Por Adeildo Nascimento Filho
Existe uma história antiga, cujo autor eu não conheço, que fala sobre um homem que escorregou na beira de um penhasco. Enquanto ele caía conseguiu se segurar num galho. Sentindo a situação piorar cada vez mais começou a gritar em direção do abismo: “Socorro. Tem alguém aí?” foi quando ouviu uma voz que lhe disse: “Olá. Eu sou Deus, estou aqui. Apenas solte do galho e se jogue que eu te seguro”. O homem pensou por alguns instantes e gritou novamente: “Tem alguém mais aí?”.
Fé. Negócio complicado este. Fé no invisível. Piorou.
Difícil colocar a fé naquilo que não vemos, não tocamos.
Normalmente, e acredito que na maioria das vezes, a fé cristã é confundida com pensamento positivo. Com foco otimista no que ainda está por vir. Isso tem rendido alguns milhões para alguns espertos que começaram a comercializar este tipo de fé. Um misto de autoajuda com palavras positivistas e deterministas que acham um terreno extremamente fértil no coração de pessoas sofridas, pobres e esquecidas pelos nossos poderes públicos e escravizadas num país em que a divisão de renda não é lá essas coisas.
A quem diga que a canalização dos pensamentos positivos, a verbalização dos desejos e por aí vai sejam um “segredo” dado a poucos agraciados que tem enriquecido, sarado e prosperado de uma maneira nunca antes vista. A junção deste pensamento com mensagens cristãs tem produzido um sincretismo avassalador que tem encontrado abrigo em vários ouvidos e corações. Tudo embalado em lindos pacotes floridos e coloridos produzidos e entregues em enormes campanhas de divulgação do tipo “seus problemas acabaram”.
Tudo muito diferente da mensagem pregada por um carpinteiro pobre, nada bonito, nada elegante, nada midiático e muito menos engomado. Quem se jogaria de sua vida abastada, tranquila e próspera na conversa de um judeu maluco que aparece dizendo ser o filho de Deus? C.S. Lewis já havia dito isto há algum tempo atrás quando falou que Jesus não deixou espaço para dúvidas, ou era louco ou era o filho de Deus, nada além disso. Hoje já acharam o meio termo dessa história e o estão usando para angariar fundos. Jesus líder, executivo, empreendedor, psicólogo, ensinador, professor, comunicador, poeta, artista, rebelde, assistente social e por aí vai. Tudo para comprovar que “tem mais alguém aí” além do Deus encarnado, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Tudo para tirar o foco do calvário.
Note que as mensagens atuais de fé (a prova daquilo que não vemos) perderam o foco das coisas que não conseguimos ver e tocar e sutilmente deram lugar a mensagens mais palpáveis e visíveis, ou seja, é fácil se identificar com um executivo, psicólogo, etc. e muito mais difícil se identificar com alguém que deixa toda a sua glória e que morre por seus inimigos. É muito mais fácil se identificar e seguir um grande general do que alguém que oferece a outra face depois de uma bofetada. É mais fácil ter como parâmetro homens ricos e prósperos do que imitar alguém que vende tudo o que tem e dá aos pobres. Mais fácil acreditar na casa nova, no carro e na promoção do que tomar uma cruz em suas costas.
A maioria até pede por socorro e busca referenciais de fé, mas quando são apresentados ao verdadeiro evangelho preferem clamar por “alguém mais” além Dele. Os espertos de plantão entenderam o novo clamor social e produziram o que eu diria ser um “Jesus Light”. Um salvador para cada tipo de freguês. Uma fé para cada tipo de necessidade.
Assim ninguém precisa dar saltos de fé. Todo mundo seguro, torcendo para que seus galhos não quebrem até que passe alguém que os tire de lá sem a necessidade de que se joguem.
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” Hb 11:1
Existe uma história antiga, cujo autor eu não conheço, que fala sobre um homem que escorregou na beira de um penhasco. Enquanto ele caía conseguiu se segurar num galho. Sentindo a situação piorar cada vez mais começou a gritar em direção do abismo: “Socorro. Tem alguém aí?” foi quando ouviu uma voz que lhe disse: “Olá. Eu sou Deus, estou aqui. Apenas solte do galho e se jogue que eu te seguro”. O homem pensou por alguns instantes e gritou novamente: “Tem alguém mais aí?”.
Fé. Negócio complicado este. Fé no invisível. Piorou.
Difícil colocar a fé naquilo que não vemos, não tocamos.
Normalmente, e acredito que na maioria das vezes, a fé cristã é confundida com pensamento positivo. Com foco otimista no que ainda está por vir. Isso tem rendido alguns milhões para alguns espertos que começaram a comercializar este tipo de fé. Um misto de autoajuda com palavras positivistas e deterministas que acham um terreno extremamente fértil no coração de pessoas sofridas, pobres e esquecidas pelos nossos poderes públicos e escravizadas num país em que a divisão de renda não é lá essas coisas.
A quem diga que a canalização dos pensamentos positivos, a verbalização dos desejos e por aí vai sejam um “segredo” dado a poucos agraciados que tem enriquecido, sarado e prosperado de uma maneira nunca antes vista. A junção deste pensamento com mensagens cristãs tem produzido um sincretismo avassalador que tem encontrado abrigo em vários ouvidos e corações. Tudo embalado em lindos pacotes floridos e coloridos produzidos e entregues em enormes campanhas de divulgação do tipo “seus problemas acabaram”.
Tudo muito diferente da mensagem pregada por um carpinteiro pobre, nada bonito, nada elegante, nada midiático e muito menos engomado. Quem se jogaria de sua vida abastada, tranquila e próspera na conversa de um judeu maluco que aparece dizendo ser o filho de Deus? C.S. Lewis já havia dito isto há algum tempo atrás quando falou que Jesus não deixou espaço para dúvidas, ou era louco ou era o filho de Deus, nada além disso. Hoje já acharam o meio termo dessa história e o estão usando para angariar fundos. Jesus líder, executivo, empreendedor, psicólogo, ensinador, professor, comunicador, poeta, artista, rebelde, assistente social e por aí vai. Tudo para comprovar que “tem mais alguém aí” além do Deus encarnado, do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Tudo para tirar o foco do calvário.
Note que as mensagens atuais de fé (a prova daquilo que não vemos) perderam o foco das coisas que não conseguimos ver e tocar e sutilmente deram lugar a mensagens mais palpáveis e visíveis, ou seja, é fácil se identificar com um executivo, psicólogo, etc. e muito mais difícil se identificar com alguém que deixa toda a sua glória e que morre por seus inimigos. É muito mais fácil se identificar e seguir um grande general do que alguém que oferece a outra face depois de uma bofetada. É mais fácil ter como parâmetro homens ricos e prósperos do que imitar alguém que vende tudo o que tem e dá aos pobres. Mais fácil acreditar na casa nova, no carro e na promoção do que tomar uma cruz em suas costas.
A maioria até pede por socorro e busca referenciais de fé, mas quando são apresentados ao verdadeiro evangelho preferem clamar por “alguém mais” além Dele. Os espertos de plantão entenderam o novo clamor social e produziram o que eu diria ser um “Jesus Light”. Um salvador para cada tipo de freguês. Uma fé para cada tipo de necessidade.
Assim ninguém precisa dar saltos de fé. Todo mundo seguro, torcendo para que seus galhos não quebrem até que passe alguém que os tire de lá sem a necessidade de que se joguem.
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” Hb 11:1
Fonte: Napec
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