Por Josemar Bessa
O que você diz para uma
mulher cujo único filho acaba de morrer? Nada, em primeiro lugar. Nós choramos
com os que choram. Mas, se eles pedem conselhos há uma coisa acima de tudo o que
podemos fazer.
Isto é o que Jonathan Edwards fez por seis páginas
em uma carta de 1751 para Mary Pepperrell,
cujo filho acabara de morrer. Aqueles que conhecem alguma coisa sobre a vida de
Jonathan Edwards, sabem que recentemente ele tinha sido jogado em grande
tristeza – sendo retirado de maneira traumática do pastorado da sua igreja. Era
um tempo de grande aflição pessoal. Mas ele fala para Mary Pepperrell:
“É terrível perder um
filho. Mas nós vemos claramente, querida Senhora, o quão rico e quão adequado é
a disposição que Deus fez e providenciou para o nosso consolo, em todas as
nossas aflições, dando-nos um Redentor de tanta glória e tanto amor,
especialmente, quando se considera, quais foram os fins desta grande
manifestação de beleza e amor na sua morte.
Ele sofreu para que
pudéssemos ser assistidos. Sua alma estava profundamente triste até à morte
para tirar o aguilhão da dor, e para dar uma eterna consolação.
Ele foi oprimido e
afligido para que possamos ser apoiados.
Ele foi oprimido nas
trevas da morte para que possamos ter a luz da vida.
Ele foi lançado na
fornalha da ira de Deus para que possamos beber dos rios de seus prazeres.
Sua alma estava sobrecarregada com uma enxurrada de tristeza para que os nossos corações possam ser sobrecarregados com uma inundação de alegria eterna.
A morte pode nos privar
de nossos amigos e amados aqui, mas ela não pode nos privar de nosso melhor
amigo e do Amado de nossa alma... Portanto, nisto podemos estar confiantes,
embora a terra se mude, nele vamos triunfar com alegria eterna.
Agora, quando tempestades
e tempestades surgem sucessivamente, podemos recorrer a ele, que é um esconderijo
contra a tempestade e um refúgio contra a tormenta devastadora. Quando a sede
chega ao coração, nós podemos ir a ele, que é como ribeiros de águas em um
lugar seco. Quando estamos cansados, podemos ir até ele, que é como a sombra de
uma grande rocha em terra sedenta..."
Jonathan Edwards (1703-1758) “A Sweet Flame: Piety in
the Letters of Jonathan Edwards.”
Fonte: Josemar Bessa
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