Por Iain Duguid
Hesed No Antigo Testamento, hesed é uma palavra teológica central. É um atributo-chave na autodescrição do Senhor em Êxodo 34.6-7; e, conforme Miquéias 6.8, é uma obrigação colocada sobre todo o povo de Deus. No entanto, por não haver um termo exato para expressar a ideia em outros idiomas, alguns tradutores bíblicos tiveram dificuldade para traduzi-la com precisão. Em várias versões, ela aparece como “benignidade”, “fidelidade”, “misericórdia”, “bondade”, “lealdade” e “amor firme”. Em seguida, exploraremos como amor e lealdade se combinam nesta palavra única.
Normalmente, hesed descreve algo que acontece dentro de um relacionamento existente, quer seja entre seres humanos, quer seja entre Deus e o homem. Nos relacionamentos humanos, hesed significa amar nosso próximo, não apenas em termos de sentimentos emocionais calorosos, mas também em atos de amor e serviço que devemos à outra pessoa apenas porque ela faz parte da comunidade da aliança. O povo de Deus tem de praticar a justiça, amar a hesed e andar humildemente com o seu Deus (Mq 6.8).
Um exemplo disso que redefine profundamente o limite da comunidade de obrigação é a parábola que nosso Senhor contou sobre o bom samaritano (Lc 10.30-37). Um bom vizinho tinha a obrigação de ajudar um membro da comunidade que estava em problemas. Contudo, esta obrigação de mostrar hesed foi rejeitada pelo sacerdote e pelo levita que passaram de largo do homem ferido. Na ocasião, o verdadeiro próximo foi o samaritano que “usou de misericórdia” para com o estranho (v. 37). Não coincidentemente, a palavra grega que significa “misericórdia” é a mesma que foi usada para traduzir hesed no Antigo Testamento grego.
Hesed também pode descrever lealdade de uma pessoa às obrigações para com Deus. Isso inclui ações fiéis para com os outros membros da comunidade da aliança; pois, como podemos dizer que amamos o nosso Senhor da aliança, se ignoramos os seus mandamentos de amar nossos irmãos (1 Jo 4.20)? A pessoa que é hasid (de hesed) é leal ao seu Deus e roga ao Senhor que lhe mostre fidelidade similar em retorno (Sl 4.4; 32.6). Por isso, o nome hasidim tem sido atribuído aos judeus mais austeros no judaísmo contemporâneo.
No entanto, o uso mais precioso da palavra hesed no Antigo Testamento é uma descrição do que Deus faz. Havendo entrado em um relacionamento de aliança com seu povo, Deus se comprometeu a agir para com eles de certas maneiras. E Deus é totalmente fiel ao seu compromisso pessoal.
Salmos 136 explora o que a hesed do Senhor significa em seus termos mais amplos, pois cada verso termina com as palavras: “Sua hesed dura para sempre”. Por causa da hesed do Senhor, ele criou o universo e o governa diariamente por meio de sua providência (Sl 136.5-9, 25). Por causa da sua hesed para com Israel, ele os redimiu do Egito e os trouxe, através do mar Vermelho e do deserto, à Terra da Promessa. Por essa mesma razão, ele lançou os egípcios no mar e destruiu os reis cananeus diante dos israelitas (vv. 11-21). Tanto a libertação por parte do Senhor como a destruição dos inimigos de Israel são aspectos da fidelidade do Senhor à sua promessa de fazer de Abraão uma grande nação, de abençoar os que o abençoassem e de amaldiçoar os que o amaldiçoassem (Gn 12.1-3).
Mesmo quando o povo de Deus peca contra ele e sofre as consequências de seu pecado, eles podem ainda apelar à heseddo Senhor, como o fez o escritor de Lamentações em meio à destruição de Jerusalém, em 586 a.C. Cercado pela evidência da fidelidade do Senhor em julgar a impiedade, a rebelião e o pecado, o profeta se lança sobre o imutável caráter de Deus, afirmando: “A hesed do Senhor nunca cessa; suas misericórdias nunca chegam ao fim; elas se renovam cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23).
Em Salmos 23.6, o salmista declarou que o Senhor a bondade e a hesed do Senhor o seguiriam todos os dias da sua vida. A palavra seguir descreve normalmente a ação de exércitos de pilhagem e maldição da aliança, mas o salmista estava convencido de que, em vez da maldição da aliança que ele merecia, o amor e a bondade fiel do Senhor o seguiriam incansavelmente.
A plenitude da hesed do Senhor é vista na cruz. Ali, o verdadeiro hasid, o próprio Jesus Cristo – o único homem que foi verdadeiramente leal ao Senhor e ao seu próximo em todos os aspectos da vida –, foi tratado como um transgressor da aliança e amaldiçoado pelo pecado, para que nós, que somos infiéis, fôssemos vestidos de sua fidelidade e redimidos. Desta maneira, o propósito da aliança original de Deus – ter um povo para o seu louvor – se cumpriu fielmente.
A hesed do Senhor nunca nos abandonará. Em meio às aflições e tragédias da vida, podemos clamar ao nosso Deus amoroso, na confiança de que nada, em toda a criação, pode jamais nos separar do amor leal que nos escolheu antes de existir tempo, que está nos santificando no presente e nos levará fielmente ao nosso lar eterno (Rm 8.28-30).
