Por Cris Poli
A palavra disciplina quer dizer ensino, segundo o dicionário da língua portuguesa. Ou seja, quando não há ensino sistematizado de regras ou de conduta de comportamento, ocorre a indisciplina. Quando os pais não sabem ou não conseguem dizer “não” ou “sim” na hora certa, quando acontece falta de limites, de procedimentos que gerem obediência, a indisciplina se instala. É interessante perceber que crianças em idades diferentes apresentam diferentes comportamentos e manifestações de indisciplina. As ações e reações indisciplinadas de uma criança pequena não podem ser iguais as de um pré-adolescente ou de um adolescente. E, infelizmente, quando não acontece a correção dessas manifestações na hora certa, essas pessoas em fase de crescimento terão problemas no futuro. Ou seja, quando crianças são violentas ou agressivas e não são disciplinadas, com certeza se tornarão adultos agressivos e violentos.
Eu sempre oriento que cada atitude de desobediência deve ser corrigida na hora em que acontece. O importante é ter regras de comportamento na família, explicar cada uma delas e exigir o seu cumprimento. A criança precisa entender que o não cumprimento de uma regra tem uma conseqüência negativa. Isso quer dizer que ela vai ter que assumir a conseqüência dessa desobediência (cantinho da disciplina, por exemplo). Por outro lado, o cumprimento de uma regra terá uma conseqüência positiva, que pode acontecer em forma de elogio, de demonstração de contentamento (método do incentivo, por exemplo). Mas as regras precisam ser claras e objetivas, de modo que a criança entenda e concorde com cada uma delas. E que o pai tenha convicção, consistência e firmeza no que está fazendo.
Também vale ressaltar que existem pais que não sabem identificar o choro ou uma atitude diferente dos filhos. Eles precisam aprender a detectar quando o filho está com sono, ou incomodado porque está sujo, ou se está com fome, ou sede. Não se pode simplesmente pensar que certas atitudes são de desobediência. Isso pode confundir a criança. Esse problema é mais comum com o primeiro filho, já que tudo é novidade e ninguém nasce sabendo ser pai. Diante dessa situação, os pais devem suprir todas as necessidades básicas da criança (fome, fralda, sede, sono, frio, calor). Se tudo isso estiver em ordem, aí sim um choro ou grito ou qualquer outra atitude pode significar manha, birra e indisciplina. Mas, aos poucos, os pais vão aprendendo a identificar as diferentes manifestações dos próprios filhos. E se acontecer alguma suspeita de que certas atitudes de indisciplina podem ser geradas por algum transtorno extra, o melhor é consultar o pediatra a fim de saber como agir.
Se a indisciplina é identificada, é preciso fazer algo. O método que recomendo para disciplinar é aquele que mostro no programa da SuperNanny: estabeleça uma rotina e regras que você quer para sua casa e sua família. Comunique isso, explique aos filhos e exija o cumprimento delas. Ao desobedecer uma regra, dê uma advertência ao seu filho; se desobedecer novamente, leve-o até o cantinho da disciplina (banquinho, tapetinho, cadeirinha) e deixe-o ali durante uma quantidade de minutos que sejam proporcionais à idade que possui (exemplo: 4 anos, 4 minutos). Ao terminar o tempo, faça com que ele peça desculpas e esqueça do assunto. Não grite, não se descontrole, não ameace, pois você está ensinando.
Alguém pode estar se perguntando: o que a Bíblia orienta nesses casos? É preciso usar, de fato, a vara para corrigir um filho? Eu posso apresentar alguns trechos bíblicos de Provérbios que abordam o assunto, como em 13.24 (“O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga”), 23.13 (“Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá”) e 23.14 (“Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno”). Sendo assim, a Bíblia fala sobre educar o filho com a vara para que aprenda, mas essa atitude somente pode ser tomada com entendimento profundo da Palavra de Deus e discernimento sobre a mesma. Creio que o termo original refere-se a vara mesmo, mas é um assunto difícil de ser abordado na coluna de uma revista sem uma explicação profunda do procedimento. Isso seria mais aconselhável de ser ministrado em um encontro para pais cristãos, debaixo de oração, para não se correr o risco de espancar crianças e dizer que Deus é quem ordena assim.
Eu sou contra bater nos filhos porque, ao bater, não estamos ensinando, e sim descarregando uma série de sentimentos que levamos dentro de nós, como nervosismo, amargura, frustração, estresse etc. O ato de bater não ensina, somente machuca a criança; e o pai, muitas vezes, vai sentir remorso pelo que fez. O apanhar deixa marcas na criança, dói, machuca. O pior é que ela não consegue se defender, especialmente quando é pequena. Nesses casos, muitas vezes, a criança agride verbalmente ou tem outras manifestações de violência.
