Por M. Lloyd-Jones
É um grande perigo evitar-se a guerra. Isso é diferente. O homem que evita uma guerra reconhece que há um combate, mas o evita.
Ora, há muitas maneiras de se fazer isso. Uma, é, naturalmente, retirar-se para uma espécie de pietismo. Foi o que muitos evangélicos fizeram na última quarta parte do século passado. Eles diziam, Ora, não vamos tocar nesse novo ensino; não vamos ler aos seus livros; não vamos fazer coisa alguma acerca deles. Se havemos de preservar a nossa fé, temos que dar as costas a tudo isso, e temos que cultivar a nossa vida religiosa. E assim eles descreviam e liam livros para a vida de devoção, e dessa maneira devota procuravam edificar-se. Não tinham contato nenhum com o grande combate que se travava fora.
Há muitos que ainda adotam a mesma atitude. Esta às vezes toma hoje a forma de dizer-se que sempre devemos ser positivos. Essas pessoas têm forte aversão pelo negativo. Não gostam dos que lhes apontam o que está errado e o que não deve ser feito. Sempre seja positivo, dizem elas. Por que você não nos dá somente a mensagem positiva? Por que você precisa estar sempre expondo o erro e demonstrando que isso está errado?
Ou tais pessoas deleitam-se no fato de que não são polemistas. São, na verdade, gente excelente, que nunca ofende ninguém, e a quem todos elogiam! Mas as Escrituras nos dizem que o homem a quem todos louvam está numa condição muito perigosa. "Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem" (Lucas 6:26). Não devemos desejar que certas pessoas falem bem de nós. Elas não falaram bem do nosso Senhor, e há algo de seriamente errado com os Seus seguidores, se elas falam bem deles.
Outro perigo em conexão com a fuga da guerra e com o evitá-la é o perigo de refugiar-se numa espécie de escolasticismo ortodoxo. Que é que eu quero dizer com isso? É o perigo de dizer--se: não posso me incomodar com tudo o que essas pessoas estão dizendo. Está tudo errado. Posso ler os grandes escritores antigos, e vou dedicar todo o meu tempo a isso. E assim vocês se tornam um conventículo girando em torno do seu próprio círculo e não fazendo contato com o homem da rua, com o homem do mundo e com as multidões deste país que se acham fora da Igreja Cristã. E uma vida muito cômoda. Não há vida mais feliz do que a do pesquisador eru¬dito, do homem que passa o tempo lendo e depois discutindo o assunto da leitura feita com amigos que pensam do mesmo modo.
Todavia, enquanto vocês podem estar fazendo isso, o mundo marcha para inferno! Aí está esse terrível perigo de evitar-se a guerra.
É um grande perigo evitar-se a guerra. Isso é diferente. O homem que evita uma guerra reconhece que há um combate, mas o evita.
Ora, há muitas maneiras de se fazer isso. Uma, é, naturalmente, retirar-se para uma espécie de pietismo. Foi o que muitos evangélicos fizeram na última quarta parte do século passado. Eles diziam, Ora, não vamos tocar nesse novo ensino; não vamos ler aos seus livros; não vamos fazer coisa alguma acerca deles. Se havemos de preservar a nossa fé, temos que dar as costas a tudo isso, e temos que cultivar a nossa vida religiosa. E assim eles descreviam e liam livros para a vida de devoção, e dessa maneira devota procuravam edificar-se. Não tinham contato nenhum com o grande combate que se travava fora.
Há muitos que ainda adotam a mesma atitude. Esta às vezes toma hoje a forma de dizer-se que sempre devemos ser positivos. Essas pessoas têm forte aversão pelo negativo. Não gostam dos que lhes apontam o que está errado e o que não deve ser feito. Sempre seja positivo, dizem elas. Por que você não nos dá somente a mensagem positiva? Por que você precisa estar sempre expondo o erro e demonstrando que isso está errado?
Ou tais pessoas deleitam-se no fato de que não são polemistas. São, na verdade, gente excelente, que nunca ofende ninguém, e a quem todos elogiam! Mas as Escrituras nos dizem que o homem a quem todos louvam está numa condição muito perigosa. "Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem" (Lucas 6:26). Não devemos desejar que certas pessoas falem bem de nós. Elas não falaram bem do nosso Senhor, e há algo de seriamente errado com os Seus seguidores, se elas falam bem deles.
Outro perigo em conexão com a fuga da guerra e com o evitá-la é o perigo de refugiar-se numa espécie de escolasticismo ortodoxo. Que é que eu quero dizer com isso? É o perigo de dizer--se: não posso me incomodar com tudo o que essas pessoas estão dizendo. Está tudo errado. Posso ler os grandes escritores antigos, e vou dedicar todo o meu tempo a isso. E assim vocês se tornam um conventículo girando em torno do seu próprio círculo e não fazendo contato com o homem da rua, com o homem do mundo e com as multidões deste país que se acham fora da Igreja Cristã. E uma vida muito cômoda. Não há vida mais feliz do que a do pesquisador eru¬dito, do homem que passa o tempo lendo e depois discutindo o assunto da leitura feita com amigos que pensam do mesmo modo.
Todavia, enquanto vocês podem estar fazendo isso, o mundo marcha para inferno! Aí está esse terrível perigo de evitar-se a guerra.
Fonte: Martyn Lloyd-Jones
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