Em Atos 8.9-24 temos a história de Simão, o mágico. O texto bíblico narra o episódio em que Simão tenta comprar dos apóstolos o poder de operar milagres. Tal ato, considerado pecaminoso pela teologia cristã, foi denominado de simonia (ato de Simão), termo que define especificamente o comércio ou tráfico de coisas sagradas e espirituais, tais como sacramentos, dignidades, indulgências e benefícios eclesiásticos, e que estaria no centro das críticas e discussão que conduziriam à Reforma protestante no século XVI.
No decorrer dos séculos surgiram inúmeras biografias apócrifas sobre este personagem, fundamentadas em especulações diversas, dentre as quais:
1. Que ele pode ter sido fundador do Gnosticismo cristão.
2. Que para provar a validade de sua doutrina fazia demonstrações públicas de levitação.
3. Existe um texto apócrifo que diz que o Apóstolo Pedro travou um embate contra o mago da Samaria que questionava suas habilidades "voadoras". Assim, no alto de uma torre, o mago dá o seu derradeiro vôo.
4. Ainda conforme especulações, Simão Mago seria talvez o gnóstico Simão, discípulo de Dositeu - um sábio cripto-judeu que havia se tornado herói messiânico dos samaritanos.
5. Simão como tendo sido discípulo do profeta João Batista
6. O que se pode afirmar de concreto é que Simão tornou-se figura controversa da literatura antiga e medieval e da propaganda cristã.
Simbolicamente, Simão, ressurge na atual Igreja Evangélica Brasileira, no comércio, no tráfico das coisas sagradas e espirituais.
Simão foi repreendido por querer mercandejar “o dom de Deus” (At 8.19-20). Tudo que ele queria era comprar e depois revender. Ele já tinha um banco de clientes iludidos, e clientes fidelizados “por muito tempo” (At 8.12). A faixa etária ia desde “o menor até o maior” (v. 12).
Imagina o que Simão faria com mais este poder em suas mãos? Toda finalidade de Simão se resumia num único objetivo – MANIPULAR A MASSA.
Os Simãos que hoje fazem parte da Igreja Evangélica Brasileira, não querem outra coisa se não “encantar”, “iludir”, colocar o povo no “cabresto” do medo, em nome de uma falsa autoridade espiritual, em nome de uma nova revelação, em nome de uma nova unção, em nome de si mesmo, que outra coisa não quer, senão ser o centro dos holofotes.
A simonia praticada pelos novos evangélicos repugna. O tráfico do sagrado é tão flagranteado, e tão escancarado, que tais discípulos de Simão, usam vastamente a mídia para enganar uma massa de 35 milhões de pessoas, dando a eles a oportunidade de passear por um shopping de ofertas dos últimos lançamentos dos objetos e adereços da fé. Aceitando na prática mercadológica de Simão, desde o cartão de crédito até o vale refeição do iludido fiel.
Se você, leitor, discordar de mim, apresente-me sua defesa, ou melhor, a defesa da IGREJA DE SIMÃO, respondendo se propagar, oferecer e vender, (ainda que simbolicamente, conforme dizem), tais produtos “sagrados”, conforme encontramos nas gôndolas das igrejas é ou não simonia. Se não te recordas de tais produtos, eis uma “listinha de compra”, para lhe ajudar encher o carrinho neste fim de semana:
• Produtos para Alimentação: Sal grosso, oléo ungido de Israel, água do Rio Jordão, pão das primícias, vinho novo da nova aliança;
• Produtos para Banho e Perfume: sabonete da purificação, água do Rio Jordão (não pode faltar), toalha do Apóstolo Valdemiro (para enxugar), bálsamo de Gileade, unguento de Maria (pra se perfumar);
• Produtos de Limpeza Pesada: Vassoura da Libertação, Rosa da quebra de maldição, Sal grosso, Fita do compromisso com Deus, ervas “medicinais” (guiné, arruda), para o banho do descarrego, cetro da justiça, cajado de Moisés;
• Produtos para Causas Judiciais: Martelo da Justiça Divina, camiseta da Revolta; Cetro da Justiça;
• Produtos Para Adquirir a Casa e o Carro: Chave de Davi, martelinho e tijolinho do Valdemiro;
• Títulos da Prosperidade: A Bíblia da Prosperidade (do Silas Malafaia), o Carnê do Investimento no Reino, Título dos Nobres (do Renê Terranova), Carnê dos Associados (do R.R. Soares).