Da mesma forma, um castigo aleatório, sem consistência ou explicação, somente machuca, deixa marcas profundas nas crianças. Um outro problema acontece quando os pais castigam sem uma lógica ou aviso, somente porque estão nervosos ou cansados. Um dia castigam por uma atitude do filho, mas no dia seguinte, porque estão de bom humor, deixam falhas passarem, sem castigar. Isso é muito ruim, pois deixa a criança confusa e sem ensino.
O episódio do casal que acorrentou o filho pequeno em casa para ir à igreja, alegando que ele era muito indisciplinado, é um exemplo de exagero e crueldade. É prova da falta de discernimento ou entendimento profundo da Palavra de Deus. Muitas barbaridades como essas e outras piores se fazem no mundo todo em nome de Deus.
Creio que uma disciplina com entendimento, convicção, autoridade legítima, sem autoritarismo, sem nervosismo ou descontrole, dará o resultado esperado. Se ainda assim, a criança não demonstrar disciplina, seria bom consultar um médico para ver se não há algum outro problema que justifique a indisciplina.
Pais cristãos, tementes a Deus, precisam entender que é fundamental haver unidade entre o casal, uma rotina adequada, regras que ajudarão na formação do caráter das crianças e um método de disciplina (ensino) para poder orientar os filhos. Sem o entendimento certo da vara, segundo a Palavra de Deus, o método do cantinho da disciplina (para crianças pequenas de 2 até 7 anos) ou área de reflexão (para crianças maiores de 8 anos em diante) são eficazes.
Lembrem-se: eles ficam ali 1 minuto por ano de idade; tem que haver pedido de desculpa no final do tempo; deve haver um método de incentivo (reconhecimento pelo esforço do cumprimento das regras, que devem ser claras e de acordo com a idade da criança). Deve haver também uma advertência antes da disciplina propriamente dita, para dar a chance de corrigir o comportamento sem necessidade de chegar ao extremo. Não grite, não perca o controle, não fique nervoso. Você está ensinando seu filho.
A palavra disciplina quer dizer ensino, segundo o dicionário da língua portuguesa. Ou seja, quando não há ensino sistematizado de regras ou de conduta de comportamento, ocorre a indisciplina. Quando os pais não sabem ou não conseguem dizer “não” ou “sim” na hora certa, quando acontece falta de limites, de procedimentos que gerem obediência, a indisciplina se instala. É interessante perceber que crianças em idades diferentes apresentam diferentes comportamentos e manifestações de indisciplina. As ações e reações indisciplinadas de uma criança pequena não podem ser iguais as de um pré-adolescente ou de um adolescente. E, infelizmente, quando não acontece a correção dessas manifestações na hora certa, essas pessoas em fase de crescimento terão problemas no futuro. Ou seja, quando crianças são violentas ou agressivas e não são disciplinadas, com certeza se tornarão adultos agressivos e violentos.
Eu sempre oriento que cada atitude de desobediência deve ser corrigida na hora em que acontece. O importante é ter regras de comportamento na família, explicar cada uma delas e exigir o seu cumprimento. A criança precisa entender que o não cumprimento de uma regra tem uma conseqüência negativa. Isso quer dizer que ela vai ter que assumir a conseqüência dessa desobediência (cantinho da disciplina, por exemplo). Por outro lado, o cumprimento de uma regra terá uma conseqüência positiva, que pode acontecer em forma de elogio, de demonstração de contentamento (método do incentivo, por exemplo). Mas as regras precisam ser claras e objetivas, de modo que a criança entenda e concorde com cada uma delas. E que o pai tenha convicção, consistência e firmeza no que está fazendo.
Também vale ressaltar que existem pais que não sabem identificar o choro ou uma atitude diferente dos filhos. Eles precisam aprender a detectar quando o filho está com sono, ou incomodado porque está sujo, ou se está com fome, ou sede. Não se pode simplesmente pensar que certas atitudes são de desobediência. Isso pode confundir a criança. Esse problema é mais comum com o primeiro filho, já que tudo é novidade e ninguém nasce sabendo ser pai. Diante dessa situação, os pais devem suprir todas as necessidades básicas da criança (fome, fralda, sede, sono, frio, calor). Se tudo isso estiver em ordem, aí sim um choro ou grito ou qualquer outra atitude pode significar manha, birra e indisciplina. Mas, aos poucos, os pais vão aprendendo a identificar as diferentes manifestações dos próprios filhos. E se acontecer alguma suspeita de que certas atitudes de indisciplina podem ser geradas por algum transtorno extra, o melhor é consultar o pediatra a fim de saber como agir.