Hesed No Antigo Testamento, hesed é uma palavra teológica central. É um atributo-chave na autodescrição do Senhor em Êxodo 34.6-7; e, conforme Miquéias 6.8, é uma obrigação colocada sobre todo o povo de Deus. No entanto, por não haver um termo exato para expressar a ideia em outros idiomas, alguns tradutores bíblicos tiveram dificuldade para traduzi-la com precisão. Em várias versões, ela aparece como “benignidade”, “fidelidade”, “misericórdia”, “bondade”, “lealdade” e “amor firme”. Em seguida, exploraremos como amor e lealdade se combinam nesta palavra única.
Normalmente, hesed descreve algo que acontece dentro de um relacionamento existente, quer seja entre seres humanos, quer seja entre Deus e o homem. Nos relacionamentos humanos, hesed significa amar nosso próximo, não apenas em termos de sentimentos emocionais calorosos, mas também em atos de amor e serviço que devemos à outra pessoa apenas porque ela faz parte da comunidade da aliança. O povo de Deus tem de praticar a justiça, amar a hesed e andar humildemente com o seu Deus (Mq 6.8).
Um exemplo disso que redefine profundamente o limite da comunidade de obrigação é a parábola que nosso Senhor contou sobre o bom samaritano (Lc 10.30-37). Um bom vizinho tinha a obrigação de ajudar um membro da comunidade que estava em problemas. Contudo, esta obrigação de mostrar hesed foi rejeitada pelo sacerdote e pelo levita que passaram de largo do homem ferido. Na ocasião, o verdadeiro próximo foi o samaritano que “usou de misericórdia” para com o estranho (v. 37). Não coincidentemente, a palavra grega que significa “misericórdia” é a mesma que foi usada para traduzir hesed no Antigo Testamento grego.
Hesed também pode descrever lealdade de uma pessoa às obrigações para com Deus. Isso inclui ações fiéis para com os outros membros da comunidade da aliança; pois, como podemos dizer que amamos o nosso Senhor da aliança, se ignoramos os seus mandamentos de amar nossos irmãos (1 Jo 4.20)? A pessoa que é hasid (de hesed) é leal ao seu Deus e roga ao Senhor que lhe mostre fidelidade similar em retorno (Sl 4.4; 32.6). Por isso, o nome hasidim tem sido atribuído aos judeus mais austeros no judaísmo contemporâneo.
No entanto, o uso mais precioso da palavra hesed no Antigo Testamento é uma descrição do que Deus faz. Havendo entrado em um relacionamento de aliança com seu povo, Deus se comprometeu a agir para com eles de certas maneiras. E Deus é totalmente fiel ao seu compromisso pessoal.
Salmos 136 explora o que a hesed do Senhor significa em seus termos mais amplos, pois cada verso termina com as palavras: “Sua hesed dura para sempre”. Por causa da hesed do Senhor, ele criou o universo e o governa diariamente por meio de sua providência (Sl 136.5-9, 25). Por causa da sua hesed para com Israel, ele os redimiu do Egito e os trouxe, através do mar Vermelho e do deserto, à Terra da Promessa. Por essa mesma razão, ele lançou os egípcios no mar e destruiu os reis cananeus diante dos israelitas (vv. 11-21). Tanto a libertação por parte do Senhor como a destruição dos inimigos de Israel são aspectos da fidelidade do Senhor à sua promessa de fazer de Abraão uma grande nação, de abençoar os que o abençoassem e de amaldiçoar os que o amaldiçoassem (Gn 12.1-3).
Mesmo quando o povo de Deus peca contra ele e sofre as consequências de seu pecado, eles podem ainda apelar à heseddo Senhor, como o fez o escritor de Lamentações em meio à destruição de Jerusalém, em 586 a.C. Cercado pela evidência da fidelidade do Senhor em julgar a impiedade, a rebelião e o pecado, o profeta se lança sobre o imutável caráter de Deus, afirmando: “A hesed do Senhor nunca cessa; suas misericórdias nunca chegam ao fim; elas se renovam cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23).
Em Salmos 23.6, o salmista declarou que o Senhor a bondade e a hesed do Senhor o seguiriam todos os dias da sua vida. A palavra seguir descreve normalmente a ação de exércitos de pilhagem e maldição da aliança, mas o salmista estava convencido de que, em vez da maldição da aliança que ele merecia, o amor e a bondade fiel do Senhor o seguiriam incansavelmente.
A plenitude da hesed do Senhor é vista na cruz. Ali, o verdadeiro hasid, o próprio Jesus Cristo – o único homem que foi verdadeiramente leal ao Senhor e ao seu próximo em todos os aspectos da vida –, foi tratado como um transgressor da aliança e amaldiçoado pelo pecado, para que nós, que somos infiéis, fôssemos vestidos de sua fidelidade e redimidos. Desta maneira, o propósito da aliança original de Deus – ter um povo para o seu louvor – se cumpriu fielmente.
A hesed do Senhor nunca nos abandonará. Em meio às aflições e tragédias da vida, podemos clamar ao nosso Deus amoroso, na confiança de que nada, em toda a criação, pode jamais nos separar do amor leal que nos escolheu antes de existir tempo, que está nos santificando no presente e nos levará fielmente ao nosso lar eterno (Rm 8.28-30).
Fonte: Blog Fiel
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