Meu amigo, se isto não for o Evangelho de Simão, Pedro estava errado e Simão é o cara que apenas vislumbrou uma grande oprtunidade de negócios!
E depois me criticam e ainda me perguntam porque deixei de ser “evangélico”, porque sai da Igreja. Amigo eu só não quero fazer parte, nem do Evangelho nem da Igreja de Simão. Eu não quero ser iludido nem me deixar iludir pelos encantos de seus pastores, bispos e apóstolos. Eu não quero seus produtos sagrados pirateado numa teologia de fundo de quintal, que não passa pelo controle de qualidade bíblica. E se queres um conselho – saia deste engodo. O embate com o os filhos do mago de Samaria já começou. Eles já estão no alto da torre e estão prestes a descobrir, como seu pai, que suas habilidades ‘voadoras’, simplesmente não existem.
Paz do Senhor pastor Silas!
ResponderExcluirA mais nova agora é a meia que o Apóstolo Valdemiro está vendendo por R$ 153,00 cada par.
Espero que a meia pelo menos não seja usada. (rsrs)
Em meu ponto de vista, o autor realizou uma exposição precisa deste movimento mercantilista da fé.
Para mim ele acertou em mostrar a ferida porém, errou ao receitar o remédio,pois,o mesmo deu a entender no último páragrafo que desligou-se totalmente da Igreja institucional.
Se foi realmente isto que aconteceu,não vejo nessa atitude a solução para o problema exposto, pois,ainda existem denominações sérias comprometidas com a palavra, assim como pastores,obreiros e membros piedosos e tementes a Deus.Recomendo este artigo para maiores detalhes:
http://www.pulpitocristao.com/2011/09/jesus-x-igreja-tornei-me-cristao-quando-sai-da-igreja/
Temos de lembrar também que mesmo nesses lugares(Igrejas Sérias)
existe o chamado Joio.
O senhor como Pastor certamente tem em sua igreja pessoas com ótima saúde espiritual,piedosas e santas que fazem o seu coração se regozijar pelo privilégio de pastorea-las,assim como outras pessoas que lhe dão um pouco de "dor de cabeça", mas que não necessariamente são o Joio,mas ainda necesitam de amadurecimento espiritual,e por último o próprio Joio.Mas estou certo que nem por isso o Senhor vai desistir de exercer o oficio,até porque foi Deus quem lhe Chamou,e lhe capacita para lidar com os diversos problemas e obstáculos que pululam em nosso meio.
Como diz o ditado popular,"Isto faz parte"...
Qual sua opinião Pastor?
Fique na paz!
Fábio Costa
Graça e paz Fábio.
ResponderExcluirO autor do texto acertou como você falou em mostrar os erros e acertou também em deixar esse tipo de igreja, inclusive em aconselhar quem estiver em alguma igreja assim em sair de um lugar desses. Mas como você disse, existem muitas igrejas sérias em vários lugares, não podemos colocar todos no mesmo saco e dizer que todas as igrejas são iguais. Mas eu entendo o que se passa na cabeça do autor do texto. Quando se passa por um lugar assim e só se conhece lugares assim a idéia que se tem é que todos os lugares são iguais e que todos os pastores são mercantilistas. Eu conheço uma pessoa que estava em uma igreja assim e foi para uma igreja batista, a encontrei recentemente e ela está abençoada em ouvir o evangelho puro e simples, mas uma palavra ungida e centrada na Palavra. Espero que o autor do texto encontre um lugar assim também.
Fique na Paz Fábio!
Pr. Silas Figueira