quinta-feira, 7 de julho de 2011

Apologética é sempre contra a Irracionalidade


Por Marcelo Lemos

Não deveria, mas vez ou outra eu acabo me surpreendendo com a irracionalidade dos inimigos do Evangelho. Digo que não deveria, pois não existe nada mais irracional que negar a cosmovisão cristã. Querer destruir o Cristianismo é comparável a desejar a morte da própria mãe, é matricídio em seu grau máximo de dolo. No entanto, é justamente este o plano da sociedade que nos cerca, ou ao menos, o plano de alguns grupos dominantes, formadores de opinião, comandantes da economia global, e ideologias mil.

Nota-se claramente que o Cristianismo é uma espécie de “fronteira final”, que precisa ser vencida, para que, então, uma nova era e uma nova mentalidade imperem sobre o mundo, de modo homogêneo. O Inimigo Público Nº 1 na mente de muitos hoje é o Cristianismo. Isso já podia ser sentido na sedutora Imagine, de John Lennon.

Imagine não haver o paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum Inferno abaixo de nós
Acima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoas
Vivendo o presente

Imagine que não houvesse nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nem religião, também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo será como um só

Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem a necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas
Partilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só.

A “imaginação” de Lennon, ou o seu sonho utópico, incendiou o mundo. Acho engraçado como as pessoas consideram tal utopia como sendo o Sumo Sacerdote da intelectualidade, quando não passa de tolice e autocontradição. Ainda esta semana, durante um debate em certa rede social, recebi a seguinte resposta:

“Sem religião no mundo, não haveria pobreza, nem guerras, nem peste, nem violação de crianças. A Religião não chega ao interior (espírito), atinge apenas a carne. A religião é o ópio do povo. Ela estraga a educação das crianças, faz complô com o sistema político, a fim de manipular as pessoas a para mantê-las sob o Engano. Um mundo sem religião seria o Paraíso!”.

Uma estupidez como esta é facilmente desmascarada, por exemplo, indo direto ao ponto, como:

“É mesmo? E como você saberia que existe “espírito”? Não saberia, então, sua objeção de que a Religião não tinge o “espírito” destrói a si mesma! E como você saberia que violentar crianças é algo mal? Não saberia, teria em mãos apenas a afirmação evolucionária que diz que o estrupo foi uma das armas mais eficazes para a propagação e sobrevivência da espécie humana, e que, por conclusão necessária e evidente, não é do ponto de vista evolutivo um mal em si mesmo. Ademais, como você poderia chegar e dizer “Vivo no Paraíso!”? Nem saberia o que é isso!

De modo que, tente ver sua irracionalidade (ainda que os loucos nunca saibam que são loucos!). Mas descrevo sua irracionalidade e hipocrisia: primeiro, você roubou conceitos e valores cristãos e criou uma cosmovisão que te permite definir “bem” e “mal”; feito isso, se achando o próprio Deus, você vem cuspir no prato que comeu, e dizer que viveria no Paraíso caso não houvesse religião. Meu querido Jairo, o Napoleão do Sanatório aqui perto de caso raciocina melhor que você!”.

Apesar de alguns objetores serem mais sofisticados, o fato é que toda objeção contra a Religião, e por “religião” eu tomo o Cristianismo, que é Verdade Absoluta, padecem desta mesma irracionalidade e torpor espiritual.

Quando dialogamos com um incrédulo precisamos ter em mente que ele traz consigo alguma cosmovisão (visão de mundo). Pode ser o materialismo, o agnosticismo, o empirismo, o positivismo, etc. Entendido isto, esta necessidade fundamental do raciocínio humano, precisamos compreender que nenhuma cosmovisão, exceto a Religião Cristã, pode passar pelo crivo da não contradição interna; ou seja, todas as demais destroem a si mesmas – e todas elas precisam de conceitos cristãos para existir e sobreviver, sem exceção de nenhuma! Até mesmo a ciência moderna surgiu da cosmovisão cristã; não fora o Cristianismo, não haveria progresso como o que conhecemos, se é que haveria algum.

Apologética não é difícil. De fato, ela só existe porque o homem é pecador, depravado por inteiro, e incapaz de ver sua total inabilidade para sequer refletir o mundo a sua volta sem as muletas da Religião, no caso, o Cristianismo. Lamentável é que muitos cristãos estejam agindo da mesma forma, não é mesmo? Exemplo, tente abordar temas relacionados a Lei de Deus. Rapidamente uma multidão de cristãos se levantará contra você, te jogando em rosto objeções que nascem não da cosmovisão bíblica, mas de ideologias humanas. Sendo mais específico: experimente dizer que, seguindo o preceito Bíblico, pecados como adultério, homossexualismo e blasfêmia não são apenas pecados, mas também crimes puníveis pelo Governo Cívil.

Se tiver coragem para isso, é bom ter coragem para receber as criticas que virão, e não poucas vezes dos próprios cristãos: “Hitler!”, “Talibã”, e por aí afora. Não sabem os críticos, ímpios ou cristãos, que estão blasfemando contra o padrão de justiça estabelecido pelo próprio Deus; e isso, tendo como chão ideologias nascidas da mente humana, essa mesma que não consegue emitir o menor juízo de valor, se antes não aprender o que é “valor” com o mesmo padrão que deseja destruir, a Lei de Deus.

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