segunda-feira, 6 de junho de 2011

OS TROLADORES DA FÉ


Por Leandro Barbosa

Estes dias em uma conversa com um amigo falavamos sobre pessoas que tem por costume criticar a igreja institucional, mas ao invés de sairem das congregações que declaram tanto odiar, por uma conveniência permanecem nas mesmas se nutrindo de suas benesses. Em meio a conversa, ele me comentou sobre um amigo pastor que lhe contara que não concordava com as práticas de sua igreja, mas pelo fato de possuir uma renda proveniente desta instituição, calava-se, a fim de com isso proteger o seu estilo de vida. Este alegava que se perdesse este sustento desampararia sua mulher e filhas que eram dependentes não só do dinheiro, mas da vida religiosa que tal instituição proporcionava. De imediato questionei a atitude desta pessoa, e fui surpreendido com a resposta que recebi:

“Você não entende que existem pessoas que dependem da vida religiosa? Se eles abandorem o seu estilo de vida com certeza estarão perdidos!”

Em seguida repliquei tal afirmação dizendo:

“Olha amigo, se isto fosse verdade eu e minha familia estariamos no inferno! Nós abandonamos esta rotina e estamos ainda mais convictos de nossa fé em Cristo, e crescendo em outras áreas que nunca teriamos possibilidade se estivessemos presos a esta vida!”

De imediato novamente fui surpreendido com a resposta que seguiu:

“Ah, você não serve de referência, pois tem outra cabeça e já amadureceu sobre este assunto!”

Indignado com o argumento respondi:

“Qualquer pessoa tem capacidade. O que falta nestas pessoas é coragem de romper com este perfil de religião e acreditar que suas convicções são corretas. Grande maioria sabe fazer as criticas, mas não tem coragem de dar a cara para bater e comprovar na prática que o que professa é verdade!”

Representei neste pequeno diálogo, uma realidade que é visivel a qualquer pessoa. Esta questão explicita, está diretamente relacionada aos maiores criticos de práticas religiosas evangélicas, protestantes e pentecostais da atualidade. Lamentavelmente a maioria destes segue um perfil de caracteristicas que os coloca dentro de um padrão que pode ser definido. Embora sejam criticos vorazes dos diversos seguimentos religiosos, todos possuem as suas igrejas nas quais são pastores, presidentes ou proprietários, recebendo uma boa bonificação para prestar serviços pastorais tão importantes como correr na maratona de Nova Yorque ou palestrar sobre o seu cristianismo “especial” em Londres.

Se eu quizer posso ir ainda mais fundo no assunto e questionar que, com certeza, o dinheiro que custeia estas tão importantes necessidades é proveniente do penoso trabalho pastoral que tais pessoas executam. Coisas como manter um blog que dever ter um custo de R$ 10. 000,00 por mês de manutenção, ou das manhãs penosas de trabalho elaborando textos e criticas, escolhendo documentarios da history channel para comentar no programa anti-evangélico ao estilo Ana Maria PRAGA. Mas amigos, realmente não sabemos que uma mensagem para uma platéia seleta é algo dificil de se elaborar, então R$16.000,00 para um tempo de oração em algum chalé por aí no exterior não é nada comparado as dificuldades que se enfrenta para se escrever livros e críticas ensinando os cristãos a praticarem o seu cristianismo corretamente.

Nós não vemos nenhum destes exercendo alguma profissão no secular a fim de dar exemplo ganhando seu pão honestamente, mas sim, continuam mantendo o legado da má fé, mamando na teta gorda evangélica como verdadeiros vermes parasitóides. Seguindo o modelo das igrejas safadas que tanto criticam, montam as suas filiais de “esquerda-evangélica”, adotando o método de quem criticam. Vivem de promoção de conferências para “empresários”, ou se promovendo com temas de nome sofisticado como, emergente, integral ou missional.

Mas esperem! Existe alguns diferenciais nestes famigerados críticos. Eles se demonstram pessoas intelectuais e nacionalistas. Mantendo a boa tradição, a grande maioria tem a sua formação em pisicologia, sendo seguramente autoridades para gravar videos intrutivos ao som do mais puro mpb gospel onde charmozamente cruzam as suas pernas em um gesto descolado, recheando seu programa com citações Nitsch (Nossa! Que inteligentes.). Sempre mostram o quanto são mestres no que tange o "cristianismo cult", e em suas reuniões não se cansam de discutir as novas formas de cristianismo, idéias que nunca saem do papel. Montam as suas rodas exclusivas onde latem como rottweilers, mas em seus reconditos, nada mais são do que vaidosos e egoistas poodles.

O que crítico com este texto, é o fato de que parte de nós percebe no ar as evidências de que algo está errado, mas movidos por covardia calamos e aceitamos como naturais as práticas que corrompem a espiritualidade. Também condeno como ainda pior o estado de pessoas que percebem estas evidências, e a molde destes tutores que referencio, encontram em seus textos formas de se masturbarem pisicologicamente em práticas masoquistas que nunca gerarão atitudes que dignificam mudança de paradigmas expresso em ações. Não julgo a crítica destes “troladores da fé”, pois grande maioria delas tem como base verdades e problemas que precisam urgentemente de solução. Mas o que me preocupa mais do que pessoas apontando a doença, é a falta dos que aplicam a cura. Todos nós no fundo sabemos e reconhecemos a cura para estas problemáticas relacionadas à Igreja, mas a modelo do pastor que citei em minha conversação, por sua covardia sonega a aplicação da cura, e em um gesto covarde se esconde em sua religiosidade sujeitando-se a alimentar-se com as alfarrobas dos porcos. Eu defendo a tomada de posição do indivíduo, acredito piamente que a verdadeira espiritualidade parte da ação do indivíduo em relação a Deus, pois é fato que Deus já fez a sua parte em relação a nós há muito tempo. A grande realidade para nós sobre tudo que foi dito é, que temos a opção do rompimento, mas esta em nós permanecermos navegando em águas medíocres.

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