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Em onze de cada dez cultos pentecostais ouvimos a pergunta acima. Mas o que é sentir a presença de Deus? Será um arrepio? Será um choro? Ou um impulso para gritar? Ora, podemos resumir a presença do Altíssimo em manifestações sensoriais? Não, evidente que não! Mas também é evidente que a manifestação da presença do Senhor em partes das Sagradas Escrituras é sensorial, porém não devemos resumir a isso. A vaidade sempre bate na porta do nosso coração para dizer: "Olha, você é uma pessoal muito espiritual porque chorou na hora do louvor". Só que a voz da vaidade fala o que o coração corrompido quer ouvir.
Quando penso nesse assunto sempre gosto de lembrar 1 Reis 19. 11-13, que relato o encontro do profeta Elias com Deus em um momento de profunda melancolia:
Nós, pentecostais, precisamos buscar Deus mais e mais no silêncio. Muitos pentecostais ainda confundem barulho com espiritualidade. A exegese malfeita de Atos 2 justifica toda espécie de bizarrice. Não custa lembrar as palavras do pastor pentecostal britânico Donald Bridge:
Referências Bibliográficas:
[1] BRIDGE, Donald. Signs and Wonders Today. 1 ed. Leicester: Inter- Varsity Press, 1985. p 183. em: GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2010. p 901.
Quando penso nesse assunto sempre gosto de lembrar 1 Reis 19. 11-13, que relato o encontro do profeta Elias com Deus em um momento de profunda melancolia:
O Senhor lhe disse: "Saia e fique no monte, na presença do Senhor, pois o Senhor vai passar". Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do Senhor, mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave. Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, saiu e ficou à entrada da caverna. E uma voz lhe perguntou: "O que você está fazendo aqui, Elias? " [grifo meu]A brisa suave representou a presença do Deus Todo-Poderoso. Vejam que o fortíssimo vento que quebrou rochas, onde Elias pensava encontrar Deus, ali Ele não estava. Deus estava no silêncio. Sim, Ele chegou com "uma voz mansa e delicada" (ARC e Almeida Fiel). É interessante como as traduções variam para descrever esse momento. Além das traduções já citadas (NVI, ARC e ACF) temos: "um sussurro calmo e suave" (NTLH), "um cicio tranquilo e suave" (ARA), "uma brisa suave começou a soprar" (The Message), "o ruído de uma leve brisa" (Bíblia de Jerusalém), "uma voz calma e suave" (Almeida Contemporânea), "uma voz mansa e suave" (Almeida Século XXI) e "uma voz dum suave silêncio" (Sociedade Bíblica Britânica e Tradução Brasileira). Todas as traduções refletem a variedade da expressão hebraica que literalmente significa a "quietude esmagada".
Nós, pentecostais, precisamos buscar Deus mais e mais no silêncio. Muitos pentecostais ainda confundem barulho com espiritualidade. A exegese malfeita de Atos 2 justifica toda espécie de bizarrice. Não custa lembrar as palavras do pastor pentecostal britânico Donald Bridge:
O subjetivista pensa constantemente que "Deus lhe manda" fazer coisas [...] Os subjetivistas são com frequência muito sinceros, muitos dedicados e dominados por um compromisso tal de obedecer a Deus que envergonham os cristãos mais prudentes. Entretanto, estão trilhando um caminho perigoso. Os ancestrais deles já o percorreram antes, e sempre com resultados desastrados a longo prazo. Sentimentos internos e inspirações especiais são, pela própria natureza, subjetivos. A Bíblia fornece nossa orientação objetiva. [1]Então, podemos "sentir" a presença de Deus no mais completo silêncio, desde que o nosso coração esteja voltado para Ele.
Referências Bibliográficas:
[1] BRIDGE, Donald. Signs and Wonders Today. 1 ed. Leicester: Inter- Varsity Press, 1985. p 183. em: GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2010. p 901.
Fonte: Teologia Pentecostal
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