das coisas que a expressão quer mostrar, nem ele procurou tal reputação. Essa
era a maneira de os Fariseus... difamarem o Filho de Deus, João Batista...
Ele era um “amigo de
publicanos e pecadores”, apenas no sentido de que os levantou e salvou ( como
Zaqueu, por exemplo, ou o próprio Mateus ) – os tirou para fora do lamaçal e
colocou seus pés sobre a rocha. Tentar usar a difamação dos Fariseus como
desculpa para o mundanismo, mostra a mesma hostilidade, por fim, a quem Cristo
de fato era – O Deus santo, o santo Filho de Deus: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” - Hebreus
7:26 – Separado dos pecadores. Essa não é
uma definição que flui dos fariseus – mas de Deus.
Ele era um “amigo de
publicanos e pecadores”, apenas no sentido de que os levantou e salvou, mas não
em adotar ou incentiva a sua vida e seu estilo de vida de amor ao pecado,
usando seu linguajar chulo, obsceno... por abraçar seus valores moldados pelo
pecado, por abraçar o pecado como entretenimento... abraçando essas coisas a
fim de ganhar sua admiração ou ganhar a adesão deles como discípulos... Isso é
simplesmente cometer a mesma blasfêmia dos fariseus – Ele era “santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores...” – Ele confrontou a maldade e repreendeu
seus pecados tão corajosamente como ele pregou contra os erros dos fariseus: “Ai do mundo, por causa dos escândalos;
porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o
escândalo vem! Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e
atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que,
tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno”. - Mateus 18:7-8
Cristo também comeu e
bebeu com fariseus - “E rogou-lhe um dos
fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à
mesa” - Lucas 7:36 – tão facilmente
como Ele comeu com publicamos. Nenhum dos dois – publicanos ou fariseus –
moldaram a vida dEle. A vida dos dois grupos era uma vida que desonrava a Deus,
digna de Seu desprazer e juízo – e os dois grupos de homens foram chamados ao
arrependimento e a mudança radical operada pelo Espírito Santo que leva o homem
a viver como Paulo descreveu: “Rogo-vos,
pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não
sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita
vontade de Deus -. Romanos 12:1-2
A diferença
significativa entre o cobrador de imposto típico, não é que sua vida não mudou
e ele continuou com o mesma visão e estilo de vida mas achou Jesus legal. A
diferença é exatamente que eles estiveram mais dispostos a confessar seu
pecado, seu estilo de vida ofensivo a Deus e confessar sua própria necessidade
desesperada de perdão e transformação de sua vida que os fariseus. A diferença
foi exatamente não continuarem sendo os mesmos. É o que aconteceu com Mateus.
Ele foi chamado ao arrependimento e foi completamente transformado: “E Jesus, passando adiante dali, viu assentado
na recebedoria um homem, chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele,
levantando-se, o seguiu”. Mateus 9:9
– Ou seja, ninguém pode usar o cobrador, publicano Mateus, para justificar
sua falta de transformação que afeta toda a sua vida, valores... do mundo para
Deus, do pecado para a santidade...
A Bíblia não faz a
menor sugestão que Jesus assumiu a aparência e
o estilo de vida de um publicano, seus prazeres pecaminosos... tenha se
tornado um glutão... (par dizer pouco)... a fim de ganhar a aceitação de uma
subcultura sem Deus. Ele não o fez. Ele mesmo era e é o Deus santo, “separado
dos pecadores!”.
Enaltecer símbolos de
indulgência carnal, como se fossem válidos como emblemas da identidade
espiritual, não passa de desculpa de um coração mundano. Nenhuma indulgência
carnal pode promover a glória e a causa do reino de Deus.
Quando disfarçamos o
estilo de vida do homem sem Deus e em seus pecados como estratégias... isto não
altera a sua verdadeira natureza. O homem que faz isso na verdade se assemelha
a Ló, que armou sua tenda na direção de Sodoma, e não com Cristo, que é “santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores...”
A descrição e visão que
os fariseus tinham de Filho de Deus: “...e
dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores”
- Mateus 11:19 - “Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os
demônios por Belzebu, príncipe dos demônios” Lucas 11:15.
A descrição de Deus: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote,
santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que
os céus...” - Hebreus 7:26
Fonte: Josemar Bessa
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