Por Josemar Bessa
Após a conversão,
quando um homem de fato foi regenerado, a motivação para tudo na vida deve ser
o desejo de agradar a Cristo, que, como Kurios (Senhor), tem direitos de
propriedade sobre a sua vontade – douloi (Escravo) – “Paulo, escravo de Cristo Jesus...” (Romanos 1.1) - “E ele morreu
por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que
por eles morreu e ressuscitou.” - 2
Coríntios 5:15
Este é o ponto crucial
se estamos falando de uma doutrina, casamento, membresia ou frequência à
igreja... ou qualquer outra área da vida cristã. Quando respondemos aos
mandamentos divinos com um “mas” ou uma série de desculpas, nós
exibimos a Serpente (questionando com Eva
a clara ordem de Deus), e tratamos a Deus como nosso colega de debates. Isso
não é pensar como um escravo. E não se engane, se não somos escravos de Deus, então
somos escravos do pecado (Romanos
6.15-23). Mas nós somos escravos! Então, o que você faz quando confrontado
com um mandamento claro, com o claro ensino das Escrituras.
Sem argumentação
bíblica, argumentamos como ímpios. O ensino das Escrituras muitas vezes
atravessa a nossa vontade natural, sobre casamento, igreja, trabalho, lazer...
mas grande parte das argumentações se opondo a verdade não partem de textos
bíblicos. Pessoas dizem: “não faço parte
de nenhuma igreja – não congrego... porque há muitos erros...” – Esse não é
um raciocínio bíblico. Não flui de nenhum texto e ensino das Escrituras, que na
verdade, ensinam o oposto: “"Não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..." - Hebreus 10.25
Deus instituiu o
casamento. Você crê nesta instituição? O homem pode argumentar da mesma forma –
como se quisesse vencer Deus num debate.
Nós precisamos de argumentos bíblicos - mas grande parte dos argumentos nem são lógicos e nem bíblicos.
Por exemplo - Deus
criou a instituição do casamento - o
casamento de muitas pessoas é um fracasso - Aí alguém dirá - "eu não acredito na instituição do
casamento!" - Mas isso o coloca em rota de colisão com Deus que instituiu
o casamento - o argumento (muitos casamentos são um fracasso) em
nada justifica sua rebeldia contra o claro ensino de Deus sobre o casamento,
nem anula o que Deus instituiu.
A mesma coisa se aplica
a igreja e a todas as coisas que Deus instituiu - quando argumentamos sem argumentação bíblica, argumentamos como ímpios!!
Se não cremos em Cristo no que diz respeito a igreja, casamento... não podemos
tê-lo como Senhor e salvador...
Repito, o que você faz
quando é confrontado com um claro ensino bíblico? Tomamos um caminhão de
desculpas e justificativas e racionalizações (argumentando sem a Bíblia ) em “lógicas” ímpias... para não nos
submetermos? Argumentação pífia e que racionaliza qualquer mal – Deus instituiu a família, a maioria das
famílias são uma fracasso – eu não acredito na instituição da família – Essa é a ‘lógica’ do diabo! Não pode
haver argumentação mais ímpia.
Quando recebemos
orientação clara da bíblia, devemos abandonar racionalizações, devemos dizer: “sim,
eu vou precisar de ajuda”, e então tomar a nossa cruz, nos contarmos como
mortos para nós mesmos e nossas opiniões e “lógicas” ímpias, suplicarmos por
graça para que em tudo Deus nos leve a obediência.
Abandonamos assim o “mas”
– Muitos insistem: “Deus disse para eu
obedecer, mas eu tenho estas desculpas, desafios e dificuldades – eu não
consigo aceitar...” – Não! Pare! Se você insiste em argumentos não bíblicos
sobre família, casamento, igreja... você coloca o seu juízo sobre Deus. O que
quer dizer que não importando o que sua boca professe sobre o evangelho, suas
escolhas dizem que você acha o juízo de Deus deficiente e inapropriado, se
coloca como seu superior. Você não é escravo, Ele não é Senhor... Significa que
você é um tolo, e de fato blasfemo, quer você tenha pretendido ou não ser.
Cristo preparou a
igreja local, ministérios, comunhão, disciplina... Diz que você precisa dessa
comunhão, crescer com todos os santos... “E
ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos
para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado... até que
todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e
cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.” - Efésios 4:11-13 – Cristo diz que você é
parte do corpo que precisa de ministério, comunhão, disciplina... numa igreja
local... congregando... Você diz: não! Você ou Jesus? Kurios
(Senhor) ou douloi (Escravo)?
