Por Renato Vargens
A missão do pastor é glorificar a Cristo através da pregação do Evangelho de Deus. Os pastores foram chamados e vocacionados pelo Eterno para anunciar a única coisa capaz de transformar o coração dos homens que é a Boa Nova da Salvação Eterna. Todavia, os dias são dificeis e lamentavelmente muitos daqueles que deveriam ocupar o seu tempo pregando Cristo, envolveram-se em missões alternativas jogando na lata do lixo aquilo que nos é mais precioso.
Diante disto, de forma prática e objetiva gostaria de enumerar 04 coisas que o pastor não foi chamado para fazer:
1- O pastor não foi chamado por Deus para promover uma agenda politica.
Caro leitor, não acredito em messianismos utópicos, nem tampouco em pastores especiais, que trocaram o santo privilégio de ser pregador do evangelho eterno por um cargo público qualquer. Por favor, preste atenção: Não estou com isso afirmando de que o crente em Jesus não pode jamais concorrer a um cargo público. Tenho convicção de que existem pessoas vocacionadas ao serviço público, as quais devem se dedicar com todo esmero a esta missão. No entanto, acredito que o fator preponderante a candidatura a um cargo qualquer, deve ser motivada pelo desejo de servir o povo e a nação, jamais fazendo do nome de Deus catapulta para sua projeção pessoal. Agora, se mesmo assim o pastor desejar candidatar-se, (o que acho uma grande loucura) que deixe o pastorado, que não misture o santo ministério com o serviço público, que não barganhe a fé, nem tampouco confunda as ovelhas de Cristo com o gado marcado para o abate. Que não comercialize aqueles que o Senhor os confiou, nem tampouco se locuplete do nome de Deus a fim de atingir seus planos e objetivos.
2- O pastor não foi chamado pra criar um movimento religioso cujo objetivo é eleger o presidente da república.
Lamentavelmente não são poucos os movimentos eclesiásticos que surgem a cada dia neste país com objetivo principal de eleger um presidente da república "cristão". A missão do pastor não é organizar eventos em prol de um candidato a presidência da nação, e sim proclamar intrépidamente o Evangelho de Cristo, mesmo porque, o que muda e transforma o homem e seu país não é a pactuação politica partidária com candidato a ou b, o que muda uma nação é a compreensão do maior tesouro de todos os tempos, a maravilhosa mensagem da cruz.
3- O Pastor não foi chamado a envolver-se exclusivamente com movimentos sociais que combatem a fome, a violência e outras coisas mais.
Prezado amigo, por mais que seja lícito e louvável envolver-se com os problemas da cidade o pastor não foi chamado para envolver-se exclusivamente com ONGS, OSCS e instituições afins. O pastor não foi chamado por Deus para fazer protestos politicos e públicos em prol da paz ou da sociedade civil. O ministro do Evangelho foi vocacionado por Cristo, para pregar Cristo, anunciar Cristo e a Salvação em Cristo.
4- O pastor não foi chamado para dedicar seu tempo pregando o Evangelho da libertação e exclusão social.
Infelizmente não são poucos os pastores que gastam seu tempo pregando um evangelho cuja única premissa é saciar a fome do pobre. Ora, o Evangelho é mais do que isso, é anunciar Cristo, é pregar Cristo, é chamar o pecador ao arrependimento dos seus pecados. O problema é que em nome de uma claudicante espiritualidade, oferta-se ao pobre o pão que sacia a fome do corpo negando-lhe entretanto, o pão que desceu do céu. A pregação do Evangelho não nega o pão ao faminto, mas também não abre mão de pregar Cristo como único e suficiente Salvador.
Isto posto, faço minhas as palavras de Paulo que pouco antes de morrer disse ao seu jovem discipulo Timóteo: "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." 2 Timóteo 4:1-5
Irmão, gostaria de saber sua opinião sobre o recente vídeo musical da pastora Fernanda Brum,no qual ela fala sobre injustiça social e convoca os cidadãos a irem às ruas protestar.Bem na minha humilde opinião nunca vi ninguém na Bíblia protestando contra o sistema político em si,embora que muitos crentes defendam que a igreja não pode se calar mediante os abusos cometidos por parte das autoridades como fez o pr. Malafaia ao convocar os cristãos para abolir a PL 122. Frente a esses dois lados,fico em dúvida,como deve proceder o pastor diante da injustiça social e os abusos cometidos pelos poderes que regem seu país?E outro ponto,podemos impor nosso estilo de vida cristão para os não cristãos??Pois muito do que consideramos incorreto é aceitável a sociedade,ao nos impor não estaríamos querendo que só a nossa vontade fosse respeitada e não as dos demais??Por favor me esclareça pois vejo neste blog uma rica fonte de informação verdadeiramente cristã.
ResponderExcluirO link do vídeo,caso não tenha visto:http://www.youtube.com/watch?v=rZHnq0Td0qI
Graça e paz Ana.
ResponderExcluirNós pastores fomos chamados para pregar o evangelho transformador, o evangelho da graça de Deus. E esse evangelho puro e simples leva as pessoas a repensarem as suas vidas e viverem segundo o agir do Espírito Santo através do bom testemunho. O que temos visto hoje por aí são muitos pastores se envolvendo na política e fazendo do púlpito palanques, quando não são eles mesmos candidatos. Não quero com isso dizer que o pastor não deva ser uma voz profética contra os abusos sociais que estão ocorrendo por aí. Mas como isso é possível sem nos envolvermos? Pregando o evangelho de Jesus Cristo que leva as pessoas a saírem e não se conformarem com esse mundo que jaz no maligno. O cristão comum, o que não é pastor, pode e deve se envolver em ONGS e outras coisas mais, lutando pelo bem comum da população, no entanto o pastor não foi chamado para se envolver nisso. Não quero com isso dizer que não devamos alertar a igreja sobre o que está acontecendo e como nos posicionarmos como cidadãos diante de uma sociedade doente e envolvida em tantas falcatruas, mas não fazer disso a nossa meta diária. Tem muito pastor que acha que irá mudar o mundo se envolvendo em obras sociais, abri casas de recuperação... Mas o que leva uma pessoa mudar é a mensagem do evangelho, é a mensagem da graça de Deus. Vou lhe dar um exemplo bíblico em relação a isso. Quando a igreja foi estabelecida os apóstolos ficaram com a incumbência de pregar a palavra, enquanto que os diáconos se envolveram na obra social. A igreja (membros) pode até se envolver, mas não o pastor, pois ele não foi chamado para fazer obra social, mas ele foi chamado para pregar o evangelho, e o evangelho muda a sociedade.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira
PS: O Malafaia é pregador, evangelista, ele não é pastor no sentido bíblico.
Ahh muito obrigado pelo esclarecimento,e realmente é uma verdade pois quando o pastor se envolve muito com causas sociais e políticas,seja o que for,termina se envolvendo menos com o rebanhão de ovelhas carentes de orientação e amor...
ResponderExcluirA paz de Jesus!
Graça e paz Ana.
ResponderExcluirInfelizmente tem muitos pastores que se envolvem tanto nas causas sociais que se esquecem de cuidar do rebanho, como você mesmo falou.
Fique na Paz!
Pr. Silas Figueira