domingo, 12 de setembro de 2010

A Doutrina Bíblica como Preservativo Contra a Imoralidade


Por Heitor Alves

A nossa conduta deve se harmonizar com a doutrina que pregamos. Por isso o cuidado de nós mesmos estarmos vinculados ao cuidado da doutrina (2Tm 4.16).

O nosso viver diário é uma conseqüência natural da filosofia de vida que adotamos. Nada mais evidente que isso. Obviamente a nossa vida religiosa é da mesma natureza que a doutrina que pregamos ou professamos. O procedimento de cada indivíduo é decorrente da doutrina religiosa ou filosófica que adota. Ele age em função dos princípios que constituem a sua vivência ou integram a sua personalidade no meio em que vive. O modo de viver de cada um é a expressão da doutrina que professa ou da sua própria irreligiosidade.

A boa doutrina gera boa conduta. Doutrina correta tem como conseqüente uma vida correta. Por isso a doutrina bíblica é essencial na vida do crente, para que o seu viver esteja em perfeita harmonia com a Bíblia. A rigidez dogmática é a condição primordial e indispensável para uma conduta disciplinada, pois de outra forma, a flexibilidade doutrinária será determinante para a frouxidão da própria vida moral, capaz de arrastar o ser humano para o abismo profundo da imoralidade. Eis a razão do por quê do liberalismo ser perigoso para o crente.

Quando a nossa vida é pautada pela única regra de fé e prática, ou seja, pelas Sagradas Escrituras, os nossos passos são seguros e firmes no caminho da retidão e da decência cristã. Aquele que vive apegado às verdades escriturísticas, possui as energias necessárias para reagir contra a força persuasiva do mal e está sempre em condições de dizer “não” ao convite sedutor do mundo.

O homem sem doutrina leva uma vida desenfreada; age sob o impulso de suas tendências pecaminosas. A doutrina constitui uma espécie de preservativo, que impede a derrocada do homem pelo caminho dos vícios e da imoralidade. Esse dogmatismo rígido deve ser mantido (ou estabelecido) em nossas igrejas, para que ela não perca a finalidade de sua existência.

A situação presente do mundo é simplesmente uma conseqüência do abandono das Sagradas Escrituras. As doutrinas exóticas, humanistas e liberais que as igrejas modernas estão pregando em nossos dias, são responsáveis por essa lassidão moral que caracteriza o nosso século.

A estrutura doutrinária de uma igreja é a garantia de sua subsistência moral e espiritual. Quando a igreja abandona a doutrina não poderá mais controlar a juventude, porque esta se descamba para o mundo e se perde na imensidão libertina de uma vida entregue às paixões carnais. A conseqüência de tudo isso será uma sociedade apodrecida e um cristianismo deturpado por elementos moralmente desqualificados.

O resultado da flexibilidade doutrinária e da posição adogmática de uns e do antidogmatismo de outros, tem refletido na vida de homens e mulheres de forma bem acentuada, comprometendo a estrutura social do país e a estrutura eclesiástica da igreja. É triste observar que as famílias vivem do amanhecer à noite como se Deus não existisse. O domingo é um dia para um sono extra, para passeios ou para se ler e estudar livros diversos. Se nada se ensina de Deus às crianças nas escolas, se dEle não se fala nos lares, só poderemos esperar no futuro uma sociedade não cristã.

A flacidez no cumprimento dos princípios doutrinários leva a igreja a ser complacente, entrando em decadência espiritual, sendo meio caminho andado para que seus membros se aprofundem na imoralidade. O homem precisa de doutrina. Sem doutrina, o homem fica abandonado às suas próprias paixões. Acaba vivendo para a satisfação de seus instintos carnais.

A exposição da doutrina bíblica tem como finalidade a oposição a qualquer forma de mundanismo, daí ela ser um preservativo contra a infiltração de tendências indecentes e imorais no meio da igreja. É a falta de doutrina que está levando a igreja a ser imitadora do mundo, com suas seduções e modismos. Quando a igreja não recebe uma orientação segura para a sua formação moral e espiritual, acaba perdendo completamente a noção da vida cristã, passando a viver ao sabor do secularismo.

Sermões flácidos e com pouca (ou nenhuma) dose de doutrina bíblica são responsáveis pela atitude leviana com que muitos encaram a vida religiosa. Pregadores que, ao invés de combater o pecado, acabam incentivando-o. Disso podemos extrair o mau exemplo de pastores e líderes eclesiásticos que defendem o homossexualismo. Sermões sem doutrina geram pessoas acomodadas com a situação em que vivem, continuando a praticar o pecado e a agir ao sabor de uma vivência existencialista. A doutrina é o antídoto contra essa situação aberrante e despudorada do presente século.

A maioria dos sermões pregados nas igrejas está repleta de meros testemunhos ou exemplos de vida de outras pessoas. A igreja jamais crescerá na fé ouvindo apenas testemunhos e exemplos de vidas. Saber o que Deus tem feito na vida dos outros não fortalece minha profissão de fé. É preciso saber o que Deus tem a dizer a mim tão-somente. É preciso saber como a minha vida deve ser vivida, e não saber da vida dos outros! A igreja cresce através da exposição doutrinária das Sagradas Escrituras somente. Ouvir sobre relatos de vidas ou até mesmo ouvir testemunhos não firma a minha fé em Deus. É preciso de doutrina, teologia!

É estarrecedor o resultado do liberalismo teológico. A igreja chega ao ponto de não considerar mais pecado a promiscuidade sexual, tais como adultério, a prostituição etc. A rigidez na doutrina exige a disciplina de quem não está procedendo de acordo com a doutrina. Este processo garante a pureza da igreja através de seus membros.

Se não quisermos que as nossas igrejas se aprofundem no lamaçal do pecado, temos que manter a nossa fidelidade doutrinária e rejeitar o liberalismo. Temos que sustentar rigidamente os ensinos bíblicos. A Bíblia deve ser a base de nossa pregação. Temos que pregar o Cristo das Escrituras e o Deus dos antigos e pregar aos homens a existência do pecado e do inferno.

A boa doutrina é a condição sine qua non para a preservação e pureza da igreja. Rigidez no ensino da verdade bíblica deve ser a nossa meta para salvaguardar a igreja contra as impurezas e imoralidades presentes em nossa sociedade.

Fonte: Eleitos de Deus

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