Por Josemar Bessa
Nenhuma geração anterior a nossa teve uma visão tão superficial sobre conversão como a atual. Esse tem sido o resultado de um afastamento de toda a verdade bíblica a respeito.
Certa vez Spurgeon pregando a respeito da conversão disse:
"Quando a Palavra de Deus converte um homem, tira dele seu desespero, mas não tira dele o seu arrependimento e contrição profundo na visão da malignidade do seu pecado. E isto o acompanha por toda a vida.
Certa vez Spurgeon pregando a respeito da conversão disse:
"Quando a Palavra de Deus converte um homem, tira dele seu desespero, mas não tira dele o seu arrependimento e contrição profundo na visão da malignidade do seu pecado. E isto o acompanha por toda a vida.
Verdadeira conversão dá ao homem perdão, mas jamais faz dele alguém presunçoso. Verdadeira conversão dá a um homem perfeito descanso, mas jamais para o progresso em sua vida. Verdadeira conversão da segurança ao homem, mas ela não permite ele deixar de ser vigilante. Verdadeira conversão dá força e pode ao homem para uma vida de santidade, mas nunca o deixa se vangloriar..."
Sentes a diferença da visão bíblica da conversão? Isto é assim por ela ser uma obra Soberana e miraculosa do Espírito no coração de homens mortos espiritualmente, e não fruto de estratégias de crescimento, estratégias missionais...
A convicção produzida pelo Espírito não anda pela superficialidade do simples – “você quer ir para o céu ou inferno” – nem os demônios querem ir para o inferno – Ou “Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida...” – Coisa que o ímpio interpreta como as coisas que um coração caído e inimigo de Deus acha maravilhoso.
A Convicção espiritual atinge não alguns, mas todos os pecados, os pecados do coração, os pecados da vida, os pecados da nossa natureza, os pecados das intenções, os pecados da prática... Onde o Espírito trabalha eficazmente, Ele o faz transformando a Palavra num espelho que mostra ao pecador sua condição como Deus a vê. Abre seus olhos para ver toda a deformidade e imundice que está em seu coração por natureza.
Olhe como Paulo era cego para a sua pecaminosidade, como era justo aos seus próprios olhos, como se achava um homem bom... até que o Espírito lhe revelou a verdade sobre ele mesmo. Já não era questão de – “quer ir pro céu... Deus tem algo maravilhoso...” – Mas era uma visão: “Miserável homem que sou!”
O Espírito sozinho e nada mais, pode fazer o pecador ver toda a deformidade que está dentro. Só Ele tira todos os trapos do pecador e faz com que ele veja a sua nudez e condição miserável. O que Ele mostra é a profundidade de uma alma separada de Deus e apegada e cheia de amor ao pecado e escuridão. Só Ele mostra a cegueira da mente, a teimosia da vontade, quão corrompidas estão as afeições, o endurecimento da consciência, a praga de nossos corações, o pecado da nossa natureza e o total desespero de nosso estado.
A convicção natural, que não flui do Espírito e nem leva a verdadeira conversão, leva a alma se fixar no mal que vem como resultado do pecado e não no mal que o pecado é e como ele rouba a glória de Deus. Convicção natural pode levar ao temor do inferno – principalmente se a morte se aproxima – ou se alguém está vivendo algum drama... mas não a vileza e natureza hedionda do pecado!
A convicção espiritual que flui do Espírito trabalha no interior do homem uma visão de toda a insensatez e de todo mal que está no próprio pecado em si, do que a concentração do mal que vem como o resultado do pecado. A convicção espiritual mostra a desonra e horror que é andar contrário a Deus, as “feridas” feitas no coração de Cristo ( Seu amor nos constrange ) e como ele entristece o Espírito... tudo isso fere a alma sobre verdadeira convicção infinitamente mais do que mil infernos.
As convicções naturais não duram, morrer rapidamente... vem e vão, vem e vão... Elas são como pequenos cortes na pele que podem sangrar um pouco, doer um pouco, mas logo cura e em pouco tempo nem cicatriz resta mais.
Convicções espirituais, produzidas pelo Espírito tão somente pela Palavra, são duráveis, não descartáveis. Elas permanecem na alma até completarem o seu trabalho, atingirem o seu fim – “O que começa a boa obra a termina” – como diz Paulo aos filipenses. Elas não estão a mercê do pecador. As convicções produzidas pelo Espírito Santo são como uma ferida extremamente profunda que vão até os órgãos vitais e parece pôr em perigo a vida do paciente – é uma feria mortal para o homem natural – e apenas restaurada – homem espiritual – pela grande e soberana habilidade do Médico celeste.
As convicções verdadeira produzidas na conversão do homem, ainda estarão lá no momento de saúde, prazer... e no momento de sua morte... e estarão lá pela eternidade sem fim.
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. - 2 Coríntios 5:17
Fonte: Josemar Bessa
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