Por Renato Vargens
A hinologia evangélica brasileira é muito complicada. Lamentavelmente
boa parte dos nossos compositores não possuem uma boa teologia, o que
contribui para o aparecimento de canções absolutamente antagônicas ao
ensino das Escrituras. Um claro exemplo disso são as músicas cujo
conteúdo incentivam o ódio e a vingança pessoal.
Veja por exemplo a canção "Sabor de mel" protagonizada pela cantora Damares: “ Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender. Vai estar entre a platéia e você no palco, Vai olhar e ver Jesus brilhando em você”
Veja por exemplo a canção "Sabor de mel" protagonizada pela cantora Damares: “ Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender. Vai estar entre a platéia e você no palco, Vai olhar e ver Jesus brilhando em você”
Um outro exemplo é uma música da Rose Nascimento que
sistematicamente tem sido entoada em boa parte das igrejas evangélicas
do Brasil:
“Não se deixe ser levado pela voz do opressor. Ele só sabe acusar.
Não se renda porque ele já perdeu Agora é a sua vez de humilhar”
Como é que é? Sua vez de humilhar? É isso mesmo? Quem te viu passar pela
prova e não te ajudou vai se arrepender? Será que é isso mesmo que eu
li?
Caro leitor, o reformador Martinho Lutero acreditava que a música é um
excelente instrumento de divulgação de boa teologia, todavia, o que
vemos em nosso país são composições desprovidas de boa doutrina, o que
muitas das vezes faz com que a Igreja Tupiniquim cante conceitos
completamente apostos a doutrina dos apóstolos.
Pois é, participar de alguns cultos é um verdadeiro desafio, isto porque
as canções entoadas em nossos cultos são absolutamente desprovidas de
graça. Infelizmente numa liturgia preponderantemente hedonista, este
tipo de evangélico é extravagante, quer de volta o que é seu, necessita
de restituição, determina a prosperidade e anseia por vingança.
Prezado amigo, sem sombra de dúvidas vivemos dias complicadíssimos onde o
Todo-poderoso foi transformado em gênio da lâmpada mágica, cuja missão
prioritária é promover satisfação aos crentes. Diante disto, precisamos
orar ao Senhor pedindo a Ele que nos livre definitivamente desse louvor,
filho bastardo da indústria mercantilista gospel, o qual nos tem nos
empurrado goela abaixo, conceitos e valores anticristãos cujo objetivo
final não é a glória de Deus, mas satisfação dos homens.
Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso
Deus nos reconduza a uma adoração cristocêntrica extirpando das nossas
liturgias esse louvor inconsequente que em nada contribui para o
engrandecimento do nome do Senhor.
Soli Deo Gloria!
Fonte: Renato Vargens
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