A confissão de Jesus
como Senhor é fundamental para a fé cristã (Romanos 10.9; 1 Coríntios 12.3;
Filipenses 2.11). Em fé e verdadeiro arrependimento, nós dobramos os joelhos ao
senhorio de Cristo. O problema de nossa geração – os arroubos anti-igreja nada
tem do Novo Testamento. Slogans de
panfleto e não a Bíblia tem guiado grande parte das pessoas hoje. Muitos não
querem ser simplesmente cristãos - querem se ver como revolucionários -
"Ches Guevaras" -Mas a verdade é: O Novo Testamento não conhece nada sobre cristianismo sem igreja. A
igreja invisível é para os cristãos invisíveis. A igreja visível é para você e
para mim. Tire a camiseta de Che Guevara, pare a "revolução", e se
junte ao resto dos discípulos de Cristo: "Não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns..." - Hebreus 10.25.
Eu
não sou a igreja e você não é a igreja. Você é parte da igreja. A palavra ἐκκλησία
( ekklesia ) significa "assembléia", e não, você não é realmente uma
assembléia. Você é um cristão. De todos os 112 casos
em o Novo Testamento onde "ekklesia" se refere à instituição fundada
por Cristo, em todos, exceto em cinco (por
exemplo, se referindo a igreja - "ekklesia" - se referindo a uma
assembléia futura Efe. 5:25-32 e Heb. 12:23) - refere-se a uma igreja
particular, concreta, local, ou a uma pluralidade de igrejas semelhantes, como
"a igreja que estava em Jerusalém" (Atos 8:1); "todas as igrejas
dos gentios" (Rom. 16:4); "as igrejas da Macedônia" (2 Cor.
8:1); "a igreja em tua casa" (Filemon 2); e "as igrejas de
Deus" (2 Tess. 1:4).
A raiz do problema hoje
não é falta de clareza bíblica, a raiz é um problema de autoridade. Não gostar
de se sentar e escutar enquanto outra pessoa fala. Não gostar da ideia de
liderança. Ânsia por ser um “rebelde revolucionário”. Não gostar do
comprometimento, do compromisso, de ser responsável... Não há nada de bíblico
nisso, mas exatamente o oposto do ensino bíblico.
Nossa raça foi
infectada por um a vírus anti-autoridade quando nossos pais ouviram no Jardim
do éden: “Sereis como deuses”. Mas conversão, conversão verdadeira trata e
extermina este vírus.
Arrependimento bíblico
não é pedir desculpas a Deus e depois tentar "cristianizar" todos os
seus gostos, desejos, tribo...
O arrependimento
bíblico consiste em uma transformação radical de pensamento, atitude,
perspectivas e direção .... Arrependimento bíblico é uma mudança do pecado para
Deus e seu serviço, Cristo o Senhor, eu o escravo. É a morte do Eu, do viver
para mim - para tomar a cruz e negar a mim mesmo.
Arrependimento é uma
revolução no que é mais determinante na personalidade humana e é o reflexo na
consciência de a mudança radical operada pelo Espírito Santo na Regeneração.
Mas o homem natural é –
Só você, só você... como você quer... exatamente por ser livre disso o homem
regenerado se torna um membro do corpo de Cristo que é a igreja – Você prefere
ficar em casa, ser cristão virtual, assistindo vídeos, quando quiser, onde
quiser... nenhum povo “chato” no qual você tenha que exercer a paciência,
longanimidade, amor... sem necessidade de se ajustar... Só você, você, você...
Mas Jesus – O Senhor – ordena estar uma igreja local, juntar-se a igreja,
participar da igreja, congregar ( em Corinto, Galácia, Éfeso, Colossos,
Tessalônica, Laodicéia... Seu bairro, outro bairro...), ter uma liderança humana
como ( Timóteo, Tiago, João, Silas, Barnabé... pastores, presbíteros...) – Esse
é o problema, Cristo é o Senhor! A igreja lhe pertence, ele determina o que e o
como da igreja... Ele é o Senhor em realidade ou teoria? Ele é apenas um
colegar de debates? Ele é Senhor quando é conveniente, ou não? É o nosso Ego
que controla os limites do Senhorio de Cristo.
Eu posso falar com confiança,
Deus não permita que alguém use o meu blog, os textos, os sermões postados em
vídeo... como um substituto da ordem de Cristo, como um substituto para não
obedecer a Cristo envolvendo-se na comunhão da igreja local de Cristo.
Fonte: Josemar Bessa
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