quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

0 Velhas heresias não combatem novas heresias


Por Josemar Bessa

Há poucos dias estava debatendo com pessoas que pensavam estar defendendo a Verdade de Deus contra toda mentira que tem sido pregada em nossos dias, todo misticismo sincrético do evangelho atual, toda ganância em nome de Deus... Mas ao tentar defender a Verdade, estavam caindo em outra grande mentira. (Como se levantar contra qualquer heresia se eu abrigar outras no meu coração?) Estavam diminuindo a glória de Cristo. Não se combate o erro com outro erro. Não se combate um mal com outro mal. Não se combate a mentira na igreja matando a igreja ao invés de matar a mentira. Não podemos falar da humanidade de Jesus diminuindo a sua Divindade. Isso não O aproximará mais do homem, mas sim o afastará, já que Ele só se manifesta na Verdade. Isso não põe fim ao misticismo vigente. O que faz isso?

Como (Jesus) foi sempre tremendamente cuidadoso ao mostrar sua identificação conosco em sua humanidade, mas sempre enfatizando sua posição única como Deus. Ao falar em “meu Pai” e “vosso Pai”. Ele jamais diz “nosso Pai” – JAMAIS! Diz: “Meu Pai” – Quando ensina seus discípulos e todos aqueles que através da história seriam inseridos na igreja através do seu sacrifício a orar – ele ensina o “Pai Nosso” – mas nunca se inclui entre eles e nós.

Ele sempre se empenha ao máximo em ressaltar essa diferença que devia ser óbvia, mas que pude perceber que mesmo hoje entre pessoas que querem defender a Verdade, não é. Cristo sempre ressalta essa diferença – que Ele é o Filho do Homem. É homem e, não obstante, NÃO É APENAS HOMEM (Mt 11.27; Jo 14.6).

Deliberadamente ele se levanta, chocando sua geração, como Mestre possuidor de autoridade única – “ouvistes que foi dito aos antigos... EU PORÉM VOS DIGO...” – Ele profere esse “EU” como autoridade. Essa característica única dEle que o põe em contraste com os profetas... Estes foram grandes personalidades usadas por Deus – Mas nunca nenhum deles, nenhum sequer usou esse “EU”.

Como os profetas começavam sua mensagem? “Assim diz o Senhor” – Jesus não, ele diz: “EU vos digo”. Com isso Ele estabelece de uma vez por todas a DIFERENÇA radical com todos os demais, porque mais que tenham sido canais da revelação divina. Havia chegado e era a hora da “autoridade final” – Ele está dizendo. Deus falou “de muitas maneiras pelos profetas...” – mas agora Ele nos falou em seu Filho. Aí está o fim de toda “nova revelação” – Cristo era a exata expressão do Deus Pai. Deus que o Pai se expressou no Filho, nada mais pode ser acrescentado.

Cristo salienta isso em todo o Sermão do Monte, e quando chega a seu final Ele faz e afirma as mais grandiosas e espantosas palavras já ditas na Terra: “Todo aquele, pois, que ouve as minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa na rocha...” – Como podemos ver claramente toda a sua ÊNFASE está e é dada a “estas minhas palavras” – Ele se arroga aí a AUTORIDADE FINAL. É quando colocamos Cristo no lugar que Ele realmente ocupa que mostramos todo engano de novas revelações e misticismos, sincretismos... Se ao combatermos esse mal nós tirarmos Cristo do lugar que só ele ocupa, fazemos e trabalho do inimigo. A própria Pessoa de Cristo e a autoridade do que ele diz põe abaixo toda nova revelação, misticismo, sincretismo... tão comuns em nossos dias, não o oposto.

Cristo se arroga a autoridade final. E se é possível acrescentar algo a esse postulado, ELE o fez quando disse: “Passará o céu e a terra, porém as MINHAS PALAVRAS não passarão”. Mais nada precisa ser dito. Não há nada que vá além disso. Amém!

Soli Deo Gloria!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário