Por Cláudia Castor Figueira
Observamos alarmados as tragédias e horrores que têm assombrado o mundo inteiro. Muitos se perguntam por que ou para que? Outros tentam achar explicações ou culpados. Alguns arriscam em até achá-los. O fato é que estamos enfrentando, todos os dias, noticiários de fome, guerra, terremotos, alagamentos, doenças e tudo mais que pode afligir a humanidade.
O que mais me chamou a atenção em todo o horror e destruição no Haiti, foi uma senhora que gritava sem parar “O mundo está acabando”. Seu desespero era chocante, mas mais chocante o que gritava. Certamente para ela, aquele momento não marcou o fim deste mundo, mas para milhares de haitianos sim. E nós, o que temos a dizer?
O que mais doeu nas palavras desta mulher foi o fato de que poderia sim ser o fim do mundo e o que eu tenho feito para que pessoas como esta senhora não fiquem aqui neste mundo gritando o fim do mundo. Como Igreja do Senhor Jesus, doeu ver como temos falhado, imaginei as multidões de amigos e conhecidos que não conhecem ainda Jesus, mesmo sabendo que faço parte do Corpo de Cristo sobre a terra. Neste momento, meu desespero foi maior do que o daquela mulher.
Muitas vezes, levamos parentes e amigos à igreja ou falamos de Cristo na esperança de terem um alívio imediato e temporário, esquecendo-nos que a Igreja não é “melhoral”, mas a resposta para a vida do homem. Esquecemos que somente com a Salvação através de Cristo Jesus, o ser humano estará totalmente liberto dos males que assombram este mundo e poderão dizer como o apóstolo Paulo, após passar por toda sorte de acontecimentos, “tudo posso naquele que me fortalece” e “aprendi a viver contente em toda e qualquer circunstância”.
É interessante que ficamos perplexos, assustados, amedrontados diante de fatos que a Palavra de Deus já havia nos advertido, mas mesmo assim insistimos em gastar nosso tempo com tesouros que a traça e a ferrugem podem consumir. Hoje, a Igreja gasta mais tempo em como adquirir, pagar, negociar, angariar fundos, do que em cumprir a grande comissão. Lamento, profundamente, as vidas que se foram, principalmente as que partiram sem Cristo, mas também uso disto para refletir em como temos vivido e não como morreremos, pois o morrer, até a volta de Cristo, é a única certeza que temos nesta vida. O como vamos morrer não pode superar o como temos vivido, salvos ou não, pois o morrer para Cristo é ganho.Durante este período de tragédia no Haiti, muitas vidas ao nosso redor também se foram. E a pergunta é: O que eu e você fizemos ou estamos fazendo para que partam com Cristo? Deus tenha misericórdia de nós e abra nossos olhos espirituais. Amém
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