Se a indisciplina é identificada, é preciso fazer algo. O método que recomendo para disciplinar é aquele que mostro no programa da SuperNanny: estabeleça uma rotina e regras que você quer para sua casa e sua família. Comunique isso, explique aos filhos e exija o cumprimento delas. Ao desobedecer uma regra, dê uma advertência ao seu filho; se desobedecer novamente, leve-o até o cantinho da disciplina (banquinho, tapetinho, cadeirinha) e deixe-o ali durante uma quantidade de minutos que sejam proporcionais à idade que possui (exemplo: 4 anos, 4 minutos). Ao terminar o tempo, faça com que ele peça desculpas e esqueça do assunto. Não grite, não se descontrole, não ameace, pois você está ensinando.
Alguém pode estar se perguntando: o que a Bíblia orienta nesses casos? É preciso usar, de fato, a vara para corrigir um filho? Eu posso apresentar alguns trechos bíblicos de Provérbios que abordam o assunto, como em 13.24 (“O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga”), 23.13 (“Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá”) e 23.14 (“Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno”). Sendo assim, a Bíblia fala sobre educar o filho com a vara para que aprenda, mas essa atitude somente pode ser tomada com entendimento profundo da Palavra de Deus e discernimento sobre a mesma. Creio que o termo original refere-se a vara mesmo, mas é um assunto difícil de ser abordado na coluna de uma revista sem uma explicação profunda do procedimento. Isso seria mais aconselhável de ser ministrado em um encontro para pais cristãos, debaixo de oração, para não se correr o risco de espancar crianças e dizer que Deus é quem ordena assim.
Eu sou contra bater nos filhos porque, ao bater, não estamos ensinando, e sim descarregando uma série de sentimentos que levamos dentro de nós, como nervosismo, amargura, frustração, estresse etc. O ato de bater não ensina, somente machuca a criança; e o pai, muitas vezes, vai sentir remorso pelo que fez. O apanhar deixa marcas na criança, dói, machuca. O pior é que ela não consegue se defender, especialmente quando é pequena. Nesses casos, muitas vezes, a criança agride verbalmente ou tem outras manifestações de violência.
Da mesma forma, um castigo aleatório, sem consistência ou explicação, somente machuca, deixa marcas profundas nas crianças. Um outro problema acontece quando os pais castigam sem uma lógica ou aviso, somente porque estão nervosos ou cansados. Um dia castigam por uma atitude do filho, mas no dia seguinte, porque estão de bom humor, deixam falhas passarem, sem castigar. Isso é muito ruim, pois deixa a criança confusa e sem ensino.
O episódio do casal que acorrentou o filho pequeno em casa para ir à igreja, alegando que ele era muito indisciplinado, é um exemplo de exagero e crueldade. É prova da falta de discernimento ou entendimento profundo da Palavra de Deus. Muitas barbaridades como essas e outras piores se fazem no mundo todo em nome de Deus.
Creio que uma disciplina com entendimento, convicção, autoridade legítima, sem autoritarismo, sem nervosismo ou descontrole, dará o resultado esperado. Se ainda assim, a criança não demonstrar disciplina, seria bom consultar um médico para ver se não há algum outro problema que justifique a indisciplina.
Pais cristãos, tementes a Deus, precisam entender que é fundamental haver unidade entre o casal, uma rotina adequada, regras que ajudarão na formação do caráter das crianças e um método de disciplina (ensino) para poder orientar os filhos. Sem o entendimento certo da vara, segundo a Palavra de Deus, o método do cantinho da disciplina (para crianças pequenas de 2 até 7 anos) ou área de reflexão (para crianças maiores de 8 anos em diante) são eficazes.
Lembrem-se: eles ficam ali 1 minuto por ano de idade; tem que haver pedido de desculpa no final do tempo; deve haver um método de incentivo (reconhecimento pelo esforço do cumprimento das regras, que devem ser claras e de acordo com a idade da criança). Deve haver também uma advertência antes da disciplina propriamente dita, para dar a chance de corrigir o comportamento sem necessidade de chegar ao extremo. Não grite, não perca o controle, não fique nervoso. Você está ensinando seu filho.
Fonte: Revista Enfoque
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