Deus por vezes é retratado (mesmo por alguns que se dizem cristãos) como injusto por tratar os pecados finitos que cometemos de uma forma infinita. É a doutrina bíblica do inferno que causa repulsa em muitas pessoas. Como poderia um Deus bom castigar eternamente uma pessoa que pecou, digamos, 70 anos de sua vida?
Este tipo de raciocínio é típico do ser humano decaído. Usar uma lógica que minimiza a gravidade do pecado ao mesmo tempo que acusa Deus de ser menos do que perfeito. Quem está minimamente familiarizado com a Bíblia sabe que lá no Jardim do Éden, quando Adão e Eva pecaram, o nosso representante foi rápido em culpar Deus por seu pecado, e Eva tentou esquivar-se da mesma forma, atribuindo a Satanás o seu próprio erro. Como diria o personagem de desenho animado, Homer Simpson, “a culpa é minha e eu a coloco em quem eu quiser”. E este padrão de comportamento tem se repetido, geração após geração, em todos os que nasceram nesta terra. Cada um tem um “Homer Simpson” dentro de si.
O que precisa ser compreendido é que o pecado é uma ofensa. E a ofensa se torna mais ou menos grave conforme o valor ou a dignidade do ser ofendido. Vamos tomar por exemplo o assassinato. Matar uma pessoa de 30 anos é grave. Assassinar uma mulher grávida é horrível. Mas vamos combinar que matar um bebê de 3 meses é muito mais hediondo. Assassinar um traficante de drogas é menos grave do assassinar um chefe de estado, embora ambas as ações sejam, basicamente, pecados. Sabendo que Deus é infinitamente mais puro e santo que um bebê, e infinitamente mais digno e honrado do que o melhor governante, um pecado contra Deus é infinitamente perverso. Um pecado contra um ser infinito, portanto, merece uma punição infinita.
Partindo dos exemplos citados, você perdoaria algum dos assassinos? Vou adivinhar: perdoaria o que matou o traficante. Afinal, é possível sentir certo gosto de justiça feita, e até nutrir um sentimento de gratidão por ele ao poupar futuras vítimas da ação daquele criminoso. Mas aos demais, seria bem difícil, não é mesmo? E se um dos falecidos fosse seu amigo ou parente? Aí sim, perdoar seria inadmissível para a maioria.
Porém Deus tem sido diariamente ofendido por cada uma das suas criaturas. Elas o fazem por ações, pensamentos e desejos. Uma a uma, nós adicionamos impiedade sobre impiedade, condenação sobre condenação. Acontece que nós mesmos somos responsáveis pelo assassinato de Jesus Cristo. A cada pecado nosso fornecemos um prego a mais para ser cravado no corpo do Filho de Deus, pois Ele morreu por causa dos nossos erros. Pense. Muitos acham o pecado divertido. Mas não parece coisa de sádico se divertir com a dor dos outros?
Deus seria totalmente justo em punir eternamente cada ser humano que já viveu. Entretanto, Ele enviou Seu próprio filho para morrer em nosso lugar e pagar por todos os pecados que cometemos. Ele convida cada pessoa a se arrepender, deixar seus caminhos tortos e confiar inteiramente em Jesus Cristo. Quem crer e ser batizado será salvo (Marcos 16.16a). Contudo, que não crer já está condenado (Marcos 16.16b).
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