Por Josemar Bessa
O evangelho gera
exultação e alegria na obra perfeita de Cristo - Essa alegria caracteriza o
homem regenerado - Gera fome por Cristo, santidade pessoal, deleite em Deus...
E é assim que lutamos contra o erro - exultamos na verdade.
Muitos perderam isso (Ou nunca tiveram) - se tornando tão
obcecados com as heresias que perderam a capacidade de se alegrar na verdade da
doutrina de forma que todos vejam seu regozijo no pleno viver da verdade.
Se transformaram em
meros cães farejadores que ficam nos aeroportos tentando achar drogas... quando
não estão farejando drogas, não são nada, presos em tristes canis.
No Novo Testamento...
os apóstolos lutam pela pureza da igreja, mais jamais cometem o erro de não
proclamarem e viverem a alegria da salvação que nos santifica para nos
deleitarmos em Deus. Um homem mundano pode ser um "cão farejador" -
sua alegria é farejar o erro, mas jamais seu deleite completo é a Verdade. Hoje
muitos que dizem defender a verdade não tem nenhum amor pela igreja e a
comunhão dos santos. Paulo lutava pela verdade em amor pela igreja, e a razão
disso era Cristo. É impossível amar a Verdade, amar a Cristo sem a vida de
comunhão com o corpo de Cristo a igreja – Paulo diz: “Porque estou zeloso de
vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma
virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente
enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos
os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” -
2
Coríntios 11:2-3 - Sua luta contra o engano estava completamente
relacionada a edificação da igreja, na comunhão dos santos, para
apresentá-la como uma virgem a seu marido. Ele vivia na comunhão do
corpo, lutando pela pureza do corpo, sofrendo na comunhão dos santos...
por causa do seu amor a Cristo.
Por causa disso, Paulo
não mandou os Coríntios irem para suas casas – Já que havia tantos erros e
falsos líderes... Não, ele diz, na comunhão dos santos vos tenho preparado,
como igreja, para ser apresentada como uma virgem pura a seu marido – Cristo.
Paulo não é um cão farejador. Ele passa a maior parte do tempo edificando a
igreja com a Verdade, se alegrando na Verdade...
Lutero protestou por
amar a Deus, a verdade, a igreja - e não por amar o protesto - Os Reformadores amavam
a glória de Deus e pregaram sobre ela como ninguém - Não eram cães farejadores.
Olhe para Lutero e você
verá tudo, menos um cão farejador. Se
um homem se preocupa com o Reino, ele será encontrado envolvido em sua igreja
local. Junto com ela, orando por ela, contribuindo para sua maturidade,
envolvido em uma paixão sincera.
Pense em Martinho Lutero – poucos homens foram
tão usados para a edificação do Reino de Deus, mas como ele fez isso?
Em primeiro lugar,
Lutero foi um pregador em sua igreja
local – mais pregador que a maioria dos pregadores. Lutero conhecia o fardo
e a pressão da pregação semanal na
igreja local. Havia duas igrejas em Wittenberg, a igreja da cidade e a
igreja do castelo.
Lutero era um pregador
regular na igreja da cidade. Ele afirmou: "Se hoje
pudesse me tornar rei ou imperador, ainda assim não renunciaria ao meu ofício
de pregador". Era compelido por uma paixão pela exaltação
de Deus na Palavra. Em uma das suas orações, ele diz: "Querido
Senhor Deus, quero pregar para que o Senhor seja glorificado. Quero falar do
Senhor, louvar ao Senhor, louvar o teu nome. Mesmo que eu não possa fazer tudo
isso, será que o Senhor não poderia fazer com que tudo isso desse certo"?
Para sentir a força
desse compromisso, você precisa perceber que na igreja em Wittenberg não havia
nenhuma programação de igreja, somente louvor e pregação. Aos domingos, havia o
louvor das cinco horas com um sermão na Epístola, o culto das dez horas com um
sermão do Evangelho e uma mensagem da tarde sobre o Antigo Testamento ou
catecismo. Os sermões de segunda e terça-feira eram sobre o catecismo; o de
quarta-feira sobre Mateus; às quintas e sextas sobre as cartas apostólicas; e
aos sábados sobre João.
Ele pregou, por
exemplo, 117 sermões em Wittenberg
em 1522 e 137 sermões no ano
seguinte. Em 1528, pregou quase 200
vezes e no ano de 1529, pregou 121
sermões. Portanto, nesses quatro anos, a média foi de um sermão a cada dois dias e meio.
Como Fred Meuser disse no livro sobre a pregação de Lutero: "Ele nunca tirou um fim de semana de
folga. Nem mesmo um dia por semana de folga. Nunca tirou férias do trabalho de
pregação, ensino, estudo individual, produção e escrita. Esse é o grande
reformador tão grandemente foi usado por Deus para a edificação do seu Reino
aqui”.
Nós fazemos na igreja
da mesma forma como construímos grandes casamentos - compromisso real,
envolvimento e comunhão que faz uma diferença positiva de maneira prática. E,
assim, e só dessa forma, o Reino de Deus é edificado aqui na terra. Assim
fizeram os Reformadores.
Fonte: Josemar Bessa
Nenhum comentário:
Postar um comentário