Por Rev. Hernandes Dias Lopes
A contribuição cristã é bíblica. Não precisamos ter
constrangimento em tratar do assunto. Infelizmente, muitos líderes
religiosos, movidos pela ganância e regidos por uma falsa teologia,
exploram o povo em nome de Deus, usando mecanismos nada ortodoxos, para
vender seus produtos, criados na fábrica do misticismo, para auferirem
lucro em nome da fé. Esses desvios da sã doutrina e da ética cristã, que
trazem enriquecimento para uns e vergonha para todos, têm levado muitos
crentes a serem refratários com respeito à mordomia dos bens. O extremo
de uns, entretanto, não pode nos levar para outro polo. Devemos cingir
nossa fé e nossa conduta apenas pela Palavra de Deus.
Com respeito à contribuição cristã, precisamos observar duas coisas:
Em primeiro lugar, os dízimos. A entrega fiel de dez
por cento de tudo quanto ganhamos para o sustento da obra de Deus é um
ensino presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Não temos o
direito de subestimar os dízimos nem de subtraí-los. Não compete a nós
administrá-los. Devemos entregá-los com integralidade, alegria e
gratidão para a manutenção da Casa e Deus e a expansão do seu reino.
Em segundo lugar, as ofertas. O apóstolo Paulo, na
segunda epístola aos coríntios, trata dessa matéria de forma esplêndida.
Ali nos oferece alguns princípios que vamos, aqui, destacar:
Primeiro, a oferta é graça mais do que obrigação (2Co 8.1). Graça é
um favor imerecido. É Deus quem nos dá o privilégio de assistirmos os
santos, socorrermos os necessitados e sermos seus cooperadores no avanço
de sua obra.
Segundo, a oferta não é resultado da abundância do que temos no
bolso, mas da generosidade do nosso coração (2Co 8.2). As igrejas da
Macedônia, mesmo passando por muita prova de tribulação, manifestaram
abundância de alegria, e mesmo suportando profunda pobreza,
superabundaram em grande riqueza de generosidade, ao contribuírem para
os pobres da Judeia. A contribuição cristã é um privilégio e não um
peso. Deve ser feita com alegria e não com pesar.
Terceiro, a oferta deve ser voluntária e proporcional (2Co 8.3,4).
Contribuir por coação ou constrangimento não tem valor aos olhos de
Deus. A contribuição deve ser espontânea, e também, proporcional. Os
crentes da Macedônia ofertaram na medida de suas posses e mesmo acima
delas. A contribuição não é para trazer sobrecarga para uns e alívio
para outros, mas para que haja igualdade. Para usar uma linguagem
bíblica, “o que muito colheu não teve demais; e o que pouco, não teve
falta”.
Quarto, a oferta é uma dádiva da vida, mais do que de valores
financeiros (2Co 8.5). É fácil entregar uma oferta financeira a uma
pessoa necessitada, sem entregar com ela o coração. Os macedônios
deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois fizeram a oferta aos
pobres da Judeia. Antes de trazer nossa oferta, precisamos trazer nossa
vida. Primeiro Deus aceita o ofertante, depois recebe a oferta.
Quinto, a oferta é uma semeadura recompensada por Deus com farturosa
colheita (2Co 9.6). Quando ofertamos para atender à necessidade dos
santos, estamos fazendo uma semeadura. Quem semeia pouco, colhe pouco;
quem semeia com fartura, com abundância ceifará. O bem que fazemos aos
outros vem sobre nós mesmos e isso da parte do Senhor. Quem dá ao pobre,
a Deus empresta. A alma generosa prosperará. A semente que se
multiplica não é a que comemos, mas a que semeamos. É Deus quem nos dá
semente para semear. É Deus quem supre e aumenta a nossa sementeira. É
Deus quem multiplica os frutos da nossa justiça. É Deus quem nos
enriquece em tudo, para agirmos com toda generosidade, a fim de que
sejam tributadas a ele, as ações de graças. Quando socorremos os santos,
isso não apenas supre as necessidades deles, mas também, redunda em
ações de graças a Deus. Que Deus nos mova à generosidade e nos faça
mordomos fiéis na administração dos bens a nós confiados!
Fonte: Palavra da Verdade
Algum tempo que não visitava o seu blog, hoje encontrei-o e vim fazer uma visita.Eu tenho a minha ideia e sei que para o crente ser dizimista precisa ser ensinado que o dar para Deus seja o que for, não deve ser feito por necessidade ou por temor, mas com alegria e amor,, muitas vezes é ensino que o roubar é pecado e o crente que não dá dízimo ou ofertas está a roubar Deus e por isso é condenado, ora este ensino não é bíblico, dar é uma forma de vida, dar não é nogocião com Deus, mas meu amor revelado. Tenho um pensamento que gostaria de compartilhar: " Quem não dá nada perde tudo, e quem dá perde para ganhar".
ResponderExcluirÉ para mim uma alegria ver o seu trabalho, e a sua dedicação em anunciar a Palavra.
António.
Ps. Meu blog é o Peregrino E Servo.
Graça e paz António.
ExcluirÉ bom vê-lo por aqui novamente. Investir na obra do Senhor é um privilégio a nós concedido, embora tenham pessoas que não pensem assim. E investir na obra do Senhor não é só financeiramente, mas também investndo tempo, amor pelas almas, testemunhando... E financeiramente também. Gostei muito do seu pensamento: "Quem não dá nada perde tudo, e quem dá perde para ganhar".
Que outros tenham também essa maturidade espiritual.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira