Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho
Tomando o indefectível cafezinho da Igreja, um
irmão contou sobre como sua igreja, no Rio de Janeiro, vivia a época de
missões. Falou do “caroço missionário”. Distribuíam-se laranjas e as
pessoas, ao chupá-las, contavam os caroços e davam sua oferta conforme o
número de caroços. Segundo ele, era uma festa para ver quem tinha mais
caroços e dava a maior oferta. A pessoa podia dar quanto quisesse, mas o
charme era o número de caroços.
Creio que se fizesse isso
hoje, haveria gente engolindo caroço, só para não dar oferta. Para
reclamar de uma feijoada a R$ 10,00 dá para ver que os tempos mudaram.
As pessoas querem receber e não dar. Fui criado numa igreja em que
missões eram as suas grandes festas. Era uma igreja de gente pobre. As
senhoras faziam doces para vender, os adolescentes lavavam carros,
irmãos faziam horas extras na fábrica, tudo para dar uma grande oferta.
As pessoas faziam vales, que resgatavam, aumentando
sua oferta. Lembro-me de um casal bem pobre, que doou suas alianças. Um
irmão as resgatou e devolveu-lhes de presente. Defini-me, de vez, pelo
ministério, em um encerramento de campanha missionária. Um jovem fez um
vale. Escreveu num papel: “Vale minha vida para missões!”. Assinou e me
pediu para assinar com ele. Assinamos e entregamos o vale. Demos a vida
para o ministério. Ele e eu nunca resgatamos o vale. Espero pagar até
morrer. Mas o clima de missões que a Igreja Batista de Acari vivia, sob o
Pr. João Falcão Sobrinho, me contagiou. Não entendo uma igreja que não
ame missões, que não viva nem respire missões. Há igrejas que dão
esmolas para missões. Missões merecem o melhor.
O missionário não é um incompetente que, sem
condições de pastorear num grande centro urbano, vai para o fim do
mundo. Margarida Gonçalves, Guinther Carlos Krieger, Elton Rangel,
Antonio Galvão e outros missionários desmentem isso. O missionário não é
bagaço. É a elite das tropas de Deus.
Não dê um trocadinho para missões mundiais. Ame
missões. Invista em missões. Os fundadores da Central de Macapá tinham
visão missionária. Missões estão no DNA da Central. Rejubile-se por ser
membro de uma igreja plantada por missionários e pelo campo em que ela
está, que é missionário. Olhe além do Amapá. Olhe o mundo.
Dê algo de valor para missões mundiais. O Pr. Yousef,
na tradição de missionários de fibra, estava disposto a ser enforcado
pela sua fé. Aceitou morrer por Jesus. O Irã cedeu diante de sua
firmeza. Outro pastor iraniano está morrendo aos poucos, na prisão. Aqui
há gente brincando de igreja: atividades supérfluas, festa e “bênssa”.
Missões precisam de gente que não engula o caroço. Ponha o coração nesta obra. Ame missões. Não com palavras. Com o bolso.
Fonte: Isaltino Gomes Coelho Filho
A Paz do Senhor!
ResponderExcluirTempos bons, que não voltam mais...
Como dizia Dom Robinson Cavalcante "...tempos em que os crentes davam certo...". Quando crente era ser "um chato".
Deus continue o abençoando.
Se possível visite blog: rubclerm.blogspot.com.br
Viajando por 15 dias...
Graça e paz Rubcler.
ExcluirTempos bons que creio que está muito difícil voltar.
Boa viagem!
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira